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domingo, 24 de abril de 2011

Sacramentos – Aula 5

Sacramentos – Aula 5

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


Os 3 sacramentos chamados de iniciações mergulham no mistério pascoal. São eles: batismo, crisma e eucaristia. Porém, como nós podemos entrar no mistério pascoal? Jesus venceu o diabo na cruz, permanecendo firme na fé. Jesus morreu, foi sepultado, desceu a mansão dos mortos, e ressuscitou. Tudo isso foi o batismo. E todo batismo é uma morte e depois uma ressurreição. Todo batismo é uma entrada no mistério pascoal. A ascensão se
refere à crisma, e depois do pentecostes começa a missão. Água parada quer dizer morte. Então no batismo quando mergulha na água parada simboliza a morte. É um mergulho na cruz. Jesus entrou na água, mergulhou na mortalidade. E a subida das águas simboliza a vitória sobre a mortalidade, a vitória sobre o mundo material. Jesus é a cabeça da igreja, e o corpo somos nós. Jesus já está à direita do Pai, mas igreja ainda está subindo. Jesus está sentado à direita do Pai, quer dizer que tem os mesmos poderes dele. Como José, filho de Jacó, que era o braço direito do faraó, e tinha os mesmos poderes do faraó. O que nos impede de subir? O pecado. Nós no batismo ressuscitamos, simbolicamente falando. O antigo testamento é soma do novo testamento. Para onde Jesus subiu? Subiu ao Céu. Onde tem o lugar onde Deus quis morar? No céu. O filho quis morar lá, e teve a missão de nos conduzir ao Céu. Deus criou um lugar dentro de nós para nós morar. No
livro de gênesis, esse lugar se chama jardim. Isso tudo dentro de nós, dentro do nosso coração. Pois o Céu é um estado de espírito. A crisma é o lugar onde Jesus mora, no nosso coração. Jesus nos dar uma luz, e na luz reconhece todos os seus irmãos. Se eu recebi essa luz, é por que estou cheio do Espírito Santo. A primeira dose do Espírito Santo recebemos no batismo. Tanto que somos batizados em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. A prova que recebemos a segunda dose do Espírito Santo é quando reconhecermos Deus como pai, e os cristãos como irmãos. A crisma seria a segunda dose do Espírito Santo. Quando você sobe? Quando você percebe que Cristo enviou a segunda dose do Espírito Santo. O antigo testamento é exterior, o novo testamento é interior. A força que nos impulsiona está dentro nós. O Espírito Santo está no nosso coração e Jesus é o nosso intérprete dessa luz. E para isso temos que subir para a sala superior. A salvação que foi destinada primeiramente a único povo, se distribuiu para todos os povos. Sendo o primeiro povo colocado como exemplo para todos os outros povos. Eu reconheço na Palavra que estou escutando, a Palavra de Cristo. E essa palavra nos impulsiona a agir, nos tornando missionários. A Palavra é o nosso pão espiritual. Que nos dar força para seguir em frente. Essa Palavra torna-se fogo em nós, e é nosso combustível para agirmos. Nós
somos a Palavra viva e nossas vidas devem ser testemunhos para que outros não cometam os mesmos erros que nós cometemos e que aproveitem as qualidade e suas vidas. E todos nós estamos incluídos nesse projeto maior que Deus preparou para nós. Toda vez que escuto a palavra de Deus, o meu coração pega fogo e se posta a servir ao criador, servindo a criação.
Não viemos ao mundo para ser servido, mas para servir, como bem disse Jesus. E o centro da vida cristã é a páscoa. Nesse rito estão contidos os mistérios da vida cristã. Todo o ano a igreja faz memória da páscoa para você celebrar dentro de si o batismo, a crisma e a eucaristia. O
batismo e a crisma nos dar a direção, e a eucaristia nos dar os meios para caminhar para essa direção. A eucaristia é mergulhar no mistério pascal.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 9 de abril de 2011

Diálogo entre Sarah Cristã e Severino Pagão: mitologia grega



Diálogo entre Sarah Cristã e Severino Pagão: mitologia grega


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de uma filósofa de Brasília. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


