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sábado, 30 de julho de 2011

Resenha do filme “300”


Resenha do filme “300”

Xerxes, poderoso imperador persa, reúne segundo algumas fontes, 2 milhões de persas para conquistar toda a Europa e varrer da face da Terra a cultura grega. Então ele, Xerxes, fica sabendo que naquela época a Grécia era o único adversário que poderia ameaçar as campanhas de Xerxes. Então, ele vai guiando seus exércitos em direção a Grécia. Os gregos antigos foram conhecidos na antiguidade por estarem em constante guerra civil, mas quando surgia uma ameaça estrangeira, eles paravam de guerrear entre si, e si uniam para defender a Grécia da ameaça estrangeira. Então, os espartanos são pegos de surpresa. A cidade de Esparta formou o mais qualificado exército da antiguidade. Alexandre O Grande quando conquistou a Grécia não ousou tocar em Esparta. E a cidade de Esparta foi à única na Grécia que entendeu os propósitos romanos e se colocou a serviço de Roma, sem para isso precisar Roma ter que lutar contra os espartanos. Aliais, os romanos tinham uma cultura guerreira semelhante ao dos espartanos, acho que foi por isso que os espartanos se identificaram com os romanos. 
       Mas voltando... Para dar tempo dos mensageiros avisarem a toda a Grécia sobre a invasão persa, 300 espartanos, escolhidos a dedo, e liderados pelo seu rei Leônidas, vão as Termópilas, ou traduzindo: Portões de Fogo, um acidente geográfico em que dava para encurralar o exército persa por 3 dias e assim dando tempo para a Grécia se organizar para a guerra. Para o exército persa continuar sua marcha, tinha que passar pelas Termópilas. Tem um bom livro que fala sobre essa batalha dos 300, e se chama: “Portões de Fogo” (Gates of Fire), de Steven Pressfield. Desde criança, o espartano se preparava para a guerra. Aos sete anos era entregue ao Estado para ser educado, e depois, aos 12 anos, era solto na vida selvagem para saber sobreviver. Era permitido roubar, mas se o jovem espartano fosse pego roubando, receberia uma dura pena, por ter sido pego roubando, e não pelo roubo Eles permitiam isso por que numa guerra os espartanos podiam ter a necessidade de roubar do inimigo para se alimentar, por exemplo. E para roubar tinha que se especializar desde pequeno, e assim, não ser pego pelo inimigo durante o roubo. Aos 17 anos, esses jovens voltavam a civilização e passavam por um processo de iniciação para serem considerados adultos. Eles seguiam uma lei dura, onde a criança recém nascida era avaliada se tinha alguma deficiência física, se tivesse, era morta, pois não servia para a guerra. O filme retrata essa cena no início. Veja bem, na época deles, eles viviam rodeados por povos guerreiros, e uma ameaça de invasão ou guerra era sempre iminente, então, para proteger seus lares, suas vidas, sua liberdade, eles tinham que estarem prontos para a guerra. Como diz uma frase romana: “Se você quer a paz, esteja preparado para a guerra”. O inimigo vendo que ali, na Grécia, vivia um povo guerreiro, pensará duas vezes antes de tentar saquear, roubar, e escravizar aquele povo.
O pelotão de elite dos persas era chamado de “Imortais”, pois, quando um caía no campo de batalha, surgiam dois no lugar do que caiu, e assim, eles fizeram fama na Antiguidade. Na primeira batalha os espartanos derrotam facilmente os persas. Xerxes, vendo que os espartanos não iriam ceder facilmente, manda logo seu pelotão de elite, os imortais, que também são vencidos pelos espartanos. O filme mostra os soldados que não eram espartanos, mas eram de regiões próximas na Grécia, se juntarem aos 300 espartanos, e isso realmente aconteceu. Então Xerxes ver a moral do seu exército abatido, pois os imortais perderam. Leônidas cumpre o prometido e segura os persas por 3 dias; os 300 só perderam a batalha por que um morador da região, um traidor, disse um caminho secreto, e os persas encurralaram os 300 espartanos. Um dos persas chega a dizer para um dos espartanos que as flechas persas cobrem a luz do sol, e no filme aparece um soldado (sem ser o rei) respondendo, mas na história foi Leônidas que respondeu e disse com um humor muito sagaz: “Que bom, lutaremos na sombra”. Se você for à Grécia, aos Portões de Fogo ou Termópilas, vai encontrar um busto de Leônidas com a seguinte frase: “Que venham buscá-las”. Foram as palavras que Leônidas disse quando os persas pediram suas armas.
Os persas derrotam os 300, mas perdem a guerra. E os 300 espartanos entraram para a história, e a mensagem final do filme é interessante: o rei pede para lembrarmos-nos deles, e os 300 espartanos salvam a cultura ocidental de ser aniquilada pela ação estrangeira persa. Lutem, caro leitores, lutem como os espartanos, por seu ideal, e que seu ideal esteja de acordo com as leis divinas, com o bem, com a bondade. Números não vencem guerras, o que vence é o amor a camisa. O auge da filosofia guerreira espartana está ai, nos 300 espartanos nas Termópilas. Lutem pela liberdade, como disse certa vez no século 19 um idealista brasileiro no leito de morte: “Morre um liberal, mas não morre a liberdade!”. E como disse o filósofo Voltaire: “Eu não posso concordar em nada do que você diz, mas eu defenderei até as últimas conseqüências o seu direito de expressar-se, de dizer.”

