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sábado, 11 de setembro de 2010

O sentido da vida humana


O sentido da vida humana


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


Iniciaremos o texto de hoje com uma alegoria: pegue o barro e crie um homem, depois der um sopro de vida, qual será a primeira atitude desse homem ao ganhar vida? Será que é descobrir o propósito de estar ali? Será que vai explorar o ambiente em volta? Será que vai questionar sobre si mesmo? Ou ele vai tender para as necessidades materiais, como ter um carro, dinheiro... Um filósofo disse um dia que o ser humano sente uma divina angústia de buscar algo que tanto nos faz falta, que dar significado a vida. Agora me diga, se pudesse perguntar para a pedra o que ela necessita para ser feliz? Ela diria que seria resistir e ficar parada, no cantinho dela; e para a planta, o que ela diria? Sobreviver, pendurar, dar frutos, crescer... E para o animal? Sobreviver, procriar, diversão, saúde... E para o homem? Vamos fazer o seguinte, se o homem de hoje ganhasse na loteria, o que ele faria? Ficaria sem trabalhar? Iria viajar e se divertir? Se você quer conhecer o homem, der poder a ele, e veja o que ele faz, se faz bom uso. Devemos buscar, independente de loteria ou não, o altruísmo, o prazer de fazer o bem. Isso implica que muitas vezes temos que passar por cima dos instintos. Aristóteles fala de dois tipos de necessidades: do corpo e da alma. Quando falta, por exemplo, namorada, dinheiro, saúde, o que ainda falta que deixa alguns seres humanos inquietos? Tem gente que prefere viver numa mentira confortável há viver numa dura e crua verdade. Se as coisas que temos são externos e não própria do ser, temos muito a perder, e ao mesmo tempo nada a perder, por que na verdade só as coisas internas é que nós pertence. Dario, rei da Pérsia, foi dizer ao grego Solón que ele tinha tudo que queria: terras, dinheiro, mulheres, poder... E Solón disse a ele que o homem mais feliz do mundo é aquele que tem algo que não pode ser perdido. A vela, por exemplo, é preciso do auxilio do fósforo para ela ascender, mas já há na vela a essência do fogo nela, só basta para ascender à chama uma ajudinha do fósforo. Hoje confundimos muito liberdade com libertinagem, que é fazer aquilo que lhe der na cabeça. Liberdade é ter compromisso e estar de acordo com as leis.
Por exemplo, para eu circular com meu carro livremente pela cidade, eu tenho que respeitar as leis de trânsito. O dono da empresa, aquele que tem mais compromisso com a empresa, é o que tem mais liberdade na empresa. O contrário de ódio não é amor, é paixão; amor é algo além que transcende a realidade. Paixão é algo que se quer possuir, já amor é algo próprio nosso, que ninguém pode roubar. Epíteto, um filósofo estóico que era escravo, não era nem dono do próprio corpo, mas uma das almas mais liberta do mundo, tinha um dono muito cruel e invejoso, pois Epíteto era mais conhecido do que ele. Certa vez esse dono cruel começou a torturar-lo e perguntou a ele quem era seu senhor, e Epíteto disse: “O meu senhor é aquele que detém algo que desejo, e esse senhor não é você”. Como compreender, por exemplo, o sentimento de liberdade de Joana D’arc que estava sendo queimada viva e demonstrava uma serenidade e alegria única, pois seu corpo estava sendo queimada, mas sua alma estava sendo elevada aos céus com o sentimento de dever cumprido. Outro aspecto da busca humana por um sentido na vida é a Sabedoria, que hoje é confundida com esperteza. Outro aspecto é a eternidade; a deturpação do conceito eterno é fazer de algo temporário eterno, em vez de buscar a flor que mucha, mas sim a beleza que a flor traz, fazendo daquele momento eterno. Como diz o poeta Vinicius de Morais: “Que seja eterno enquanto dure”! Apreciar uma obra de arte. Liberdade é ser você mesmo independente das circunstâncias. Esses são os aspectos que dão sentido a vida humana: amor, sabedoria, eternidade, felicidade.
Felicidade não é juntar momentos alegres fruto das circunstâncias; A felicidade suprema independe do meio, da circunstância, da alegria e da tristeza, como uma mãe na hora do parto ou um jogador de futebol que faz um gol aos 45 minutos do segundo tempo com sua condição física muito desgastada. Em ambas os casos o corpo sofre, mas a alma está em alegria. Lembremos que nenhuma dessas coisas é dada de graça, na natureza nada é dado de graça, mas é conseguido depois de muito esforço, dedicação, paciência e persistência. Para ter essas coisas há que se comprometer com a vida, saber o como e para onde se deve ir. Porém, quando perco a direção, perco o sentido do aqui e agora. Agora vamos dividir a felicidade em graus: quando buscarmos a felicidade no meio, em nós mesmos, na compreensão de algo... De tanta conquista e esforço acontece uma descoberta e intuição e vemos as coisas como elas realmente são, temos uma visão. O objetivo de nós é esse: fazendo uma trilha filosófica buscando a sabedoria que foi deixada pelo legado da humanidade. Estudar filosofia à maneira clássica não é ficar preso aos clássicos, mas tentar ver o lado bom da história e vivenciar, fazer como os filósofos clássicos. Para assim ajudar na guerra interior. Por exemplo, tem homem que quando estar bem consigo mesmo, e um amigo lhe pisa no calo, o homem dar risada e aceita o pedido de desculpa, mas quando esse mesmo homem está mal consigo mesmo, pergunta até por que o amigo deu bom dia. Se não travarmos a guerra interior e encontrar paz dentro de nós, vai buscar essa guerra exterior, por que interiormente tá em desordem.

Autor: Victor da Silva Pinheiro




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