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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A solidão filosófica




A solidão filosófica

Temos que buscar a solidão filosófica, necessária para ter uma vida interior. Uma amiga minha tem sonhos premonitórios com freqüência por que tem duas características muito importantes: é extremamente ética e tem uma profunda vida interior, faz uma profunda oração diariamente e medita profundamente. É claro que tem outras pessoas que fazem a mesma coisa e não tem sonhos premonitórios com freqüência, mas para ter esses sonhos tem que ser essas duas condições ao extremo: ser ético e ter uma vida interior. O outro tipo de solidão é: podemos está no meio de uma multidão e está só. Temos que buscar a solidão filosófica. Buscar a voz do silêncio, que é a voz da consciência. O uirapuru, que é um pássaro que só canta uma vez no ano, na floresta amazônica, imagine que esse pássaro é nossa consciência que só desperta, só canta, quando toda a floresta silencia, quando nossos pensamentos secundários silenciam.
Com relação ao ato de pensar, compartilho a opinião do filósofo Nietzsche que admirava aqueles que pensam em movimento. Como ele mesmo. Em uma das cidadezinhas da Europa, em que Nietzsche passou um tempo por lá, de manhã ele produzia, e de tarde fazia longas caminhadas onde escrevia seus pensamentos. Às vezes esquecemos que a natureza cura, e quando você estiver doente no aspecto físico ou psicológico, procure a natureza, que pode ter revelar a cura. Carlos Drummond de Andrade disse: "A natureza não faz milagres, faz revelações!" Lembre-se: quem é ético é ético na escuridão ou na claridade, só ou em grupo!

Autor: Victor da Silva Pinheiro

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Diálogo entre Sarah Cristã e Severino Pagão: você ouviu o que precisava ouvir!



Diálogo entre Sarah Cristã e Severino Pagão: você ouviu o que precisava ouvir!