Autor: Victor da Silva Pinheiro

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 15

Atos dos Apóstolos – Aula 15

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Nós temos muita energia, o problema é que geralmente não canalizamos essa energia. Imagine um botijão de gás que de uma hora para outra vasa para todo ambiente causando uma explosão. Mesma coisa acontece com a gente. O Evangelho Segundo São Lucas começa no templo e termina no templo, e nos Atos dos Apóstolos, que tem como autor o evangelista Lucas, tem a chave como o templo. Sendo a chave de leitura do livro o capítulo 1, versículo 8. O objetivo era o cristianismo chegar a Roma, e chegando a Roma, a capital do império do mundo conhecido, chegaria aos confins da Terra. O livro dos Atos dos Apóstolos é um livro de expansão da igreja, que vai ganhando forma, se influenciando com as culturas locais, mas mantendo o mesmo espírito. Aliás, o Espírito Santo fez a turma sair de Jerusalém e evangelizar até os confins da Terra. Deus Pai nunca quis destruir o mundo, mas aperfeiçoá-lo, divinizando o homem. E Deus nos deu seu filho e o Espírito Santo. A missão começa por Deus. Deus é o primeiro missionário. Então o filho encarna e o Espírito Santo repousa sobre ele, como diz as escrituras sagradas. O sonho de Deus é ser amigo do ser humano. Pois a partir que você, leitor, se entrega como amigo de Deus, só a partir da tomada dessa decisão, vários problemas já são resolvidos e outros problemas surgirão para moldar sua personalidade como diz o filósofo Nietzsche: “Para os meus amigos, meus verdadeiramente amigos, todas as dificuldades do mundo!” Pois é na dificuldade que a gente cresce. Tem um ditado chinês que diz que: “Um bambu é fácil de ser quebrado, mas vários juntos são difíceis de serem quebrados”. A união faz a força. Por isso Deus enviou Jesus, os apóstolos, os escolhidos, os discípulos, os missionários, os evangelizadores, para formar a igreja como disse Jesus: “Quando 2 ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles.” Isso não quer dizer que se você estiver só no seu quarto rezando que Deus não estará com você. Ele, Deus, estará com você se você estiver só no quarto. Jesus diz essa passagem na bíblia para incentivar a reunião cristã. Repetindo: a união faz a força, como o imbatível exército espartano, o mais temido da antiguidade. A Igreja tem 3 alicerces: a tradição, a palavra, e as pessoas para evangelizar. E aprenda uma coisa: o trigo é sempre em maior quantidade do que o joio. A maioria das pessoas são pessoas boas. O mal que está no mundo é feito por uma minoria, que faz um estrago imenso. A mensagem dos Atos dos Apóstolos é que o mal pode até parecer maior, mas não é.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Mariologia – Aula 16

Mariologia – Aula 16

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Jesus é o filho amado de Deus. É a segunda pessoa da santíssima trindade, sendo Deus Pai a primeira pessoa, e o Espírito Santo sendo a terceira pessoa da santíssima trindade, o ser vivente, a ação da fé. E essas 3 pessoas representam um só Deus que se manifesta de 3 formas. A pureza de Maria tem um sentido cristológico. Apesar de Jesus ter 2 naturezas, uma divina e outra humana, Jesus é o uno com o universo. O universo conspirou a seu favor na sua jornada missionária. Foi necessário Jesus ter sofrido no final da sua vida, para ele, Jesus, servir como modelo para os sofredores, pois Jesus continuou firme na fé mesmo na dor. Como Jesus disse: “Aquele que não pegar sua cruz e me seguir, não é digno de mim!” Jesus foi fiel a Deus na dor e no amor, e quando Jesus, a própria divindade, o embaixador de Deus na Terra, apareceu a seus conterrâneos, já estava chegada à hora para eles: seguir a divindade ou permanecer na vida mudana. “Já está chegada à hora.” Hoje a gente tem uma idéia de morte como sendo algo negativo, mas a morte é uma passagem para outra vida. Depois da morte a vida continua, e se você leitor, não acredita em vida após a morte, depois de morrer, vai ter uma surpresinha e vai dizer: “aquele escritor tinha razão!”. Como disse São Francisco de Assis: “E é morrendo que se vive para a vida eterna!” Como já disse, a semente só se torna uma árvore grande e frutífera se morrer na terra. Temos que matar o nosso eu do mundo, e fazer nascer o nosso eu cristão dentro de nós, e assim entrar na vida eterna. O Filósofo Nietzsche ainda diz na sua magnum opus, sua obra-prima “Assim falou Zaratustra”: “O homem é um rio turvo, onde o mar é seu destino.” Em algumas tradições, guerreiros morriam e continuavam lutando na outra vida. A batalha continua. A experiência dos nossos sentidos é limitada, como diz o filósofo Platão. A ressurreição é uma experiência que transcende os sentidos. Jesus venceu a morte. A percepção dos nossos sentidos é categorial, como disse o seminarista nessa aula. Já a experiência da transfiguração, por exemplo, é de uma visão totalizada. A palavra subir na bíblia tem um sentido analógico, que é exaltar, purificar, glorificar, ir ao encontro de Deus. Maria é a nova arca da aliança, por que dentro dela esteve à palavra, a segunda pessoa da santíssima trindade, Jesus; Maria é a arca feita carne.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Sacramentos – Aula 13

