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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Liturgia – Aula 3

Liturgia – Aula 3

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Liturgia como fonte de vida: todos os fiéis têm uma participação de forma consciente, ativa e frutuosa. Assim, sendo uma compreensão da natureza da liturgia, de como participar e assim entrar na nossa vida, numa vida moral. E a participação ativa tem haver com o conceito de justiça de Platão, que é cada um, cada coisa no seu lugar. Deus distribui de forma feliz os ministérios. A graça também supõe a natureza, é necessária a nossa colaboração e boa vontade. Temos que seguir Jesus como modelo, pois ele na cruz lavou os pecados da humanidade; foi, simbolicamente falando, um segundo dilúvio, que veio lavar os pecados do coração do homem. A pergunta é: por que um fato que aconteceu a mais ou menos 2000 anos atrás vai nos salvar? É fácil responder, é só seguir Jesus como modelo, como ícone, se Jesus sofreu o que sofreu, sendo homem, e permaneceu firme na fé, nós também podemos. Como Jesus diz na bíblia para pegar nossa cruz e seguir a divindade. Parafraseando o filósofo Nietzsche na sua magnum opus “Assim falou Zaratustra”: A vida é demasiada pesada para vós? Pois saiba que somos boas mulas e jumentos de carga!”Nietzsche, que sofreu com várias doenças na vida, até chegar à loucura, era adepto da filosofia do amor fati, amor ao fado, ao destino dos filósofos estóicos. Que diz: “Não apenas se acostumar com aquilo que não pode ser mudado, mas amar-lo, como Jesus amou a cruz.” A liturgia é obra da santíssima trindade. A santíssima trindade fala de um só Deus se manifestando em 3 formas, em 3 pessoas. O espírito atualiza a obra do Filho e glorifica o Pai.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Liturgia – Aula 2

Liturgia – Aula 2

Escola de Teologia Discípulos Missionário da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Etimologicamente, liturgia significa obra, um trabalho, uma ação em favor do povo. Já liturgo é alguém que faz um favor em nome da coletividade. No sentido cristão, liturgia quer dizer toda uma ação de Deus e da igreja. Somos capazes de conhecer, querer, amar isso é o que temos em semelhança com Deus. Assim como nossas faculdades: vontade, imaginação, racionalidade, abertura a transcendência. Quando a gente peca, a gente perde a semelhança com Deus. Jesus veio nos dar a graça de poder chamar Deus de Pai, ele veio nos dar a filiação, dar nossa certidão de nascimento em Cristo, se nós nos convertermos e nascermos de novo. Em Jesus, chega para nós à salvação. A liturgia é o exercício da função sacerdotal de Cristo. Cristo sendo Jesus se tornou pontífice: ser uma ponte entre Deus e os homens. Altar de pedra, sacerdote, e a vítima (um animal), são os elementos do sacrifício no Antigo Testamento. Já no Novo Testamento há um sacrifício diferente: Jesus é a o altar, o sacerdote e a vítima. Ele se oferta ao Pai. Pela desobediência entrou a divisão em nós, e pela obediência volta à unidade em nós, o indivíduo que Platão fala, indivisível, uno com Deus. Liberdade não é sinônimo de libertinagem, mas é sinônimo em respeitar as leis. Por exemplo, só é livre para circular no trânsito, quem respeita as leis de trânsito. Liberdade também está ligado ao comprometimento. Por exemplo: Quem está mais compromissado com a empresa? O presidente ou o homem da xérox? O presidente, e assim sendo pode circular livremente na empresa e acessar todos os arquivos. A igreja tem um papel fundamental nessa formação. Primeiramente através da evangelização, palavra, depois com os sacramentos, e depois o cristão tem o dever de ter uma vida santa, cristã, uma vida moral e praticar a caridade. Toda ação litúrgica é um diálogo entre Deus e o povo, com a iniciativa de Deus, pois ele já te conhecia antes mesmo da criação do mundo. O batizado não se deve só dizer que foi batizado, mas que é batizado. Liturgia tem haver com missão, pois Deus quer que todo homem se salve. Um profeta anuncia as coisas de Deus e denuncia o pecado. O sacerdote oferta algo a Deus, e o rei está pronto para servir. Jesus é o profeta, o sacerdote, e o rei. O nosso sacerdócio é nos dados a partir do batismo, e em cada celebração litúrgica, celebramos o nosso sacerdócio. A vida de Jesus se divide em 8 partes: infância, preparação, sacerdócio, paixão, morte, ressurreição e ascensão. Alguns incluem o envio do Espírito, no pentecostes. A vida de Jesus desde o início, foi um mistério pascal. Em cada celebração há uma memória que se torna presente. Que não é só o relembrar intelectual, mas algo que tem haver com presença, que aponta para o futuro. Em que se faz a profecia. E quem faz isso tudo é a terceira pessoa da santíssima trindade, o Espírito Santo. A liturgia é obra de Deus. Na liturgia há coisas imutáveis, que não pode mudar; como também há coisas mutáveis, que se pode mudar. Que vai sofrendo uma adaptação.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Liturgia – Aula 1