       - Sarah Cristã, naquele dia da sua conversão, você ouviu de Jesus o que precisava ouvir, senão você continuaria sendo uma pessoa do mundo. Com o tempo você vai perceber que existe uma diferença em conhecer o caminho, e trilhar o caminho. E Jesus sabe disso. Se você estudar a história do cristianismo, vai saber que o fato de considerarem Jesus sendo Deus só surgiu num dos concílios da igreja católica. A igreja católica surgiu 300 anos depois do nascimento de Cristo. E no cristianismo primitivo, não se acreditava que Jesus era Deus, mas que era divino, profeta, rei e sacerdote. O messias prometido, mas que não era Deus. Essa idéia que Jesus é Deus foi estabelecida num concílio. Assim como também que os cristãos dos primeiros séculos acreditavam em reencarnação, essa idéia de reencarnação foi tirada do cristianismo depois que a igreja católica surgiu. Faça uma pesquisa séria e chegarás às conclusões que eu cheguei. 
          - Mas Severino, um padre ou pastor que pesquisou nessa área vai dizer que os cristãos dos primeiros séculos do cristianismo eram meios pagãos e cristãos e misturavam as crenças, por isso, segundo eles, que acreditavam em reencarnação. 
           - Sarah, saiba que Jesus e os apóstolos acreditavam em reencarnação. - Então vem a grande pergunta, Severino:  será que Jesus mentiu para mim no meu quarto? 
           - Eu não falo em mentir, não entenda as coisas como certas ou erradas, ele foi apenas um guia, que naquele momento, repito, disse o que você precisava ouvir para sair da vida mundana.
          - E me propôs algo melhor. 
           - Imagine se ele tivesse dito a verdade, que ele não é Deus e que a bíblia foi alterada em algumas partes? Você ficaria sem chão, por que, pelo que conheço, não existe nenhuma igreja reencarnacionista do cristianismo primitivo. Com relação à bíblia, saiba que foi a igreja católica que juntou livros antigos do judaísmo e livros novos do cristianismo, da época de Jesus - esses livros cristãos foram escritos algumas décadas depois de sua morte, somando com os livros judeus escritos a séculos antes de Cristo - e formou a bíblia. E muitos outros livros foram excluídos da bíblia. Como esses livros excluídos eram muitos e não podiam ser queimados, foram então classificados como apócrifos. 
           - Severino, agora que estou numa condição melhor, na condição de princesa, você pode abrir um pouco mais seus olhos e verás um mundo maravilhoso guardado por diversas tradições. 
            - Só que se lembre: há que filtrar, pois nem tudo que está ai guardado pela tradição filosófica é válido. Passe pelas 3 peneiras de Sócrates: da bondade, da utilidade e da verdade. Entenda que as religiões são galhos da mesma árvore. 
           - Severino, imagine você escalando uma montanha, e no topo da montanha há uma árvore, se você ainda está na base da montanha, só vai ver uma pontinha das folhas da árvore e se você desconhece a verdade, se nunca viu uma árvore, vai achar que a folha é a árvore. Se você subir um pouco mais, já vai ver folhas, galhos, flores, e sua visão ficará mais ampla. A folha é um pedaço da árvore, não deixa de ser uma parte da verdade, que é a árvore, mas não é a verdade. Você só saberá e verá a verdade toda, só verá a árvore toda, quando estiver no topo da montanha. E essa árvore é Jesus.
           - Pois é, e uma vida é muito pouco para chegarmos até a ter essa visão. Imagine a árvore como nossa consciência, só teremos plena visão de nossa própria consciência e assim, "ser perfeito como meu Pai é perfeito no Céu", como diz Jesus, só chegará a essa condição depois de muitas e muitas reencarnações. As religiões são meios de transportes indo todos ao mesmo lugar. São galhos de uma mesma árvore. 
        - É, mas o cristianismo é o avião das religiões. 
         - Eu sei, e digo mais: existe uma lei do karma, da ação e reação, criada por Deus, que diz que tudo que fizemos de bom ou mal nessa vida, se voltará contra nós no caso do mal, e se voltará a favor de nós no caso do bem, na exata medida, nessa vida ou nas próximas. Se tivermos sorte, se volta contra nós ainda nessa vida e saberemos por que sofremos, se não, se for muito grave, inclusive, se voltará contra nós nas próximas vidas até aprendermos e não mais repetir os mesmos erros e assim, evoluímos. Até Deus tem que respeitar essa lei, se não Ele deixa de ser Deus. 
          - Para mim, Biu, o sentido da vida está em entregar-se ao extremo a sabedoria e ao próximo, e assim, evoluindo. Como diz na bíblia: "...e Ele nos amou ao extremo". Como o próprio Jesus disse, os dois mandamentos mais importantes é: "amarás o seu Deus de toda sua alma, espírito e coração e amarás o próximo como a si mesmo", daí deriva todos os outros mandamentos, segundo Jesus, e é isso que eu sigo, você está expondo ideias pagãs. Eu pergunto: Que lógica é essa de pagarmos pelo mal de vidas passadas se não lembramos que cometemos esses males?
           - Eu respondo: imagine, numa possibilidade hipotética, que você cometeu um grave crime, e não se arrependeu, e perdeu a memória no dia seguinte, é possível cometer esse crime novamente? Sim, é possível, porque a raiz do erro ainda está em você. Então vem a lei do karma bater em você para você aprender através da dor a não cometer esse crime ou pecado, e deixar de ferir a outra pessoa, além de deixar de ferir você mesma.                
        - Pra mim, ser cristão é ser o Escolhido e ser o Escolhido é ser aquele que se escolhe para servir ao máximo a humanidade. 
           - Eu sei, admiro sua luta, seu processo de conversão, é bonito isso, mas saiba que existem outros graus para você escalar, você só viu parte da verdade, a verdade por completa está mais oculta, dentro de nós. O problema de alguns religiosos fanáticos - que não é o seu caso, e pelo seu reflexo também não é o caso da sua comunidade cristã - então, o problema é que alguns religiosos fanáticos vêem uma parte da verdade de algum modo, mas consideram essa verdade como única e chegam até a errar feio no decorrer da caminhada. Por isso sou a favor do ecumenismo, para ajudar a quebrar esse clima. No mais, boa sorte na sua caminhada, sei que você é iluminada e escolhida por Deus, mas saiba que existe algo além de mundo maravilhoso que Deus tem lhe proporcionado. Como já disse nos meus textos, o discípulo passa por 3 fases: devoção, investigação e serviço. Quem só fica na devoção e não investiga e nem serve, vira fanático. Quem só fica na investigação sem ter devoção e serviço, vira intelectual, tem muita teoria e pouca prática, que é o que vemos no mundo de hoje que louva a comunicação, mas não tem muito o que comunicar. Tem muita informação, mas pouca formação. E quem fica só no serviço sem ter investigação e devoção, vira um inocente útil, alienado, serve a algo que não sabe o que bem é. Aconselho a você, pois você é uma mulher madura, a poder conciliar esses 3 campos: devoção, investigação e serviço. Certamente, nos encontraremos, nessa vida e/ou nas próximas. E depois que você morrer e chegar à constatação que reencarnação existe, lembre-se de mim, e dirá: "Aquele Severino da internet estava certo!" E quando você morrer, se apresentará situações simuladas para deixar você presa ali, mas você não deve ficar presa nessas situações, continue caminhando em direção a luz, que lá na luz você encontrará o Céu cristão prometido por Jesus, para se purificar e poder voltar a reencarnar. Só vão para regiões infernais, depois que morrem, pessoas muito más, e até essas pessoas tem que voltar a reencarnar, pois tal é a lei. E a reencarnação também explica por que algumas pessoas nascem deficientes e outras não; e também por que umas pessoas nascem mais aptas e outras não, já que não se começa do zero quando reencarna, mas recomeça do ponto da evolução da consciência onde parou na última vida, e essa fase da atualização da consciência é muito rápida. Não é justo um homem que sempre foi ético e solidário, mas que pelo fato de ser ateu, vá para o inferno, e pior, que seja condenado eternamente. Como é injusto um homem que foi criminoso a vida toda, assassino, vá para o Céu porque se converteu ao cristianismo antes de morrer. Se você, que é humana, sabe que isso é injusto, quanto mais Deus, que é perfeito? Não existe condenação eterna, como diria o poeta, o sentimento de inferno é eterno enquanto dura. Lembre-se que naquela passagem da bíblia em que Jesus diz ao ladrão bom que foi crucificado que ia para o Céu junto com Jesus, esse ladrão foi para o Céu por que se arrependeu, e, principalmente, por que já estava pagando pelos seus pecados, pelo seu karma negativo, já que foi crucificado.  A reencarnação é um presente da natureza para continuarmos evoluindo, como disse minha mestra. 
           - Pra mim, o tolo se distrai com a sabedoria, o filósofo reflete, e o sábio pratica a sabedoria. Vejo que você disse coisas interessantes, mas suas palavras só fazem eu reafirmar minha fé cristã. Eu prefiro viver uma dura verdade do que uma mentira confortável. 
          - Ok, Só pra finalizar esse assunto de reencarnação, algumas religiões dizem que reencarnamos como animais, mas isso não é verdade, o homem não regride a esse ponto. E você acha que Jesus ia escolher um mau caráter como apóstolo? Você acha que Jesus ia escolher uma pessoa má como um dos doze discípulos mais próximo de Jesus? É óbvio que não. Jesus era profeta, conhecia o coração dos homens e não escolheria um mau caráter como apóstolo. Judas Iscariote, segunda a tradição apócrifa, era o apóstolo mais forte. Por isso, segundo essa tradição, Jesus o escolheu para entregá-lo para ser julgado e condenado, Judas não queria, Jesus que insistiu, pois Jesus disse: "Só tu podes fazer isso". 
         - Obrigado por essa conversa Biu, mas como já disse, reafirmo minha fé, por que o cristianismo me passa entusiasmo, e isso é uma verdade, entusiasmo não é empolgação, que é momentânea, entusiasmo é permanente, que etimologicamente quer dizer: "cheio de Deus". A verdade é como uma roseira, bela, porém espinhosa. E eu conheci essa verdade em Cristo, como disse Jesus: "Se permaneceres meu discípulo e conhecerás a verdade e a verdade vos libertará." Espero que você continue estudando mas veja o cristianismo com os olhos divinos, de águia, pois diz na bíblia: "E sejais como uma águia". E que Deus tenha misericórdia de ti, de mim e de todo o mundo, pois misericórdia para mim é um amor com compaixão.