Sacramentos – Aula 13

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Se você ver a divindade e a reconhece como divindade, é por que a sua hora chegou: converte-se ou permanece sendo do mundo. Por isso, na época de Jesus, para o povo de Jesus, já era chegado o tempo: o tempo da mudança, da transmutação de todos os valores, como diria Nietzsche. Os judeus da antiguidade eram como criaturas vivendo nas asas do criador, como crianças nas asas do Pai. Já os cristãos de hoje já são mais maduro e o nosso objetivo, o objetivo de todas as religiões é chegarmos à sabedoria de um ancião com a candura de uma criança. Por isso Jesus diz para nós encontrarmos o Reino dos Céus temos que nos tornar crianças na candura e simplicidade e não no excesso de ingenuidade.
Por que em algumas cerimônias religiosas se lavam as mãos? Por que as mãos representam as nossas ações. Pilatos lava as mãos no julgamento de Jesus. Estamos em constante comunicação com a Jerusalém Celeste, uma ligação entre o Céu e a Terra. Porém, é difícil de perceber essa comunicação. O prefácio é a parte da oração em que damos o significado da oração. O Espírito Santo santifica e transforma qualquer coisa que toca. Deus ama aquilo que diz, pois suas palavras são eficazes. Assim sendo, Jesus Cristo, o filho de Deus, foi seu embaixador na Terra. É por isso que o pão e o vinho se tornam o corpo e o sangue de Cristo, respectivamente. Por que assim disse Jesus ao comer o pão sagrado, nos tornamos uno com a divindade, e assim rezamos por toda a humanidade. Por isso a oração daquelas crianças de Fátima, em Portugal, nos ajudou muito, naquele contexto histórico entre guerras. Deus é Pai, desde antes da criação do mundo. Pois a promessa da vinda de seu filho para nos salvar do pecado já existia antes mesmo da criação do mundo. Ele é Pai por natureza, mas temos o costume de chamá-lo de Pai por adoção, pois Ele nos adotou. O que afasta Deus do nosso coração: o pecado. E santificar a nossa vida, separar o joio do trigo, o mal do bem, é nossa meta. Colocar o mal como algo exterior que precisa ser vencido. É mais fácil para nós derrotarmos inimigos exteriores do que interiores. Pois ao tornamos nosso mal como algo externo, podemos ver-lo, identificando e assim fica mais fácil de vencê-lo. Se o mal se camufla interiormente fica mais difícil vencer-lo, pois não o vemos. Como se estivéssemos dando murro no escuro. Ao exteriorizá-lo, acendermos a lâmpada do quarto e podemos então vê-lo, então nossa batalha começa no escuro do quarto fechado e rezando a nossa oração, que essa oração vai iluminar nossa vida para podermos ver nossos inimigos e lutarmos e não esquecer que a batalha continua mesmo depois da morte.
Na hora de comungar recebemos o pão sagrado com a mão direita, que simboliza Jesus, e pegamos com a mão esquerda, que simboliza o espírito, aquele que transforma as coisas. A mão direita visível, é Jesus Cristo. A mão esquerda, simbolicamente, invisível, é o espírito. A mulher representa a mão esquerda, a nossa parte interior. Por isso, simbolicamente, não leve ao pé da letra, Deus ao criar Eva, segurou o corpo de Adão com a mão direita, Adão dormindo, e tira com a mão esquerda a costela, e da costela cria a primeira mulher, Eva. Geralmente, as mulheres são mais intuitivas do que o homem. Como exemplo histórico podemos citar 2 casos: o da mulher de Júlio César, general e político romano, que sonhou que ele não era para ter ido ao senado naquele dia, senão morreria, e ele realmente morreu, naquele dia no senado, e enraizou a frase, respondendo a esposa: “Só se deve temer o próprio temor!” E outro exemplo foi a mulher de Pilatos, que sonhou que Jesus era inocente, que era um grande homem, e que devia ser libertado, que no caso, não foi libertado, mas foi crucificado.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mariologia - Aula 15

Mariologia – Aula 15

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Os dogmas cristãos estão na bíblia e na tradição da igreja, que junto constituem a revelação, e quem ajuda a transmitir a tradição da igreja são os cultos, os doutores da igreja, a arte, e até os livros apócrifos. O dogma da Imaculada Conceição é proclamado em 1854 pelo papa Pio IX, num contexto em que o mundo passa por uma crise de valores, e onde o cientificismo está em ampla ascensão, onde a Europa é o palco desses acontecimentos. Todas as pessoas nobres da bíblia são setas que apontam para plenitude, e aponta para Jesus Cristo, o rei da Terra. E Maria tem um papel fundamental nessa história, pois é agraciada desde a criação do mundo, quando Deus primeiramente pensou em nós para nos criarmos, aconteceu primeiro a graça, depois o homem caiu no pecado. O mito de Adão e Eva é um mito que se encaixa para toda a humanidade. Pois simbolicamente todos nós mordemos a maçã. Primeiramente Deus é fiel a Ele mesmo, as leis, pois se Deus desrespeita algumas dessas leis universais, Ele deixa de ser Deus. Porém, Deus mostrou seu infinito amor enviando seu filho como modelo, como exemplo a ser seguindo, provando que é possível viver sem pecado. Tanto na dor, quanto no amor, é possível viver sem pecado. Pois Jesus experimentou esses dois sentimentos: o amor e a dor, mas permaneceu firme na fé, fiel a Deus, sem pecado. O pecado causa a perturbação, mas para sair dessa perturbação, inicialmente passamos por outra perturbação, pois estamos acostumados a pecar. Ao ponto de considerar o pecado um parente nosso, algo da nossa personalidade. E aniquilando esse parente, vai causar dor, como um furacão, mas depois vem à bonança. Todo começo de mudança é difícil. O avião coloca mais força na decolagem. Por isso Jesus diz: “Aquele que persevera, será salvo!” O cristianismo é o avião das religiões. Pois as religiões são como meios de transportes para chegar a um mesmo lugar.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Atos dos Apóstolos – Aula 14

