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quarta-feira, 30 de março de 2011

Sacramentos - Aula 6

Sacramentos – Aula 6

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

O batismo, a crisma e a eucaristia são chamados de sacramentos de iniciações, por que estão correlacionados com o mistério pascoal. O fogo que recebemos na eucaristia, que é a palavra, é por obra do Espírito Santo. A primeira dose do Espírito Santo é dada no batismo e a segunda na crisma. Quando Jesus sobe com nossos corações. Não se pode separar batismo de crisma e de eucaristia.
O antigo testamento é uma sombra do novo testamento, sendo Jesus Cristo o novo Adão. Adão adormeceu e dele saiu à mulher. Jesus, simbolicamente, “adormeceu” na cruz, e dele saiu sangue e água, donde saiu à igreja que é simbolizada no livro de Apocalipse como uma mulher. Jesus usa uma linguagem interiorizada, esotérica, enquanto o mundo acaba muitas vezes, pelo menos no seu contexto histórico, entendendo de maneira exteriorizada. Por questões de estratégia e para seu tempo na cruz não ser antecipado, Jesus falava por meio de parábolas, onde para os discípulos mais próximos ele falava o real significado das parábolas. E como Jesus disse: “Não jogai pérolas aos porcos e aos cães, pois vão lhes calcarem e lhes jogarem de volta!” Portanto, por causa disso também, Jesus falava por meio de parábolas, para, como Jesus disse: “que tenham ouvidos, mas não ouçam; que tem olhos, mas não vejam.” A mensagem de Jesus foi atemporal, universal, eterna, mas foi mais especificamente direcionada ao contexto histórico atual, que é um contexto escatológico, dos fins dos tempos, próximo da segunda vinda de Jesus à Terra. Por fim, finalizado dizendo que para que receba o sacramento, o cristão tem que vencer a tentação.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 29 de março de 2011

Mariologia - Aula 8

Mariologia – Aula 8

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Deus agiu ontem, em termos históricos, mas sua promessa se realiza no presente, no hoje. Para ocorrer à salvação de todos, Deus precisa dispensar, como canta Maria no “magnificat”. Maria é uma das mais bem aventuradas que existiu na história da humanidade, talvez a mais. A gente, às vezes, nos comportamos como os se os problemas estivessem nas coisas, nos outros, e nunca em nós. Porém, a prática cristã faz nos voltar a si de nós mesmos. E assim nós vermos de forma crua e nua e consertar nossos erros nos focando nas nossas qualidades, assim veremos os outros com qualidade e veremos a qualidade nos outros crescendo de maneira vertical e não apenas horizontal.
A maior revolução de Deus foi enviar seu filho, Jesus Cristo, para promover uma mudança interior, em essência, e não apenas em forma, mas de dentro para fora. Antes de mudar a história, Deus muda as pessoas, por que as pessoas fazem, escrevem a história. Então Deus quer que mudemos nossa história. Na manjedoura ou na cruz, Deus mostrou o fraco para nos devolver à verdadeira força. Seja através da candura, inocência ou na dor. Pois a humanidade se mostrou aprender mais o caminho da Lei através da dor do que do amor. Porém, Deus nos ama em demasiado e Ele quer que nós aprendamos no amor. E para isso está preparando a Nova Jerusalém, a Sião dos judeus. Para ser habitada depois dos fins dos tempos. Deus eleva os humildes para mostrar aos poderosos que assim que deve ser o homem. E etimologicamente, humilde quer dizer: “Aquele que sabe o que é!” Os cristãos têm a mania de dizer que Jesus livrou o homem da cruz do pecado. Mas isso só se encaixa para quem vive uma vida de retidão, reta, como uma flecha, mesmo passando por uma grande provação. Seguindo o exemplo de Jesus que mesmo passando pela cruz, permaneceu firme nos valores e virtudes, e assim servindo de exemplo para os homens. E o homem que seguir seu exemplo, permanecendo firme nos valores e virtudes, na dor e/ou amor, esse será salvo.
A gente evangeliza, mas não podemos esquecer as necessidades básicas do homem. O problema está em dizer que a solução do homem está em resolver a questão material do homem. Espírito e matéria, um é o complemento do outro. Alimentar o corpo, e mais importante a alma, com o pão divino.
Mas voltemos ao cântico de Maria; como já disse, através de um povo, o de Israel, Deus escolhe esse povo para ser exemplo para a humanidade. Então “o povo eleito”, essa expressão, quer dizer que não só o povo de Israel será salvo, mas aqueles que seguirem o exemplo desse povo, a nação que segue esse exemplo, será salva. O patriotismo de Israel é aberto, pregando uma salvação para todos os povos. O evangelho deve entrar em qualquer cultura e aproveitar o que tem de bom nessa cultura, e transformar na cultura aquilo que não é bom. Todas as culturas têm sementes da verdade. O papa João Paulo II disse: “as religiões orientais são sementes da verdade.
Belém quer dizer: “casa do pão. E manjedoura é um lugar onde se coloca a comida. E Jesus nasceu na cidade de Belém e numa manjedoura. Então Jesus é esse pão divino que todos devemos nos alimentar. Jesus é o novo e definitivamente sacerdote. Nosso templo maior. No evangelho de Lucas, ele começa e termina no templo. Isso foi colocado de maneira proposital para nos passar uma mensagem teológica. Isso deve ser o significado e a trilha de todo ser humano digno de ser salvo que nasce na candura, inocência, e deve terminar na glória no final de uma vida gloriosa. Sendo assim toda a nossa vida como um templo, dignos de uma morada divina. Ser cristão está além dos laços sanguíneos. Mas está em praticar a palavra divina. E Maria foi uma bem aventurada em corpo, alma e espírito; historicamente, miticamente, e misticamente.

Autor: Victor da Silva Pinheiro
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quarta-feira, 23 de março de 2011

O mito de Prometeu e o despertar da humanidade


O mito de Prometeu e o despertar da humanidade


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de uma filósofa de Brasília. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


