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domingo, 19 de dezembro de 2010

Carta 1 - Viagem a Aracaju - Chamado para o Emanuel

        Carta 1 - Viagem a Aracaju - Chamado para o Emanuel


        Oi Rachel, nesse presente texto vou falar da minha viagem para Aracaju, onde viajei no dia 14/12/2010 (Terça-Feira) e cheguei no sábado de Manhã (18/12/2010), e fui visitar e conhecer uma amiga da internet e acabei dormindo em comunidade católica onde sentir o chamado para o "Emanuel" que se chama o primeiro ano de formação para se tornar consagrado da igreja católica.
            Nessa viagem fui conhecer uma amiga da internet onde já conversava a muito tempo. Já até havia conversado com ela por telefone, havia dito a ela que ia no final da semana, mas acabei indo durante a semana. Eu pensava que ir de carro alternativo era mais barato, mas saiu um pouquinho mais caro. Fui de João Pessoa à Recife, e de Recife a Palmares na divisa de Pernambuco e Alagoas. Como já era de noite não tinha mais carro alternativo para Maceió, então tive que dormir uma noite numa pousada em Palmares. Depois, no outro dia fui de manhãzinha para Maceió de carro alternativo e de Maceió fui para Arapiraca. De Arapiraca fui então a Aracaju. Cheguei na quarta-feira a tarde e fui conhecer essa minha amiga da internet. Passei bem uma hora conversando com ela no apartamento dela, e depois fui na igreja do bairro dela saber se pudia dormir lá. Então o padre me indicou o abrigo da comunidade Shalom e/ou a Toca de Assis. Fui lá na comunidade Shalom, e lá para às dez horas da noite uma menina lá resolveu minha situação e a responsável por telefone me autorizou a dormir no abrigo da comunidade Shalom para idosos e moradores de rua. A comunidade Shalom tem a parte de encontros e evangelização, a comunidade onde dorme os de comunidade de vida que fica na mesma rua, e o abrigo de idosos e moradores de rua, que fica numa rua bem pertinho no centro de Aracaju. No outro dia de manhã fui conhecer a comunidade Toca de Assis, um abrigo franciscano para idosos e moradores de rua, e ele, o coordenador, autorizou eu dormir lá. Tinha dito a ele que tava de passagem em Aracaju, e que ia na sexta de volta para João Pessoa. Ele disse que já tinha ouvido falar da Doce Mãe de Deus. Ainda pela manhã fui visitar essa minha amiga onde conversamos rapidamente pois ela ia dar aula de reforço e depois voltei para a Toca de Assis e fiquei lá até sexta-feira a tarde onde depois vim para a rodoviária, comprei a passagem de volta e voltei às 23:30 horas para João Pessoa, onde cheguei sábado de manhã. 
               O interessante é que na comunidade Shalom, e na Toca do Assis, eu disse que frequentava a comunidade Doce Mãe de Deus e disse espontaneamente que ia fazer o "Emanuel" ano que vem. Nessa experiência acabei descobrindo que realmente eu vou fazer o "Emanuel" ano que vem. Quando disse para você um dia que eu faria o "Emanuel" para fazer novas amizades, faz tempo isso, queria dizer na verdade que eu gosto da vida em comunidade cristã e era isso que eu buscava: a vida em comunidade cristã, as festas, a evangelização, os retiros, o grupo de oração, essas coisas. Como sou muito introspectivo fica difícil eu fazer novas amizade, mas acho que vou fazer um pequeno esforço para fazer amizade na comunidade Doce Mãe de Deus, com gente nova. No mais, uma abraço Rachel e que você seja feliz nas suas escolhas.                 
            Sim, quase havia me esquecendo, na quinta-feira de manhã fui a pé até a Toca de Assis, e acabei encontrando um mala, sem mala, um malandro, e passei um pouco de sufoco no nosso final da conversa. Ele parecia bem legal dizendo que tinha duas filhas, que era eletricista e pintor, que havia descarregado umas caixas de manhã. Ele me pediu uma bermuda e uma calça e e tirei da minha mochila e acabei dando a ele, e ainda paguei um lanche para ele. Foi ai que surgiu o problema, ele viu que eu tinha dinheiro e disse no final da nova conversa que era foragido da justiça e que precisava de dinheiro para entrar pelo mangue, pegar um barco e atravessar o rio. Ele me viu com 12 reais na mão e me pediu e tive que dar, depois ficou dizendo que queria o meu dinheiro, o dinheiro que eu ainda tinha, e acabei dizendo uma mentira nobre: disse a ele que ia voltar de carona para João Pessoa e que não tinha dinheiro para voltar de ônibus. Foi então que ele me deixou em paz e seguiu o caminho dele, mas me parece que ele inventou essa história de foragido da justiça. Essa foi minha aventura resumidamente em Aracaju.

João Pessoa, Paraíba, Brasil, 19 de Dezembro de 2010, Domingo.

autor: Victor da Silva Pinheiro


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Filosofia e Símbolo do Natal



Filosofia e Símbolo do Natal 


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra de uma filósofa de Brasília. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


          Abordaremos aqui o presente tema focado em 3 aspectos: o mitológico, o simbólico e o rito. Geralmente o nascimento dos grandes mestres, como foi o de Jesus, está rodeado de mistério e magia. Em relação ao aspecto mitológico, o fato do nascimento de Jesus ser celebrado no dia 25 de dezembro, para o hemisfério norte, é o início do solstício de inverno, onde as noites são mais longas e os dias mais curtos. É o apogeu da noite, dos mistérios. Quando estamos voltados em torno de uma fogueira, a noite, nos confraternizando, isso está ai muito do simbolismo do natal. O São João, as festas juninas no nordeste do Brasil, é um natal disfarçado. O pessoal do nordeste tem até o costume de dizer: “Feliz São João”. Nossas festas juninas são uma espécie de natal.
           O fato da imagem do natal ser o menino Jesus ter nascido de um virgem, que era Maria, simboliza pureza, que é purificada com a luz da sabedoria. Fazendo uma analogia ao mito da caverna de Platão, Jesus é o reflexo da luz do sol na caverna. É aquele que desceu de volta para a caverna para salvar a humanidade da escuridão da ignorância. O próprio nascimento de Jesus é um presente para a humanidade. E entre os antigos, era costume presentear o outro no dia do aniversário, com uma vela, pois significava que aquele cidadão trouxe mais luz para a humanidade, mais um ano de luz. No caso da purificação, o natal e outras confraternizações é uma oportunidade de reatar as alianças entre os amigos e familiares. É uma oportunidade de encontrar uma virtude em nós e no outro. Um presente pode ser um símbolo disso. A oportunidade de dar o melhor para a pessoa. Se tirar toda a parafernália do natal, todo o comércio, e não ficar nada, não ficar o clima de natal, é por que já não existia natal. Os três presentes que Jesus recebe dos 3 reis magos, simbolizam: o ouro, que simboliza que ali nasceu um homem de ouro, onde há ouro no seu coração, está ligado mais ao lado mitológico, espiritual. O incenso que é mais sutil está ligado mais ao lado psicológico, e na antiguidade entre os pagãos se ascendia incenso para os Deuses, então simboliza também que ali estava nascendo uma divindade. E a mirra está ligada mais ao mundo físico, ao rito, e também pode significar ao final da vida de Jesus, ao sofrimento que ele ia passar, já que a mirra é uma erva amarga. O presente é símbolo de generosidade.
             Com relação ao papai Noel, são algumas estórias que temos para contar. Na tradição celta existia um velhinho que era o “Ancião dos dias” que percorria as regiões frias e presenteava as pessoas, sendo esse ancião vestido de vermelho, que simbolizava o fogo combatendo o frio do coração dos homens. Outra história é que era um velhinho da época do império romano que entregava presentes. Outra estória é de origem cristã: um velhinho vendo que um pai não conseguia casar suas filhas por causa do dote, a cada véspera da filha se casar, o velhinho escondido jogava um saco de moedas no quintal da casa do pai das mulheres. Na terceira vez, descobriu-se quem era o velhinho. Depois esse velhinho entrou para a igreja e virou santo: São Nicolau. E suas sacolas de moedas foram substituídas por sacolas de presentes.
             A árvore de natal é que é uma árvore da vida, em que as bolas de natal podem simbolizar os planetas, e a árvore o cosmos. As raízes estariam voltadas ao eu espiritual, e os galhos seriam o mundo manifestado. O pinheiro tem uma forma de cone, que pode ser representada como uma espiral e que na ponta da espiral, da árvore de natal, é colocado uma estrela. A estrela de cinco pontas que simboliza o próprio homem. Outra versão diz que certos povos, provavelmente celtas, adoravam o carvalho, e um bispo cristão tentou acabar com esse culto até que um dia caiu um raio e partiu o carvalho em 4 pedaços, e um pequeno pinheiro que estava ao lado do carvalho e sobreviveu ao raio, foi posto pelo bispo como a árvore de natal.
Os gregos viam o homem em 3 partes: uma espiritual, outra psicológica e outra física. O ideal está na parte espiritual, são os modelos perfeitos. O símbolo pertence ao mundo psicológico que faz a ponte entre o espiritual e o mundo físico. E o físico é o rito, que está relacionado com as festas e confraternizações. O mito estaria relacionado ao mundo espiritual. A vinda de Jesus ao nosso mundo simboliza a luz da sabedoria que para nós é passado através da filosofia. Os 3 reis magos eram astrólogos e/ou astrônomos. O fato de ter um boi e um jumento perto de Jesus quando ele nasceu para Santo Agostinho simboliza que o boi, simboliza o mundo judaico, e o jumento, como nasce de relações impuras, simboliza o mundo pagão. E os dois presentes no nascimento de Jesus simbolizam que Jesus tanto veio para salvar os judeus, como para salvar os pagãos. Já na tradição hindu, o boi estaria relacionado a família do touro, da impulsividade, e o jumento relacionado a passividade, e Jesus seria o equilíbrio entre a impulsividade e a passividade. A idéia de Jesus pelo fato de ter nascido de um virgem, que era Maria, simboliza, como já disse, a pureza, que traduzindo para nós como símbolo é a purificação, e assim temos a possibilidade de nos reunir em família, ai entra o rito. E como Jesus disse: “Minha família são todos aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está no céu.” Tem certo filósofo que diz que: “Se tirar tudo do homem, e não ficar nada, é por que não existia homem ali.” Mesma coisa com o natal, como já disse.
        Até uma crise que em grego quer dizer “mudança” pode simbolizar um presente caso você cresça com a crise.
          Na Tradição hindu, ver-se o homem sobre 7 aspectos: 3 espirituais, e 4 próprio da personalidade. A vela pode simbolizar isso, em que o corpo da vela é nossa personalidade que vai se derretendo com o passar dos anos e o fogo é nosso lado espiritual. Lembremos que o mais importante é que épocas de festas, como o natal e réveillon, são épocas boas para a reflexão.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