Atos dos Apóstolos – Aula 14

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Nos Atos dos Apóstolos, Paulo faz no total 6 discursos. Sendo o primeiro querigmático, depois para os filósofos em Atenas, depois para os anciões em Mileto, e mais 3 discursos apologéticos, sendo um em Jerusalém e outro dois em Cesaréia. Por causa de Paulo invocar a cidadania romana, enquanto estava sendo perseguido pelos judeus, isso o ajuda em alguns aspectos, inclusive com o governador Félix, mas, na prática, o governador não foi além de ceder algumas regalias a Paulo. Há alguns paralelos entre a paixão de Jesus e se pode se chamar assim, a “Paixão de Paulo”. As semelhanças estão nas seguintes passagens: firme na fé, Atos, 19, 21 e Lucas, 9, 51-52. O não vá a Jerusalém, em João, 11, 16 e Atos, 21, 4, 12-14. Purificação do templo em Lucas 19, 45-46, e Atos 19, 23-40. Eucaristia, a ceia em Lucas 22, 14-23, e Atos 20, 17-37. E existem outras tantas semelhanças entre a paixão de Jesus e de Paulo, como Jesus e Paulo sendo apresentados a multidão, com a diferença que Paulo faz um discurso, Jesus e Paulo enfrentam a autoridade com autoridade, sem sair da linha. Alguns estudiosos falam que a cruz de Jesus é uma nova arca de Noé, quem estava na arca de Noé, foi salvo, e quem entende a cruz de Jesus e segue a divindade, será salvo. E Paulo morreu num barco. Além de outras semelhanças como Jesus ser colocado entre os presos e Paulo também. E Paulo “ressuscita” entre aspas, na praia, e ai vem à imagem de Jesus com os discípulos na praia. Isso tudo chama-se de alegoria. O que aconteceu com Jesus, com Pedro, vai acontecer também com Paulo. Então finaliza-se o livro de Atos dos Apóstolos, sendo o capítulo 1, versículo 8, a chave para compreender todo o livro do Atos dos Apóstolos. Simbolicamente, quando o evangelho chega a Roma, quer dizer que vai chegar até os confins da Terra, pois Roma era a capital do império romano e uma cidade cosmopolita.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Sacramentos - Aula 12

Sacramentos Aula 12

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

O filho de Maria é a videira e nós somos os seguidores por meio do batismo. Se o batismo concede a fé, a crisma dar a fidelidade, que é diferente de fé. Tem gente que tem fé, mas por falta da fidelidade, vacila na fé. Qual a prova que o espírito santo está em nós? Permanecendo no amor de Deus e observando os mandamentos. Todos somos predestinados, o crisma será fruto da fidelidade e cabe a nós escolhermos ser seguidores do filho do altíssimo, e assim assumirmos a condição de predestinados. Quando vermos a Cristo é por que ceiamos com ele, e assim somos glorificados. Deus faz nos mostrar a porta, mas somos nós que temos que abrir-lá. A unção autêntica quem recebeu foi Jesus, porém, nós quando recebemos a unção, isso é simbólico, significa que o Cristo vive em nós. A crisma simboliza nossa ascensão ao Reino dos Céus, e parafraseando o que Jesus disse: “O Reino dos Céus está próximo, está no aqui e agora!” Batismo, crisma e eucaristia são inseparáveis. São como galhos da mesma árvore. O pão e o vinho são parte substancial do rito, assim como o óleo da consagração. Sem a oração, água, pão, óleo, continuam sendo o que são; somente com a palavra é que essas substâncias se tornam sagradas. O crismado é um discípulo missionário por natureza. Pelo menos, em tese, devem ser missionários. Com o sacramento do crisma recebemos uma armadura, então, assim sendo, com uma proteção extra, temos a condição de sermos missionários. No antigo testamento já tinha a figura do crisma. Depois que Cristo chegou, estamos vivendo o último dia, já chegou à hora de acordar. Por isso Jesus diz na bíblia: “Cumpriu-se o tempo, o Reino dos Céus está próximo”. E quando Jesus disse isso, não estava falando de um tempo cronológico, mas de um tempo teológico. Jesus é a divindade, e sua chegada quer dizer que você tem que tomar uma decisão: segue-o ou permanece sendo do mundo.
A única coisa que nós podemos manter puro, santo, imaculado... é o amor. Por isso no Evangelho Segundo João diz: “Deus é amor”. Porém, o mundo não ama, por isso estar um caos. Então hoje ser cristão na prática e não ser somente na teoria, é ser diferente. A mesma fé que temos no Pai, devemos ter ao Filho. Quem ama o Filho, ama da mesma maneira o Pai. Jesus é o caminho para chegar ao lugar onde está o Pai. Jesus chegou a nós através da humanidade. E qual o caminho para chegar ao Pai, ao Céu? A resposta está na humanidade. Então Jesus foi divino sendo humano, demasiado humano. Jesus está sentado à direita de Deus Pai, mas não está afastado de nós. E já sabermos que Jesus estando sentado à direita de Deus Pai, quer dizer que tem os mesmos poderes Dele. Cristo se faz um de nós para nós unirmos a Ele e sermos uno. Voltarmos à unidade. Com o batismo se inicia o processo de divinização. E mantermos a fé firme indo à missa e dando em prática a nossa missão evangelizadora.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Menina Mulher


Menina Mulher

Para Ana Suely

Na cidade do sol
Natal
Aos pés do maior
Cajueiro do mundo
Conversamos e filosofamos
E reacendemos
A chama da Novíssima Acrópole
Dentro dos nossos corações

Desbravamos essa cidade
Uma cidade metida à rica
Mas que realmente é rica
Da mais nova canção
Divina,
Rica das graças de Deus