O mito é um tema muito atual, pode-se ver isso nas pesquisas de hoje. Lembremos que o mito não deve ser levado ao pé da letra, mas ser visto através de uma chave simbólica, e ver que existe um significado profundo por trás dos mitos. Agora, por que os mitos foram feitos da maneira que foram? Certamente para proteger a história, o significado por trás do mito. Por exemplo, no dia-dia, usamos muita linguagem simbólica, que até é mais prática do que a linguagem racional. A linguagem racional vem das palavras. Já a linguagem simbólica, mítica, ver além das palavras, para o oculto, para o invisível. O objetivo do mito como sistema educacional, é nós vivermos o mito e termos nossos próprios mitos. O ser humano é muito mais do que nomes, status, profissão... Aliás, dizer que somos algumas dessas coisas nos limita.
Então vamos ao mito de Prometeu... Prometeu é filho de um titã e tem como um dos irmãos Atlas. Prometeu ficou responsável de criar o mundo, onde Atena estava regendo a criação. Atena é a Deusa da sabedoria, justiça e guerra inteligente da mitologia grega. Então, a pedido de Zeus, Prometeu criou o homem. E Prometeu sempre esteve ao lado dos humanos. Ele, Prometeu, então vendo que o homem ainda estava na infância do seu desenvolvimento, ficou compadecido e roubou o fogo sagrado do Olimpo, a morada dos Deuses, e deu aos homens. Epimeteu, que era seu irmão, alertado por ele a ter cuidado ao receber algum presente de Zeus, recebeu como presente, trazida por Hermes, Pandora, a mulher que foi criada pelos Deuses e que de cada Deus recebeu algum dom. Tanto que, etimologicamente, Pandora quer dizer: aquela que recebeu todos os dons. Pandora, porém, abre uma caixa onde sai todos os males da humanidade (algumas tradições dizem que saiu todos os dons para a humanidade); mas Pandora guardou dentro da caixa para o homem a esperança, e fecha a caixa logo em seguida. Por causa da atitude de Prometeu em roubar o fogo dos Deuses e dar aos homens, Zeus o condena a ficar numa rocha e diariamente uma ave lhe devora o fígado, que se regenerava a cada dia. Prometeu ficaria ai até o homem chegar ao entendimento do que representava o fogo e como chegar a ele de maneira consciente. Hércules simboliza esse homem consciente, e por isso foi Hércules que libertou Prometeu do seu castigo. O fato de prometeu está acorrentado a uma rocha simboliza que ele estaria junto da humanidade, presa a ela, ensinando ao homem como manejar esse fogo, que seria nossa mente dos desejos, que os hindus chamam de kama manas. E o fato da ave estar devorando seu fígado diariamente simboliza que é sofrido esse trabalho de Prometeu. Hércules representa o herói tipicamente humano, que no início era meio bruto, e depois dos 12 trabalhos, chega à divindade. Um dos trabalhos era justamente libertar Prometeu. Por que Zeus considerou errada a atitude de Prometeu de roubar o fogo e dar aos homens? Por que Zeus achava que o ser humano ainda não estava preparado para ter a chispa mental, aquilo que diferencia o homem de todo ser vivo. Imagine ai um leão com toda a sua potencialidade e der repente, ganha a chispa mental... vira um monstro, fica mais esperto e vai viver toda sua selvageria com mais sagacidade.
A filósofa do século 19, Helena Blavatsky, diz que devemos estudar os mitos através de 3 chaves: uma histórica (algo do mito realmente aconteceu); outra chave mística (que é o ensinamento moral); e a chave mítica, que trabalha com símbolos. O criativismo surge da interpretação literal dos mitos. Só com relação à madame Blavatsky, que foi uma mulher a frente do seu tempo, e foi ridicularizada por seu contexto histórico, diz que a ciência no futuro vai ser uma grande aliada dos mitos, vai ajudar a entender os mitos. Lembremos que Tróia era entre os universitários e catedráticos europeus apenas uma história sem fundamento histórico, e aquele arqueólogo famoso poliglota, se baseando em Homero, conseguiu achar Tróia. E antes de achar Tróia ele foi ridicularizado pelo seu contexto histórico. Com relação à teoria da evolução das espécies, Darwin era um pesquisador, observador, naturalista, e como tal, trouxe grande contribuição para o estudo dos animais e até do próprio homem, porém, Darwin nunca disse que o homem veio do macaco, mas que o macaco e o homem vieram de um ancestral comum. O problema era os darwinistas, os estudiosos da teoria de Darwin que diziam literalmente que o homem veio do macaco.
Citando outros mitos, o mito de Osíris no Egito antigo era contado desde a infância aos egípcios e diz que Osíris foi cortado em vários pedaços e espalhado pelo mundo. E coube a Ísis, viajar pelo mundo e juntar seus pedaços. Algumas fontes dizem que seu filho Hórus participou dessa aventura. Mas o importante é entender o significado simbólico desse mito e não ver-lo de maneira literal. Osíris era uma divindade e como tal, o fato de seus pedaços estarem espalhados pelo mundo quer dizer que a divindade estar em todo lugar, em todo ser vivo. E o fato de Ísis ficar encarregada de juntar seus pedaços simboliza que todo ser humano deve fazer o mesmo e procurar a divindade em todo lugar e juntar seus pedaços, como se estivesse montando um grande quebra-cabeça, por amor a verdade. E para isso utiliza-se da política, ciência, arte, filosofia, religião... os egípcios tinham como meta de vida ligar toda sua vida com a religiosidade, procurar a divindade em todos os aspectos da vida.
Com relação à antiguidade da humanidade, vou citar um exemplo aqui da pirâmide de Cuicuilco. A larva vulcânica encontrada por cima dessa pirâmide, quando foram data-lá, descobriu-se que era mais antiga do que a idade da própria pirâmide. Uma contradição, pois se a lava cobre a pirâmide, é por que a pirâmide surgiu antes da larva vulcânica. A história não é uma reta, mas uma espiral. Repete-se, mas não da mesma maneira. Hoje temos homens que vivem literalmente como na idade das cavernas, na pré-história, e temos homens hoje usando laptops. Se isso acontece hoje, e essas duas formas de vida humana coexistem, por que não pode ter acontecido no passado? Diferentes graus de evolução do homem coexistindo. Falo de evolução material e não moral, pois em termos morais muitas civilizações antigas superam a nossa civilização contemporânea.
Helena Blavatsky conheceu escolas de mistérios no século 19. Porém depois da invasão chinesa no século 20 ao Tibet, essas escolas de mistérios saíram de lá. Essas escolas guardam relíquias que nenhum museu ou biblioteca ou arquivo no mundo tem: artefatos, matérias e outras coisas desde o início da humanidade. E essas escolas de mistérios por motivos óbvios devem continuar oculta para a humanidade e tem como dever de não deixar a humanidade regredir tanto como aconteceu na idade média européia, onde paralelamente os árabes estavam vivendo a idade de ouro e salvaram e preservaram boa parte da cultura Greco-romana. O arquiteto do filme “Matrix Reloaded” diz a Neo, que a matrix já foi destruída e reconstruída incontáveis vezes, e mesma coisa com a humanidade. E no processo de reconstrução, esses grandes sábios das escolas de mistérios têm papéis fundamentais, mesmo eles permanecendo de forma oculta para a populaça.
A física quântica diz que 20% do que se constitui o universo é realmente físico, matéria, os outros 80% não se sabe do que é constituída, e qual eles chama de matéria escura, ou energia escura. A constituição septenária, divide o homem em sete corpos: físico, energético, emocional, mente dos desejos, mente pura, intuição e vontade, sendo à vontade algo de mais divino em nós e todos os corpos existem por causa dessa chispa divina que chamamos de vontade. O corpo físico é uma pequena porcentagem dessa constituição septenária. Fazendo uma analogia, o núcleo do átomo que é sua parte física, corresponde a uma bola de futebol no centro de um estádio de futebol, sendo o átomo todo o estádio com os elétrons girando em torno do núcleo. Se girarmos esse átomo de maneira rápida em atrito com outros átomos, vai gerar corpos sólidos. Por isso os orientais dizem que tudo é Maya, tudo é ilusão. E por isso na física quântica se aprofunda cada vez mais na filosofia, e principalmente na filosofia oriental, por que a maioria dos átomos não são constituídos de matéria, e o físico, o corpo, só surge da movimentação desses átomos. Que esse mundo seria uma sombra da realidade. Porém, não vamos dogmatizar e dizer que tudo é Maya, ilusão. Vamos olhar as coisas com olhar simbólico.
Para entender o mito de Prometeu, temos que entender um pouco de como surgiu à humanidade e como foi o processo de evolução até os dias atuais. Então, a primeira raça de humanos desenvolveu a parte física, e o sentido do tato. Eram chamados de Chayas, que na tradição tibetana quer dizer “sombras”, e se reproduziam se dividindo. Milhões de anos depois surgiram os Hiperbórios, a segunda raça humana, desenvolveu o sentido da audição e o corpo energético, e se reproduziam semelhante como acontece com as plantas. Viviam na atual região da Sibéria. A terceira raça foram os lêmures. Tomaram forma a 18 milhões de anos atrás, houve a separação dos sexos e passaram a se reproduzir de forma sexuada. Desenvolveram o corpo emocional e o sentido da visão. Eram guiados pelos Deuses, pois ainda não tinham a chispa mental do homem que diferencia os homens de todos os outros seres vivos. Porém, mesmo guiados pelos deuses, não era possível estar sempre controlando eles que era como animais; esses lemurianos faziam sexo com animais, e daí surgiu o macaco. Porém, por causa disso, os Deuses se reuniram e fizeram uma lei que a partir daí proibiu surgir novas espécies a partir de relação de espécies diferentes. Eles viviam num continente que se localizava no oceano pacífico. Esse continente sumiu, mas muitas das ilhas que existem no oceano pacífico eram resquícios desse continente. Diversas tradições no mundo chamavam esses lemurianos de gigantes. Uma observação: a cada mudança de raça de raça, o ser humano diminuiu de estatura. Tanto que os atlantes, por exemplo, que foi a quarta raça, eram menores que os lemurianos, mas maiores do que nós. Os lemurianos já têm o corpo físico e forma definida. Há na ilha de Páscoa, resquícios desses gigantes como no mundo todo. Esculturas e tal... Essa linha de raciocínio tem certa lógica, pois para viver a milhões de anos atrás, quando tudo no meio ambiente era gigante, o homem também tinha que ser gigante. Foram encontrados no Peru ossadas de um humano gigante, mas rapidamente foi levada para a Área 51, no deserto dos Estados Unidos da América. Há 5 milhões de anos surge a quarta raça, os atlantes, foi onde propriamente começou o que conhecemos hoje como humanidade. Os atlantes estavam desenvolvendo o corpo mental e o sentido do paladar. Foram grandes navegadores e tiveram colônias por todo o mundo. Por exemplo, os povos pré-colombianos dizem que aprenderam a arte da agricultura, pesca, pecuária, e outras coisas como a construção de pirâmides, aprendeu com esses povos do mar, os atlantes. Eles se localizavam num continente que se localizava no oceano atlântico. Platão diz que os últimos atlantes desapareceram com a catástrofe causada pelos próprios atlantes que quiseram mudar o eixo da Terra para salvar a capital da Atlântida de uma catástrofe natural. E acabaram gerando um dilúvio mundial. Platão data a Atlântida antediluviana por volta de 12 mil anos atrás. 12 ou 11 mil. Por ai continua a história... Até que atualmente todo mundo é de quinta raça, onde estamos desenvolvendo a mente pura, altruísta, e o sentido do olfato. Essa nossa raça atual surgiu a 1 milhão de anos.
Para finalizar o texto, cito um exemplo do mapa de Piri Reis, que é datada por volta do ano 1400 a 1500 e nesse mapa tem um pedaço da América do Sul, África e a Antártida. Que tinha detalhes do continente da Antártida como se a Antártida esteve na última glaciação que ocorreu na Terra. Mas como, se a última glaciação ocorreu a milhares de anos atrás? Então fica ai o enigma. Depois descobriram que esse mapa na verdade era cópia de outros mapas e que o original era muito mais velho do que se pensava. Então, quantos anos têm a humanidade? Fica ai o enigma.