João Pessoa, Paraíba, Brasil, 29/12/2011

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Transformação da sociedade: guerra versus educação


Transformação da sociedade: guerra versus educação

Existem duas formas de transformar a sociedade: uma dessa formas é através da guerra, a curto prazo; o outro modo é a longo prazo, através da educação. Como exemplo histórico sobre a guerra, temos as campanhas militares de Alexandre O Grande. Ele tinha um sonho de unir ocidente com oriente. Antes de Alexandre existiam tribos e reinos, depois de Alexandre, existiu um império. Dizem, inclusive, que Alexandre O Grande chorou 3 vezes na vida: quando nasceu, quando não encontrou um historiador a sua altura para relatar suas façanhas, e quando viu que não havia mais terras a serem conquistadas. Os homens são do tamanho dos seus problemas, e o problema de Alexandre era unir ocidente e oriente, e assim criou a cultura helênica. A outra forma de transformação da sociedade é através da educação, e essa forma tem se mostrado mais eficaz durante a história da humanidade, que é um projeto a longo prazo. Hoje os Estados Unidos fazem guerra em nome da democracia, como se a democracia fosse o sistema de governo ideal. Pois saiba que a democracia é o governo da maioria, e a maioria não sabe o que o é melhor para si e não sabe o que é melhor para a maioria. O filósofo grego Platão diz que a democracia só daria certo numa sociedade de sábios. E a democracia da Grécia de Péricles, da Grécia Antiga, era totalmente diferente da democracia atual. O governo ideal, segundo Platão, é a aristocracia, que etimologicamente quer dizer o governo do mais sábio, ou o governo dos melhores. Hoje esse termo "aristocracia" tem conotação de elitismo, de gente rica, mas na sua origem não corresponde ao conceito atual. Ainda falando de democracia, como já citei em outro texto, só lembrando: imagine uma família com 3 filhos e pai e mãe, imagine se fosse uma democracia essa família, as crianças transformariam a casa numa bagunça. Mesma coisa na sociedade, os antigos falavam que vivemos uma eterna infância, não no exemplo da candura e simplicidade, mas no excesso de infantilidade mesmo, de antecipar a juventude e tentar prolongar a juventude do corpo como se isso fosse essencial perdendo assim a oportunidade de viver a natureza de cada idade da vida. Jesus diz que nos tornemos como crianças para entrar no Reino dos Céus, mas não imitemos as crianças no excesso de ingenuidade, mas na candura e simplicidade. E eu completo dizendo que sábio é aquele que tem a experiência de vida de um ancião e a candura e simplicidade de uma criança. Ainda diz o filósofo e senador romano Cícero: “Não estudar a história dos nossos antepassados, é permanecer criança para sempre!” Então que amadurecemos sem perder a aurora da primeira idade.
Lembremos ainda os conceitos do filósofo Nietzsche sobre a moral do escravo e do nobre. A moral do escravo é que puxa você para baixo, tenta se igualar a você o puxando para baixo, é a moral do ressentido. A moral do nobre o puxa para cima, sabe ter misericórdia com os vencidos e ser justo com os maus e com os bons. A moral do nobre é para espíritos fortes. É uma moral atemporal, eterna. Enquanto a moral do escravo é temporal e muda conforme a moda vigente muda. Então lutemos uma guerra, mas uma guerra no campo do espírito, da educação, nessa luta contra a ignorância. E para finalizar o texto, cito uma frase romana: "Se você quer a paz, esteja preparado para a guerra!". Uma casa bem armada dificilmente vai ser invadida, gerando paz para aquela família.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eucaristia – Aula 10

Eucaristia – Aula 10

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil

                Antes de tudo, digo aqui que a eucaristia é um mistério da fé, um mistério acreditado, primeiramente. Aí está Deus na sua plenitude se expressando através da trindade. As 3 pessoas da santíssima trindade são inconfundíveis, inseparáveis, indivisíveis, e imutáveis. Na eucaristia está também a igreja. Temos também que enxergarmos nós no pão sagrado. Depois vem o mistério celebrado, onde há arte, estrutura e participação. Esse mistério é celebrado nos ritos, usando os símbolos. A missa é cheia de símbolos, do início ao fim. A procissão de entrada representa que a igreja vem ao nosso encontro... com relação a isso, saiba que o mestre, o professor, só aparece quando o discípulo, estudante, desperta, e trazendo a tona o sentimento discipular.
Paróquia significa algo além da casa, mas no grego quer dizer “caminhada”, “peregrinação”. O significado da cruz na frente da procissão significa que todos estamos percorrendo o caminho de Jesus Cristo. As imagens dos santos e santas nas igrejas e procissões, são simbólicas, significam algo sagrado. Os católicos praticantes não adoram imagem. As imagens fazem memória, nos faz lembrar que não estamos sós nesse caminhada a cidade santa.
Dentro do mistério vivido há a importância do domingo e das comunidades carentes. Além do sentido da eucaristia nos leigos, clérigos e religiosos. Todos fazem parte do corpo de Cristo. As hierarquias existem na igreja para facilitar o serviço. A eucaristia, simbolicamente, é o maior tesouro que existe. Se eu tenho consciência disso, sinto necessidade de partilhar esse pão. Na cruz, na eucaristia, Jesus revela o mistério da vida. O mistério da vida, o sentido da vida, está em nós nos doarmos e assim, evoluindo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eu, as nações e um conselho


Eu, as nações e um conselho

Eu quero ter
A pontualidade dos ingleses
A harmonia dos chineses
A disciplina dos japoneses
A precisão dos alemães
O patriotismo dos mexicanos
O mistério dos indianos
O espírito peregrino dos árabes
A resistência dos africanos
A ginga brasileira
A guarra dos argentinos
Enfim,
Eu não quero ter isso
eu simplesmente
tenho todas essas qualidades
dentro de mim
adormecidas
mas que um dia
se despertará

Assim como o sol se levanta
todos os dias
e vence a noite
Aconselho, leitor:
"Não pense que é, saiba que é!"
Conscientes disso
mudarás os rumos da história