Liturgia – Aula 1

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Liturgia lembra a palavra de Deus, o mistério pascal, sacramentos... Porém, a liturgia não se reduz só aos sacramentos. A palavra liturgia significa, no aspecto semântico, é uma palavra de origem grega, e é o composto de duas palavras: povo e obra (ou ação); então liturgia é toda obra ou ação em favor do povo, da coletividade. Seja iniciativa de um grupo, ou de um rei, imperador... Os gregos eram politeístas, e as obras que eles faziam ao sagrado, eles começaram a chamar de liturgia. Liturgia tem vários significados, não é só relacionado à missa, ou os sacramentos, mas também está ligada a caridade, dentre outras coisas dedicadas ao sagrado. Temos que ter em mãos a bíblia ao falar de liturgia. Os magistrados são, por natureza, segundo São Paulo, ministros de Deus. Pelos menos deveriam ser. Os hebreus também têm uma expressão bem próxima à expressão grega para a liturgia. Mas, herdamos dos gregos o significado e o rito litúrgico.
A vontade de Deus é a nossa salvação através com a comunhão com Ele. Deus escolheu um povo, o povo hebreu (judeu) para serem sinal e instrumentos Dele, para que depois todos os povos pudessem conhecer a Deus. Israel faz a experiência pessoal com Deus. A compreensão primeira do povo de Israel com Deus foi uma experiência de libertação, quando Deus libertou os hebreus da escravidão no Egito. Mas Abraão não é anterior a escravidão no Egito? A Bíblia começou a ser escrita só na época de Moisés, segundo os judeus. A cultura hebraica só se formou na época de Moisés, depois da libertação no Egito. Por isso passaram cerca de 40 anos no deserto antes de chegar à terra prometida; 40 anos formando uma cultura. Só há um Deus. Porém, as religiões ditas politeístas, também tinham conhecimento desse Deus único das religiões monoteístas, só que consideravam um Deus tão abstrato, metafísico e elevado, que até evitavam falar Dele. Chamavam esse Deus de “Deus desconhecido”. Enquanto com relação às potencialidades humanas e forças da natureza, as religiões politeístas cultuavam essas forças a chamando de Deuses, porém, saiba que eles tinham conhecimento desse Deus único.
Deus tem um projeto, uma promessa, que é Jesus Cristo, que é o grande liturgista do Pai. A história da humanidade caminha para uma promessa de Deus que é a volta de Jesus Cristo. Inclusive, o islamismo, a religião do povo árabe, que é monoteísta, também acredita na volta de Jesus Cristo, e eles consideram Jesus Cristo como um profeta, mas não considera ele um Deus, como o cristianismo considera. O islã chama Jesus de Isa. Jesus é o novo cordeiro; com Jesus aconteceu o último sacrifício, o sacrifício mais significativo para os cristãos. Liturgia é o exercício da missão sacerdotal de Cristo. Jesus é o sacerdote, o altar, o templo, e a vítima desse último sacrifício. Toda ação litúrgica deve acontecer à glorificação de Deus e a santificação do homem. Pois, como diz no Evangelho Segundo João, “Deus é amor”. Quando nos tornamos cristãos, a primeira condição é reconhecer Deus como nosso Pai. O Pai celeste. Toda ação litúrgica vai acontecer esse duplo movimento: glorificação do Pai, e santificação do homem. A ação de Deus para com nós e de nós para com Deus é uma experiência interior. Porém, ao Jesus dizer que: “Se dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”, ao Jesus dizer isso, é para incentivar a oração coletiva. Mas saiba que você rezando sozinho no seu quarto em nome de Jesus, Jesus também estará presente, ao seu lado. Nessa mediação entre o homem e Deus, onde Jesus é o intermediador, os santos só intercedem por causa da mediação de Cristo. A única mediação de Cristo não é excludente, mas inclusiva. E a mediação dos santos só se dar por meio de Cristo. E os santos continuam existindo e trabalhando em favor do ser humano, mesmo depois de morrerem. Por isso os católicos têm orações a vários santos da igreja católica. E os católicos não adoram imagens, mas tem as imagens como referência, como um ícone. Como uma fotografia que você tem da sua família ao qual você considera simbólica aquela fotografia. E também as imagens nos ajudam a nos concentrar melhor nas orações, por isso os católicos rezam olhando para imagens que consideram sagradas.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 27 de agosto de 2011