Autor: Victor da Silva Pinheiro




terça-feira, 22 de março de 2011

Mariologia – Aula 7

Mariologia – Aula 7

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Muitos optam em dizer que Lucas coloca aquele cântico do evangelho na boca de Maria. Mas eu prefiro acreditar, com uma licença poética, que Maria realmente disse o Magnificat; que é um olhar teológico sobre a história de Israel, como já disse certo autor. Retratando realmente o que se passava na alma de Maria. Ela sendo uma boa judia, onde escutava com atenção a escritura sagrada, como procurava praticar a lei, que é o mais importante. Os judeus tinham o costume de transmitir para a nova geração a história de Israel. O cântico de Maria, o Magnificat, é dividido em primeiro lugar: como uma mensagem pessoal depois o anúncio das maravilhas de Deus ao mundo, e uma mensagem específica ao povo de Israel. O cântico quer passar uma mensagem que todo cristão tem que ter uma gratidão a Deus, um louvor, e uma exaltação. A Ação de Graças é: louvor; é a linguagem cristã propriamente dita.
O corpo também fala, e Maria, possivelmente, deve ter expressado corporalmente o cântico. Na tradição hebraica a dança é algo divino. Como disse Nietzsche na sua magnum opus “Assim falou Zaratustra”: “Eu só posso crer num Deus que saiba dançar!” Dança, cântico, nos faz voltar a unidade.
No grupo judaico-cristão, humildade estava ligada a algo aberto: espírito é aquilo que é. Disponibilidade. Maria se colocava como serva, ou na tradução do grego clássico, a língua em que o Novo Testamento foi escrito: se colocava como escrava de Deus. Mais uma vez cito Nietzsche, algo que tem haver com isso: “Coração preso, espírito livre!”
O Magnificat é um prenúncio do sermão da montanha de Jesus. Maria é a bem aventurada, a felicitada, mas a partir da prática da palavra sagrada do que da ligação carnal de mãe e filho entre ela e Jesus Cristo. Só lembrando, primeiro veio à experiência do Deus libertador, que libertou o povo hebreu da escravidão do Egito. E só depois veio a compreensão do Deus criador, que foi quem os libertou. Maria faz referência ao Deus libertador.
Liturgia não é só a missa, mas todos os sacramentos e os antigos entendiam bem isso. A libertação mais profunda que Cristo veio trazer foi do pecado. Porém, a encarnação não figurada pelo pecado, tanto que Deus nos fez a sua imagem e semelhança. Mas a queda do pecado é algo pessoal; o pecado social é um agrupamento de pecados pessoais, então Jesus, que foi o verbo que se fez carne segundo João Evangelista, veio nos libertar desse ciclo vicioso do pecado. Pois o pecado social tem maior impacto por ser comparado a um tsunami e vim em blocos. Mas só a presença do Espírito Santo é capaz de dissolver-lo no oceano divino. Mais uma vez citando Nietzsche: “O homem é um rio turvo, onde o mar é seu destino.” Para finalizar digo: o braço direito do Pai é o Filho, e o esquerdo, o Espírito.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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domingo, 20 de março de 2011

A Filosofia dos Cavaleiros do Zodíaco



A Filosofia dos Cavaleiros do Zodíaco


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado, depois de termos assistido um dos filmes da série animada "Cavaleiros do Zodíaco".


