Em busca da juventude guerreira
Hoje, a juventude em geral, encontra-se mergulhada num mal
da contemporaneidade: o imediatismo. Muitos fazem cursos superiores visando
no quanto de dinheiro vão ganhar. Principalmente os cursos que dão
mais dinheiro: Medicina e Direito. Não pensam a longo prazo, e nem no amor à
camisa. Amor ao trabalho. Ser feliz é está em harmonia com o que está
fazendo. E se aquela profissão não é sua vocação, você viverá empurrando a vida
com a barriga. Ou pior, você encontrará felicidade no dinheiro que obter
e não verá que aquela não é sua profissão e estará mergulhado num
mundo de conforto e prazeres suscetível à insensibilidade à
profissão que trabalha. Pois, seu coração não estará na profissão, mas sim
no dinheiro. A Tríade platônica é essa: o bem, o belo, e o justo. O que acha de
nós, jovens de espírito, aplicarmos essa tríade nas
nossas vidas? Hoje, os jovens estão velhos.
E não veem que o bem é tudo que une, o belo é tudo que nos eleva, e justiça é
cada coisa no seu lugar. Se veem, não creem no que veem. Só veem um futuro
confortável e prazeroso proporcionado pelo dinheiro. Cadê aquele espírito jovem
aventureiro de querer ajudar os outros custe o que custar, de se indignar com a
injustiça, de dar o sangue ao que faz? Hoje, a maioria dos jovens não agem
assim.
Antigamente, os carnavais tinham a ideia de nos mostrar em
4 dias o que seria a vida se todos fizessem aquilo que não lhe cabia. O
sapateiro viraria padeiro. O economista viraria cabeleireiro. E assim por
diante. Tínhamos uma ideia como seria o caos numa forma humorística, em
tom de brincadeira, de carnaval. Tínhamos a consciência por
contraste. O ano seria seguindo segundo a ordem e progresso. E
durante 4 dias tínhamos à ideia de como seria a vida com a desordem, com as
coisas fora de lugar. Hoje, porém, se vive um eterno carnaval.
Resgatemos nosso ideal de guerreiro: ir a luta seja qual
lugar for, basta só uma coisa: que nosso coração esteja lá, batendo e vibrando
em uma só sincronia diária, de luta, a sangue e suor. Que nosso ideal
seja o ideal latino-americano, que é: “o incansável amor pela luta!”
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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