Você repousa no espírito
E eu repouso vendo seu espírito
Refletido nas águas
Da praia dos Artistas
Somos eu e você
Artistas da vida
Pincelando nossas idades
A nossa filosofia
Aproxima nossas idades

Você é como as italianas
E dizem na Itália
Que mulher é como vinho
Quanto mais tempo se passa
Fica melhor de saborear
Fica mais apurado o vinho

Partilhamos nossas vidas
Você com seu passado de flores e espinhos
E eu com minhas aventuras geográficas
Mulher dos números, da licenciatura
E história na periferia da cidade
De Natal
Ana e o Mar
Canta para mim
E quando cantas:
“E tudo se fez mar...”
Eu sou teu Nietzsche
E você é meu vinho
Somos eternos
Somos como a rocha
Onde as ondas batem e
Aparentemente,
Não se ver a mudança
Pois a mudança
Vem a aparecer
Em termos históricos
No dia depois de amanhã
Somos eternos jovens
De Espírito
Somos filósofos, para sempre,
Amiga da sabedoria
Essa bela Sofia
Que nos uniu!

Autor: Victor da Silva Pinheiro

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mariologia – Aula 14

Mariologia – Aula 14

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, Brasil.

Jesus é uma pessoa, com 2 naturezas: uma humana, e outra divina. E o que é uma pessoa? É um ser capaz de se relacionar de maneira inteligente praticando o livre-arbítrio. Jesus é uma unidade. Dogma é uma verdade inquestionável. E assim sendo, o dogma está baseado na revelação. E a revelação não se restringe, mas se enfoca também da tradição oral. A bíblia veio para fundamentar o dogma. Antes de a bíblia existir, já existia uma tradição oral forte. Na antiguidade o conhecimento oral era superior ao conhecimento escrito. Tanto que os incas aqui na América do Sul nem tinham o conhecimento escrito. O que sabemos hoje dos incas veio à tona da escrita dos colonizadores espanhóis. E com a decadência da tradição oral, surge à escrita. A revelação já está dada, é como um oceano que quando mais se aprofunda se descobre coisas novas ou é comparado a um baú que quando nós mais remexemos, esse baú nos revela coisas novas. Então, o que muda com o tempo é nossa compreensão, nossa maneira de ver a revelação.
Quando falamos de virgindade, lembra-se logo do corpo, mas existem os aspectos espirituais da virgindade, como: pureza, sem macula, integridade, fecundidade ofertada de outro modo, oferta de si mesmo. Uma das dificuldades de hoje enxergar esses aspectos espirituais da virgindade, de como uma mulher virgem gerou um filho, a dificuldade de enxergar isso é por causa do materialismo e cientificismo de hoje. E nisso ocorre uma desvalorização da castidade, da virgindade. O dogma é uma verdade de salvação, então diz respeito a mim, a você, a humanidade. E Maria é a escolhida do Pai eterno e sendo virgem e fecunda deu a luz ao salvador. Algum teólogo da igreja disse que assim como a luz atravessa um copo de vidro sem tirar sua natureza anterior, assim Maria, a virgem, deu a luz a Jesus Cristo, o salvador. A virgindade pode ser abordada a partir de 3 enfoques: do corpo, dos sentidos e do coração. O homem enxerga o exterior e Deus o interior. Então se manter virgem até o casamento é ver como Deus ver.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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domingo, 10 de julho de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 13

Atos dos Apóstolos – Aula 13

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, Brasil.

Paulo viajou muito mais do que Lucas disse nos Atos dos Apóstolos. Paulo foi muito inteligente, escolheu as cidades principais para evangelizar. O Cristianismo não quis se separar do judaísmo, porém por causa da intransigência de judeus não cristãos, o cristianismo teve que se separar do judaísmo, mas ainda mantendo suas raízes judaicas, e assim, a partir de Antioquia, onde foi primeiramente designado seus seguidores de cristãos, o cristianismo espalhou-se por todo o mundo conhecido.
O Apolo, não o Deus grego, mas o Apolo que aparece em Atos dos Apóstolos, digamos, era um evangelista autônomo. Em Éfeso, Paulo encontra os batistas, que foram discípulos de João Batista, e conheciam o Cristo através de João. Paulo nas suas viagens tanto evangelizou gregos quanto judeus e pessoas de outras filosofias de vida. Paulo e seus discípulos fizeram papel de evangelizar para judeus e pagãos. Num dos seus discursos referente à sucessão apostólica, ver-se claramente a linguagem trinitária, da santíssima trindade. Aos apóstolos foi dada a missão de fundar a igreja e a seus sucessores de dar continuidade à igreja.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Sacramentos – Aula 11