As histórias de alguns animes, lendas, contos de fada, são como desdobramento de alguns mitos. Por que podemos dialogar sobre os animes? Por que estão relacionados ao mito. Por que devemos falar dos mitos? Por que estão relacionados aos seres humanos. Como eu faço para entender o simbolismo do mito? Relacionando com a nossa própria vida, por que as coisas não são feitas ao acaso. Como disse Albert Einstein: “Deus não joga dados!” Quando a gente lembra do motivo pelos que estamos lutando, a gente ganha força, que no caso dos cavaleiros do zodíaco acontece quando se lembram de Atena, a Deusa da Justiça.
Existem 88 constelações e são 88 cavaleiros, cada um desses relacionados com uma constelação: princípio da correspondência. Devemos assimilar as coisas, não adianta ter muita informação e não assimilar as coisas. Não adianta ler 50 bulas de remédios sem tomar um dos remédios correspondentes. Só vamos nos curar quando tomar o remédio, quando assimilar as coisas. O macro está no micro. A partir de uma célula do ser humano podemos criar outro igual: é a clonagem humana. O macro e o micro são uma coisa só. Se entendermos o mundo do micro cosmos do homem, entenderemos o macro cosmos do universo.
            O mau entendimento do estudo dos astros diz que eles, os astros, determinam as nossas ações, mas não determinam, apenas influenciam. Dentre os cavaleiros existe uma hierarquia de poder: bronze, prata, e ouro. O bronze tem seu valor, mas ainda não é o ouro. É o chamado falso ouro, que age por motivações do eu inferior. Porém, nos cavaleiros do zodíaco, os principais personagens são de bronze, mas com o coração de ouro. Os homens de prata, segundo Platão, são generosos. E os homens de ouro são os sábios. Essa hierarquia fala um pouco da saga humana: inicialmente egoísta (o tempo todo procurando as resposta fora do homem), que são os homens de bronze; depois vem a generosidade, que são os homens de prata; e por fim o sábio, quando encontra o ouro dentro de si. Como os cavaleiros de bronze inicialmente procuram as respostas mais fora de si, são mais aventureiros, e todo homem e mulher inicialmente começam na saga de bronze. Depois passa para a de prata, e depois para a de ouro. A natureza humana não dar saltos. O bom exemplo do início da natureza dos cavaleiros de bronze é quando na saga das doze casas, eles lutam por familiares, como no caso de Seya, e lutam pela armadura de ouro de sagitário. Depois a prata e o ouro vai as poucos despertar no coração dos cavaleiros de bronze, chegando a despertar o sétimo sentido, próprio dos cavaleiros de ouro.
É uma saga que fala do crescimento humano. Onde os meninos inicialmente egoístas encontram Atena: Deusa símbolo da sabedoria, justiça e guerra inteligente; e passam a lutar por ela. Para salvar Atena eles viveram muitas sagas, lutando contra os cavaleiros negros, Ares, Hilda de Polares, Posseidon, Hades, Artêmis e Apolo. Na natureza não existe amigos ou inimigos, mas sim instrutores. As coisas não são boas e não são más em si, mas o uso que fazermos dela as torna boas ou más. Uma faca pode ser usada para ajudar a cozinhar e fazer nossa alimentação, ou pode ser usada para matar alguém. Dentre essas tradições, os Deuses são forças da natureza, representações disso. Às vezes temos que enfrentar o Hades, nossas trevas interiores, encontrar alguma resposta na descida ao submundo. Posseidon, o Deus dos mares e oceanos, representa o inconsciente com toda a sua força simbolizada pelo tridente. Ares, por exemplo, simboliza a guerra e só a guerra para vencer alguns vícios como a preguiça. Nestas batalhas os cavaleiros terão que expandir os seus cosmos: consciência, expandir a consciência. A obra fala do despertar de 7 sentidos. E chegando ao sétimo sentido, podemos chegar ao oitavo sentido e descer ao submundo sem estar morto, e depois chegar ao nono sentido, que é chegar ao cosmo supremo. Atualmente temos 5 sentidos, e estamos desenvolvendo atualmente o quinto sentido: o olfato. Algumas pouquíssimas pessoas conseguem em algum momento chegar ao sexto sentido, que é a intuição ou clarividência emocional. E mais raramente chegasse ao sétimo sentido, que é à vontade ou clarividência mental. Um exemplo de quem chega ao sétimo sentido são os avatares, que na tradição hindu são encarnações da divindade como Jesus Cristo, Buda, Lao Tsé, Confúcio, Hermes Trismegisto, Apolônio de Tiana, Orfeu, Noé, Zaratustra, Moisés, Maomé, Krishna e outros.
A base do anime é a astrologia, e na antiguidade a astrologia era uma ciência, diferente de hoje. Na antiguidade a astrologia estudava o por que, ficava mais no campo da psicologia, e a astronomia estudava o como, as leis, ficava mais no campo da matemática. Ambas, astrologia e astronomia, na antiguidade, eram estudadas juntas, como disciplinas complementares. A ronda de animais, os 12 signos do zodíaco, cada casa zodiacal tem algo a nos ensinar. Quando se consegue aprender 100% de cada uma das 12 casas zodiacais, essa pessoa vai ao centro da circunferência, vai perceber a origem das coisas, chega à compreensão do todo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


sábado, 19 de março de 2011

A Filosofia do Anime Avatar: A Lenda de Aang



A Filosofia do Anime Avatar: A Lenda de Aang


Esse texto são anotações feitas por mim de uma palestra que assisti de uma filósofa. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado, depois de termos visto o filme "Avatar: A Lenda de Aang"