- Sarah, os gregos viam o mundo em 3 formas: Nous (o equilíbrio espiritual), Psiquê (o equilíbrio humano), e Soma (o equilíbrio físico). Sendo o símbolo ligado a Psiquê, o mito ao Nous, e o rito ao Soma. Onde através do símbolo vamos ter acesso ao mito. E se você não tem essa visão maior, superior, você só vai ver o símbolo de forma superficial. O poder vem através dos Deuses, segundo a visão grega. Filósofos que falam sobre esse assunto, têm: Hesíodo, Ésquilo, Sófocles, Eurípedes, e o mitólogo Junito Brandão. Além do livro: “O livro de ouro da mitologia”, dentre outros livros e autores.
          - Severino, não conhece tanto de mitologia como você, mas pegando uma tangente ao assunto, os escritos da tragédia grega não tinham a intenção de agradar o público, mas transformar as pessoas em pessoas melhores ao final do espetáculo.
- Já na época de Sócrates, os gregos começaram a se perguntar: “Podemos se comunicar com os Deuses?” Se fizesse essa pergunta a um egípcio antigo, ele ia rir, pois para os egípcios era inconcebível a ideia de vida sem uma ligação com a divindade. Hesíodo esclarece ao irmão Perses depois que o irmão recebe uma herança e gasta toda a riqueza no meio do mundo com coisas banais, que teve um motivo para Perses fazer isso. Como também teve um motivo para Perses voltar a morar com o irmão e pedir sua ajuda. Hesíodo tentar levar ao irmão ao esclarecimento sobre o que aconteceu com ele citando a mitologia grega e seus ciclos. Ele fala que no início da humanidade as pessoas viviam a época de ouro, onde havia ouro no coração dos homens. E esse ouro é a sabedoria. Depois veio a idade de prata, onde se prezava mais a honra. Depois veio a idade de bronze, onde se prezava mais a riqueza. E por fim a idade de ferro, onde havia ferro nos corações dos homens, uma época altamente materialista, e era a idade que Perses e Hesíodo viviam, e explica por que Perses gastou sua riqueza com coisas banais. 
- Biu, me lembra uma passagem da bíblia, da parábola do filho pródigo, que depois que pegou a sua herança com o pai, foi ao mundo e gastou todo a riqueza com coisa banais ao ponto de ir viver com os porcos, então ele volta pra casa do Pai, que oferece a melhor ovelha pra ele, o irmão enciumado pergunta: "Eu sempre respeitei os mandamentos e estive contigo, por que toda essa generosidade com ele?" E o pai responde: "Seu irmão estava morto e agora vive, estava perdido e agora se achou".
Pois é, continuando, entre a idade de bronze e a idade de ferro existe a idade dos heróis, e Hesíodo tenta usar o simbolismo do herói na Grécia antiga, para elevar a condição de Perses a mero mortal, para a condição de homem de verdade. A condição de ser humano. Como os mestres divinos estão muito distantes de nós, eles enviam os heróis que está numa condição parecida com a nossa e são mais fácies de serem imitados. Pois o herói é uma ponte entre nós e a divindade. Não está na nossa condição, mas também não é um Deus, é um meio termo e mais fácil de ser imitado. Imitarmos as suas virtudes e não defeitos, que fique bem claro. Pois os heróis são humanos como nós e tem defeitos, porém o herói nos faz lembrar que existe um Deus dentro de nós. E essa concepção de mundo faz nós mudarmos para pessoas melhores, superiores ao mundo de hoje e olharmos as coisas como uma águia. Como você disse que diz na bíblia em nosso outro diálogo, no velho testamento: “E sejais como uma águia!” E também diz no velho testamento, na bíblia, no livro do gênesis, capítulo 6, versículo 4 que “os heróis são filhos de deuses com mortais, e por isso são tão aclamados pela humanidade.” Como os mestres divinos, ou como a tradição hindu chama de avatares, estes, estão muito distantes de nós, e para nos aproximarmos deles, eles enviam os heróis, que servem como escada para o céu.
- Você falando desse conceito de herói, me lembra os santos e santas do cristianismo, para nós, cristãos, esses santos e santas são nossos heróis.