autor: Victor da Silva Pinheiro


Liturgia – Aula 13

Liturgia – Aula 13

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

                O Pai Celeste sempre aceita a oferta do filho, que, repetindo: Jesus é o cordeiro, o altar e o sacerdote. O sacrifício definitivo. Ao passar sempre pelo altar, é dever do cristão fazer reverência de corpo, pois o altar é o próprio Cristo. Sacramentalmente falando, os nossos bispos são tão bispos quanto o Papa. O diferencial do Papa é que o consideram sucessor do apóstolo Pedro, considerado este o primeiro Papa da história. E todos os bispos devem prestar obediência ao Papa.
Mesmo que vacilemos na nossa caminhada, Deus estará ao nosso lado. Tem um conto popular que diz que no final da vida, estava Deus conversando com um homem a beira-mar sobre o passado deste homem onde aparecia imagens da vida dele, e quando Deus estava ao lado dele. No decorrer das imagens sobre a vida dele, Deus e o homem deixavam dois pares de pegadas para trás. Só que nos momentos mais difíceis da vida deste o homem, ele observou que só havia um par de pegadas e ele perguntou a Deus: “Onde estava tu Senhor nos momentos mais difíceis da minha vida?” e Deus respondeu: “Estava te carregando nos braços, meu filho.” Contei esse pequeno conto só para confirmar que Deus nunca nos deixa nas mãos, sempre Ele é fiel a nós, seus filhos. 
Uma forma de servir a Deus é se inserir num movimento. É uma forma de espiritualidade, como na Legião de Maria, que, lembremos, a Legião de Maria é primeiramente cristológica, para depois ser mariológica. Os principais mistérios do cristianismo é a santíssima trindade, e a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Existem diversas formas de espiritualidade, como: pneumatológica (ligada ao Espírito Santo), eclesial, litúrgica, mariana. Nas nossas orações devemos não só rezar para nós mesmos, mas para os irmãos e inimigos. Está ai o caráter eclesial das nossas orações.
Lembre-se: quando você se compromete a fazer algo, como estudar, a vida vai oferecer as maiores seduções do mundo para lhe tirar desse objetivo, que é estudar, a vida vai lhe fazer testes para ver se realmente você está comprometido em estudar, vai testar sua fé. E para passarmos nesses testes, temos que nos manter firmes na fé.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Eucaristia - Aula 9

Eucaristia – Aula 9

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil

                Existem muitos cristãos anônimos, como disse certo autor, de outras religiões, mas que cumprem um mandamento de Jesus que os fazem serem cristãos não oficiais: “O meu mandamento é esse: amai-vos, como eu vos amei. Não há maior amor do que aquele que doa a vida pelo seu amigo.” Disse Jesus. E por cumprir esse mandamento, esses se tornam cristãos, por natureza, mesmo que não oficiais. Como se diz, Jesus é o altar, sacerdote e o cordeiro posto em sacrifício. Então o altar também é o túmulo de Jesus. Os 4 evangelhos diz que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana. O domingo dar sentido para os outros dias da semana. É o dia do Senhor, como diz um ditado popular: “Um domingo sem missa, é uma semana sem graça.” O domingo deve ser o horizonte de nossa vida, como aquela passagem em que Jesus pede para jogar a rede e os apóstolos pescadores pegam tanto peixe que faz dar muito volume a rede. Uma vida eucarística é uma vida segundo o domingo. Temos que viver a eucaristia e o significado do sentido do repouso. Jesus está, na missa, no altar, santíssimo, sacerdote e na comunidade.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Liturgia - Aula 12

Liturgia - Aula 12

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

                A homilia, o discurso feito depois da leitura do evangelho, tinha que ser mais, como posso dizer... mais duro. Mas geralmente o povo aceita melhor uma homilia mais amável. Mas o ato de amar é dizer a verdade, mesmo que a verdade seja dura. Porém, existem 2 maneiras de se mostrar um diamante para uma pessoa: o entregando suavemente ou jogando o diamante na cara da pessoa e assim a pessoa criar uma aversão a verdade, simbolizado pelo diamante, por causa da maneira como foi abordada. Como disse certo idealista: “Endurecer sim, mas sem perder a ternura, jamais.” Os primeiros cristãos diziam: “Sem eucaristia, não podemos viver”. A consciência se dar na pessoa quando colocamos em primeiro lugar na nossa vida Deus. Como diz na bíblia: “Primeiro procurai as coisas do alto, e todas as outras coisas vos serão dadas por acréscimo.” Na liturgia, simboliza isso: é o ponto mais importante da vida cristã. E no ano esse cume é o mistério pascal de Cristo, é o domingo de páscoa, mais importante até do que o natal. Mas voltando, a homilia... uma dica para os sacerdotes: os generais espartanos eram aconselhados a não fazer discursos emocionantes antes das batalhas, para não tirar do estado de serenidade os soldados espartanos. Então, o pregador, o sacerdote, tem que fazer a mesma coisa dos generais espartanos, para preparar o cristão para a batalha do dia-a-dia, do cotidiano. Como já disse: “Quando a missa termina, apenas começou a missão.” A igreja pode e deve se adaptar para atrair os jovens, mas não pode perder a essência. É aconselhável aos padres manter o caráter romano da missa. Ao analisarmos a história da igreja, temos que analisar com a hermenêutica da continuidade e não da ruptura, valorizando a tradição cristã.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



Eucaristia – Aula 8

Eucaristia – Aula 8

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

                “Aonde estiver o teu tesouro, ai está o teu coração”. Com essa frase cristã, inicio esse texto. Então, que nosso coração esteja em Deus. Até na ceia de Jesus teve o momento da palavra e da eucaristia, assim é formada a missa: palavra e eucaristia, além dos ritos iniciais e ritos finais. Tem uma frase do filósofo Nietzsche que diz que: “Se você olha muito para o abismo, o abismo lhe olha de volta.” Nós devemos nos manter na sala das lamparinas, da luz, onde lá fora há escuridão. Por isso no Antigo Testamento diz que: “Diga com quem andas que eu ti direi quem és!”. Porém, Jesus veio aperfeiçoar essa passagem do Antigo Testamento, ao conversar com os marginalizados, com os excluídos da sociedade, pois Jesus e os apóstolos eram a própria luz que iluminava um lugar antes escuro. Deus, primeiramente, fez a luz, porém o homem caiu na escuridão do pecado, mas Jesus veio ressuscitar o homem para o caminho da sabedoria. Podem nos tirar a família, da cidade, dos nossos bens, amigos e até podem nos tirar a nossa vida, mas a única coisa que não podem nos tirar é a sabedoria. Então que olhemos tudo a nossa volta com os olhos da sabedoria. Cada coisa no seu tempo, lembrando do passado por um compromisso histórico, vivendo o presente, e antecipando o futuro.
                Só depois do concílio de Nicéia que começou a se propagar a idéia que Jesus é Deus. Então, para os cristãos primitivos, dos primeiros 300 anos do cristianismo, para eles, Jesus era rei, profeta, sacerdote, o messias, o cristo, mas não que é Deus. Dar graças, em grego, quer dizer eucaristia. Segundo Paulo, Jesus é a cabeça e o corpo é a igreja, então, quando se fala em Jesus, também se fala da igreja, que é a esposa de Jesus. Temos que sair da missa e ver o mundo com os critérios de Deus. E ter misericórdia, com sede de justiça. Pois, só há destino se o construímos. No último dos concílios, uma das primeiras normas que os bispos enfatizaram, com relação à missa, foi que se deve participar da missa de forma consciente, ativa e frutuosamente. E não de forma passiva, isso também vale para a vida. Os ministérios, que significam serviços, se dividem em: ministérios ordenados(bispo, padre, diácono), ministérios instituídos(acólitos e leitores), e ministérios extraordinários. Esses são os ministérios principais, mas têm outros, como o ministério da música. Todos têm uma função. É a justiça platônica aplicada. A justiça platônica diz que justiça é cada coisa no seu lugar. Quem vai a missa deve sair disposto com um compromisso concreto. Na leitura da bíblia temos que tirar todo o negativismo, ver algo de positivo, e elevar isso ao infinito.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