sábado, 11 de dezembro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 16 – Ressurreição de Jesus Cristo

Evangelhos Sinóticos – Aula 16 – Ressurreição de Jesus Cristo

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


Resumindo a bíblia em uma palavra seria essa palavra “aliança”. E a bíblia termina e começa com um casamento, no início com o casamento de Adão e Eva, e no final com o casamento entre Jesus e a Igreja. A noiva na linguagem do apocalispe quer dizer igreja. Resumindo todas as aulas até hoje, o Evangelho Segundo Marcos certamento foi escrito por João Marcos, discípulo de Pedro, e sua comunidade provavelmente era de pagãos convertidos. Seu evangelho é dividido em 2 partes e tem como foco teológico o discipulado. Já Evangelho Segundo Mateus, provavelmente não foi escrito pelo apóstolo Mateus, mas por alguém de sua comunidade que ouviu a história que foi transmitida de forma oral inicialmente até pelo próprio Mateus. E por causa disso quem escreveu o evangelho deu créditos a Mateus. A estrutura de Mateus é setenária e sua comunidade era de judeus cristãos. Sua teologia é eclesial, da igreja. Já o Evangelho Segundo Lucas provavelmente foi escrito pelo médico Lucas que era discípulo de Paulo. Sua teologia é social, voltada para os pobres, excluídos; e sua comunidade era de pagãos convertidos. Há importante papel da mulher no Evangelho Segundo Lucas.
Vemos também que na infância, vemos referência a paixão, morte e ressureição de Jesus cristo. Falando simbolicamento no Evangelho de Marcos, quando o jovem foge nú na prisão de Jesus, onde estava revestido no lençol, que o cobria, pode simbolizar que os discípulos estavam despido de esperança naquele momento. Já o jovem que aparece vestido no túmulo de Jesus pode simbolizar os discípulos que estavam com as esperanças renovadas. Já o simbolismo entre o galo e Pedro significa que o galo consegue ver anunciado um novo dia, já Pedro não consegue enxergar que jesus havaria de ser glorificado por Deus e venceria a morte.
No Evangelho Segundo Marcos a ressurreição de jesus é um evento desconcertante, e o que resume todo o seu evangelho é uma palavra: desconcertante. E é por isso que o jovem diz as mulheres: “Voltem para Galiléia”. Fazer o caminho de volta de Jesus. Já no Evangelho Segundo Mateus escreve num contexto de defesa, apologia, a ressureição é moldurada num fenômeno de teofania, e faz lembrar a fazer memória. Mateus diz que houve um terremoto, veio um anjo com um raio do Céu, e que sentou numa pedra. Como o Evangelho de Mateus é para judeus cristãos, por isso fala do fenômeno da teofania, que é Deus se manifestando na natureza, como a sarça ardente que não se consumia vista por Moisés. Em Mateus ele começa dizendo que Jesus é o emanuel, “Deus conosco”, e a última palavra de Jesus é: “Eis que estarei convosco todos os dias.” Já em Lucas, termina o evangelho com a ascensão de Jesus aos Céus, e Lucas termina o evangelho em Jerusalém, no templo. O evento dos discípulos de Emaús, tem a haver com a catequese eucarística.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 15 – Paixão e Morte de Jesus Cristo

Evangelhos Sinóticos – Aula 15 – Paixão e Morte de Jesus Cristo

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, cidade de
João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

Etimologicamente a palavra “paixão” vem da língua grega e do latim, e nessas línguas relacionam a palavra “paixão” a algo como se comportar de maneira passiva diante uma situação difícil, como o sofrimento de Jesus antes de morrer. Já compaixão é a capacidade de sentir as dores do outro. Uma mãe ao escolher ter o filho ou ela morrer e o filho viver, ao escolher pela vida do filho e sua respectiva morte num parto complicado, ela está tendo compaixão. Na prisão de Jesus é típico do Evangelho Segundo Lucas o questionamento enfático. Já no Evangelho Segundo Marcos se revela definitivamente o segredo de quem é Jesus, que é o segredo messiânico revelado pelo centurião. Como já disse, como a perspectiva de Marcos é discipular, é aconselhável sua leitura para quem está começando na caminhada cristã. E a visão de Marcos é mais dramática na paixão de Cristo. Já no Evangelho Segundo Mateus, com sua perspectiva teológica, com seu evangelho direcionado aos judeus convertidos ao cristianismo, ele faz referências ao Antigo Testamento. Ele cita a recusa do povo de Israel. Já no Evangelho Segundo Lucas, com sua perspectiva social, cita o episódio do bom ladrão na cruz que foi crucificado ao lado de Jesus. Marcos faz um paralelo entre a negação de Pedro e a traição de Judas, onde Pedro suporta enquanto Judas Iscariotes não suporta segundo os evangelhos canônicos. Porém, na tradição apócrifa, diz que Judas era o mais forte dos apóstolos e por isso foi escolhido por Jesus para entregá-lo aos romanos para ser julgado. E segundo essa tradição, Judas não se matou e escreveu o seu evangelho. Mas voltando... Em Marcos é interessante notar a cronologia da caminhada da morte de Jesus Cristo: ao entardecer ele participou da última ceia com os apóstolos, na noite e de madruga ele foi preso e julgado. Às 9 horas ele foi condenado a crucificação, ao meio-dia ele é crucificado, e às 3 horas da tarde ele morre, e ao entardecer ele é sepultado. Outra tradição diz que na terça-feira ele participou da última ceia, na quarta-feira e quinta-feira ele foi julgado, e na sexta-feira ele morreu. Os pormenores: Lucas, que era médico, diz que Jesus suou sangue antes mesmo da prisão. E dar ênfase ao questionamento de Jesus sobre o beijo de Judas. Lucas também fala do olhar para Pedro, que nega Jesus e Jesus o olha nesse momento. Já Mateus fala dos sonhos da mulher de Pilatos pedindo para não condenar Jesus, e a ressurreição dos defuntos santos mortos, logo em seguida da morte de Jesus. Um aparte: quando encontrarmos uma dificuldade de interpretar a bíblia, encontramos uma pedra no meio do caminho, e essa pedra nos diz para aprofundar no tema abordado. Outra coisa que quero dizer é que só no Evangelho Segundo João, que não é um evangelho sinótico, é que diz que o apóstolo João e Maria a mãe de Jesus estão ao pé da cruz. E viva as diferenças. Assim como a energia elétrica para existir tem que ter a corrente negativa e positiva; a corrente sanguínea corre no nosso corpo a parti de duas vertentes. E por ai vai... as diferenças dos evangelhos estão ai para nos engrandecer e não para confundir. Para além do relato histórico, e de uma interpretação puramente racional, temos que ter uma visão teológica dos evangélicos e ver o seu significado simbólico, pois quando os evangelhos foram escritos queriam que nós, leitores cristãos, nos aprofundássemos na teologia e no simbolismo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bíblia e Moral – Aula 14