- Então, mergulhando agora na mitologia grega: o Caos gera as primeiras divindades. Mas antes de tudo existia o ovo cósmico. E desse ovo cósmico, surge Eros, o amor, que está entre Gea e Urano, que surgiram da repartição desse ovo cósmico. Eros é o amor primordial. Que é uma forma de amor o mais abstrato que você possa imaginar. Também é gerado nesse início o Tártaro, o lado mais profundo do Hades. Lembremos que para Hércules entrar no Hades, no submundo, na morada dos mortos, ele entra com Atena, a deusa da sabedoria, aquela que tudo ver, e Hermes, o mensageiro dos Deuses, que simboliza qual caminho se deve percorrer. Também surgem do Caos as trevas profundas. Só uma tangente ao assunto: hoje vemos o Hades de uma maneira preconceituosa, e imaginamos viver no céu dos preguiçosos, onde vamos viver no maior conforto possível sem fazer nada recebendo tudo de bom e do melhor. Esse não era o céu imaginado pelos antigos. Tantos que algumas tradições falam de um céu depois da morte onde ainda existem batalhas.
- Eu sei, o Céu para nós cristãos está ligado a algo como servir, quem reinará na Terra são aqueles que vão servir, pois Jesus disse na bíblia: "Eu não vim ao mundo para ser servido, mas para servir.
- Não estamos preparados para ver as divindades como elas realmente a são. Tanto que as divindades quando querem se mostrar ao ser humano usa o véu. Porém, na tradição hindu, Krishna, um avatar, ao fazer um pedido de Arjuna para se mostrar a ele como realmente é, Arjuna fica tão agoniado de ver aquela cena, e pede para krishna voltar a forma que estava antes de se mostrar como realmente é: tudo. A divindade inclui tudo: bem e mal. Aliais, a divindade está acima do bem e do mal. Como disse Nietzsche: “Aquilo que se faz com amor faz-se sempre além do bem e do mal!” Depois através de Gea, surge outras divindades, como Montes, que simboliza aquilo que de mais elevado há em nós, e onde está o Olimpo, a morada dos deuses gregos. No hinduísmo, antes da batalha de Kuravas e Pandavas iniciar, Krishna eleva o carro de guerra acima dos dois exércitos, para que o guerreiro Arjuna possa ver as coisas por cima. E ali Krishna tenta convencer Arjuna a iniciar a luta contra os Kuravas. Mas Arjuna não quer lutar, pois os kuravas são seus parentes. E assim é na nossa vida, uma luta entre virtudes e defeitos, ambos nossos parentes que cresceram junto, dentro de nós e que é necessário que iniciemos a guerra para derrotar os nossos parentes defeituosos para conquistar a cidade de Hastinapura, que quer dizer: cidade do elefante. O elefante na tradição hindu é símbolo da sabedoria. Pois tem orelhas grandes e boca pequena, pois mais escuta do que fala, tem o peso do saber e a leveza de deixar um formigueiro passar. E ao grito da matriarca, da líder, todo o bando a segue, assim como os discípulos seguem os sábios. Voltando a mitologia grega, Eros provoca a manifestação do ser a volta a unidade. O Hipérion representa o espírito do sol. Hélio seu filho simboliza o sol físico, aquele que tudo ver. Quando Hélio contava uma verdade todos ficavam sabendo. Pois o sol ilumina os justos e injustos. É o sol das crianças, quando ver algo, vai logo contando. E Apolo, que é da terceira geração de deuses, filho de Zeus, simboliza o sol interior. Outra divindade é Prometeu e Epimeteu. Prometeu é aquele que pensa antes de agir. Já Epimeteu é aquele que age e depois pensa. No início Urano enterra seus filhos, talvez por que seus filhos não estão suficientes maduros ou não estão densos o suficiente. Gea então dar a seu filho Crono uma foice e então Crono castra seu pai Urano. Então Urano deixa a função de gerar descendentes e fica responsável de zelar pela humanidade, simbolizado pelo céu estrelado. Do sangue de Urano ainda nasce mais 3 divindades que aparentemente aparecem na mitologia perseguindo pessoas até que essas pessoas possam invoquem a divindade para saber, entender o que se passou com essas pessoas. Porém, não livra essas pessoas a pagar o que fez, mas a pagar o que fizeram conscientemente. Do sêmem de Urano com as espumas do mar, nasce Afrodite, a deusa do amor. Ao quais os romanos chamam de Vênus. O mar é símbolo do movimento, e as espumas do mar nascem do confronto, da onda. A segunda geração dos deuses são filhos de Crono e Réia. Héstia, Hera e Deméter sendo as divindades femininas. E Zeus, Posseidon, e Hades as divindades masculinas. Zeus e Héstia estão ligadas ao Nous, o mito, ou o equilíbrio espiritual. Sendo Héstia a divindade do fogo sagrado e Zeus representando o deus