Eucaristia – Aula 2

Eucaristia – Aula 2

Escola de Teologia da Igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Quando a gente fala da eucaristia, não é só o pão e o vinho, o corpo e o sangue, mas também é a missa. A celebração da missa. As bases da eucaristia estão nos evangelhos, mas mais especificamente no livro Levítico, e na Carta aos Hebreus. As leituras desses livros são para compreender melhor a eucaristia enquanto espécie e celebração. O mistério da eucaristia é dividido em 3 partes: mistério acreditado, mistério celebrado, e mistério vivido. É necessário saber os como e os por que da celebração. Mas principalmente entender o primeiro mistério, o mistério acreditado. Se você não vive o mistério da eucaristia, se não vivencia, se não da forma a crença, se não ascende em fogo do Espírito Santo na sua alma, é por que não se está celebrando direito e muito menos crendo. E você crendo, chega ao saber de maneira intuitiva, porém, nada é dado de graça, você tem que fazer por merecer. Podia ter caído uma melancia na cabeça do físico Isaac Newton e ele não teria a intuição das suas 3 leis se não tivesse se esforçado para isso acontecer, ter estudado horas a finco física. Então, se você quer crer, se esforce, reze, faça caridade, tenha uma vida interior, e o mais importante: tenha uma vida ética. Só assim, quando ver na bíblia a passagem que Jesus diz: “De graças recebestes, de graças doa”, e assim terás discernimento para contextualizar essa passagem da bíblia e esse meu texto. Não se contente só com a bíblia, estude os grandes doutores da igreja, a tradição. Lembre-se de Isaac Newton, que disse: “Eu só pude enxergar longe por que me sustentei em ombros de gigantes.” Enquanto a ética, vem da língua grega clássica, enquanto moral vem do latim. E tanto ética e moral quer dizer a mesma coisa: costumes. Só que por ser ética uma palavra de origem grega, e os gregos são mais intelectualizados, ética ganhou esse aspecto intelectual. Enquanto a moral, que vem do latim, que era a língua dos romanos, e os romanos eram um povo prático, essa palavra ganhou um aspecto prático. Mas ambas querem dizer a mesma coisa.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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domingo, 21 de agosto de 2011