             O avatar protagonista do filme aos 12 anos chega à constatação que ele é o escolhido para salvar sua terra da guerra que está acontecendo entre os reinos do fogo, ar, água e terra. Com o fogo querendo se sobressair sobre as demais. Mas, ele não agüenta a pressão de ser avatar e cai na água, no mar, onde instintivamente libera-se dele uma força que o faz ficar preso dentro de iceberg por 100 anos. Depois ele é descoberto por integrantes do reino da água, e é libertado do iceberg. O destino do avatar é controlar as 4 forças: do fogo, do ar, da água e da terra; tanto dentro de si como exteriormente.
              Num dos episódios com um guro, ele tenta controlar os chacras. Primeiro é o chacra da terra, onde ele tem que enfrentar seu maior medo. Depois ele tenta controlar o chacra da água, onde ele não tem que se culpar e perdoar a si mesmo. Depois o chacra do fogo, da força de vontade, que fica no estômago, onde ele tem que superar o momento de maior vergonha na sua vida. Depois o chacra do amor, localizado no coração, que é bloqueado pelo pesar. Depois ele tenta controlar o chacra do som, localizado na garganta, onde há a luta entre a verdade e a mentira. É aonde ele tem o dever de se assumir que é avatar, que é o escolhido. O sexto chacra é o da luz, onde tem que lidar com o sentimento que é bloqueado pela ilusão. Esse se localiza no meio da testa. E por fim vem o chacra do pensamento, onde ele tem que lidar com a energia do cosmo puro, que é bloqueado pelas coisas terrenas. Nessa parte do episódio ele escolhe salvar a sua amada do que finalizar o processo de controle dos chacras e se tornar avatar a qualquer momento. Ele faz a mesma escolha que Neo fez no filme Matrix ao escolher salvar sua amada Trinity em primeiro lugar, e depois salvar a cidade de Zion. Ao Neo escolher Trinity naquele momento parecia que ele havia escolhido salvar sua amada do que a última cidade humana, Zion, porém, Neo já tinha em mente que salvaria a cidade depois, pois naquele momento, Trinity precisava de sua ajuda para viver. O homem-aranha (spider-man) fez a mesma escolha no primeiro filme, onde escolhe primeiro a parte mais fácil que era salvar sua amada e depois salvar um grupo de pessoas que o duende verde havia posto em perigo. No segundo filme de Hellboy, o exército dourado, a mulher que domina o fogo, aparentemente escolhe salvar o seu amado Hellboy do que salvar o mundo do próprio Hellboy, pois ele está destinado para destruir a Terra. Porém ela sabe que Hellboy é um demônio do bem e até isso estiver prestes a acontecer, sabe que Hellboy vai ficar do lado da humanidade. Isso também lembra na tradição hindu onde conta uma história em que um guerreiro está na porta do Nirvana e ele tem que fazer uma escolha: entrar no nirvana (que é o céu para os budistas) ou continuar na Terra e ajudar o gatinho que o havia lhe livrado de vários perigos na sua caminhada para o nirvana. E o guerreiro escolhe cuidar do gatinho, e o gatinho se revela o próprio nirvana.
               Entrar no estado de avatar é ter total controle das atitudes. E exemplos de avatares na humanidade, que na tradição hindu quer dizer encarnação da divindade, temos: Jesus Cristo, Krishna, Buda, Lao Tsé, Confúcio, Maomé, Moisés, Noé, Hermes Trismegisto, Orfeu, Zaratustra, Apolônio de Tiana, dentre outros. Esse anime pega coisas da tradição hindu, budista e chinesa e transforma em imagens. O avatar tem que harmonizar esses 4 elementos da personalidade: corpo físico, energético, emocional e mental, para poder harmonizar fora os 4 elementos da natureza que simboliza cada um desses corpos respectivamente: terra, água, ar e fogo. Somado a isso vem o amor e a luta ou a guerra que vem combater a heresia da separatividade e colocar as coisas em movimento. Amor e guerra (ou luta) fazem parte de um ciclo de movimento e evolução. O avatar tem que aceitar a responsabilidade para consigo e para o mundo. Resumindo, o estado de avatar é o homem na posse de si mesmo. O que é ser senhor dos 4 elementos? É ter consciência do centro e ter como aplicar essas forças dos 4 elementos. E para chegar a esse caminho ele tem que aprender com os mestres, e os verdadeiros mestres estão na natureza. Como no caso da menina do reino da terra que aprende as potencialidades da terra com um grupo de toupeiras. Finalizo dizendo que para unir os 4 elementos temos que usar o conceito de bem de Platão, onde Platão diz que o bem é tudo que une. O anime foi criado por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko, no ano de 2005.


Autor: Victor da Silva Pinheiro


quinta-feira, 17 de março de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 7

Atos dos Apóstolos – Aula 7

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

No martírio de Estevão, os judeus antigos foram tolerantes com os cristãos judeus, mas expulsaram da cidade os cristãos gregos (ou helênicos). Nessas passagens de Atos dos apóstolos, do capítulo 6 ao capítulo 7 vemos uma sabedoria, falsas testemunhas, e a acusação de blasfêmia.
Jesus continua sua trajetória nos discípulos, que propagam a filosofia de vida cristã. E assim a presença de Jesus é forte na história da humanidade. Pois os discípulos se tornam reflexos de Jesus Cristo. Lembre-se que no evangelho Jesus diz que surgirá aqueles que farão coisas maiores do que ele fez.
Estevão foi então expulso da cidade, ele entrega o espírito e reza pelos algozes, semelhante ao que Jesus fez na cruz, quando disse: “Pai, perdoais, eles não sabem o que fazem!” E Estevão é sepultado por cristãos. No discurso de Estevão, há uma construção para passar uma mensagem teológica. Estevão faz seu discurso na prisão. Lucas ao escrever fez toda uma estruturação numa forma de como devemos ser. E percebe-se que Lucas ler todo o Antigo Testamento em grego. Estevão é um cristão de origem grega, que ensinava a judeus a história dos próprios judeus. Ele é, sobretudo, o porta-voz da igreja que deseja expandir. Ele marca a ruptura entre o cristianismo grego (ou helênico) com o antigo judaísmo. Os cristãos judaicos só vão romper com o antigo judaísmo mais para frente, no futuro. Mas lembremos que tanto cristãos judeus, quanto cristãos helênicos, preservam em sua história, toda a história e teologia do velho judaísmo, acrescentando ai Jesus como o messias e o cristianismo como a nova igreja que veio renovar e restaurar o velho judaísmo. Aperfeiçoar a lei, como Jesus diz.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Vencer a si mesmo!


Vencer a si mesmo!