Liturgia – Aula 11

Liturgia – Aula 11

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

A liturgia em si é bela, revelante, revala Cristo. A liturgia é una, em todo lugar da face da Terra vai ser semelhante uma com a outra. Missão de Jesus: lembrar ao homem a glória do Pai Celeste, e assim santificar o homem. A vida cristã é: amor a Deus e ao próximo.
Como a história ainda não sofreu o seu desfecho, acontecerá o apocalipse. E também por causa do avanço descomunal da tecnologia, sem harmonia, o homem tende a ser um predador, e não um ser humano, e isso leva a autodestruição. No fim dos tempos, chegaremos à compreensão de importantes relações. Chegaremos à consciência caminhando juntos. Nos veremos como Deus nos ver. Qual a grande mola do cristão? A esperança. Pelo dado da fé, podemos ter uma idéia de como é o céu cristão.
Na liturgia existe o ritmo diário, semanal, e anual. Através dos sinais, de forma sacramental, na missa, o Espírito Santo se faz presente. Desde quando acordamos devemos nos colocar a serviço do Espírito Santo. Se participamos de uma missa, culto, se fizermos uma caridade, se lutamos o bom combate, podemos ir em paz, pois contemplamos a salvação de Deus. Como diz o filósofo Nietzsche, na parte da “Guerra e dos guerreiros”, na sua magnum opus “Assim falou Zaratustra”: “Que importa o andamento da vida? Que guerreiro quererá poupasse?”
Por que o dia do Senhor para o cristão é o primeiro dia da semana, o domingo? Para começarmos a semana bem. E também por que a ressurreição de Jesus foi num domingo. Os cristãos nos 300 primeiros anos do cristianismo, segundo o seminarista, eles celebravam os 50 dias após o domingo pascal até o pentecostes como se cada dia desses fosse o domingo pascal. Na igreja o ano litúrgico se divide em 3 ciclos: natal, páscoa e tempo comum.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


domingo, 6 de novembro de 2011

Carta à Lavínia


Carta à Lavínia

Lavínia, o filósofo Plotino diz que os pais querem que os filhos o ultrapassem. É aquela história que o criador quer que a criatura o ultrapasse, que o discípulo ultrapasse o mestre. Se a criatura, a criação, supere o criador, é sinal que o criador fez um bom trabalho. Nessa longa caminhada de uma curta jornada que é a vida, seus pais não querem que você sofra o que eles sofreram, e para isso lhe mostrará atalhos para chegar a cidade da sabedoria. Eles podem até serem um pouco rígidos na educação, mas é para seu bem. Essa cidade da sabedoria, que é uma terra que emana leite e mel, é um estado de espírito. Amar o próximo começa em amarmos nossos parentes.

autor: Victor da Silva Pinheiro

João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil
06/11/2011


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eucaristia – Aula 7

Eucaristia – Aula 7

Escola de Teologia Discípulos Missionário da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

A arte ajuda a imaginar o invisível, ou até a ver o invisível. Ajuda a pensar em Deus. Segundo o filósofo Platão, a arte é tudo que eleva. Está ai a importância da arte sacra. Porém, hoje se olha primeiro a assinatura do pintor antes de olhar a obra, para dizer se é bonita ou não. A arte sacra é platônica, nos eleva ao sagrado. Lembremos, por exemplo, a função da tragédia grega, que tinha como objetivo fazer com que o espectador saísse do espetáculo como uma pessoa melhor.
Voltando a um antigo assunto: lembremos que toda vez que olharmos a cruz, vejamos os 7 sacramentos. Jesus era zeloso com o templo, tão zeloso que o único momento de fúria de Jesus na bíblia foi quando Jesus viu no que o templo tinha se tornado: um comércio. Na tradição apócrifa, há outros momentos de fúria de Jesus.
Os cristãos têm o bom costume de dar, oferecer, o que tem de melhor e mais simbólico aos sacerdotes. Isso é mal compreendido por alguns, mas lembrem-se esses alguns da passagem da bíblia em que uma mulher lava os pés de Jesus e depois os enxuga com os próprios cabelos. Pois Jesus era uma pessoa importante. É claro que os sacerdotes são humanos, demasiados humanos, como nós, mas para o que vai receber os sacerdotes em casa, é uma honra, é como se fosse uma visita do dia de domingo, onde o sol brilha mais forte, e o ar tem cheiro agradável: é simbólica a visita. Somos seres simbólicos. O símbolo está em tudo, inclusive na ciência, como a tabela periódica da química.
O que há de eterno na estrutura da celebração eucarística, que permanece desde a última ceia de Jesus e os apóstolos? Celebra-se a palavra e a eucaristia. Qual o enigma dos discípulos de Emaús que há no final do Evangelho Segundo Lucas? Dizem que essa comunidade de Emaús não existia, então por que foi criada pelo autor? Será que existia, mas não se tem registro histórico? A questão é que independente de ter existido ou não, há muita teologia nessa passagem. Há uma procissão de Jesus e os dois discípulos. Há interação e saudação. Há um sentimento de ferida, que corresponde ao ato penitencial. Lucas, capítulo 24, versículo 13 ao 35, é um texto eucarística, litúrgico; muitos consideram que, simbolicamente, aconteceu uma missa nessa passagem. Emaús significa escuridão, o que apimenta o enigma. Alguns consideram que significam 12 estados de Israel.
Os livros judeus chamavam-se de Tenak: a Torá (os 5 primeiros livros da bíblia que segundo os judeus foram escritos por Moisés, onde seu discípulo mais próximo ficou encarregado de terminar de escrever quando Moisés morreu); o livro do profetas, Nebim; e o Ketubim, os salmos. Jesus então falou sobre a Tenak aos discípulos de Emaús: desde Moisés, passando pelos profetas, até chegar aos salmos. Jesus fez a liturgia da palavra, onde “ardia o coração” dos discípulos. Quando os discípulos chegam a Emaús, e vêem Jesus indo embora, ainda sem saber que é Jesus, o convida a ficar na comunidade, e Jesus aceita. Eles dizem: “Fica conosco, senhor.” Está ai uma prece. Então Jesus fica e eles preparam a mesa: preparação do ofertório. E por fim acontece a eucaristia: Jesus toma o pão, abençoa, parti e entrega. Tomar: ofertório. Abençoar: epiclese. Partiu o pão: para celebrar o sacrifício do cordeiro nas celebrações judaicas, e que agora o cordeiro é o próprio Jesus. E por fim acontece a distribuição. Então eles descobrem que é Jesus, e Jesus some. Então eles saíram de Emaús, da escuridão, e foram a Jerusalém, a capital religiosa dos judeus, para anunciar a boa nova. A missa se divide em ritos iniciais, palavra, eucaristia, e ritos finais. O rito final da passagem de Emaús fica por conta da ida dos discípulos a Jerusalém, como diz um ditado cristão: “Quando a missa termina, apenas começou a missão.”