Bíblia e Moral – Aula 14

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

A vida de fé da gente deve ser comunitária. Uma questão moral elementar é a relação amorosa entre as pessoas, esse amor não deve ser egoísta, fechado, pois a felicidade estar em fazer o outro feliz. O órfão, a viúva, e o estrangeiro merecem atenções especiais. Assim como os pobres de espíritos e as demais minorias. Uma interessante perspectiva cristã que foi introduzida na cultura ocidental foi de socorrer os pecadores. Temos que ter muito cuidado de não identificar a pobreza e a doença como pecados. Existem muitas doenças que poderiam ser evitadas através do amor e da vida em sociedade. As atitudes de Jesus aos pedidos de cura têm toda uma versão pedagógica, de que os curados ou enviados deviam demonstrar fé antes de tudo. É nessa travessia, nessa caminhada da vida que está o sentido significativo da vida. É fundamental a experiência familiar ser revigorada. Falta iniciativa do governo com planos de planejamento familiar, não em termos materiais, mas em termos morais. O pessoal que faz o bem já manifesta a fé que tanto vemos os gentios e pagãos demonstrarem fé nos evangelhos. Como diz no filme “Um sonho de liberdade” (The Shawshank Redemption), com Tim Robbins e Morgan Freeman: “Alguns se ocupam de viver e outros se ocupam de morrer”. Porém, se tivermos consciência que um dia vamos morrer, viveremos melhor o presente, e teremos a vontade, além disso, seriamos movidos pela vontade de deixar algo para a posteridade, para as futuras gerações, através dos nossos atos e atitudes. Quando a pessoa tem fé e uma perspectiva de futuro, escreve a história. A gente tem que ter uma visão crítica da bíblia para não ser fundamentalista. Existe um discernimento que é feito pela comunidade e outro pessoal. A comunidade nos dar certas perspectivas a esse discernimento que tem que passar pelo nosso crive pessoal. O discernimento moral tem que ser feito pela comunidade e pela nossa consciência.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 27 de novembro de 2010

O que os sonhos podem nos ensinar?


O que os sonhos podem nos ensinar?


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


O valor do sonho é inquestionável, que tem um impacto na nossa realidade, tem. Os índios dizem que os sonhos além de ter contato com a divindade, preconizavam o futuro. Os sonhos também podem ser desejos ocultos que está no nosso inconsciente. Trabalha-se com símbolos para os sonhos que nos querem dizer algo. O sonho premonitório simula para depois vivermos a realidade; e para algumas tradições o sonho é uma viagem que nossa alma faz. O sonho também é um contato com nosso inconsciente.
Os esquimós utilizavam os sonhos como forma de maior compreensão da realidade. Utilizavam os sonhos para saber onde estava a presa na hora da caça. Mas não era qualquer tipo de sonho que falava onde estava a presa. Primeiro tinha que ter uma vida de retidão, de purificação, para ter acesso a sonhos premonitórios. Carl Jung fala que um paciente seu tinha sonhos repetitivos de sua noiva o traindo. Só que o paciente dizia que confiava plenamente na noiva. Até que chegou a um ponto que Carl Jung foi investigar a história mais afundo e descobriu que a noiva realmente o traia. O sonho que o paciente tinha era um sonho direto, não precisa de chaves de interpretação. Mostrava a realidade na forma mais crua possível. Já um certo rei da idade média que ia atacar o outro reino teve um sonho de uma senhora santa falando a ele que um reino seria destruído. No outro dia o rei com seu exército foram atacar o reino inimigo e acabou que o reino desse rei que sonhou isso foi destruído. O rei não soube interpretar o sonho que teve e levou ao pé da letra e conforme sua deturpada visão egocêntrica acabou derrotado. Como hoje temos uma enxurrada de informações, e pouca formação, é aconselhável ao começarmos a estudar esse assunto iniciando com as obras clássicas e ver o simbolismo dos sonhos. E temos que buscar especialistas no assunto e não qualquer um que pode acabar visualizando os sonhos a partir de preconceitos da própria pessoa. Esse especialista no assunto não precisa ser um diplomado para lhe dar conselhos sobre os sonhos, um xamã mongol pode muito bem ser esse especialista no assunto. Sempre teremos várias pessoas falando sobre diversos assuntos, sabedoria é achar a pessoa certa.
Um sonho é uma visão diferente de que temos que analisar de modo diferente. Uma das definições de sonhos é que são imagens caóticas fruto do metabolismo da pessoa. Outra definição de sonhos é que se trata do desejo reprimido da pessoa, muito utilizado por Freud. Teve uma paciente que sonhou viajando com a sogra, e disse para Freud esse sonho. E ele disse que ela teve esse sonho para provar a ele que a definição dele sobre sonhos estava errada. A neurologia diz que o sonho tem mesmo haver com os desejos. Uma certa paciente uma vez disse que sonhou com um cara de com um certo tipo de calça e uma metralhadora apontada para ela. Quando ela contou esse sonhou, várias pessoas disseram várias coisas, quando finalmente ela contou a versão dela do que achava do sonho: ela disse que no outro dia tinha uma entrevista com um cara que o nome dele em inglês era idêntico ao nome desse tipo de calça, e que ela estava com medo de ser entrevistada por ele. Outra definição de sonho é que é um realce da realidade. A consciência usa símbolos para interpretar esses sonhos. O sonho às vezes disfarça a realidade. Mostra quem você é mais de maneira atenuada. É um contanto com nosso inconsciente. Teve um paciente, acho que de Carl Jung, que sonhou que a fazenda estava sendo queimada e sua avó estava indo acordá-lo para apagar o fogo e ele ia, até que chegou o momento que ele acordou e sua fazenda estava sendo realmente queimada e ele foi apagar o fogo. Esse sonho trabalhou com três elementos: a avó que já havia morrido, trabalhou com o passado; a fazendo pegando fogo, trabalhou com o presente; e ele indo ir apagar o fogo, trabalhou com o futuro. Tudo isso aconteceu no mesmo sonho: passado, presente e futuro.
Um certo químico que não estava conseguindo fechar a estrutura de um certo elemento da química, sonhou com uma cobra mordendo o próprio rabo, e no outro dia ele acordou e descobriu que a estrutura que faltava era circular. Outra vez fizeram uma experiência com 100 pessoas e colocaram num labirinto. Só que pouco antes colocaram metade dessas pessoas para dormir. O tempo das duas metades para encontrar a saída foi relativamente próximos, só que uma pequena parte das pessoas que dormiram sonharam com um labirinto, e esses que sonharam foram os primeiros a achar a saída. O sonho foi para eles aprenderem algo da vida, pois a vida é um labirinto. Carl Jung ainda fala do inconsciente coletivo, e que uma pessoa pode sonhar com um símbolo que nunca viu, mas que ele teve acesso desse inconsciente coletivo. Um certo general dos Estados Unidos tinha a seguinte tática de guerra: atacar as aldeias indígenas quando os índios iam para a guerra deixando suas famílias achando que o inimigo estaria em tal lugar em tal hora. Mais ou menos como os espanhóis agiram aqui no processo de colonização das Américas. Só que o chefe dessa aldeia indígena sonhou uma chuva branca caindo na sua aldeia. Então ele interpretou o sonho que os inimigos iriam atacar a aldeia quando eles fossem para a guerra. Então ele e os outros índios fingiram que estavam saindo para a guerra em outro lugar e se esconderam nas redondezas de sua aldeia. Então o general e os soldados dos Estados Unidos foram atacar essa aldeia achando que os homens dessa aldeia estariam em outro lugar esperando para lutar, e foram pegos de surpresa pelos homens dessa aldeia que estavam em maior número e venceram a batalha contra os brancos.
Assim como o modelo da árvore do pinheiro, está na semente do pinheiro, o modelo de homem e mulher ideal, está em todos nós, basta só nós desenvolvermos nossas potencialidades latentes e aprender e crescer com nossas experiências de vida. A vida está ai para nos ensinar. Se enxergarmos as coisas de modo mais amplo, agimos com mais temperança. E os sonhos podem nos ajudar nessa busca. Um homem pode apenas observar um aspecto da vida, como o trabalho, e trabalha muito, e acaba se esquecendo de si mesmo e da família, por exemplo. Devemos ver as coisas como um todo e agir localmente. O sentido de crescimento de nossa psique é interagir mais experiências e saber lidarmos com elas, gerando o indivíduo, que etimologicamente quer dizer: indivisível. Quando encontramos nosso ser. O problema da fragmentação da vida é que traz infelicidade para o homem. Se sonharmos com animais correndo atrás de nós pode significar que não estão controlando o nosso eu animal, nossos instintos. Se sonharmos com animais mansos nos acariciando, pode significar que estamos controlando bem nossos instintos, nosso eu animal. Se sonharmos com uma casa, pode ter várias chaves simbólicas, desde a mais simples, como nossa casa, até nossa família e até nosso corpo, que é a casa que nós habitamos temporariamente: nosso corpo. Se imaginarmos qual o sentido pedagógico da vida, algo dentro de nós compreende algum aspecto de nossas vidas. Quando sonhamos voando pode significar que não estamos com os pés no chão, que não estamos sabendo planificar nossas metas. Sonhar com a morte pode significar a passagem de algo na sua vida, que uma transformação está por vim, como também sonhar atravessando o rio pode também significar isso.
O mito de Baco (que é chamado de Dionísio na mitologia grega) diz que tem um espelho que nos mostra a realidade como ela é: crua. São nossas fantasias que deturpam essa imagem e criam os complexos de superioridade ou inferioridade. Não só os sonhos, mas quando algo acontece de forma repetitiva em nossas vidas, de forma circular, é por que temos que aprender algo com aquilo para aquilo deixar de se repetir e passarmos para a próxima etapa de nossas vidas. Continuar evoluindo.
Existem ainda os sonhos marcantes. O importante é contextualizar os símbolos, o que significa para a gente. Um mesmo sonho pode ter um significado para uma pessoa e outro significado para outra pessoa. Se eu me comprometo com a vida eu aprendo, basta saber ler a vida, os sonhos e a realidade. Com isso posso ganhar tempo e anteciparmos o nosso futuro.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Eclesiologia – Aula 14