Eucaristia – Aula 1

Eucaristia – Aula 1

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Para entendermos o significado da eucaristia, temos que percorrer toda a história desde o Antigo Testamento, que foi o tempo da promessa, que se cumpriu em Jesus. A gente deve ler o Antigo Testamento sob a luz do Novo Testamento. Deus tem um projeto: criar um ser humano para viver em comunhão com Deus. “Deus é amor”, como diz no Evangelho Segundo João. E esse amor transbordou na criação da humanidade. O destino de todos é voltar à unidade, a Deus. Atender o chamado. Simbolicamente, todos nós mordemos a maçã, o fruto proibido do livro do Gêneses, e assim, cairmos na matéria; para voltarmos para a unidade de modo consciente. Jesus veio nos devolver a comunhão com o Pai. O Filho do Homem nos fez filho. O projeto de Deus se baseia em 3 alicerces trazidos por Jesus: salvação, diálogo e comunhão. A igreja veio para dar continuidade ao trabalho de Jesus. A eucaristia é um sacramento, e os sacramentos são os santos mistérios, sinais e símbolos. Sabemos que os sacramentos na igreja católica são 7 no total. O sacramento é um sinal visível que nos leva ao invisível. São sinais eficazes da graça de Deus, instituídos por Jesus Cristo, para nossa salvação. Jesus provou através da ressurreição que o ser humano é capaz de se superar, pois em uma só vida Jesus mostrou o que é o caminho, a verdade e a vida. E seguindo Jesus como modelo, como o próprio Jesus disse: “Haverá outros que farão coisas maiores do que eu fiz”. Esses são os escolhidos.
Os sacramentos são o coração da igreja. Temos os sacramentos da iniciação (batismo, eucaristia e crisma), sacramentos de cura (unção dos enfermos e penitência), e os sacramentos de serviço (ordem e matrimônio). Os sacramentos acompanham o desenvolvimento humano. Para nós, os sacramentos são uma realidade objetiva que Jesus colocou poder. Etimologicamente, eucaristia quer dizer: ação de graças, ou dar graças. Tudo tem sua origem na eucaristia, que tem haver com comunhão, que tem haver com banquete. Lembre-se da última ceia de Jesus e os apóstolos. O contexto que Jesus institui a eucaristia é bem próximo da Páscoa, e isso foi proposital, pois Jesus se colocou como o novo cordeiro. Jesus antecipa sacramentalmente na última ceia, com o pão e o vinho, que simbolizam respectivamente, o corpo e o sangue de Cristo. Assim como o mistério pascal, a eucaristia é um sacramento do amor cristão. O amor “Ágape”, ilimitado, sem fronteiras, incondicional, como diz na bíblia: “... e ele (Jesus Cristo) nos amou ao extremo.” Toda a vida de Jesus foi uma vida eucarística, pois foi de doação, serviço, dar graças, ofertar. Como Jesus diz na bíblia: “Eu não vim ao mundo para ser servido, mas para servir!” Sejamos imitadores de Cristo. Pensem a eucaristia onde se reúnem bispos, presbíteros, o povo, e etc, com o intuito de dar graças a Deus. A eucaristia também está ligada com a memória, presença e profecia (é um sinal escatológico). Está também ligada ao sacrifício. Deus é o grande pedagogo que por meio do culto, templo, sacerdotes, sacrifícios, santidade, preparou seu povo para a revelação trazida por meio de Jesus Cristo. Sacrifício, etimologicamente, é fazer uma coisa sagrada, e eucaristia é um sacrifício.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 20 de agosto de 2011