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Liturgia - Aula 10

Liturgia – Aula 10

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, Brasil.

                O sentido do incenso na celebração é purificar, é uma oferenda. É simbólico na celebração litúrgica, que significa que as nossas orações, nosso coração, devem subir, assim como a fumaça sobe, pois é ar quente, e segundo a ciência, todo ar quente sobre, e o ar frio desce. Em todo ação litúrgica celebramos o mistério de Cristo, onde há coisas mutáveis, e imutáveis, como já disse. Essas coisas agem de acordo com uma lógica da celebração. Revela o mistério pascal de Cristo. Na ação litúrgica, nós trazemos nossas vidas para esta ação, assim como nossa cultura, que devem ser iluminados pelo evangelho. O evangelho não destrói culturas, mas se adapta a cada cultura de cada lugar da face da Terra. Por isso Jesus disse: “Pregai a toda criatura”. O ato de evangelizar e desbravar em terras inóspitas deve ser uma alegria e não um peso. Na ação litúrgica, Deus deve está no centro e não o homem.
                Só devemos comungar depois de adorar. O gesto de adorar deve ser uma atitude interior. O ato litúrgico segue uma ordem, a ordem do ano litúrgico: advento, natal, tempo comum, quaresma, ramos, tríduo pascal, tempo pascal que se encerra no pentecostes, e depois volta ao tempo comum para depois entrar no advento. Assim como a natureza é cíclica, a teologia católica cristã também é cíclica. Segue uma lógica religiosa, sagrada. Que procura unir os dois mundos: esse mundo e o mundo espiritual, que na verdade fazem parte de um Uno. Numa visão bem dos filósofos pré-socráticos, não há divisão de mundo, tudo pertence a um mesmo plano. Inclusive, os católicos praticantes assim como os protestantes, tentam antecipar na Terra o Céu da vida após a morte, tentam antecipar a existência da alegria que será quando descer do Céu a Noiva, a nova igreja, a Jerusalém Celeste.

Autor: Victor da Silva Pinheiro




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Liturgia – Aula 9

Liturgia – Aula 9

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Celebrar é um ato célebre, é algo importante, um evento festivo. Como diz o Mago Merlin no filme da década de 80 “Excalibur”, depois que o rei Arthur e seus cavaleiros vencem uma importante batalha, disse o Mago Merlin: “Bebem, comam e se confraternizem, para se lembrarem desse importante dia, pois a maior desgraça do homem é o esquecimento!” Na dimensão religiosa cristã celebrar é tornar algo presente, fazer memória. E nessa dimensão celebramos o mistério pascal de Cristo, mesmo nos dias de Nossa Senhora. O primeiro celebrante é Cristo, como a cabeça da igreja, onde a igreja é o corpo. O batismo é a chave para nos dar parte na liturgia. Como nova criatura, o homem novo. Já o padre é um sinal, a cabeça e a assembléia também é um sinal, o corpo. Na liturgia, o silêncio é uma realidade importante, para os fiéis interiorizarem a mensagem. Ouvir a assim a voz do silêncio. O pássaro da região da floresta amazônica que se chama Uirapuru, só canta uma vez no ano. E a floresta não silencia quando ele canta, mas ele só canta quando a floresta silencia. Esse pássaro é nossa consciência e a floresta é nossa mente com suas diversas vozes. E a consciência só desperta, canta, quando a mente, a floresta, silencia.
O ato de caminhar em direção ao altar, simboliza o ato de peregrinação na fé, em direção as coisas de Deus. Como Abraão fez. Como Moisés fez.  Os gestos também são sinais que não estão desprovidos de simbolismo. Assim como os elementos, objetos, cores, e etc. Inclusive a cor revela o momento histórico que a igreja está vivendo. Já com relação ao ano litúrgico foi-se construindo, não nasceu pronto. Não são atos aleatórios, mas ordenados.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Liturgia - Aula 8

Liturgia – Aula 8

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

            Em cada celebração litúrgica, Cristo vem sempre a estar presente. Se não encontramos a liturgia nas nossas vidas, vivemos só o ritual, só a forma, e assim esquecemos a essência. Em cada celebração litúrgica, mais uma vez lembrando, fazes aquilo que te compete. Quando Deus na bíblia fala do alto de uma montanha com Moisés, ou quando Jesus fala num barco um pouco acima da multidão, isso tem um aspecto teológico, de estar acima, com a visão de uma águia, olhando por cima, se verticalizando. Está ai o simbolismo do altar na missa.
            O pão eucarístico é ao mesmo tempo símbolo e realidade. A eucaristia é um banquete sacramental. A paixão de Jesus era pela humanidade, mas também amava o Pai Celeste, que por sua vez Este ama também a humanidade. Jesus se ofertou, se ofereceu como o último e definitivo sacrifício, e por ser sacrifício, Jesus também quer que fosse um banquete.
            A palavra divina chega até nós como palavra romana, codificada, e cabe a nós sermos os decodificadores. A vinha, no evangelho, é a igreja, somos nós, a comunidade. Os grandes sábios sempre passavam um conhecimento para o povão, que era um conhecimento exotérico, e para os discípulos, os mais próximos, passava um conhecimento esotérico. E com Jesus não foi diferente, tanto que ele falou por meio de parábolas. Com relação aos cânticos, o que a gente canta, nos compromete. Temos que saber por que cantamos, para que o ato de cantar não vire algo mecânico. Deve expressar como nós devemos viver com Deus. Uma experiência interior.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

Amor Platônico


Amor Platônico


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de uma filósofa de Brasília. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