Sacramentos – Aula 11

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

A igreja é dita católica, pois abraça todos os indivíduos do universo, pois está presente em todo lugar. Pois, segunda a tradição, ensina todas as verdades para a salvação. O terceiro significado é que ensina a todo homem e toda mulher, sem distinção de raça, credo, classe, etc. Deve abranger todas as pessoas, e todas as virtudes. A primeira notícia que se tem notícia da primeira assembléia, que é o significado de igreja, foi no monte Sinai. Quando Deus convocou o povo hebreu para a primeira assembléia. A palavra igreja tem haver com a palavra eclesial. Vem do latim e grego clássico. E também tem sua origem no hebraico.
Abraão teve dois filhos: Ismael, o filho da carne, que é o pai dos árabes, e Isaac, filho da promessa. Tanto a Ismael quanto a Isaac, Deus promete fazer deles uma grande nação. Que são respectivamente de Ismael, pai dos árabes, e Isaac, pai dos judeus. Então judeus e árabes são irmãos. Como disse Jesus no evangelho: “Na casa do meu Pai há muitas moradas”. Mas o Deus é o mesmo dos judeus, árabes e cristãos. As 3 religiões monoteístas do mundo. E por meio de ritos, nós nos encontramos com Deus. Cada religião tem sua vestimenta, sua cultura, sua forma de expressar a divindade, mas em essência todas partes de um lugar: a divindade. O batismo tem haver com a passagem do anjo que liberta e a passagem do mar vermelho no antigo testamento. Deus primeiro se revelou aos hebreus como o Deus libertador, libertando os hebreus da escravidão no Egito. E depois se revelou como o Deus criador. O primeiro livro a ser escrito do Pentateuco cristão, ou da Torá judaica foi o êxodos. Depois foi escrito os outros 4 livros dessa compilação. Segundo os Judeus, Moisés escreveu os cinco primeiro livros da bíblia, que foi finalizada por seu discípulo mais próximo. Deus conduz o povo de Israel da escuridão para a realidade, para Cristo. No Evangelho Segundo Mateus há semelhanças entre o nascimento de Moisés e Jesus. Mateus queria designar que Jesus era o novo Moisés. Que Jesus veio libertar não mais um povo que era escravo físico de um país, mas um povo que era escravo da mente, que tinha uma alma escrava. Como Jesus disse: “O que adianta ganhar o mundo todo e perder sua alma?” Jesus veio libertar nosso espírito da escravidão da ignorância; Jesus é o maior sábio, o rei da Terra.
Como no ocidente é onde o sol se põe, o batizado tinha que olhar para ocidente. Simbolizando que você no ato do batismo, você renunciaria sua vida para uma nova caminhada com Cristo. Que no ato do batismo você venceria a noite, que simboliza as trevas. E o nascimento do Sol todo santo dia, simboliza que a luz divina sempre vencerá a escuridão. Como diz um ditado: a noite é mais escura antes do amanhecer.
Hoje num mundo vemos a inversão de valores, um médico que salva vida de alguém, ganha muitíssimo menos do que um jogador de futebol famoso.
Quando nos convertemos não devemos olhar para trás, para não voltar à vida mundana de outrora, mas devemos sempre olhar para sempre. Porém, fique-se claro que não devemos esquecer nosso passado para servir de lição para nosso futuro. Não devemos cometer o mesmo erro de Orfeu na saída do Hades na mitologia grega que olhou para trás e perdeu sua amada, e nem o mesmo erro daquela mulher do antigo testamento que olhou para trás quando aquela cidade estava sendo destruída e ela ao olhar para trás virou estátua, se petrificou. Simbolicamente falando, a passagem eterna está no oriente, e temos que renunciar o ocidente e devemos caminhar para o oriente, aonde o sol nasce. É a procissão da fé. E a minha luz é trinitária: do Pai, Filho e Espírito Santo. Cristo é o sol que vem do oriente até nós. No batismo, antes mesmo de se mergulhar na água, se manifesta a própria fé. Para isso temos que está na vigilância. E o adversário, o diabo, como um leão faminto, nos procura para nos devorar. Temos que está preparado para a chegada das adversidades, pois como disse uma católica amiga minha, quanto mais próximo de Deus, maior será a dificuldade da nossa caminhada na vida. Porém, o universo não vai nos oferecer nenhuma adversidade que não possamos agüentar e superar. Somos do tamanho dos nossos problemas. Alexandre O Grande tinha um grande problema: unir o ocidente e oriente. E fez o que fez e entrou para história como um grande guerreiro e também como um grande herói para os antigos. Nós que nos cumprimentemos a nos livrar do príncipe desse mundo em que vivemos, esse príncipe que nos faz pensar o contrário do que devemos pensar, devemos entrar na realeza de Deus. Não devemos ser escravo dos nossos desejos, mas comandar nossos desejos e não deixa que eles, os desejos, nos comandem. E Jesus é a porta para sairmos dessa escravidão dos desejos. E precisa morrer o velho para que nasça o novo, o homem novo, como disse São Francisco de Assis: “E é morrendo que se vive para a vida eterna!” A árvore só nasce quando a semente morre. Devemos continuamente fazer memória da vida Jesus e praticar a Lei, e assim chegaremos à vida, como Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vem ao Pai senão por mim!” Jesus veio nos libertar do príncipe desse mundo assim como Moisés libertou o povo hebreu da escravidão do Egito. Tudo isso está relacionado no rito do batismo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mariologia – Aula 13

