div style="border:1px solid #ccc;padding:10px 4px 3px 4px;text-align:center;background-color:#efefef;">

domingo, 19 de setembro de 2010

Minha cidade tem nome de herói


Minha cidade tem nome de herói


O ano
É 1930
Depois de conturbadas eleições
Nacionais
A chapa
De João Pessoa
Perde
Mas acredite
Ele conhecia o tal
Do Getúlio Vargas
E em vida
Chegou a dizer:
“Prefiro dez Júlio Prestes
em vez de uma revolução!”

João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque
Nasceu em Umbuzeiro
Formou-se em Recife
Trabalhou no Rio de Janeiro
Recebeu elogios rasgados de Rui Barbosa
Foi para Belém do Pará
Passou fome
Foi salvo por uma senhora
Voltou ao estado da Paraíba
Esse Juiz danado de bom
Sobrinho de Epitácio Pessoa
Ganhou as eleições estaduais
E foi governador do estado da Paraíba
E o que ele fez em dois anos
Oxalá queria vê
Outro governador fazer
Em quatros anos de governo

Ele criou inimigos
Não há registro no jornal A União
Dessas cartas amorosas de João Dantas
E se o jornal A União expôs
As cartas que supostamente ocasionaram
O seu assassinato
Se, expôs as tais cartas num mural
Foi sem seu consentimento,
sem o consentimento de João Pessoa
E mandou ele abrir um inquérito
Quando voltou do interior.

Esse paraibano
Corajoso e chamado de coronel
Andava desarmado
Destemido e sereno

Assim com o Egito
é uma Dádiva
Do rio Nilo
João Pessoa
Foi uma dádiva
Da Paraíba

E assim como Júlio César
Que dispensou seus seguranças
E foi pro senado
Para morrer
Assim foi João Pessoa
Foi
Para Recife
Só visitar um amigo
Dispensando os seguranças
E assim enraizou a frase de César:
“Só se deve temer o próprio temor!”
E assim
No dia 26 de julho de 1930
Ele foi assassinado
A tiros
Ele que deu
Seu sangue
A Paraíba
Está lembrado
Na Bandeira do Estado
O vermelho é pelo seu sangue derramado
O preto é pelo luto de sua morte
E a política palavra “nego”
É para lembrarmos:
Que temos um herói brasileiro!

autor: Victor da Silva Pinheiro


Nenhum comentário:

Postar um comentário