                Ser platônico não é almejar coisas inalcançáveis, mas é ser filósofo. O filósofo busca a sabedoria na sua plenitude. O sábio se faz diante da dificuldade. Platão homenageia seu mestre Sócrates o colando como personagem principal nos seus livros, nos seus diálogos. A voz de Sócrates nos livros de Platão, é a voz do próprio Platão. Sócrates dizia que os livros não dialogam por isso ele dava mais valor ao conhecimento oral do que o escrito, que é suscetível de deturpações. Aliás, a tradição escrita surgiu com a decadência da tradição oral, que era superior a escrita. Tanto que os Incas não tinham conhecimento escrito, diante de tanto valor que davam ao conhecimento oral. O que sabemos hoje sobre os Incas foi deixado pelos colonizadores e algumas coisas ainda se sustentam na tradição oral de alguns grupos descendentes dos ameríndios incas. Alguns estudiosos acreditam que Sócrates era analfabeto. O filósofo grego Diógenes, da época de Alexandre O Grande, disse sobre o ato de ler: “Eu não me alimento de figos pintados.” Diálogo, etimologicamente falando, vem da língua grega e quer dizer: “duas inteligências”, que quando se juntam, se colocando a serviço de um ideal, se aproximam de uma verdade superior, universal. Segundo Platão e Sócrates, amor é a busca daquilo que nos falta. Na verdade, está adormecido em nós, e quando encontramos isso que nos falta, na verdade, desperta o que estava adormecido em nós. É nossa busca interior. Pois, aquilo que nós somos de fato, nunca deixou de ser, basta só chegarmos a essa constatação e trilhar o caminho. E como diz Morfeu a Neo no filme “Matrix”: “Com o decorrer do tempo, Neo, você vai saber que existe uma diferença em conhecer o caminho, e trilhar o caminho.”
                Alma, etimologicamente falando, vem da “anima”, aquilo que nos anima, nos movimenta. Os gregos antigos diziam que o homem é constituído de 3 naturezas: Soma, é a parte física, mais densa, o nosso robozinho biológico. Depois vem a Psique, o nosso eu mental e emocional. Essas duas naturezas juntas, segundo os gregos, constituem a nossa personalidade, a nossa máscara. A terceira e última natureza nossa é Nous, o eu espiritual. A união desses 3 mundos, dessas 3 naturezas, é que forma o homem. O Nous, que simboliza a consciência, passa a vida toda nos procurando, se comunicando com nós através da vida, das pessoas, dos sonhos... só que estamos mergulhados no mundo da matéria, vivendo nossas vidas distraídas. Por isso no filme “Matrix”, Morfeu, que é o mestre e simboliza a consciência, diz para Neo, que é o discípulo: “Você pode ter passado os últimos anos me procurando, mas eu passei a vida toda procurando você!”
                Se tivermos a concepção que o que nos falta é algo físico, teremos um amor físico, somático, do prazer carnal, que rapidamente se esgota. Se tiver a concepção que o que nos falta é o amor da psique, vamos viver algo mais sutil, o amor romântico, mais duradouro, porém, também se esgota. Agora, se temos uma concepção que o que nos falta é o amor espiritual, viveremos algo eterno, que nunca acabará, que continuará ecoando por toda a eternidade. Como diz o general romano Máximus, no filme “Gladiador”: “O que fazemos em vida, ecoa por toda a eternidade!” É o chamado o amor platônico, de almas gêmeas, que é um amor guerreiro, amor esse que já escrevi sobre ele no meu segundo livro “Fogo Interior”. A união nesse aspecto acontece quando duas pessoas não estão olhando uma para outra, mas se unem olhando a estrela que os ilumina. A possibilidade da existência desse amor num casal hoje em dia é raríssima, o que mais vemos são as paixões. Quando nos unirmos espiritualmente, temos a possibilidade de nos unir psicologicamente e fisicamente, e assim unido os 3 mundos, as 3 naturezas do homem, fechando assim o circuito, segundo Platão. O símbolo do Tao, da união do Yin e Yang, simboliza essa união que está presente em todo o universo e que está em movimento. A mulher de Ramsés se uniu a ele por que sabia que Ramsés amava mais ao Egito do que amava ela. Sendo ela uma sacerdotisa, e ele um rei, fizeram juntos um dos mais grandiosos governos do Antigo Egito. Se quisermos encontrar uma pessoal ideal, também temos que ser essa pessoa ideal, pois quando acharmos essa outra pessoa ideal, esta pessoa pode também está procurando alguém ideal, e temos que está prontos para viver um ideal de duas almas gêmeas. O que podemos garantir de melhor para o outro é nosso crescimento espiritual, nossa verticalização. Imagine uma pirâmide de 4 faces, onde ciência, arte, política e religião são as 4 faces da pirâmides. Quanto mais subimos a pirâmide, mas nos aproximamos do topo da pirâmide, e mais nos aproximamos das outras faces. O topo da pirâmide é o piramidô, a filosofia. E dizia os antigos que a filosofia é à mãe de todas as ciências. A base da pirâmide é o mundo manifestado.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Filosofia da Mulher


A Filosofia da Mulher


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de uma filosofa. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