dos deuses, o tempo consciente, que vence o tempo cronológico que é simbolizado por Crono. Crono, advertido pelo oráculo que um dos seus filhos vai destroná-lo, como seus filhos. Isso simboliza que o tempo a tudo consome e só a sabedoria, simbolizada por Zeus, pode vencer esse tempo. Réia no lugar de Zeus dar uma pedra a Crono para engolir e ele pensa que é Zeus. Zeus então é criado numa gruta na ilha de Creta, e depois volta para destronar Crono, e vence o pai. Crono depois vomitar todos os filhos que engoliram e passam esses deuses para o lado de Zeus. Hera, a esposa de Zeus, e Posseidon, o Deus dos mares e oceanos, e também do ar, simboliza a Psiquê, o símbolo, ou o equilíbrio humano. Note que o ar é como nossas emoções, um dia está nublado e outro dia claro. É instável. E Deméter e Hades simbolizam Soma, o rito, ou o equilíbrio físico. Deméter é a deusa da fertilidade e Hades o Deus do submundo, aquilo que há de mais oculto no homem.
- Há um preconceito com a mitologia grega de algumas pessoas, que dizem que essas pessoas, os gregos, não sabiam de onde originava o raio e acabam associando a divindade de Zeus. Imagine daqui a 500 anos, se passássemos uma fase de esquecimento, e que essas pessoas do futuro achassem uma tabela periódica, e acabariam tirando conclusões precipitadas sobre nós dizendo que os símbolos da tabela periódica eram para nós nos comunicarmos oralmente, como por exemplo, o símbolo do H20 = OHH. As atitudes desses homens do futuro se assemelhariam e muito com a interpretação de algumas pessoas da atualidade em relação aos mitos do passado.
- Belas palavras Sarah, continuando... A terceira geração dos deuses são os filhos de Zeus. Zeus na luta contra seu pai Crono tem que derrotar um monstro terrível que simboliza o que há de mais oculto em nós, pois foi feito do Tártaro, a parte mais profunda do Hades. Simboliza o que de mais profundo há em nós que devemos derrotar. Zeus vence esse monstro jogando um monte por cima dele. Cada um desses deuses do Olimpo representa uma virtude que um rei deve ter. Ares, o Deus da guerra, por exemplo, simboliza as coisas que devemos destruir para que nasça o novo. Atena é a Deusa da sabedoria, justiça e guerra inteligente. É o complemento de Ares. Hebe, a futura esposa de Hércules, filha de Zeus e Hera, simboliza a eterna juventude. Hércules nasce de 10 meses. Hércules é o nome romano para Héracles. O fato de Hera atrasar o parto de Hércules e ele nascer de 10 meses tem um significado. É que para a numerologia, 10 é a soma do 1 + 0, é a volta da unidade. Que é o que acontece com Hércules depois dos 12 trabalhos quando ele se torna uma divindade e se casa com Hebe. Dionísio, que é Baco para os romanos, é o Deus do vinho e é muito mal interpretado pelas sociedades por causa dos bacanais. O vinho faz tirar um pouco de pudor, e os mestres utilizavam o vinho para saber aquela pessoa continuaria virtuosa mesmo perdendo um pouco de pudor. Tanto que na Grécia antiga são os anciões, os mestres, que decidiram quanto cada pessoa tinha que tomar de vinho, pois eles sabiam a medida certa de vinho para cada pessoa. Para entrar nessa família dos deuses gregos a que dedicar tempo e ter muita força de vontade, pois é muita história para ser estudada. 
- Muita dedicação para praticarmos as virtudes, tendo a consciência como guia da nossa vida. Parafraseando a última frase do filme americano “Tróia”: “Digam que eu vivi no tempo de Hércules, Aquiles, Ulisses, Perseu, e Heitor, o domador de cavalos.” Pois esses heróis são exemplo de vida para nós. Mesmo eu na condição de cristã, vejo agora a mitologia grega com outros olhos, estudar para fins didáticos; com relação ao Deuses gregos, se eu nascesse na Grécia Antiga, seria devota do "Deus desconhecido", pois segundo o apóstolo Paulo de Tarso, esse seria a representação do nosso Deus judaico-cristão, e tudo se origina Dele. E diz na bíblia: "Não adorarás outros Deuses". Mas pra estudar de maneira didática, é interessante a mitologia grega, para estudar com fins simbólicos e filosóficos e não levar a mitologia ao pé-da-letra, que é o que acontece com a má interpretação dos mitos. Como já disse um certo doutor da igreja: "herdamos a filosofia dos gregos e a teologia dos judeus."