Mariologia – Aula 13

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Jesus culminou a sua obra, a salvação, através da igreja. Nós encontramos essa revelação de Deus através de 3 realidades: magistério, escritura e tradição. Como já disse, na igreja católica, quem morre ainda tem voz, e faz parte da tradição. E Jesus aconselha a propagar essas 3 realidades quando diz: “Ide e evangelizai.” O magistério é que interpreta. A escritura sagrada é a voz divina que ecoa por toda a eternidade. O antigo e novo testamento formam o corpo literário que deve ser seguido por todo cristão. Mais o novo testamento do que o antigo, pois o contexto histórico em que foi escrito o antigo testamento era bem diferente da realidade atual, e muita coisa do antigo testamento foi escrito se dirigindo a um grupo específico, no caso os judeus, que ainda estavam no início de sua caminhada e viviam em outro contexto histórico. Por exemplo, na época do antigo testamento, para evitar a vingança por gerações, era necessário aplicar a lei olho por olho, dente por dente; mas já na época do novo testamento essa lei não fazia mais sentido, como disse Gandhi: “Se todos nós formos lutar olho por olho, todos nós ficaremos cegos!” Como também se entendia por que na época do antigo testamento era aplicada a poligamia. Pois nessa época era uma época de guerreiros e heróis, e quando um guerreiro morria em batalha, a sua família e sua conseqüente viúva tinha que ficar amparada por alguém, que geralmente era o irmão que assumia a família do guerreiro morto em batalha. Nesse contexto se entendia por que era permitido a poligamia, mas hoje não vivemos mais a época do antigo testamento, e a poligamia hoje não faz mais sentido. As leis atemporais, eternas, procuram vestimentas temporais, do contexto cultural de cada civilização, para poder ser aplicada num determinado povo.
Primeiro surgiu à igreja e depois a necessidade de perpetuar. Ai nasceu à vontade de registrar a tradição oral na tradição escrita. Na verdade o conhecimento oral na antiguidade era superior ao conhecimento escrito. Porém a necessidade do conhecimento escrito nasceu com a decadência do conhecimento oral. Há quem diga que Jesus tinha um diário. Era comum em algumas escolas filosóficas os mestres aconselharem os discípulos a terem um diário.
Para a igreja católica, o dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e segura. Agora, quem pode proclamar um dogma? O Papa e os bispos num concílio. O Papa não é como um rei que reina de maneira absoluta, ele, o Papa, segue um colegiado. Tanto a palavra papa, como a palavra padre, tem a mesma raiz, e quer dizer “pai”. São nossos mestres a quem devemos nos aconselhar para seguir a caminhada da vida. Existem vários dogmas: marianos, papais, cristológicos, e etc. A igreja se reúne para definir essas verdades absolutas. São os chamados concílios. Criar é fazer a existência daquilo que não existia, mas a igreja diz que Jesus existiu desde sempre, como diz o apóstolo João no seu evangelho, Jesus era o verbo, e no início o verbo e o Pai era um. E continuando, João vai dizer depois que o verbo se fez carne, que foi a encarnação de Jesus, filho de Deus. Pessoalmente, por ser um livro mais filosófico, o “Evangelho Segundo João” é meu livro preferido da bíblia. É a águia dos quatro animais sagrados, com seu olhar longe típico da águia, penetra mais profundamente no coração dos cristãos por todo o mundo. Enquanto o “Evangelho Segundo Mateus” é o homem alado, já que inicia o livro com a genealogia de Jesus. Mateus era considerado o repórter dos apóstolos, típico quem é do signo de gêmeos. O “Evangelho Segundo Lucas” por causa da sua força interior, simboliza o touro. E o “Evangelho Segundo Marcos” por iniciar seu evangelho dizendo sobre João Batista: “Uma voz clama no deserto!” simboliza o leão, o rugido do leão, o rei da selva. Que vem abrir caminho para a chegada do Cristo. A filósofa russa do século 19, Helena Blavatsky, disse que o apóstolo João era um iniciado nos mistérios, e que Pedro era apenas um cabalista. A cabala é a doutrina esotérica do judaísmo.
Por falar em signos, a astrologia que a bíblia critica é a astrologia de jornalzinho e revistinha de fofoca de hoje em dia. Que já existia naquela época, não digo necessariamente em material escrito, mas oralmente mesmo. Na antiguidade a astrologia e a astronomia eram estudadas juntas. Uma era o complemento da outra. Enquanto a astrologia estudava o porquê, mais a parte psicológica, a astronomia estudava o como, mais a parte das leis, da matemática. Tem até uma tradição que diz que os 3 reis magos eram astrólogos e astrônomos. Segue a lista dos 12 apóstolos e seus respectivos signos segundo o astrólogo brasileiro “Bola”, que diz que Leonardo da Vinci os pintou seguindo a rodem zodiacal no quadro “A Santa Ceia” ou como alguns chamam “A Última Ceia”: Pedro era de Áries; Judas Tadeu de Touro; Mateus de Gêmeos; Filipe de Câncer; Tiago Menor, irmão de Tadeu, era de Leão; Tomé, de Virgem; João Evangelista, Libra; Judas Iscariotes, Escorpião; Simão, Sagitário; André, irmão de Pedro, de Capricórnio; Tiago Maior, irmão de João, de Aquário; E Bartolomeu de Peixes. Diz ainda uma tradição que Jesus era do signo de Peixes, que fazia aniversário no dia 1 de março. Era um típico pisciano que falava por meio de parábolas, próprio da dualidade desse signo. Tanto que o signo é Peixes no plural e não no singular, o símbolo desse signo são dois peixes, e não um único peixe. Quem quiser pode acompanhar a palestra do astrólogo “Bola” no site WWW.youtube.com (...) Leonardo da Vinci pintou o quadro no momento que Jesus disse: “Um de vós me trairá”; e pintou cada apóstolo se comportando de acordo com seu perfil astrológico diante dessa mensagem de Jesus.
Uma coisa é a revelação que foi dada para nós por meio de Jesus Cristo, outra coisa é a compreensão da revelação, que vem posterior a revelação com a vestimenta cultural e histórica de cada época. A revelação muda? Não, o que muda é a nossa compreensão da revelação. Num caráter de progressividade e continuidade. Só que Jesus veio para dar continuidade e ao mesmo tempo descontinuidade do judaísmo. Fundando uma nova religião, o cristianismo, sem abandonar o judaísmo, a religião de Jesus. Como diz na bíblia, Jesus veio para aperfeiçoar a lei. Jesus era judeu de carteirinha e cristão por natureza, como eu digo numa poesia. Semelhante papel ao de Jesus foi à ação de Buda na Índia, que veio para dar continuidade e ao mesmo tempo descontinuidade do hinduísmo, e assim Buda fundou uma nova religião: o budismo. As religiões são como meios de transporte indo todos ao mesmo lugar, só que o cristianismo é o avião das religiões. No cristianismo se chega de maneira mais rápida a divindade. Buda e Jesus estão no mesmo barco. Assim como outros avatares que acabaram por fundar outras religiões. Avatar é um termo hindu para classificar aqueles homens que são a encarnação da divindade, que são os últimos homens que Nietzsche cita no seu livro clássico, “Assim falou Zaratustra”, sua magnum opus. Os últimos homens, segundo Nietzsche, é o destino de todos os super-homens. Como já citei os super-homens ou além homens, são os heróis, que para os católicos são os santos. Jesus é um exemplo de último homem, Jesus é a representação visível do Deus invisível, como já disse. Falando mais um pouco sobre a tradição apócrifa, diz-se que Jesus em vez de dizer na cruz: “Pai, por que me abandonastes?” Jesus na verdade tinha dito: “Pai, por que me glorificastes?” Segundo minha mestra Lúcia Helena Arruda, que mora atualmente em Brasília, deixou-se a primeira frase para passar a imagem de um Jesus sofredor. Mas Jesus continuou sendo um forte na cruz, foi onde Jesus mostrou toda a sua força sendo humano, demasiado humano. E Jesus venceu a morte.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 12

