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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 6 – Marcos

Evangelhos Sinóticos – Aula 6 – Marcos

Escola de Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil

Enquanto o Evangelho de Marcos se concentra mais na região da Galiléia, o de Lucas
se concentra mais na Judéia. O que é especifico no Evangelho de Marcos é as narrativas enquanto os discursos de Jesus encontramos pelo menos três. Marcos apresenta mais pormenores, detalhes, do que Mateus e Lucas. E ele usa uma linguagem mais simples, mais popular. Todos os quatros evangelhos foram escritos em grego clássico, que era a língua internacional da época junta com o latim, como o inglês é hoje. E dizemos que o ocidente é de origem cultural greco-romana com forte influência nas línguas. As duas bíblias mais antigas do mundo se encontram uma no museu do vaticano e o outro no museu britânico. Na bíblia está a palavra de Deus revelada. A bíblia é como um presente tem que desembrulhar para ver o conteúdo e beber dessa água. O carro forte é cercado por seguranças não pelo o carro em si, mas pelo o que ele trás. A bíblia trás a palavra de Deus. A bíblia é como uma pérola que está no entulho, e temos que escavacar para achar o que estar no entulho, tem que ler com discernimento e isso exige esforço e raciocínio.

Teologia ou mensagem de Marcos: o que Marcos quer nos dizer?

O Evangelho de Marcos se resume em duas palavras: identidade e caminho. A identidade se resume a Jesus, e o caminho aos discípulos e comunidade. Identidade: revelar quem é Jesus e como podemos seguir-lo. Ele utiliza três etapas para revelar a identidade: títulos, segredo e incompreensão. Título: “ele é o Messias”, Messias
é a palavra hebraica e Cristo é a palavra grega, mas quer dizer a mesma coisa: o filho de Deus, aquele a quem o espírito repousa, ou ungido, esse último termo é dirigido diretamente à palavra Cristo. Temos três maneiras de ler a bíblia: contínua, estudando ou orante. Em um concílio da Igreja Católica Apostólica Romana, decidiu-se que todo padre deve ler a bíblia toda uma vez no ano. Outro título que Jesus recebe é: Filho do Homem. Que é uma expressão que se refere ao messias, que está no livro de Daniel. O Filho do Homem não veio para ser servido,
mas para servir. E claro também se utiliza o título: Filho de Deus.
A outra maneira de revelar a identidade de Jesus foi o segredo. Por exemplo: Jesus não aceita o testemunho vindo do diabo que é o pai da mentira, por isso quando o diabo diz: “Tu és o filho de Deus,” Jesus manda ele se calar, por que mesmo que o diabo esteja dizendo a verdade, ele continua sendo o pai da mentira, e podem achar que é mentira pela fama de mentiroso que tem. Jesus quer que as pessoas façam o caminho dele para descobrir quem ele é, e não descobrir quem ele é apenas por ouvir falar dele, por isso em alguns trechos Jesus perde para guardarem segredo das suas obras. Outra teoria diz ainda que Jesus pedia para guardar segredo para não criar mais alvoroço e não antecipar a sua ida a cruz, para que tudo fosse acontecido no seu tempo certo; Jesus não pedia para guardar segredo para não ir para a cruz, segundo essa teoria, mas para não antecipar sua ida a cruz, pois ir para a cruz foi
necessário para que ele morresse, fosse ao Hades, vencesse a morte e ressuscitasse. Jesus chamou o quem ele quis para ir com ele. Portanto foram escolhidos. A outra maneira de revelar a identidade de Jesus foi à incompreensão, que se finaliza quando Jesus está na cruz. Porém, como sabemos, ele ressuscitou. Em Marcos, capítulo 15, versículo 39, encontramos o título, o segredo, e a incompreensão. Pois a incompreensão parte de nós: como um centurião compreende que Jesus na cruz é o filho de Deus? Se o centurião nem judeu era, muito menos um discípulo de Jesus. Mas sim um estranho na história. Isso significa que Marcos escreveu o evangelho para nos questionar, nos balançar das correntes da ignorância e ofuscar as sombras da ilusão frutos dos desejos e não da vontade, que é o que há de mais divino em nós: a
vontade. Mas ai perguntamos: como chegar a essa tal vontade? Nietzsche chama ela de
vontade de potência, e a resposta está em apuramos nossos desejos, elevarmos nossos
desejos até que vai chegar a um ponto que esse desejo vai deixar de ser desejo e vai se tornar vontade, da forma mais pura possível, resumindo: fé. Como diz um filósofo: “A evolução é uma apuração do gosto”. Marcos apresenta critérios para seguir Jesus, por isso o Evangelho de Marcos é para os que estão iniciando a caminhada em Deus. Jesus chamou o que ele quis, segundo Marcos, você tem que ser chamado, tocado por Deus. E isso exige ruptura com a velha vida, para entrada de uma nova vida onde emana leite e mel. São esses os critérios para seguir Jesus e como diz aquela famosa frase: “Deus não escolhe os capacitados, mas capacitam
os escolhidos”. Primeira exigência para seguir Jesus: tem que ser chamado. Segundo critério: “Cada um tome sua cruz e segue-me!” disse Jesus. Tem que entregar sua vida. Outro critério: “Que o primeiro se torne o último!” Seja servo de todos. O Evangelho de Marcos fala de Jesus e de nós e os discípulos. A passagem que resume Evangelho de Marcos é quando um pagão compreende quem é Jesus; e é preciso encarar a cruz de Jesus, não desviar o olhar, para entender o significado da vida de Jesus, como ouvir na Comunidade Doce Mãe de Deus: “A cruz é para nós como o sol!”

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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