            A promessa do positivismo no século 19 dizia que no futuro a ciência iria resolver todos os problemas do homem, mas não só não resolveu como surgiram novos problemas. No caso do ideal feminino, hoje se observa muito o aspecto histórico da mulher estar com melhores salários, de não ser duramente explorada no trabalho, como foi em outros tempos. Isso é bom, mas não deve ser o objetivo principal da mulher, o objetivo principal deve ser o lado psicológico. O equilíbrio nessa área. E hoje o que vemos nas novelas de hoje em dia é o foco na instabilidade emocional da mulher, colocando esse defeito da mulher como algo natural, quando não é, como todo defeito. Hoje sairmos de um extremo e formos a outro, como um pêndulo, não encontrando um justo meio, o caminho do meio que Siddharta Gautama, o Buda, nos falou. Uma condição necessária é uma coisa, já uma condição essencial é outra. E hoje se dar muita importância a condição necessária colocando como condição essencial. O homem, a mulher, não são só influenciados pelo aspecto físico, de baixo para cima, mas também são influenciados pelo aspecto espiritual, das idéias, de cima para baixo. Segundo Platão, tudo que existe nesse nosso mundo manifestado, o mundo sensível, o mundo dos sentidos, existe e sempre existiu antes no mundo das idéias. Mesmo que destruíssemos todos os triângulos do universo, a idéia do triângulo não pode ser destruída, e um novo triângulo pode surgir na natureza ou ser criado pelo homem. Imagine a evolução do telefone, criado há poucos séculos atrás, onde tinha um só toque comum no início, e hoje ouvi-se celulares com toques da nona sinfonia de Beethoven. Imagine se o homem evoluísse espiritualmente como evolui nossa tecnologia, estaríamos num mundo melhor. Hoje temos muita informação e pouca formação. O símbolo do Tao vem nos mostrar que o universo é dual, e nessa dualidade do universo, que é harmonia por oposição, essas polaridades são harmônicas, complementares, não idênticos, mas se complementam de maneira perfeita. Gerando assim a esfera, que se movimenta. E nesse presente texto, enfocaremos o lado Yin do Tao, que é o lado feminino.
            O universo, o homem, a história, evolui através da espiral, que se fica num centro que é consolidado pelo lado Yin. A escada, símbolo da evolução, é símbolo dessa união. Na escada há vetores horizontes, símbolo do feminino, e vetores verticais, símbolo do masculino, permitindo assim à subida. O Yin, o lado feminino, não é superior ao Yang, o lado masculino, como também não é inferior, mas é necessário. O perfil próprio da dama é conservar o fogo que ilumina e ajuda o homem a construir. Quando o homem se afasta desse fogo, e penetra na escuridão, vive a barbárie. Caio Júlio César, general e político romano, montou um tribunal, e julgou e puniu com a morte um importante oficial do exército romano por este ter quebrado uma regra: violar um corpo do inimigo no chão, roubando os pertences, quando a regra de combate romana dizia que um corpo de um inimigo quando cai no chão, deixa de ser nosso inimigo. E Júlio César foi questionado por essa decisão, e com relação a esse questionamento ele disse: “Eu prefiro perder a guerra, do que perder o espírito romano.”
            Machismo é quando os fatores masculinos dominam numa pessoa ou sociedade. E quando a mulher despreza as qualidades femininas, como a estabilidade emocional, a estética, a harmonia, a mulher quando despreza isso e se foca nos defeitos como a instabilidade emocional, inclusive se foca com o intuito da aprovação masculina, ela está também sendo machista, se masculinizando. Outra coisa é considerar a infância chata antecipando a juventude e considerar a velhice decadente, tentando assim prolongar a juventude ao máximo. Quando na verdade cada idade tem seus valores e suas características próprias, na qual tem um mistério próprio, tem algo de pedagógico, tem algo a nos ensinar. Do que adianta eu ter um carro importado, ter juventude, e não saber para onde ir. Hoje os jovens estão velhos, sem sentidos de vida, achando que viver é aproveitar a vida de maneira frenética e intensa. Se não sabemos para onde vamos, para que queremos tanta tecnologia? Seremos mais felizes com tanta tecnologia? Expandirmos nossa tecnologia para que? Se não sabemos para que, quando se perde o espírito da mãe natureza, onde o feminino se perdeu, avançaremos de maneira predatória, e assim nos autodestruirmos.
            O detalhe é característico mais da mulher. Já a visão macro, é característica mais do homem. E as duas visões são importantes, se complementam. A mulher tem uma energia de resistência, por isso a natureza a escolheu para ser mãe; na sua estrutura física pode até ser mais frágil do que o homem, mas em termos de resistência, perseverança, isso é próprio da mulher. No mundo emocional a mulher é mais sutil, celeste, e o homem nesse mundo emocional tende a ser mais concreto. Já no aspecto do intelecto, o homem tende a voar, e a mulher nesse aspecto intelectual é mais prática. Existe 3 tipos de autoridades: a autoridade intelectual, daquele que tem conhecimento no que faz; autoridade moral, daquele que é o primeiro a fazer, da capacidade de trabalho; e a autoridade humana, quando foca as pessoas além da técnica, das coisas. É o pensar sentindo próprio da mulher. E que esta terceira autoridade é raríssima hoje em dia.
            A generosidade, etimologicamente falando, quer dizer: dar a vida. Próprio da mulher. Uma capacidade de doação muito grande. No livro “Portões de Fogo (Gates of Fire)”, o autor do livro, Steven Pressfield, conta a história da batalha dos 300 espartanos nas Termópilas , na Grécia, que teve como missão segurar o persas por 3 dias para dar tempo de toda a Grécia se organizar para a guerra contra os persas. Nesse livro, o autor diz que o rei da cidade militar de Esparta, Leônidas, escolheu a dedo os 300 espartanos. E não contou a ninguém seu critério de escolha. E em todas as famílias ele só escolheu no máximo 1 soldado, porém teve uma exceção: numa família ele escolheu o pai e o primogênito. A mãe sabendo que os dois provavelmente morreriam, foi se questionar com Leônidas por que em todas as famílias ele escolheu um soldado, e só na família dela ele escolheu dois soldados. Leônidas então contou que escolheu seus 300 espartanos pelas suas mulheres, pois, segundo ele, se os 300 perdessem a batalha, e provavelmente perderia, a Grécia iria olhar para as mulheres desses 300, da qualidade de generosidade dessas mulheres. Pois elas estavam de acordo que um soldado das famílias delas fossem para a guerra para salvar a família dela, como também para salvar a cidade de Esparta, para salvar a Grécia, para salvar toda a cultura ocidental. Já que os persas estavam planejando varrer da face da Terra a cultura grega caso ganhassem a guerra. Então, depois dessa explicação, a mulher prometeu a Leônidas que nunca mais choraria por causa disso.
            A água é o elemento símbolo próprio da mulher. Sempre está na horizontal, e para nos deslocarmos, nadarmos, temos que nos desprender materialmente, soltar da borda da piscina, para podermos ir adiante, fluir. O masculino tem como tônica o crescimento, a expansão... Mas se é feito sem um toque feminino, tudo fica funcional de mais, mas não belo. Prático, mas não belo. Como é a sociedade atual. Já se forçamos só na polaridade feminina, há o conservadorismo, o detalhismo, a crítica. A alquimia nos diz que o primeiro passo para o discípulo alquímico é entender a dualidade para depois ir em busca da unidade. Se definirmos que somos cavalheiros e damas, e não agirmos de acordo com essa definição, estamos sendo hipócritas. Hipocrisia, aliás, é um termo muito mal compreendido pela sociedade atual. No fundo temos que crer para ver, temos que acreditar nas nossas potencialidades para chegarmos a vê essas potencialidades. Como Sócrates disse: “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás as leis que regem o universo e o homem!” O coração de uma mulher é um diamante localizado no fundo de um oceano.

Autor: Victor da Silva Pinheiro