Atos dos Apóstolos – Aula 12

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

As visitas pastorais dos bispos não são de hoje, mas desde o tempo de Paulo de Tarso. As ações dos cristãos do cristianismo primitivo, desde o tempo dos apóstolos, foram atividades missionárias que revolucionaram todo o mundo conhecido na Antiguidade. A chegada de Paulo a Atenas, marca o início oficial da chegada do evangelho no mundo grego. E mesmo Atenas não tendo mais tanta influência cultural sócio-filosófica desde a época de Platão e Sócrates, e antes deles dos filósofos pré-socráticos, ainda assim Atenas carrega consigo o peso histórico-filosófico de ser referência na Antiguidade de sabedoria. O novo testamento que conhecermos hoje foi traduzido da língua grega clássica. A mesma língua que foi escrita o livro “A República” de Platão, o livro clássico dele, a sua magnum opus. Esse filósofo grego que tanto influenciou Santo Agostinho. Enquanto o filósofo grego Aristóteles, discípulo de Platão, influenciou São Tomás de Aquino. Então, Paulo entra numa cidade, que é Atenas, que já tem uma grande fama na Antiguidade, mesmo não sendo a mesma fama de outrora. Então, a cultura bíblia se encontra com a cultura pagã. E devido a sua convicção judaica, segundo o novo testamento, há um espírito inquietante em Paulo com relação aos gregos, por causa do politeísmo da antiga religião grega. Se bem que os gregos antigos também tinham a representação do Deus das religiões monoteísta, era representado como “O Deus desconhecido”, que eles, os gregos, consideravam um Deus tão abstrato, elevado, e metafísico, que eles até evitavam falar Dele. Tem até um poema de Nietzsche que encontrei na internet em que Nietzsche, filósofo alemão do século 19, ateu declarado, se coloca a serviço desse Deus desconhecido.
Então Paulo vai primeiramente à sinagoga, pois como Jesus disse que veio primeiro para salvar aqueles da casa de Israel, e depois Paulo vai à Ágora, uma Praça em Atenas em que o famoso filósofo grego Sócrates proferia seus discursos filosóficos. Mesmo não tendo a mesma importância da época dos filósofos mais antigos, ainda assim a Ágora ainda tem certa importância como o centro filosófico e cultural de Atenas. E Paulo fala desse Deus desconhecido em Atenas. Paulo no seu discurso em Atenas inicia o discurso falando da importância e da religiosidade dos gregos. O papa João Paulo II também, em um dos seus discursos no Brasil, também rasga elogios ao Brasil. Então, se desarma para poder discursar, uma técnica muito utilizada pelos grandes oradores na história da humanidade. Existe até uma expressão em latim, que não me lembro agora, que representa essa técnica da oratória.
Deus colocou no coração dos homens, o desejo de procurar a divindade, e os gregos usavam a filosofia para procurar essa divindade em tudo que se manifesta. E Paulo tenta mostrar a através de uma teologia fundamental, dizer que os gregos podem também procurar essa divindade através de um novo embaixador dessa divindade: Jesus Cristo. Como já disse, imagine um gráfico X versus Y, e Deus sempre existiu como escala negativa, e depois da criação do universo, Deus passa a existir como escala positiva. E Deus enviou seu filho Jesus para ser embaixador dessa luz que é o cristianismo, a nova religião. Aliás, o termo Cristo é um termo da língua grega clássica, que quer dizer: ungido. Como disse o apóstolo João: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...” Se Jesus conseguiu em uma só vida chegar ao patamar o que Nietzsche chama de último homem, que é o destino final de todos os super-homens (heróis), então o destino de todos os homens é serem além de santos, os santos são como o super-homem de Nietzsche, são os heróis para os católicos. E Jesus veio mostrar que o homem pode ir além dessa condição de ser santo. E o homem, mesmo ainda não chegando a essa condição de ser alguém para além dos santos, ainda assim pode fazer coisas maiores do que Jesus fez, tanto que Jesus diz no evangelho: “E surgirão outros que farão coisas maiores do que eu fiz”. E nesse momento, mesmo que não seja permanente, mas nesse momento em que esses homens conseguem fazer coisas maiores do que Jesus fez, então, esses homens conseguem roçar a divindade, assim como os santos roçaram a divindade.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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