Autor: Victor da Silva Pinheiro




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mude você, mude o mundo!




Mude você, mude o mundo!


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


Para o mundo das sensações, nossa imaginação funciona bem, mas para as coisas mais sutis, como as emoções e idéias, é mais difícil imaginar. O tema da palestra apesar de ser um jargão usual, é uma verdade, portanto é eterna, temos que começar de algum lugar a mudança: em nós mesmos.
Falando de economia, das coisas econômicas, trabalha mais com o aspecto lucrativo. E hoje vemos que para uma empresa dar lucro tem que ter funcionário feliz, que produz mais. Mas o perigo é que se amanhã descobrirem que a dor leva ao lucro, teremos um sistema de dor. Se não construir uma sociedade em cima de valores, na primeira crise, a instabilidade vem à tona. É como construir um castelo de areia, ou de cartas de baralhos: no primeiro vento forte o castelo cai. As mudanças verdadeiras vêm de dentro para fora. Para Platão, assim como o médico cuida do paciente, o político devia cuidar dos governados. O que não acontece hoje. Hoje vemos um jogo de interesses de um pequeno grupo na política. Hoje confundimos um bom político com um demagogo: aquele que agrada a maioria. Agora, questione-se: será que a maioria sabe o que é melhor para a maioria e para si? Como o imperador filósofo romano Marco Aurélio disse: “O que é bom para a colméia, é bom para a abelha, mas nem tudo que é bom para a abelha, é bom para a colméia.”
Estamos totalmente perdidos na origem da causa da violência. Por exemplo, um pai de família ao dizer que sempre deu tudo de melhor para o filho, e não deixou o filho passar por dificuldades, deixou o filho perder a oportunidade de crescer na dificuldade, e acabou vendo o filho virando traficante. É na dificuldade que a gente cresce. Não estou fazendo apologia à dor, mas como os budistas e tibetanos diziam e estar no livro “A voz do silêncio” de Helena Blavatsky: “Não deixa o sol enxugar as lágrimas dele se ele não souber a origem da dor!” É chamada dor sagrada, que nos leva ao entendimento. Resumindo: deixa-o aprender e faz o que te é cabível: orienta, mas deixa-o viver as experiências e chegar às próprias conclusões. São essas experiências que moldam a personalidade, o caráter do ser. Rebuscando o que de interior o deixa inquieto. Como dizia o filósofo alemão Nietzsche: “Para os meus amigos, meus verdadeiramente amigos, todas as dificuldades do mundo!” E o filósofo grego Pitágoras disse: “Se educarmos as crianças, não será necessário punir o adulto.” Agir na origem.
Já o isolamento é diferente da solidão filosófica. A solidão filosófica puxa a reflexão; já o isolamento puxa a depressão. Podemos nos sentir só no meio da multidão. Isso é o isolamento. A solidão filosófica vem para questionar o mundo de hoje, mas quando começamos a filosofar sobre isso, vem uma distração. E temos que saber dar prioridades na nossa vida, o que realmente merece nossa atenção a ponto de nos tirar da solidão filosófica. Não estou aconselhando a viver a margem da sociedade, muito pelo contrário, estou aconselhando a mergulhar na vida em sociedade, mas saber ter tempo para nós mesmos. Outro ponto é estarmos conscientes dos nossos problemas. Pode ver que as pessoas que já tem uma pré-disposição a violência e ver na televisão a banalização da violência e os noticiários virarem shows policiais, ele vai sentir vontade de praticar a violência. Por isso, pelo menos no Brasil, tem uma lei que proibi noticiar suicídios. Mas eu acho que podem abrir exceção se forem pessoas famosas envolvidas. Mas se todos os casos de suicídio que acontecem fossem noticiados, o número de suicídios iam aumentar como um efeito dominó. Como se aquilo já estivesse no inconsciente coletivo e basta só um empurrãozinho para despertar a ação de que tem pré-disposição ao suicídio.