Apologia ao herói João Pessoa



Apologia ao herói João Pessoa

Há um movimento na capital paraibana para mudar a bandeira da Paraíba, espero que isso não aconteça por que os heróis são para lembrarmos que é possível sermos melhores. O herói é uma ponte entre nós e a divindade. Tem os mesmos defeitos de uma pessoa comum, mas tem qualidade divinas, que nos faz lembrar que existe um Deus dentro de nós. E João Pessoa que foi eleito pela oligarquia, combateu essa oligarquia no seu governo e alavancou o estado naquela época. Ele fez muito pela sua terra e merece ser lembrado como um paraibano a ser seguido como exemplo por toda a posteridade. Um modelo, um ícone, uma referência de verdadeiro cidadão paraibano a ser seguido pelos jovens. Aconselho vocês leitores a lerem as cartas presidenciais de João Pessoa (naquela época o governador do estado era chamado de presidente do estado). Nessas cartas João Pessoa coloca toda a sua essência política. Platão quando fundou sua academia, fundou colocando o nome de um famoso herói da região. E por João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque ser um herói, e da nossa terra, merece ser lembrado para sempre. Ele foi um exemplo de homem digno que na sua estadia no Rio de Janeiro, recebeu elogios rasgados de Rui Barbosa. O vermelho pelo seu sangue derramado, e o preto pelo luto de sua morte, está estampado na bandeira da Paraíba. E a política palavra Nego, como eu disse numa poesia, é para lembrarmos que temos um herói brasileiro. Conta-se certa vez que Assis Chateaubriand ficou surpreso por que João Pessoa, sendo um político da oligarquia, andava desarmado, e João Pessoa deu uma bronca em Assis por esse comentário. Outra vez João Pessoa fez comentários nada amigáveis contra Getúlio Vargas dando a entender que o conhecia bem, e em vida chegou a dizer: "Prefiro 10 Júlio Prestes do que uma revolução". João Pessoa se aliou a Getúlio Vargas por mera convenções políticas, e se eles tivessem ganhado a eleição, João Pessoa com certeza iria tentar controlar o tal do Getúlio e iria tentar impor suas regras, sua ética, suas virtudes em prol do bem do país. Com certeza, se estivesse vivo, ele romperia com Getúlio Vargas quando esse implantou a ditadura, como o paraibano José Américo de Almeida fez. José Américo de Almeida foi o braço direito de João Pessoa.
No ano de 2010, Ricardo Coutinho uniu as oposições para a eleição desse ano. João Pessoa então, pelo Brasil, em 1930, fez coisa mais ou menos semelhante, tentando unir as oposições contra a política do café-com-leite, e certamente, ele faria ao Brasil o que fez pela Paraíba, combateria as oligarquias que o ajudaram a se eleger. As vezes, nas nossas vidas, temos que dizer um santo "nego", e João Pessoa fez muito bem isso. Quando a Paraíba foi o único estado brasileiro que não foi consultado pelo governo federal para a sucessão a presidência da república, João Pessoa então negou apoio ao candidato do governo federal. Está ai a origem do "Nego" na bandeira da Paraíba. Naquela época da velha república, ele, João Pessoa, já dizia que o estado devia ser laico, na prática, e não apenas na teoria, ele era um visionário. No Rio de Janeiro condenou um oficial do exército que havia cometido um crime contra um presidiário e havia sido encoberto pelo exército, e João Pessoa nadou contra tudo e todos e condenou o oficial do exército pelo crime que cometeu. João Pessoa não ficou acima da lei, mas seguiu a lei como bom juiz que era. Alguns pensam que liberdade tem haver com libertinagem, quando não é verdade. Liberdade tem haver em respeitar as leis. Por exemplo: só circula livremente no trânsito quem respeita as leis de trânsito. Liberdade também tem haver com comprometimento. Por exemplo: quem é mais livre numa empresa, o presidente ou o homem da xérox? O presidente, por ter mais comprometimento com a empresa, pode circular livremente na empresa e acessar todos os arquivos da empresa. João Pessoa também sabia que a democracia não é o sistema político ideal, pois a maioria não sabe o que é melhor para si e não sabe o que é melhor para a maioria. Platão chega a afirmar que a democracia só daria certo numa sociedade de sábios, e não vivemos numa sociedade de sábios. E como disse o imperador e filósofo romano Marco Aurélio: "O que é bom para a colmeia é bom para a abelha, mas nem tudo que é bom para a abelha, necessariamente é bom para a colmeia." Platão fala que existe 5 formas de governo, sendo que a aristocracia, que quer dizer o governo do mais sábio, ou o governo dos melhores, seria a forma de governo ideal. Imagine uma família com 5 membros: pai, mãe e 3 crianças. Imagine se essa família fosse uma democracia, os filhos fariam o que quisessem tornando a casa uma bagunça. Um exemplo no micro que a democracia não é o estado de governo ideal. João Pessoa também se aconselhava com o povo, tornando-se assim, um político diferenciado para sua época.