Eclesiologia – Aula 14

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


A igreja é uma comunidade entre humanos e o divino. A igreja é Deus, Cristo, e Espírito Santo. Deus quer fazer uma aliança com nós, e se tornar visível através de Jesus Cristo. Aqueles que vieram antes de Jesus Cristo, Deus também deu a oportunidade de se salvarem, pois, como disse o Papa João Paulo II: “As religiões orientais são sementes da verdade!”. E as religiões são meios de transporte para um mesmo lugar, sendo o cristianismo o avião das religiões, como eu disse numa poesia. O Filho procede do Pai, quem faz é o Filho, quem planifica é o Espírito Santo, e quem ordena é o Pai. O Espírito Santo procede do Filho.
Deus quer fazer uma aliança com sua criação, por isso criou a humanidade. A humanidade se corrompeu, então Deus elegeu um povo para ser exemplo para o mundo. Esse povo de certo modo se corrompeu. Então Deus enviou seu filho único para servir de exemplo para toda humanidade que é possível atingir a salvação em uma só vida. Quem salva é o amor. E como diz no Evangelho Segundo João: “Deus é amor.” Na bíblia tem duas condições para a salvação: fé e sacramento; sendo as obras estando dentro da fé, sendo o desdobramento desta. Ter fé é confiar em Deus, e Deus é algo muito além da nossa compreensão. Então ter fé é acreditar em algo que perpetua por toda a história do universo que não vemos: ter fé é crer no invisível que se tornou visível através de Jesus Cristo. Agora, se Deus é amor, em que consiste o amor? Consiste em dar vida por um ideal divino. Ser cristão é viver de modo consciente.
A conversão é um êxodo, sair do pecado para o caminho da Lei. Aquilo que em Israel foi prometido, em Israel foi realizado. Pelo fato de Cristo ser judeu, há continuidade. Mas pelo fato de se formar uma nova religião, o cristianismo, há descontinuidade do judaísmo e sua verticalização. Porém, judaísmo e cristianismo são complementares. Um bom cristão entende de teologia judaica. O judaísmo veio preparar o povo de Israel para a mensagem de Jesus Cristo; que veio fazer a criação nova, daí vem a cristologia cósmica; veio também para divinizar o ser humano, daí vem a cristologia antropológica; e veio para verticalizar a história que é uma espiral, daí vem a cristologia histórica. Se eu entendo que a igreja são todas as pessoas boas e quem salva é o amor, então a frase: “Fora da igreja não há salvação”, faz sentido. Jesus pregou o Reino de Deus que é maior que a igreja histórica. Na última ceia há formação da igreja como instituição eucarística, instituição apostólica, e a igreja se firma como uma comunidade eucarística. Jesus convoca Israel, mas não nega outros povos. Porém, Jesus ordena aos apóstolos e discípulos para primeiro resgatar as ovelhas desgarradas da casa de Israel, e só depois para evangelizar em todo o mundo, para todos os povos.
A igreja é uma comunidade escatológica. E está sempre em missão. A igreja é o templo do Espírito Santo, por que para nós a igreja é santa, deve ser um lugar de encontro com Deus, um encontro íntimo e comunitário. O Espírito Santo por meio da tradição faz a comunhão horizontal e vertical. A comunhão dos santos é do Espírito Santo que santifica a comunhão dos santos dons. O Pai quer que todos se salvem pelo amor, que é onipresente. Esse amor se visibilizou em Jesus Cristo. O amor está em todo lugar de maneira implícita, e explícita através de Cristo. Ter fé e sacramento é ter consciência do amor. Pelo fato da igreja estar em missão de viabilizar esse amor para o mundo, ela se torna missionária.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bíblia e Moral – Aula 13

Bíblia e Moral – Aula 13

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


A moral cristã nasce de reconhecer o amor de Deus manifestado em nós. Ninguém pensava na vivência em Israel sem a vivência em sociedade. Se formos olhar a história do mundo, vemos que o mundo precisa de heróis, que não são deuses, mas também não são pessoas comuns, estão entre nós e a divindade. Ao contrário dos ídolos, que nos puxam para baixo. Ser israelita é participar de um grupo; e isso é muito significativo. A identidade comunitária é muito forte em Israel. Eles têm hoje a via da literatura, da cultura, como meio de identidade. Já com relação aos cristãos, tinham especial atenção ao ensinamento dos apóstolos, e de Jesus, tinham um culto em comum (no cristianismo primitivo eles tinham o costume de rezar ao nascer do sol), tinham a comunhão, e o dever de dar perpetuidade a mensagem de Cristo e dos apóstolos, como partilhar os bens e outras tarefas. Não pode haver fé em Cristo sem ter um compromisso com a moral do cristianismo.
Antigamente as religiões no Brasil penetravam com mais facilidade na cultura brasileira. Em São Paulo, os imigrantes que iam chegando, iam guardando as tradições familiares, que é muito importante, e se inserindo na cultura local. A teologia da prosperidade veio dos Estados Unidos e encontrou seu foco de estabelecimento nas igrejas neo-pentecostais. Quando você tá com sede, procura água, se não tiver água, vai querer um refrigerante ou algo semelhante para matar a sede. E é assim que os católicos vêem os evangélicos, é melhor matar a sede de Deus, mesmo não sendo na igreja católica, do que ser do mundo. A igreja deve ser um lugar onde se vive a experiência de Deus, e para isso a comunidade tem que ter uma boa acolhida e serem cortês. Acho que uma passagem da bíblia que pode explicar essa multiplicidade das igrejas cristãs e até de outras religiões: “Na casa do meu Pai, há várias moradas.” Mas a meu ver essa passagem é algo mais metafísico, e tem que olhar o contexto em que foi falado, pois não estou lembrado em que contexto foi falado isso. O estado laico não é um estado ateu, mas um estado que respeita todas as religiões. Mais importante é viver em comunidade, pois, como diz um provérbio chinês: “um bambu sozinho, é fácil de ser quebrado, mas vários bambus juntos são difíceis de serem quebrados.” E tem uma passagem na bíblia que incentiva o encontro comunitário, em que Jesus diz: “Se dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei entre eles!”.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Evangelhos Sinóticos – Aula 14 – Infância de Jesus