Agora vamos para a alquimia. Na alquimia, que foi estudada pelo psicanalista Carl Jung, era conhecido três obras de transformação do homem: a obra em negro, que é a constatação do problema e de quem somos atualmente. Que é ver nas trevas, a descida ao Hades, ao submundo, ao inferno de nós mesmos, é a ida ao deserto e confrontar o demônio depois de 40 dias em jejum. Essa fase é normalmente dolorosa. Depois vem a obra em branco, que á purificação e saída da obra em negro, mas que não cairá no esquecimento à obra em negro, mas que fará parte da nossa história. Só que agora, na obra em branco, estar-se vivendo outro momento. Inclusive não esquecer a fase da obra em negro faz nos ficar atento para não voltar ao submundo. E por último vem à obra em vermelho, da transmutação do homem. Com relação à constatação que acontece na obra em negro, existem dois tipos: a constatação por meio de forma direta, que é mais dolorida, e pode ser traumática se não for bem canalizada. Exemplo: você achar que é corajoso e a vida vai lhe impor uma situação que vai exigir sua a coragem que você acha que tem. E não respondendo as suas expectativas, pode criar-se um complexo e efeitos colaterais. Ou você pode aprender com essa situação e saber quem você é na atualidade para pode mudar. Um alcoólatra só pode receber ajuda necessária, quando ele admitir que seja alcoólatra e procurar ajuda. A outra forma de constatação é através da reflexão e uma forma menos traumática. A obra em branco é termos consciência no ato dos nossos defeitos. É guardar a água para amanhã por que pode faltar amanhã. É ser justo, mesmo por necessidade, sabendo que vai gerar coisas boas, mesmo não sendo justo realmente, recebendo um empurrãozinho da consciência também vale. Utilizemos a técnica de Carl Jung, que quando vinha um defeito, ele dava nomes a ele, o colocando de maneira exterior, como um guerreiro que devemos derrotar. E para derrotar um guerreiro, que são nossos defeitos, temos que ser um guerreiro, só que um guerreiro das virtudes. Nessa eterna luta entre o bem e o mal. Temos que derrotar nossos demônios. Se a consciência ver, controla, se não ver, perde a batalha, é como lutar no escuro.
A obra em vermelho é quando a consciência chega ao conhecimento de nós mesmos. Só que entre a obra em branco e a obra em vermelho, os alquimistas falavam de uma fase intermediária, que era a fase amarela. Que é uma fase de maturidade. Tem gente que morre “criança”, não chega a essa fase, como diziam os antigos: “vivem uma eterna infância”. Essa é uma fase que o homem já soube lhe dar com algumas situações e se torna um pequeno mestre. Ainda não é um sábio, mas é um pequeno mestre. Vai aqui a máxima do filósofo alemão Kant: “Age sempre de tal forma que a máxima da tua ação possa ser elevada a lei universal”. Imagine um dia se você deixa fazer algo por preguiça e levar essa condição para o mundo. O mundo ficaria estagnado. Imagine um médico que tem preguiça de atender um paciente, o paciente pode morrer. Pois então: lute contra a preguiça, antes de matar dragões, temos que iniciar a jornada matando lagartixas. Agora, a pergunta chave é: como muda a si mesmo? Existe algo em nós que já é aquilo que queremos ser. O modelo da árvore já está na semente. Como Morfeu diz a Neo no filme “Matrix”: “Você veio até mim por que sente que algo estar errado com o mundo, como um zunido na sua mente!” Morfeu representa a consciência, aquele que saiu da caverna da ignorância e está guiando o discípulo Neo a fazer a mesma coisa. Morfeu ainda diz a Neo no filme “Matrix” que: “Você pode ter passado os últimos anos me procurando, mas eu passei a vida toda procurando você!” A consciência é essa que passa a vida toda nos procurando. Finalizo dizendo a seguinte frase: “Não há como desligar a palavra discípulo da palavra guerreiro!”