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


Eu não preciso colocar o dedo na tomada para saber se dar choque. A investigação pressupõe a uma constatação, e não apenas acúmulo de informação. Geralmente, as pessoas tem que triunfar não em cima de 2 milhões de persas nas Termófilas, mas nas coisas pequenas. Não há como não associar a palavra vencer a guerra. Porém, numa certa arte marcial, quando se estar pronto para a batalha, o inimigo não é o outro, mas está em nós mesmos. É a guerra interior. O outro, supostamente inimigo, vira um amigo e nos mostra onde estão nossos pontos fracos, nossas debilidades, nosso calcanhar de Aquiles. E para aqueles que estão desanimados para a guerra, faço minhas palavras as palavras de Morfeu, no filme “Matrix Reloaded”: “E se a guerra acabasse amanhã, será que não vale à pena lutar por isso? Será que não vale à pena morrer por isso?”
Esse texto fala fundamentalmente da guerra interior, que parte do pressuposto do general chinês Sun Tzu, autor do livro “A Arte da Guerra”, que, devemos conhecer a si mesmo, conhecer nosso inimigo, e o contexto em que se acontece à guerra. Temos, sobretudo, conhecer nossos limites e limitações. Onde os limites são exteriores, e as limitações interiores. E devemos nos focar mais nas causas das limitações do que na sua forma. Por exemplo, o problema não é quando nós temos medo, mas quando o medo nos possui. E muitas vezes nossas limitações nos mostram algo que devemos consertar e assim, depois da correção, levar a qualidade em xeque ao aperfeiçoamento. E as limitações como o temor, pode ser um aliado para sermos prudentes. O medo pode ser um mecanismo de defesa, algo mais ligado ao instinto de sobrevivência. Porém, o problema é, como já disse, quando o medo nos possui. O contrário do medo é amor, e para superar o medo temos que nos focar no amor. Como Nietzsche diz: “Quando se olha muito para um abismo, o abismo o olha de volta!” Por isso temos que nos focar no amor. O medo muitas vezes aparece a nós de maneira disfarçada.
Um exemplo de superação ao medo do desconhecido aparece no filme “Peixe grande e suas história maravilhosas (Big Fish)”, quando uma criança vai até uma bruxa que é famosa por dizer como a pessoa vai morrer quando se olha no olho de vidro dela, então a criança olha e diz: “É assim que vou morrer? Então quer dizer que nas outras circunstâncias eu vou viver?” Então, o garoto passa a viver a partir daquele momento, e se torna um aventureiro.
Uma das fugas é se envolver nos problemas dos outros a ponto de esquecer-se de lutar interiormente e até exteriormente na sua própria vida. Dar a batalha. Fazer por merecer. Isso é diferente de quem é campeão de natação e quando ver o outro se afogando tem o dever de pular na água e salvar aquela pessoa. Diferente de quem não sabe nadar e só está limitado a buscar ajuda nas proximidades, achar alguém que sabe nadar para salvar o cidadão que está se afogando. Se bem que em alguns casos, como num caso hipotético em que uma mãe ver o filho se afogando, por sacrifício e agindo por instinto, ela pula na água sem saber nadar e acaba salvando o filho. Enfrentou o desconhecido em nome do amor ao filho; e venceu.
Outro problema que temos é a preguiça. Sabemos o que temos que fazer e não fazemos que é diferente de falta de motivação. Quando não queremos ir a um lugar, e certo amigo liga e diz que aquela menina estar naquele lugar, e o garoto decide mudar de idéia e ir a tal lugar, esse é um problema de motivação.
Quem tem mais liberdade numa empresa, o presidente da empresa ou o homem que trabalha na máquina de xérox? É o presidente, que pode abrir todos os arquivos, circular livremente na empresa, e, justamente é o que está mais compromissado com a empresa, quem mais carrega consigo responsabilidades. Como dizia Nietzsche: “Coração preso, espírito livre!” Ter compromisso com algo é sinônimo de liberdade. Agora, para fechar o texto, a pergunta: como superar as limitações? Com vontade. E como desenvolver essa vontade? Com ordem e disciplina. A vontade se conquista, não é algo dado de graça, vem do alto, e pelo alto fazermos algo com vontade. A vontade é um esforço consciente.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



terça-feira, 15 de março de 2011

Mariologia – Aula 6

Mariologia – Aula 6

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital estado da Paraíba, Brasil.

Maria faz a peregrinação da fé. Ela é nossa irmã na fé. Por que demorou 30 anos para Jesus iniciar sua missão? Será que Jesus ao mesmo tempo em que se preparava, pregou um pouquinho para um seleto grupo antes de iniciar sua vida pública? Onde Jesus esteve nesses 30 anos? São várias as perguntas, porém, os apóstolos e os discípulos sabiam que Maria poderia ter algumas dessas respostas. Mas, a tradição católica apostólica romana que compilou a bíblia, os livros sagrados, diz que as comunidades que escreveram os evangelhos estavam preocupadas inicialmente em anunciar a ressurreição de Jesus Cristo e dizer o que ele fez por volta últimos 3 anos de sua vida, que foi a sua vida pública. Que provavelmente foram os anos mais gloriosos de Jesus. Mas a tradição apócrifa diz que ocultaram propositalmente a infância e juventude de Jesus na Bíblia, para passar uma imagem de um Jesus misterioso, oculto.
Alguém disse certa vez que Deus é como um pássaro tímido que pousa a uma certa distância de nós. E quando nos aproximamos dele, ele voa. Então, mesmo nós vendo Deus certo dia, passaremos a vida toda procurando Deus, que está dentro de nós, imortalizada na frase do filósofo grego Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás as leis que regem o universo e o homem!” Jesus conhecia bem essas leis, tanto que fez história, como pregador e como doutor do povo.
Maria tem uma experiência de estar impregnada do Espírito Santo. Na visita a Isabel, Maria traz as 3 alegrias: a alegria da salvação, a alegria do Cristo (ou messias), e a alegria do Espírito Santo. Maria é a expressão das grandes mulheres, das mulheres santas. Maria é como uma goiabeira, onde todo fruto que dar é bom. Lucas retrata que Maria é como a Arca da Aliança, mas ele não chega a escrever literalmente essa representação simbólica entre o novo e antigo testamento. Maria é crente por excelência. No episódio entre Maria e Isabel, é clara a manifestação do Espírito Santo, como já realcei aqui.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 6

Atos dos Apóstolos – Aula 6

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

Um fato marcante no livro Atos dos Apóstolos é o crescimento da igreja que o autor Lucas enfoca nas seguintes passagens: capítulo 6, versículo 1 ao 17; capítulo 2, versículo 41; capítulo 2, versículo 47; capítulo 4, versículo 4; capítulo 5, versículo 14; capítulo 9, versículo 31; capítulo 11, versículo 21; capítulo 11, versículo 24; capítulo 16, versículo 5;
Vemos nos Atos, com o crescimento quantitativo da igreja, a formação de novos papéis. Temos como foco, centro, que são os 12 apóstolos, e seus escolhidos, os anciões ou presbíteros. E daí vão surgindo os diáconos, mestres, evangelizadores, missionários, e etc. E assim surge a necessidade de delegar funções para melhor organizar a nova igreja. Ser Papa é uma função, já ser bispo é um sacramento. Só que o Papa também é bispo, no caso de Roma, sede da Igreja Católica Apostólica Romana. O diferencial do Papa é que ele é escolhido como embaixador de Jesus na Terra. Os bispos de hoje são espécie de apóstolos.
Segundo o último censo do Brasil, o Brasil tinha cerca de 70% de católicos apostólicos romanos, mas se esses 70%, em sua totalidade, fosse católico de carteirinha, de raiz, o Brasil seria um país diferente. Por exemplo, vive-se o evangelho inclusive se harmonizando com o meio ambiente, jogando a latinha de refrigerante no lixo, nas pequenas coisas, como nas grandes coisas, como na caridade. Se bem que o povo brasileiro é muito devoto a caridade e os pobres no Brasil se ajudam, eu convivi em favela e sei como é a coisa por dentro. Então, uma das primeiras coisas que surge depois da ressurreição de Cristo, é o crescimento quantitativo da nova igreja de Cristo, os novos convertidos que são de milhares e abrangem cristãos helênicos (ou cristãos gregos) e os judeus cristãos. Essa, digamos assim, suave rivalidade surge desde a igreja primitiva, entre os povos que são mais abertos a novas idéias, no caso os gregos, e os mais ortodoxos, no caso os judeus cristãos. Os judeus cristãos de raiz, falava aramaico, liam as escrituras sagradas em hebraico, iam ao templo, tinha a Lei dada a Moisés como pedra fundamental. Já os gentios, pagãos, gregos ou helênicos convertidos ao cristianismo, tinham a mente mais aberta e não seguia algumas tradições do judaísmo, como a circuncisão carnal, pois eles se consideravam circuncidados pelo coração e isso para eles já bastava. Mas eles também tinham suas sinagogas. Essa comunidade era formada também principalmente por judeus que se espalharam pelo mundo, e tiveram que aprender a língua grega, que na época, até mais que o latim, era a língua universal. Como o inglês é hoje no mundo. E o Novo Testamento que conhecemos hoje foi traduzida do grego, assim como 7 livros do Antigo Testamento. Os outros livros do Antigo Testamento foram traduzidos do hebraico.
Nas sinagogas, tinham o “Quppah”, que eram cestas dos pobres que os judeus davam aos pobres, eles também davam pratos dos pobres para um maior alcance de pessoas. Era a caridade que os judeus praticavam que era administrada pelos fariseus. E assim, a comunidade cristã vai se organizando de forma semelhante aos judeus. Mesmo Jesus resolvendo a questão dos pagãos no evangelho, reconhecendo a fé de uma pagã e realizando uma cura, existia uma certa rivalidade entre judeus cristãos e cristão helênicos (ou gregos). Essa rivalidade que não chega a ser ruim assim, pois na tensão se gera energia e até os dias atuais ainda existe essa rivalidade sendo os cristãos helênicos sendo representados pelos mais liberais da igreja, e os judeus cristãos pelos mais fechados, ortodoxos. Então, na época do cristianismo primitivo, na época que se passou o Atos dos Apóstolos, as viúvas da outra parte ficaram sem receber o cesto dos pobres, a caridade. E assim sendo os 12 apóstolos (note que o 12 é simbolizado o número dos judeus), escolhem 7 discípulos para fazer esse serviço de caridade (note que 7 é o número típico dos pagãos). Num tempo depois, outros foram escolhidos para delegar outras funções, como a pregação e a liturgia. Desses 7 discípulos iniciais, se destacam 2: Estevão e Filipe, esse último aparece até realizando um batismo. Jerusalém nessa época era considerada a capital dos judeus cristãos, com o bispo Tiago (não o apóstolo) e Pedro a sua frente; e Antioquia como a capital dos cristãos helênicos, com Paulo e Barnabé a frente. Vemos 3 eixos de evangelização que vemos até hoje em dia: palavra, liturgia e caridade. Por causa do batismo, somos profetas (estamos destinados a pronunciar a palavra), somos sacerdote (anunciar a liturgia), e ligado ao serviço, mais a caridade, somos também pastores e reis (ordenados a governar o mundo). Tanto que os evangelhos dizem para pregarmos a palavra de Jesus Cristo a toda criatura até aos confins da Terra.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Atos dos Apóstolos - Aula 5