Evangelhos Sinóticos – Aula 14 – Infância de Jesus

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


Enquanto os evangelhos apócrifos são riquíssimos e falam de vários episódios da infância de Jesus, os evangelhos canônicos, da bíblia, falam muito pouco. E só os Evangelhos de Mateus e Lucas fazem alguma referência à infância de Jesus. Abordaremos aqui a infância de Jesus segundo os Evangelhos canônicos.
Em Mateus há o compromisso entre Maria e José. O compromisso de casamento era firmado um ano antes das núpcias e das bodas na cultura judaica daquela época. As núpcias eram realizadas na primeira noite das bodas, e a bodas, que era a festa, durava 1 semana. Só que Maria fica grávida antes de coabitar, e um anjo manifesta-se a José em sonhos. Por José ser justo não denuncia Maria, mas a rejeita em segredo e depois assume a paternidade legal de Jesus. Há em Mateus a ocorrência dos 3 reis magos, que possivelmente eram astrólogos e vieram guiados pela estrela de Belém. Há também registrado o massacre dos inocentes e a fuga para o Egito de José, Maria e Jesus. A visita dos 3 reis magos que vieram do oriente para adorar-lo simboliza que para Mateus, Jesus é o novo Davi, o novo Salomão, pois na época desses reis vinham gente de outras regiões para visitar os seus respectivos reinos. O massacre dos inocentes também lembra a matança de crianças que houve na época do nascimento de Moisés, Mateus ao colocar essa passagem também quer dizer que Jesus é o novo Moisés. Depois que Herodes o grande morre, José, Maria e Jesus voltam para Israel e se estabelecem em Nazaré. Como diria a profecia: “E será chamado nazareno”.
Agora vamos na perspectiva de Lucas: o anjo Gabriel dirigi-se a Zacarias e a Maria. Enquanto Zacarias fica mudo e surdo temporariamente por duvidar do nascimento de João Batista, Maria aceita a idéia de conceder o filho de Deus. Provavelmente na comunidade de Lucas havia ainda seguidores de João Batista e Lucas faz questão de falar no seu evangelho que João Batista era o precursor do messias, aquele que veio abrir caminho, e não era o messias. Depois Maria vai visitar Isabel, depois há o nascimento e circuncisão de João Batista. Na visita de Maria ela canta o magnificat. O evangelho ainda fala mais um pouco da vida oculta de João Batista, depois fala do nascimento de Jesus e da visita dos pastores, da circuncisão e apresentações e depois mais cânticos. Depois fala do encontro de Jesus entre os doutores e vida oculta de Jesus. A circuncisão ocorria no oitavo dia e no oitavo dia o menino recebia o nome. 40 dias depois, era apresentado no templo. Depois ainda tem os cânticos de Simeão; nos manuscritos mais antigos se encontra rimas entre eles, por isso são chamados de cânticos.
Agora vamos adentrar mais no simbolismo e na teologia: toda noite para nós deve ser como uma preparação para a morte. Pois a morte é apenas uma passagem, como diz São Francisco de Assis: “E é morrendo que se vive para a vida eterna...!” Diferenças inconciliáveis entre Lucas e Mateus: Lucas não fala sobre o episódio de Herodes e dos magos. Nem na fuga para o Egito. E sobre o problema de José. Já Mateus não fala nada a respeito dos episódios do templo, e nada a respeito de uma residência em Nazaré antes da volta do Egito. E também nada sobre o recenseamento. Quando Lucas fala do recenseamento coloca o seu evangelho num determinado momento histórico da humanidade, praticamente coloca a data do evento do evangelho na história. Pois Lucas tem mais uma perspectiva histórica, universal e social.
Elementos comuns entre os dois evangelistas: ambos falam que são nascidos em Belém, e que Maria era virgem ao conceber Jesus. E ambos se utilizam de elementos do antigo testamento. A reflexão teológica: fontes, ou certamente, perspectivas teológicas diferentes. Ambos refletem na filiação divina e da concepção virginal. Encontramos nos relatos da infância referências a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Por que os 3 reis magos oferecem ouro, incenso e mirra na visita ao menino Jesus? O ouro é por que nasceu um rei, um homem de ouro, onde há ouro no seu coração; o incenso era oferecido aos Deuses entre os pagãos, então quando os 3 reis magos oferecem incenso estão dizendo que tinha acabado de nascer Deus encarnado. E a mirra é uma erva amarga, que faz referência à cruz que Jesus carregaria na sua morte. O presépio aparece em Lucas. Santo Agostinho diz que o Boi simboliza os judeus, pois os judeus ofereciam bois em sacrifícios, e o jumento simboliza os pagãos, pois o jumento nasce de uma relação impura. Então essa passagem quer dizer que Jesus tanto veio para os da casa de Israel, os judeus, quanto veio para salvar também os pagãos. A perspectiva de Mateus reveste a tonalidade trágica, dolorosa e estupenda. Destaca-se a figura de José, que era da casa de Davi, e os sonhos que José tem, lembram outro José, o filho de Jacó, que interpretava sonhos, que inclusive José é também da casa de Jacó, já que é da casa de Davi. Já Lucas apresenta um forte tom de alegria, uma alegria que vem junto com o espanto. E coloca João Batista em seu lugar, como precursor e não messias. Destaca-se Maria bem como outras mulheres, é marcado por hinos, exalta a humildade de Jesus, e destacam-se personagens excluídos.
Agora falaremos do natal: só no ano 336 quando o Império Romano foi convertido ao cristianismo, é que se tem registro do natal mais antigo celebrado nessa data: 25 de dezembro. Essa data era celebrada entre os pagãos por um Deus do Sol. E como muitos consideravam Jesus o sol, essa data foi oficializada como a data do nascimento de Jesus, fazendo clara referência, mais simbologia do que a precisão histórica do dia exato do nascimento de Cristo. A tradição apócrifa já fala que Jesus nasceu no dia 1 de março e que era um pisciano nato, que falava por meio de parábolas e realizava milagres. Jesus nasceu numa manjedoura, segundo Lucas, e morreu na cruz, segundo todos os evangelistas. Seu local de nascimento e morte foi no elemento da madeira. Só pegando uma tangente, a espada de madeira era símbolo da liberdade, e Jesus veio pregar a liberdade de espírito.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Combate-se a violência com policiais nas ruas e inteligência


Combate-se a violência com policiais nas ruas e inteligência

Na mitologia grega Áries é o Deus da guerra bruta, enquanto Atenas era a Deusa da justiça, sabedoria e da guerra inteligente. Pois bem, esses Deuses eram complementares, e do mesmo modo devemos combater a violência não só no Rio de Janeiro, como em todo o mundo: força bruta (policiais nas ruas) e inteligência da polícia. A polícia certamente deve ter um mapeamento onde a violência ocorre com mais freqüência em tal lugar, e deve colocar policiais nas ruas. No caso do Rio de Janeiro, deve usar mais o B.O.P.E. (Batalhão de Operações Policiais Especiais) que é uma polícia mais preparada e de elite, e como diz no filme "Tropa de Elite": "No B.O.P.E. não entra policial corrupto e não entra policial fraco." Como aconteceu no filme "Tropa de Elite 2", tem que transformar o B.O.P.E. numa máquina de guerra, por que o Rio de Janeiro vive uma guerrilha urbana. Pensando a longo prazo, deve-se usar a educação e cultura para que a criança de hoje não vire o bandido de amanhã. Criando centros culturais e de educação, informática, esporte, nos lugares mais carentes.
O ex-prefeito de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Ricardo Coutinho, criou uma coisa interessante em João Pessoa, fez praças com pistas de skate, quadras de esportes, brinquedos para crianças, máquinas de ginástica para terceira idade, centro de leituras, estações digitais, ampliou os PSF (Posto de Saúde da Família) que ajuda a desafogar os hospitais, e nos finais de semana, uma vez ou outra, acontece eventos culturais nas praças que ele criou, assim unido o bairro em torno de um ideal de fraternidade universal, e ocupando a mente dos jovens. Pois bem, que no Rio de Janeiro se faça a mesma coisa. Como diz em no filme "Tropa de Elite 2": "Alguns tem a guerra como uma válvula de escape". E essa guerra é colocar policiais nas ruas. Escrevi um outro artigo falando especificamente do filme, "Tropa de Elite 2" e seu conteúdo sócio-político. Quem quiser pode olhar nos meus sites... no mais... um abraço, e boa luta, que lutemos o bom combate para educar nossos filhos para um amanhã de eternas primaveras e que a alma jovem nunca morra em nós. Sejamos de alma jovem eternamente. Sim, quase me esquecendo, deve-se também ampliar o programa de polícia comunitária, que ajuda e muito a combater a violência. Deve ampliar para toda a cidade.

autor: Victor da Silva Pinheiro


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Filosofia e a arte de viver


Filosofia e a arte de viver


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


Os gregos consideravam a vida uma caminhada, uma longa estrada. Qual o nosso destino? Sabemos que haverá obstáculos, mas cada obstáculo nos coloca diante uma decisão. Algumas pessoas já passaram por isso, e pode compartilhar conosco, são os mestres e sábios que nos guiarão e nos mostrarão o nosso destino. O papel do filósofo: amante da sabedoria. Não é apenas estudar filosofia; quando amamos o coração vibra. Durante a vida, nos faz vive-lá com profundamente. Hoje há muitas técnicas, profissões, mas quem nos ensinou a vida com sabedoria? Sabedoria é unificação, síntese do conhecimento. Platão diz que temos muitos eus dos quais temos que unificar-los; esse é o destino do homem: a unidade, o que é indivisível, o que pendura. Mas o que é que pendura, nosso corpo físico ou algo mais profundo? Para os gregos tinham os deuses como exemplos de vida, como o Deus Apolo, sem pólo – significa o que une, representa a unidade, a beleza, e a harmonia. O homem é como o artista e nossa personalidade é o instrumento. E harmonizando conosco mesmo podemos nos harmonizar com as pessoas. Afinal, não vivemos sozinhos, é parte da nossa natureza viver em sociedade. Necessitamos aprender e nos relacionar, vencer as barreiras que separam os homens. Já não importa as nossas diferenças, e sim a música que nos une. Apolo também é o Deus da luz, que ilumina tudo. Do sol interior.
O homem tem que se purificar para a luz (Apolo) para que possa refletir. Apolo representa o que há de mais puro, elevado em nós. Isso é arte de viver, por donde caminhamos. A tríade dos gregos antigos era essa: Nous (Eu espiritual), Pisquê (Eu humano) e Soma (Eu animal). Na tradição oriental falasse em 7 planos.
Plano físico: 1. Lei da ciclicidade (estações, vida, vencer e morte). 2. Renovação (renovar nosso sonhos, a Afrodite de ouro) Fazer pendurar o que as coisas vão além do tempo. Os gregos não buscavam a eternidade nas pedras, buscavam a eternidade no sentido da estética, da beleza. Platão e Sócrates não estão mais entre nós, mas seus ensinamentos estão. São eternos. Plano Energético: Saber atuar sem perder a finalidade, ter claro qual o nosso destino que nos propusemos, mas não cair na rotina, nem na preguiça. Cada obstáculo é uma oportunidade para trazer, pois o obstáculo nos purifica. Não se acomodar em uma vida quieta, cinza e superficial. Deus Kairos: Deus da oportunidade, ele era careca e tinha um topete, e passava de tempos tem tempos nos lugares ninguém sabia o dia e à hora, por isso sempre tinham que está preparado para agarrar a oportunidade de frente, pelo topete. Saber agir, atuar quando preciso, se deixamos passar uma oportunidade, não poderemos pegar-lá mais, pois já passou, como um vendaval. Plano Emocional: Saber querer, saber eleger. Saber amar. O que desejamos é correto? Nos faz bem? Saber como vamos reagir diante de um obstáculo saber o que estudar. Se gostarmos do que nos faz mal, a vida será uma tortura. 2. Não lamentar os que nos acontece. Filosofia estóica: serenidade interior, saber reagir diante das circunstâncias. Se plantamos abacate, colheremos abacate. Plano Mental: 1. Querer saber: temos que querer saber o que temos que saber para que? Para viver melhor, para ser feliz. Sabedoria é um reconhecimento completo, que possibilita harmonizar todas as cordas, não só a parte material, mas imaterial. 
Assim como aprendermos matemática, aprendermos a calcular e por fim construir uma ponte. Os gregos tinham como referencial os heróis, um modelo ponto de referência, entre nós e a divindade. O problema na nossa época é que não temos modelos e o que se seguem são virtuosos? O herói é aquele que se sacrifica pela humanidade, sente-se chamado pela vida a um grande destino: ajudar os semelhantes. O modelo é o cantor da moda? O modo de falar? De vestir? Isso são ídolos e não modelos, e etimologicamente ídolo quer dizer: aquele que puxa para baixo. No fundo de todos nós há um herói, mas precisamos vencer nossos medos e dúvidas. A arte de viver é a arte de afinar as cordas da personalidade.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 13 - Lucas