Autor: Victor da Silva Pinheiro




quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sacramentos – Aula 7

Sacramentos – Aula 7

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

O ponto fraco do ser humano, o calcanhar de Aquiles, é o medo da morte. Por isso grandes guerreiros da antiguidade, como os espartanos na Grécia, e os samurais no Japão, trabalhavam bem esse elemento do temor da morte. Tanto que quando os samurais se despediam um do outro, diziam: “que você tenha uma boa morte!” Jesus veio trazer o novo, ressuscitou e venceu a morte.
Deus não permite que o passarinho passe fome, no entanto, o passarinho não fica parado a espera de comida, ele vai procurar comida. E Deus aconselha a buscar primeiro o Seu reino, que todas as outras coisas vão ser dadas por acréscimo, como o pão de cada dia. Os discípulos são aqueles que vivem próximo ao jardim do céu, na intimidade de Deus.
Aquele que pensa continuamente no outro, está em êxtase. Etimologicamente êxtase quer dizer: “aquele que está fora de si”. Sendo o Pai, o Filho e o Espírito Santo sempre se relacionando entre si. Tem uma passagem na bíblia que diz que um cidadão limpa toda a sua casa, mas a deixa vazia, e outros espíritos piores do que os de antes voltam à casa vazia. A casa somos nós, e não basta só limparmos a casa, falando numa perspectiva exterior, mas temos que preenche-lá, falando numa perspectiva interior. Jesus foi o homem forte que fez correr o demônio da casa de Deus, e essa casa pode ser a nossa casa, que Jesus expulsou o demônio dali. Deus não criou essas casas separadas Dele, mas todas unidas no início dos tempos, só depois com a queda de Adão e Eva, houve a separação, que Jesus veio para unir essas casas novamente. Se o Pai é uno com o Filho, nós também o somos em espírito. Basta só nos reconhecermos isso como verdade e praticar o cristianismo para voltarmos a Deus. Já que esse é o objetivo da religião. Religião é uma palavra que vem do latim, e no latim quer dizer: “religar o homem a Deus.”
O fato de nós estarmos habitando um corpo nos limita em alguns aspectos comparando com um espírito angelical, porém, é nesse corpo que habitamos é que vamos evoluir enfrentando as dificuldades e não fugindo das dificuldades. A parábola do filho pródigo mostra aquele que caiu em si, que voltou-se a si e parou de se distrair com as coisas exteriores. Não basta só acreditar que na cruz que Jesus nos livrou do mal do pecado, mas é necessário nos pegarmos nossa cruz e seguir Jesus. A grande questão é: como sermos criatura nova? Criatura velha é aquela que vivia no pecado, e criatura nova, o homem novo, é aquele que vive em Cristo. Agora, por que Jesus chama os pecadores de irmãos? Por que todos nós viemos de Adão. Isso vale para toda a humanidade. E toda a humanidade está destinada a serem santos. Porém, alguns estão caminhando há algum tempo para isso, e outros estão estagnados. E Jesus para vencer o demônio se fez carne e sangue, morreu, ressuscitou, vencendo a morte. E como nós venceremos o demônio? Tornando-nos um, unindo pensamento reto, palavra reta, e atitude reta. Jesus na cruz se assemelha a sarça ardente em fogo e que não se consumia que apareceu a Moisés. Pois Jesus foi aquele que veio trazer o fogo espiritual.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Mariologia – Aula 9