Atos dos Apóstolos - Aula 5

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O Espírito Santo é o grande protagonista do livro Atos dos Apóstolos. Todo texto da bíblia tem uma roupagem e uma mensagem. A roupagem é a organização, a estrutura, mas o mais importante é a mensagem, o conteúdo. Aliais, isso serve para qualquer texto. Em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículo 14 ao 36, ver-se um contexto alegre, a moldura desta passagem é solene, com Pedro a frente dos apóstolos, liderando. O gênero literário é discursivo. Os personagens são Pedro, os 11 apóstolos, e toda a multidão presente. O contexto explica o fenômeno, mostrando o cumprimento da promessa, ela se baseia nas sagradas escrituras.
Agora, uma pause para a seguinte pergunta, antes de adentrarmos na Paixão de Pedro, comparando-a de Jesus: Jesus estava predestinado a morrer? A resposta é a seguinte: Deus não queria que Jesus morresse, mas mesmo morrendo Deus fez dele a sua morada, a sua vontade. Agora voltando ao discurso de Pedro, ele diz que nos salmos que ele cita, Davi já estaria falando de Jesus. No final do discurso, Pedro faz uma convocação à conversão, mas especificamente ao povo judeu. Pedro quer ver nós envolvido na cultura cristã, se afastando da cultura do mundo: do dinheiro, da moda, da mídia, e etc. O primeiro passo é ser consciente dessas culturas do mundo, e o segundo passo para a conversão é a generosidade.
A igreja foi preparada pelos judeus, fundada por Cristo, e vai ser consumada no final dos tempos. Jesus diz na bíblia que haverá outros que fará coisas maiores do que ele fez como exemplo histórico pode-se citar São Francisco de Assis. No discurso de Pedro há claro expoente da evangelização quando ele chama a multidão de irmãos. Nesse discurso de Pedro está à síntese de todo Atos dos Apóstolos. Já no capítulo 12, versículo do 1 ao 17, o contexto é aqui é a perseguição, visando os líderes da igreja. O apóstolo Tiago Maior, irmão de João Evangelista, foi perseguido e morto. Assim como Pedro também é perseguido e preso.
Segundo a tradição apócrifa, Pedro era cabalista e João Evangelista era um iniciado nos mistérios, porém ambos foram perseguidos na sua época, assim como Tiago Maior. Os personagens dessa passagem são: Pedro, a igreja, Tiago Maior, o anjo, Rosa, o outro Tiago, que era bispo de Jerusalém, Herodes, os soldados e os judeus.
Agora falaremos da Paixão de Pedro, se é que podemos chamar assim, já que não há evidências que Pedro morreu naquela passagem, mas por analogia a Paixão de Jesus, se convém aqui de chamar de Paixão. O sentido etimológico de Paixão é sofrer, porém, principalmente no Brasil, o termo paixão é ligado ao amor. Mas, qual a semelhança entre a Paixão de Pedro e a de Jesus? Ambos são condenados sem um julgamento válido. Dormir e morrer são palavras muito próximas em alguns contextos históricos, e, enquanto Jesus morreu entre com os soldados observando, Pedro dormiu sendo vigiado por soldados. Há guardas vigiando a prisão de Pedro, assim como há guardas vigiando o túmulo de Jesus. Assim como a porta se abriu misteriosamente da prisão de Pedro, a pedra foi tirada do túmulo de Jesus milagrosamente. Agora, entre aspas: assim como Pedro acordou do seu sono, ou digamos “ressuscitou”, e depois apareceu aos discípulos, Jesus também foi ressuscitado e apareceu aos discípulos. Entre Jesus e os discípulos há Maria Madalena, e entre Pedro e os discípulos a Rosa. Jesus foi confundido com um fantasma e pegou uma comida para provar que era ele, já Pedro foi confundido com um Anjo e gesticulou com as mãos. No final do texto Pedro desaparece, assim como Jesus desaparece e ascende ao céu. Alguns acreditam que esse era o último versículo que Pedro aparece, porém no capítulo 15 ele aparece. Mas esses acreditam que: ou essa reunião, ou podemos chamar de o primeiro concílio extra-oficial, aconteceu antes do episódio da prisão de Pedro, ou colocaram Pedro para dar autoridade ao “concílio”. Existem 2 correntes, mas a que reina entre nós é que Pedro foi para Roma e morreu lá. Já a outra corrente diz que Pedro esteve em Antioquia e fundou a igreja de lá. Como também Pedro pode ter passado por Antioquia e depois foi a Roma. Independente de Pedro ter morrido ou não naquela passagem da bíblia, a mensagem se assemelha a uma paixão, tem um significado teológico. Como Pedro é a autoridade da nova igreja, e seu representante, essa passagem pode nos dizer que os cristãos, em geral, estão destinados a passar por algo semelhante a isso em algum momento da vida, sem ter a necessidade de morrer nesse momento difícil. Então, não estou dizendo que está passagem é a paixão e morte de Pedro, mas se assemelha a isso. Por que a bíblia é escrita de maneira assim, digamos tão contraditória? Possivelmente para nós a desdobrarmos e descobrirmos mais coisas novas.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 2 de março de 2011