Evangelhos Sinóticos – Aula 13 - Lucas

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


Vimos até agora, em resumo, que a perspectiva do evangelista Marcos é o discipulado, de ajudar as pessoas; e a perspectiva de Mateus é judaica, hebraica, veterotestamentária, da tradição. O Evangelho Segundo Marcos é mais simples, enquanto o de Mateus é mais eclesial. Vem dizendo que vem formando um novo povo: a igreja. Já o Evangelho de Lucas tem a introdução da infância de Jesus, depois a missão na Galiléia, a viagem para Jerusalém, e morte e ressurreição de Cristo. Jesus primeiro ensina aos doze apóstolos como agir e evangelizar, depois ensina aos 72 discípulos. Os 12 apóstolos vão à frente guiando os 72 discípulos resgatando como prioridade as ovelhas desgarradas da casa de Israel, enquanto os 72 discípulos têm a missão para todo o mundo, inclusive o mundo pagão, em conjunto com os 12 apóstolos.
Na igreja, quanto mais alta for à hierarquia, maior o papel serviçal que aquela pessoa tem para com a comunidade. Nós, os cristãos, somos o corpo de Cristo na Terra. Então cuidado cristãos ao que fala e ao que faz. A igreja se constitui no seguinte tripé: escritura sagrada, a tradição e o magistério. Na igreja, quem já morreu ainda tem voz. Os líderes da igreja têm o dever de ler, interpretar e colocar em prática a escritura sagrada e servir de exemplo para os cristãos. Qual a maneira de interpretar a sagrada escritura? Estudar o que tal passagem diz sobre Jesus, sobre eu e sobre a comunidade, e como pode me levar a santidade.
Em cada culto dominical a igreja abraça o mundo, daí vem à famosa frase: “Fora da igreja não há salvação!”
Quando Zaqueu subiu na árvore para ver Jesus ele subiu com o espírito de Jesus, agindo em harmonia com Jesus.
A perspectiva do Evangelho Segundo Lucas é social.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eclesiologia – Aula 13

Eclesiologia – Aula 13

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do Bairro da Torre, estado da Paraíba, Brasil.

A Igreja não é uma comunidade democrática, existe toda uma hierarquia a ser respeitada. A igreja é santa por que quem habita é o santo, pois todos comungamos com os santos, que é o espírito santo. Mas como nós o recebemos? Através dos sacramentos e das obras. A igreja é santa por que comunga com o espírito santo por meio de elementos santos. O sol sempre estará lá, banhando a todos, porém depende de você quem fecha a janela, mesma coisa com a purificação santa, depende de nós, como diz na Comunidade Doce Mãe de Deus: “A cruz é para nós como o sol!” A diferença entre o espírito e alma, é que a alma estará na planície e o espírito na montanha. A alma está mais ligada aos sentidos, ao corpo, e faz a ponte entre o espírito e o corpo. Porém, como diz Platão, a alma é eterna.
Com a oração você pode chegar a entender que Deus existe, mas não conhecer o Deus pessoal, que só conhecermos com as atitudes santas. Então para entender a idéia de Deus, temos que orar, que já é uma batalha, e ter atitudes santas, como diz Khalil Gibran, no seu livro clássico, “O Profeta”: “Minha religião são meus atos e minhas atitudes!” O espírito é o ponto mais elevado da alma, e o espírito na maioria da humanidade está adormecido. Como no filme “Matrix”, fazendo uma analogia, em que Morfeu, que é o mestre e representa a consciência, o eu espiritual, diz para Neo, que é o discípulo: “Você pode ter passado os últimos anos me procurando, mas eu passei a vida toda procurando você!” A consciência passa a vida toda procurando a gente escrevendo certo por linhas tortas nas vidas dos homens comuns, e escrevendo certo por linhas certas nas vidas dos sábios. A questão somos nós tender para a consciência enquanto antes. Tudo tem o seu tempo. Porém, temos que acordar o quanto antes para a vida e deixar de sermos levados pelo vento.
Pelo fato da comunidade está recebendo o espírito santo, a comunidade nesse momento vive uma comunhão. A palavra cristo vem da língua grega, messias vem da língua hebraica, e ungido da língua portuguesa, mas todas essas palavras querem dizer a mesma coisa: que Jesus era divino por natureza, em corpo, alma e espírito. Somos cristãos por está unidos em torno de um ideal cristão. Pelo fato de sermos animais racionais, falando em termos biológicos, temos que usar a racionalidade para não deixar a animalidade se sobressair sobre nós. Seja você mesmo, haja conforme as leis divinas que conhecerás a si e ao próximo. Como disse Sócrates: “Conhece a ti mesmo e conhecerás as leis que regem o universo e o homem!”. Deus te deu as pernas para tu caminhar por conta própria, buscar a Deus por conta própria, por livre arbítrio; Deus te deu as pernas, mas quem caminha é você. O pastor o que pode fazer em sacrifício para salvar a ovelha desgarrada é quebrar as pernas da ovelha, trazer nas costas de volta ao rebanho, e depois da recuperação e boa saúde das pernas da ovelha, ela vai ter que fazer uma escolha em permanecer no caminho certo ou no errado. A diferença agora é que ela viveu uma experiência espiritual em comunidade. Só para finalizar esse parágrafo, concluo dizendo: o corpo de Cristo é a cabeça com a igreja.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Bíblia e Moral – Aula 12

Bíblia e Moral – Aula 12

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


Os critérios morais dos cristãos são a visão bíblica dos cristãos na vida, e principalmente reconhecer Jesus como o Cristo, o messias. E como São Tiago diz, praticar as obras, pois, segundo ele: “Fé sem obras é a morte!” O cristianismo bebeu de outras fontes para formar sua cultura, porém, o cristianismo aperfeiçoou esses elementos. A compreensão de mundo dos profetas abriu a visão de mundo dos judeus que a salvação é para todo o mundo. E nem Deus pode interferir nas leis divinas, senão ele deixa de ser Deus. Como também vemos que Deus respeita o caráter evolutivo da história do homem, em termos morais como materiais.
A lei do Antigo Testamento “olho por olho, dente por dente”, era necessária para evitar a vingança de gerações a gerações. E para não matar alguém, por exemplo, por causa de uma ferida. Essa lei também era comum nos povos em volta de Israel. Porém, nos salmos e provérbios vemos as chispas do Novo Testamento, que Jesus veio para verticalizar a lei, para, como diz Jesus: “Amar o inimigo”; como também disse: “Se te baterem na face, oferece a outra”; como também disse: “Se te convidares a andar 1 milha, anda 2 milhas.” Está ai o caráter de progressão do cristianismo. Deus não quer que as comunidades se comportem somente como ONGs , mas que busquem a eternidade estudando o legado histórico que a tradição deixou para nós. Pregando a transformação já, no aqui e agora. Que os países ricos olhem com outros olhos para os países pobres. Entender a idéia de Deus é ir muito além da prática moral, mas a prática moral é a primeira condição para entender a idéia de Deus.
No perspectivismo do matrimônio Jesus veio também para verticalizar, dizendo que o homem deve se unir há uma só mulher por toda a vida, e como disse Jesus: “E o que Deus uniu que o homem não separe!” A cultura da poligamia nos povos antigos, inclusive no judaísmo, era necessária por causa do caráter guerreiro dos povos antigos. Se um homem morresse na guerra, outro homem do mesmo clã deveria assumir a família da viúva e sustentar - lá. Mas hoje, como não vivemos mais na antiguidade, vivemos em outro contexto histórico, a poligamia não é mais necessária, e devemos pregar a monogamia. Jesus, já naquela época, veio pregar a monogamia, mais uma vez verticalizando o judaísmo, dando um caráter próprio, um caráter cristão. Jesus, como um sábio que era, era um visionário, um homem além de seu tempo, de seu contexto histórico. Um homem de visão.
Já os sacrifícios no Antigo Testamento tinha um caráter externo, enquanto o sacrifício de Jesus Cristo teve um caráter interno. Foi o cordeiro imolado. Um dos grandes problemas do ocidente é não fazer memória de nossos acontecimentos, vivemos mergulhados no imediatismo, típico do homem ocidental.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 13 de novembro de 2010

