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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Batman e o sentido do herói



Batman e o sentido do herói

            O novo filme “Batman - O Cavaleiro das Trevas”  tem bom roteiro, é um filmão. Porém, deixa um final de filme enigmático: foi certa a atitude do Batman, ao assumir as dores de Duas-Caras e pedir para olhar o seu lado heroico e lembrá-lo pelo seu grande feito e não seu outro lado criminoso e assim, não deixar o Coringa vencer? Primeiramente, devemos discutir uma coisa: a sociedade, a humanidade precisa de heróis, mas, por quê? É o seguinte, os formadores de religiões, considerados avatares pela  teosofia, procuram serem exemplos vivos da mensagem que vem deixar ao mundo  e acabam  por formar  religiões. Buda, Maomé,  Jesus, Apolônio de Tiana, Zaratustra,  Krishna, Moisés, Confúcio, Lao-tsé,  Hermes  Trismegisto,  Orfeu, Noé, dentre outros, foram todos avatares, homens perfeitos que vieram a Terra com uma missão: religar os  homens  a  Deus. Porém,  esses  homens  estão  muito distantes de nós e para  nos aproximamos deles, precisamos dos heróis, que não são perfeitos como um avatar, mas estão  acima de nós. Eles são uma espécie de ponte entre nós e os avatares. Tem os mesmos erros que nós, humanos, mas tem qualidades tão amplas como a de um avatar. Os super-heróis, que são próprios das histórias em quadrinhos, tem superpoderes, próprio de um mundo fictício hoje. Porém, parafraseando Nietzsche, quando menos se espera, os superpoderes podem aparecer no super-homem (que Nietzsche descreve que é o herói que Zaratustra tanto procura no livro “Assim Falou Zaratustra”).   
            Batman escolheu ser um cavaleiro das trevas e deixar um herói para a cidade de Gotham que é o Duas-Caras, o promotor que prendeu centenas de pessoas envolvidas com a máfia, porém que a cidade de Gotham só conhece uma cara do Duas-Caras. Porém, Batman não pode se esquecer de que ele, Batman, é que é o verdadeiro herói. Foi ele que trouxe o contador chinês para Gotham usando sua tecnologia que é os seus superpoderes,  o que o diferencia de todos os outros super-heróis de quadrinhos. Hoje, vemos muitos poderosos usando o dinheiro para o mal, a tecnologia a serviço do mal, Porém, Bruce, que é o Batman, a utiliza para um sentido nobre: manter limpa sua cidade da bandidagem. Parafraseando Nietzsche,  “o super-homem (o herói) é uma corda atada entre  o homem e o divino.” E essa frase tem muito haver com o Batman do filme: O Cavaleiro das Trevas, aquele que ver nas trevas, ver com mais facilidade a corrupção em volta.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



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