Sacramentos – Aula 4

Sacramentos – Aula 4

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

A origem de todo sacramento pode ser direta, quando vem Jesus, ou indireta quando vem de Jesus por meio do Espírito Santo. Podem ser genérica ou específica; todo sacramento vem por meio de Jesus Cristo. Mesmo que Deus queira que a igreja seja ativa, ela só vai funcionar com nossa colaboração. Como já disse, Cristo é a cabeça e nós somos o corpo. Então existe uma aliança entre o divino e o humano. Nos sacramentos acontecem coisas semelhantes. Os sacramentos vieram dos apóstolos por meio do Espírito Santo, com Jesus Cristo como idealizador; por trás de cada ação dos apóstolos. Porém, tem 2 sacramentos ligados diretamente a Jesus: o batismo e a eucaristia.
A bíblia não pode ser lida ao pé da letra, pois tem um significado espiritual, e para isso temos que ter discernimento: discernir dentre. Sacramentos são as ritualizações das atividades de Jesus Cristo. Mas lembremos que não podemos fazer o rito de maneira mecânica, mas de maneira consciente, lembrando das atividades de Jesus.
Olhando os 7 sacramentos, temos duas maneiras de interpretá-los: humana ou eclesial. Resumindo, sacramentos é o meio de comunicação, que traz uma mensagem de Deus. Segundo a perspectiva humana, vemos os sacramentos da seguinte maneira: o batismo é o nascimento; o alimento é a eucaristia; o crescimento ou amadurecimento é a crisma; a penitência vem quando estamos desorientados, o matrimônio e a ordem são quando decidimos o que fazer na vida, e a unção é na hora da morte. Os sacramentos são sinais que nos acompanham do nascimento a morte.
O primeiro grande valor ligado ao batismo é saber que existe uma transcendência, uma dimensão que transcende a nossa, que nos faz nascer de novo. Parafraseando o filme Matrix, o batismo é em resumo sair da Matrix, nascer de novo. Dizendo que o mundo não é unidimensional, mas pelo menos bidimensional, tendo uma dimensão horizontal e outra vertical como uma cruz. Não basta estarmos de passagem na vida, mas temos que ser fiel à vida, e sendo fiel a vida, estamos sendo fiel a Deus. Até um ateu que é fiel a vida, está sendo fiel a Deus, mesmo que ele negue a existência desse ser. Está sendo inconscientemente fiel a Deus. Já a eucaristia é o ápice de toda vida cristã, é a comunhão, como Jesus disse: “Eu e o Pai somos um”. A tradição cristã como de outras religiões diz que existe um ser maléfico que se chama demônio ou diabo, mas Deus não fez o demônio, foi o demônio que se fez assim. Já a penitência está relacionada ao processo de conversão, para permanecermos na lei e às vezes a vida vai nos dar pancada para voltarmos à lei. Já o matrimônio e a ordem estão ligados ao serviço, como disse Jesus: “Eu vim ao mundo para servir e não para ser servido!” Já na unção diz que o mundo deve escolher o último, para dizer que Cristo cuida dos últimos. Os sacramentos são valores da igreja que nos faz criar uma identidade, assim se diferenciando do mundo. Se Jesus nos resgatou na cruz, para a igreja todos temos um valor, que não somos pacientes, mas agentes.
Os efeitos do sacramento são: aumentar a fé, edificar a igreja, dar a graça ou santificar os membros, e nos torna apto ao culto. Como Jesus salva o mundo? Oferecendo o seu corpo em obediência a Deus. Essa é a oferta que agrada a Deus. O verdadeiro culto é aquele que é preenchido por Deus, e Jesus fez de sua vida um culto, e devemos ser imitadores Dele. Como diz o padre Tomás de Kempis, que escreveu o filosófico livro: “Imitação de Cristo”.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 1 de março de 2011

Mariologia – Aula 5

Mariologia – Aula 5

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Maria tinha consciência das conseqüências do seu sim a Deus. Diferente do Evangelho de Mateus, no Evangelho de Lucas é Maria que dar o nome a criança, ao menino Jesus. Para a cultura judaica naquele tempo, era natural um filho de sacerdote se tornar sacerdote. E como não há informações dizendo que José era sacerdote, foi difícil para alguns judeus aceitar Jesus como sacerdote, ainda mais por que Jesus morreu na cruz, que aumenta ainda mais o preconceito em torno de Jesus, pois, quem morria na cruz era considerado miserável.
Segundo a tradição apócrifa, Jesus nasceu no dia 1 de março, e assim sendo, segundo essa tradição, Jesus era do signo de peixes, um típico pisciano que falava por meio de parábolas. Própria da dualidade desse signo e um modo perfeito de se comunicar no seu contexto histórico; para os discípulos ele dizia o significado das parábolas, enquanto para o povão ficava a parábola crua. Como também Jesus assume o papel dual de sacerdote ou messias e rei dos judeus.
Jesus veio para trazer a firmeza da terra para seu povo. Maria vai ser a nova arca da aliança. E o que tinha na arca da aliança no antigo testamento? O cajado de Moisés, a tábua dos 10 mandamentos e o maná. Sendo Maria a nova arca da aliança, Jesus seria o bom pastor, simbolizado pelo cajado, seria o pão verdadeiro, simbolizado pelo maná, e Jesus veio trazer a nova lei, uma nova tábua da Lei, veio para levá-las a perfeição.
Santo Agostinho, com relação à santíssima trindade, faz uma analogia, dizendo o amor seria Deus Pai, o amante seria o Filho Jesus, e o amado seria o Espírito Santo. Pai, Filho e Espírito Santo, a trindade do cristianismo. No judaísmo ainda não se tinha a idéia de trindade, e se tinha, era uma idéia que podia estar amadurecendo. Pois bem, Jesus foi que veio trazer o Deus trinitário, a idéia da santíssima trindade, das três pessoas representando um ser, para a cultura judaico-cristã.
Maria também caminhou na verdade e foi ensinando os costumes da época a Jesus, ao mesmo tempo em que foi aprendendo com seu filho os mistérios próprios do filho. Para nós humanos é impossível entender os mistérios divinos apenas sob a perspectiva humana, para compreensão do divino, temos que ter uma chispa divina, até um ateu tem essa chispa divina, mesmo que inconscientemente. Por isso diz na bíblia: “Para Deus, nada é impossível!” Lembremos que Maria só ficou grávida de Jesus depois do seu sim, houve uma junção, uma graça entre o corpo, a alma, e o espírito, para fazer dela a morada do divino. Porém, Maria no fundo do seu coração, dizendo seu sim ao Anjo, sabia ela que seria protegida.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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