Filosofia Moral no Antigo Egito


Filosofia Moral no Antigo Egito


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo de Brasília. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


            Existem duas histórias da fundação da civilização egípcia, uma é oficial, que em termos históricos o Egito não é nem tão antigo assim, e a outra extra-oficial que diz que os egípcios são descendentes dos atlantes e são muito mais antigos do que nós pensávamos. Etimologicamente a palavra “Egito” vem da língua grega e quer dizer: “O secreto”, “O Escondido”. Mais os egípcios antigos chamavam seu país de: “Khum Khemu Kem” que quer dizer: “vermelho”, “chamas”. Existem histórias da tradição oral que falam das Pirâmides e da Esfinge sendo banhadas pelo oceano. Hoje sabemos que o deserto do Saara já foi mar um dia. Então as Pirâmides e a Esfinge são muito mais antigas do que se está registrado na história oficial. Existiam antes do dilúvio global e do cataclismo da Atlântida que afundou a ilha e originou o deserto do Saara. Inclusive dizem que os atlantes tinham tanto poder material que conseguiam transformar energia em matéria e matéria em energia. A ruína atlante surgiu por causa do desequilíbrio entre o crescimento espiritual e material. Quiseram salvar a capital da Atlântida de uma catástrofe natural e acabaram por se autodestruir e originar o dilúvio global.
Mas voltando ao Egito... no Egito existe um provérbio árabe que diz que: “O tempo a tudo desafiam, mas as pirâmides desafiam o tempo!” O Egito pré-dinástico segundo a história oficial vai até 3200 antes de Cristo. Nesse período há ausência da centralização política. No período dinástico houve a unificação do baixo e alto Egito. O Antigo Império vai de 3200 a 2300 antes de Cristo. E tem como capital Mênfis. O Médio Império vai de 2040 a 1580 antes de Cristo. E tem como capital Tebas. O Novo Império vai de 1580 a 525 antes de Cristo. E tem como capital Tebas. Em 343 antes de Cristo, os egípcios são conquistados pelos Persas. Em 332 antes de Cristo, são conquistados pelo Império Macedônico de Alexandre, o Grande. Em 30 antes de Cristo a 395 depois de Cristo, são conquistados pelos romanos. O rio Nilo é considerado a mãe do Egito. Existe uma máxima que diz que: “O rio Nilo é uma dádiva para o Egito.” O Antigo Egito associava o rio Nilo a Deusa Ísis, a Deusa da fertilidade. Ela era esposa de Osíris e mãe de Hórus. O pessoal que era nômade passa a ser sedentário por causa do rio Nilo. Suas cheias deixavam as terras férteis com o recuo das águas. A Esfinge é datada de 2400 antes de Cristo, mas como já disse aqui, ela é muito mais antiga do que essa data. Na época do Império Romano, o Egito era a galinha dos ovos de ouro para os romanos. Napoleão, quando esteve no Egito no século 18, disse a seus soldados: “Soldados, do alto destas pirâmides quarenta séculos os contemplam.” Quando Napoleão e seus soldados estiveram no Egito, resgataram um pouco da cultura egípcia e foi quando foi desenvolvido o que chamamos hoje de egiptologia. Foi encontrada a pedra do zodíaco egípcio, a pedra de roseta, a esfinge começou a ser desenterrada, dentre outras coisas.
Agora falando um pouco de religião, os principais deuses do Egito eram: Seth, que era irmão de Osíris, esse por sua vez era casado com Ísis que tinha um filho chamado Hórus. Seth uma vez fez uma festa e convidou os deuses e construiu um sacórfago com as reais dimensões de Osíris e disse que quem entrasse nele, e coubesse, ficaria com ele. E quando Osíris foi entrar, o trancaram e o jogou no rio Nilo. Ísis encontrou-o no mar mediterrâneo. E Seth sabendo que Ísis havia encontrado Osíris, cortou o sacórfago em 14 pedaços e o espalhou pelo mundo. Ísis então foi à procura dos 14 pedaços para unir e teve ajuda dos animais. Dizem que ficou faltando um pedaço, e Ísis estava triste por que faltava esse único pedaço de Osíris,então, um falcão veio e tocou em Ísis que engravidou e deu a luz ao Deus Hórus, que destronou Seth, e governou o Egito. Tem outro Deus também importante na mitologia egípcia que é Anúbis, que era representado com a cabeça de um chacal, simbolizando que tinha as potencialidades, as qualidades daquele animal, enquanto Hórus tinha cabeça de falcão. Anúbis fazia a passagem de uma pessoa que morreu para a vida após a morte, e também fazia a passagem de volta, da pessoa que estava para renascer novamente. A religião egípcia é toda ela voltada ao relacionamento com a natureza, principalmente com os animais. Alguns dizem que o Antigo Egito podia ser monoteísta por causa do um Deus que me esqueci o nome agora, que esses estudiosos consideravam como o único Deus e os outros Deuses seriam apenas como se fosse os santos, os embaixadores desse Deus único. Outros dizem que eram politeístas, cultuavam vários Deuses. E outros chegam a dizer que eram Panteístas, viam Deus em tudo.
Com relação à tecnologia, até hoje não se sabe como as pirâmides do Egito foram construídas com tal precisão e polimento. Além das pirâmides, existem outras obras como o Colosso de Memnon, a Esfinge... Que tinha corpo de touro, garras de leão, asas de águia, e cabeça humana. Alguns dizem que as Pirâmides eram túmulos dos faraós. Outros dizem que eram templos iniciáticos; e outros dizem as duas coisas. Em igrejas no estado de Minas Gerais, no Brasil, foram encontradas em antigas igrejas católicas, ossos de pessoas enterradas, com certeza eram pessoas consideradas importantes para a época por terem sido enterradas na igreja. A quem diga também que as Pirâmides do Egito são laboratórios onde se guarda toda a história da humanidade. E há quem digam que eram túmulos, templos e esse laboratório de história, as três coisas. Com relação aos conceitos morais, a civilização egípcia era voltada toda ela para a religião. Assim como a romana era voltada para o estado, para as leis, e a grega para a filosofia. No Antigo Egito a religião era tão forte que dela se desprende a moral. Grandes filósofos passaram pelo Egito e aprenderam muito, como Pitágoras, Platão, Sólon, como o sábio Jesus Cristo, o nazareno. Dizem até que Jesus aperfeiçoou a técnica de ressurreição quando esteve no Egito.
Como toda civilização, teve períodos de apogeu e queda. Seu sistema de governo era piramidal e todo um estilo de vida era o coração do conhecimento. Influindo assim o cotidiano aos grandes mistérios. Os pequenos mistérios estariam relacionados ao homem, e os grandes mistérios ao cosmo. Unindo assim a visão micro e macro. Boa parte dos ensinamentos veio de várias dinastias em obras de valor ético e literário. E essas máximas foram aplicadas ao homem. Com relação à família, por exemplo, toda ela era centrada na figura do pai, que ficava responsável de contar a história dos seus antepassados aos filhos e a história do Antigo Egito, e que o filho deveria ter um grande respeito e obediência aos pais. Muito parecida com aquele mandamento judaico-cristão: “Honrarás teu pai e tua mãe.” Dizem que a cultura judaico-cristã bebeu da fonte da filosofia do Antigo Egito. Moisés por exemplo que foi ensinado dentro da religião egípcio introduziu muito da filosofia egípcia no livro “A Torá” ou Pentateuco, como chama os cristãos os cinco primeiros livros da bíblia. O matrimônio assume importância primordial como célula social, fidelidade, e compreensão mútua e recíproca entre o casal. “Especial valor tem a amizade entre os homens, a ponto de um bom amigo, eleito por afinidade de coração, complementar a felicidade familiar.” A solidariedade era outro ponto forte do Antigo Egito. O historiador Heródoto, considerado o pai da história, quando passou pelo Antigo Egito, disse nunca ter visto um povo tão feliz como o povo egípcio. A moral pública era outro fator primordial, como diz Ptahotep: “Opor obstáculos a lei, é abrir a porta a violência.” Disse também um juiz antigo que: “Nunca permiti que um homem dormisse descontente por qualquer motivo... eu levo a paz!” Outro fator importante era a cortesia: “Esta virtude se soma às qualidades próprias de um homem honesto.” Amenemope ainda diz: “Se és poderoso, pratica a ciência e a palavra serena.” O trabalho era outro fator importante, vejamos o que diz Onchshehonqy: “O amor pelo trabalho leva o homem próximo a Deus.” Ele ainda diz: “O amor ao trabalho é a chave de uma vida realizada.” E agora vejamos essa frase: “Seja ativo, faz mais do que deves...” Com relação à busca da verdade, da filosofia egípcia propriamente dita, tudo que escrevi até aqui é filosofia: o sábio ensina com o exemplo, e os discípulos o seguem com entusiasmo. Mas lembremos que não devemos seguir pessoas, mas a idéia, olhar para estrela que o mestre está olhando assim unir-vos a ele, olhando para o alto. Fechemos o texto com uma frase de Ptahotep: “Os homens que tenham pensado com sabedoria hajam escrito para a posteridade viverão para ela; sua recordação não se apagará nos homens se suas sentenças são belas, cada um de seus pensamentos seguirá vigente como algo inesquecível, e realçando a cultura dos grandes.”