Mariologia – Aula 9

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

O Evangelho Segundo João, a história da redação, pode ser dividido em 4 fases: primeira fase ( anos 40 a 50): o discípulo amado e seu testemunho. Segunda fase (anos 50 a 70): formação da tradição (transmissão oral). Terceira fase (anos 70 a 80): primeira formação do evangelho e sua estrutura básica. Quarta fase (anos 80 a 90): edição e apresentação do seu motivo. A comunidade recolhe algumas coisas, e como é impossível colocar tudo que Jesus fez na sua vida missionária, colocam as coisas mais importantes. O capítulo 21 do Evangelho de João é um acréscimo. Esse capítulo foi acrescido para tentar resolver conflitos, como a hierarquia da igreja e mostrar que Jesus tem duas naturezas: uma divina e outra humana. Na segunda fase começa a aparecer com certo respaldo, os cristãos de origem pagã, que não eram judeus. A estrutura do evangelho de João é assim dividida: capítulo 1, versículo de 1 ao 18: prólogo. Capítulo 1, versículo 19 ao capítulo 12, versículo 50: livro dos sinais. Capítulo 13 versículo 1 ao capítulo 20, versículo 31: livro da glória. E capítulo 21: apêndice. Nesse evangelho João mostra toda uma natureza de um iniciado nos mistérios. Especialmente no prólogo, João mostra toda a influência da filosofia grega.
Os sinais, que são 6, e alguns dizem que são 7, mostram algo além da realidade. O primeiro sinal é o episódio da transformação da água em vinho nas bodas de caná. João abre o livro dos sinais com um casamento, com Jesus com sua natureza divina simbolizando o noivo e o povo sendo a noiva. O vinho que Jesus traz é melhor do que o vinho antigo, porém o antigo não se descarta, antigo e novo testamento são complementares. O vinho novo simboliza a nova aliança trazida por Jesus. Dentro do fato histórico, tem um ensinamento. Jesus deu um significado. Vamos aos sinais: As bodas de caná (capítulo 2, versículo 1 ao 12); a cura de um filho de funcionário pagão (capítulo 4, versículo 46 ao 54); a cura do enfermo (capítulo 5, versículo de 1 ao 9); Multiplicação dos pães (capítulo 6, versículo de 1 ao 15); cura de um cego de nascença (capítulo 9); e a ressurreição de Lázaro (capítulo 11, versículo de 1 ao 44). No segundo sinal simboliza a abertura da nova religião aos pagãos. No terceiro sinal, simboliza que Jesus é o verdadeiro pastor, aquele que faz suas ovelhas andarem. Quem é o cego de verdade? Aqueles que não crêem em Jesus. Os verdadeiros paralíticos? Aqueles que não seguem Jesus. No quarto sinal há uma preparação para o discurso da eucaristia. No quinto sinal a cura de um cego de nascença filho de judeu, simboliza que alguns grupos de judeus que desde sempre só seguem a forma do judaísmo e não sua essência. E Jesus nesse sinal veio mostrar que ele, Jesus, é a luz. E o último sinal simboliza, aponta para a ressurreição de Jesus, que Jesus é o pão da vida. Só que a ressurreição de Jesus é definitiva, diferente de Lázaro, que é ressuscitado, mas depois morre como todo homem. Jesus ressuscita e ascende aos céus, é diferente. E assim a finalidade da nova aliança é a vida eterna, e para João Evangelista, Jesus, dentre outros, a vida eterna está no aqui e agora, como disse Jesus: “O reino dos céus está próximo!” Já o livro da glória é dividido em 3 partes: a última ceia (oração sacerdotal); narração da paixão; e a ressurreição. A primeira parte vai do capítulo 13 ao 17. A segunda parte vai do capítulo 18 ao 19. E a terceira parte é o capítulo 20. As partes mais importantes do evangelho de João, que são as bodas de caná e aos pés da cruz, são fatos que encontramos uma perspectiva mariológica.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 8

Atos dos Apóstolos – Aula 8

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

A homilia de missas de formatura e outros eventos parecidos têm que ter um discurso querigmático onde esse discurso chama a fé, já que provavelmente o público que está ali, em sua maioria, pode não ser cristão. Já nas missas dominicais, que é freqüentado em sua maioria por cristãos que sempre vão as missas aos domingos, tem que ter um discurso catequético, que aprofunda a fé. Catequese é sempre posterior ao querigma, seguindo uma linha de estudo.
Em Jerusalém, os judeus cristãos, guiados pelos apóstolos, se sentem ainda judeus, tanto que iam aos templos e sinagogas, só que na hora dos sacrifícios de animais, os judeus cristãos já não realizavam mais, dizendo eles que o sacrifício maior já foi feito por Jesus, que foi o cordeiro imolado.
O grande questionamento do primeiro concílio extra-oficial acontecido em Atos dos Apóstolos é: “É preciso ser judeu para ser cristão?” E a resposta foi que sim e não. Em parte devem-se continuar algumas tradições dos judeus, e outras não, como a circuncisão, pois devemos pregar a circuncisão do coração, que é mais importante do que a circuncisão da carne.
O calendário da igreja é centrado em dois eventos cristãos: páscoa e o nascimento de Jesus Cristo. Pedro, nos Atos dos Apóstolos, se apresenta como uma liderança e ao mesmo tempo como um referencial para os cristãos. Toda a bíblia tem uma mensagem dentro de uma roupagem, tentando o autor passar uma mensagem que transforma o ser, sendo essa mensagem uma boa nova, um evangelho, que é um tipo de estilo literário. A bíblia é um baú do qual se tira coisas novas e velhas. Naquela passagem em que o deficiente com ajuda de alguns homens desce do telhado e entra na casa onde Jesus está para receber a cura, já que pela porta não dar para entrar por causa da multidão, essa passagem tem um significado teológico em que não devemos olhar a casa de Jesus só de longe, mas temos que entrar nela, descer e aprofundar nos estudos e na fé, na prática, sermos éticos para nos aproximas do Espírito Santo. A Igreja Católica Apostólica Romana em geral, nos aspectos fundamentais é unida, mas nos aspectos secundários, é dividida, tendo vários segmentos. Essa pluralidade na divisão nos aspectos secundários é boa, pois é na diversidade que encontramos a riqueza.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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