Mas, continuando... Tudo que o jornal A União publicava passava pelas mãos de João Pessoa, e não há registro no jornal que este publicou as tais famosas cartas amorosas de João Dantas. Minha mestra Lúcia Helena Galvão duvida muito que a causa da morte de João Pessoa foi um crime passional. João Pessoa foi um grande e incomodou muita gente do alto escalão da Paraíba, e isso pode ter ocasionado sua morte. As tais cartas amorosas, se realmente existiram, não foram publicadas pelo Jornal A União, o jornal do estado, não se tem registro delas, e se chegaram ao conhecimento do público, foi por que foram exibidas em algum lugar da cidade, sem o consentimento de João Pessoa. É só comparar as atitudes de João Pessoa e saberás que ele nunca permitira publicar as tais cartas amorosas de João Dantas, se essas cartas realmente existiram. E dizem que foi por causa dessas cartas que João Dantas assassinou João Pessoa em Recife. João Pessoa combateu o cangaço e as oligarquias, além de enxugar as contas do estado, alavancar a economia do estado e fazer grandes serviços pelo social. Seu ato de governar foi admirado por milhares de paraibanos, e depois da sua morte houve um clamor em todo estado da Paraíba para lembrarmos a grandeza desse homem. Temos que ter convicção naquilo que negamos, e eu Nego a mudança da bandeira da Paraíba. Agora vou citar o que a historiadora Carmem Coelho de Miranda Freire fala sobre esse episódio das cartas de João Dantas. Ela fala isso na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, do mês de setembro de 1995, ano LXXXII, cidade de João Pessoa, capital da Paraíba – Edição Comemorativa do Nonagésimo Aniversário da Fundação (1905-1995). Segue o que ela disse: "O presidente João Pessoa, como se viu, cumpriu com o seu dever, pois governou com honestidade e com diligência administrou os bens públicos. Por isso desgostou a muitos que não lhe mediam hostilidades. A sua morte por assassinato, a 26 de julho de 1930, na "Confeitaria Glória", em Recife, foi um testemunho desta hostilidade. Na verdade, o seu assassino João Dantas, advogado da Paraíba, vingou-se do presidente João Pessoa, responsabilizando-o pela devassa em seus documentos particulares no seu apartamento. Entretanto, João Pessoa nada teve haver com a mencionada devassa. Encontrava-se no interior do Estado quando o fato aconteceu. Quando regressou à capital contaram-lhe que a polícia recebeu denúncia de furto na Liga Esportiva de Futebol, que estava situada no mesmo prédio, inclusive o quarto do Dr. João Dantas, que estava ausente. O presidente João Pessoa censurou este ato abominável da invasão da residência do Dr. João Dantas, dizendo inclusive que iria abrir inquérito sobre o caso. Aliás, a censura de João Pessoa ao fato foi presenciado por várias pessoas, cujo depoimento tomamos por escrito, anos atrás, quando investigamos o fato."

autor: Victor da Silva Pinheiro


domingo, 7 de agosto de 2011

A Mais Linda Flor


A Mais Linda Flor

Mais que bela flor
- Canta!
A mais linda flor
Seja qual for à flor
- Escreve!
A mais linda flor
Surge a flor da flor
- Louva!
Vem o beija-flor
Suga o néctar da flor
- Brinca!
Pula em flor em flor
Rima com a nova cor
De todas as cores
Surge a mais bela flor
Um vendaval de flores
Eu sei
É só uma flor
Mas que linda flor
Vem e volta o som
Da mais bela flor
Que invoca a abelha
A captar na flor
A espalhar pela natureza
A essência da flor
E assim surge
Um jardim de flores
-Louva quantas flores!
Do divino
A mais bela flor
Da mais bela cor
Do mais belo beija-flor
E da mais bela abelha
A mais bela presenteia
De nome de uma flor
-Faz jus!
-Canta os pássaros!
É louvação da natureza
Abençoada por Deus

autor: Victor da Silva Pinheiro