Autor: Victor da Silva Pinheiro




quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eclesiologia – Aula 12

Eclesiologia – Aula 12

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil


A igreja é uma comunidade de comunhão, logo é um sacramento de comunhão. A igreja que vemos é a igreja militante. Jesus Cristo é aquele que defendia o Pai, e o Espírito Santo defendia Jesus Cristo; essa defesa na história se chama tradição cristã. Na antiguidade era comum a tradição oral ser superior a escrita, se confiava mais nas histórias passadas de pai para filho, de geração a geração, do que escrever e/ou ler um livro. A escrita surgiu com a decadência da tradição oral. Como naquela época ainda a tradição oral era superior a escrita, mesmo a escrita já em andamento, os sábios daquela época não se preocupavam muito em escrever seus ensinamentos; isso ficava a cargo dos discípulos. Há rumores que Jesus teve um diário, teve o seu próprio evangelho. Esses rumores são comparáveis as histórias da tradição apócrifa do cristianismo que diz que Jesus era um pisciano nato, um sábio que falava por meio de parábolas e realizava milagres, nascido no dia 1 de março. E que dizem, que na verdade disse na cruz: “Pai, por que me glorificastes?” e segundo essa tradição, não disse o que está escrito na bíblia: “Pai, por que me abandonastes?” Dizem que alteraram essa parte para passar a imagem de um Jesus coitadinho, pois é mais fácil se aproximar do Jesus humano do que o Jesus divino. Ainda dizia essa corrente de pensamento, que só deixaram um momento de fúria de Jesus na bíblia, para reafirmar essa imagem de Jesus coitadinho, para o povo se espelhar e se tornar facilmente controlável pelo governo regente da época. Mas voltando...
A igreja se sustenta em três tripés: a escritura sagrada, a comunidade e as obras. Sendo as obras o dever da comunidade, então sendo o desdobramento desta. A interpretação da bíblia é a interpretação comunitária. Um papa ou bispo é um embaixador da igreja, diz o que a igreja acredita baseado nas escrituras e praticantes da obra: a comunidade. Teoria e prática caminhando de mãos dadas. É a ação do Espírito Santo no mundo, mesmo sendo esse mundo nosso, atual, muito semelhante em questões morais, ao mundo na época de Noé, que segundo Jesus, é nesse contexto histórico que ele virá pela segunda vez ao mundo.
A ação do Espírito Santo na comunidade se chama tradição cristã. Um dogma é uma verdade contestada que precisou de uma afirmação solene. A tradição escreve a escritura, e a escritura julga a tradição. Toda a verdade está na real tradição cristã, desde os tempos, principalmente dos tempos do cristianismo primitivo. O antigo testamento foi um modelo para o novo testamento. Lembremos da simbologia presente no antigo testamento em que o primeiro homem que está na frente carregando o cacho de uvas simboliza o antigo testamento que vai abrindo caminho para o homem que vem de trás, que simboliza o novo testamento. Sendo Jesus o cacho de uvas.
A continuação das obras dos apóstolos se chama sucessão apostólica. Tudo que o Espírito Santo faz é santo. Todo movimento que vou chamar aqui de movimento éter da comunidade é a ação do Espírito Santo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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O poder da Rede Globo e das outras redes de comunicação

O poder da Rede Globo e das outras redes de comunicação

O quarto poder no Brasil é muito forte e seu maior expoente é a Rede Globo que tem uma rixa com a Rede Record por causa do crescimento desta. Não sou a favor nem de uma nem de outra, mas também não fico em cima do muro, procuro andar nos dois lados livremente. Por exemplo: todo mundo sabe que a Globo colocou o ex-presidente Fernando Collor no poder. Mas poucas pessoas sabem que a Globo também tirou Collor do poder. O movimento dos Caras-Pintadas começou com uma câmera da Globo e meia dúzias de jovens, e depois se transformou naquele famoso movimento que ajudou a tirar Collor do poder. Depois que a Globo viu quem era Collor e como ele estava governando, fez questão de tirá-lo do poder.
A Globo tem a mania no seu principal programa o Jornal Nacional, de noticiar algo desfavorável a alguém ou a algum setor da sociedade e quando se comprova que foi um equívoco, ela não transmite o equívoco no Jornal Nacional. A Rede Globo hoje é a segunda rede de televisão mais forte do mundo, ficando atrás apenas da ABC (pertencente a Walt Disney Company). 
Ciro Gomes na sua entrevista no programa 'É Notícia' da Rede TV, disse que a Globo noticiou algo grave no Jornal Nacional sobre ele e depois não noticiou o equívoco que foi a notícia contra Ciro Gomes. Já vi católica falando que o Jornal Nacional só falava dos pontos polêmicos dos discursos do Papa, quando na verdade o discurso do Papa como um todo era belíssimo. Enquanto a Record, de Edir Macedo, desaprovo aquela ação de um pastor da Igreja Universal, colega de Edir Macedo, de chutar a imagem da santa, pois, naquele momento, ele não estava apenas chutando uma imagem, mas uma religião, porque aquela imagem simboliza uma religião. Aliás, muitos acham que os católicos adoram imagens, mas na verdade não adoram, apenas tem as imagens como meio de concentração para rezar e tem as imagens como algo simbólico. Existe uma técnica de concentração que diz que quando você reza olhando para algo que considera aquele algo sagrado, você se concentra melhor.
Mas voltando... Ciro Gomes ainda disse que houve uma tentativa de tirar Lula do poder, com o Caso do Mensalão. Então, Ciro disse que organizou o contra-ataque de duas formas: diplomacia com os diálogos com os líderes da oposição, onde ele disse que o Aécio Neves foi um dos únicos que entendeu a situação logo de cara; e a outra forma era a infantaria, com a militância nas ruas. Não sou a favor do governo Lula, e houve corrupção no Caso do Mensalão e os culpados devem pagar pelo mal que fizeram ao país. “Talvez, nunca na história deste país, houve um caso tão grave de corrupção que foi descoberto, como o Caso do Mensalão”. Hoje sabemos que o maior caso de corrupção da história foi o da Petrobras. E Lula deveria ser ouvido e não deixado de lado no julgamento do Mensalão e o da Operação Lava-jato. Para mim, o governo de Lula deixou a prometer, não foi o ideal, mas Lula para mim continua sendo um idealista que tentou fazer o máximo para melhorar o Brasil. Concordemos que Lula tem uma capacidade de trabalho e diplomacia imensos.
Mas voltando a Globo, queria só fechar o assunto para nós termos um olhar crítico com relação a Globo e não olhar de forma passiva a Rede Globo assim como os outros meios de comunicação. Por exemplo, no programa do Faustão, que coisa horrível é aquela de se divertir vendo acidentes e presepadas dos outros na TV. É até anti-filosófico. Se divertindo com a desgraça alheia. É claro que não são acidentes graves (eu acho que não são acidentes graves), mas são acidentes e não vejo graça nenhuma naquilo. Enquanto o SBT faz uma idolatria ao dinheiro, os noticiários locais dos diversos canais insistem em fazer do noticiário policial um show, e na Rede TV passava aquele programa preconceituoso e de baixo nível “Pânico na TV” que hoje está na Rede Bandeirantes. Procuremos coisas produtivas a assistir. Interessante, os programas bons da Globo, como Globo Ciência, é de manhãzinha e passa no horário em que poucas pessoas estão com os televisores ligados e só passa uma vez na semana. No geral, vemos a idolatria ao dinheiro, a banalização do sexo, e outras coisas ruins nas TVs abertas do Brasil.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


victorgeo10@gmail.com