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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 11 – Lucas (introdução)

Evangelhos Sinóticos – Aula 11 – Lucas (introdução)

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Resumindo as aulas até hoje, o evangelho primeiramente foi vivido, depois foi
anunciado (transmitido de forma oral) com o querigma e depois da catequese, e depois foi escrito. Depois vimos que o primeiro evangelho escrito foi o de Marcos, que era discípulo de Pedro. Em síntese, o Evangelho de Marcos diz quem é Jesus e diz quem são os discípulos. Depois estudamos o Evangelho Segundo Mateus, que era apóstolo de Cristo, e um judeu nato, mas hoje os estudiosos atribuem o evangelho ter sido escrito por sua comunidade e não pelo apóstolo Mateus. Esse evangelho é escrito estritamente aos judeu-cristãos. Então ele, o autor, vai construindo Jesus segundo uma versão da comunidade que ele viveu, fazendo várias referências ao Antigo Testamento. O Evangelho Segundo Mateus é dividido em cinco livros,
não contando à introdução que é parte da infância e o final que é a parte da paixão e morte de Jesus, porém que foi escrito no evangelho, mas não contam como livros a parte. Assim também os Salmos foram divididos em cinco livros, o Pentateuco (ou a Torá como chama os judeus) é constituído por cinco livros, e dizem que Moisés fez cinco grandes discursos. No Evangelho de Mateus declara que Jesus é o sábio, o profeta, e o legislador. Para começar lendo os evangelhos é aconselhável começar por Marcos, para quem já leu o Antigo Testamento é aconselhável por começar lendo Mateus. Mateus e Lucas leram Marcos para escrever seus Evangelhos, e o que está nesses evangelhos e não está em Marcos, veio da fonte “Q”. Para Marcos Jesus vai sendo revelado aos poucos. O Jesus de Marcos é o messias e também em Marcos diz quem são os discípulos. Agora vamos falar sobre o Evangelho Segundo Lucas. O autor tinha clara influência da cultura grega. Lucas segue o estilo dos historiadores gregos, como se ver no capítulo 1, versículo 1 ao 4. Lucas faz algumas referências aos Salmos, porém, Lucas se enfocou mais na sabedoria de Israel do que na Lei. A tradição atribui a Lucas o autor do evangelho. Lucas aparece na carta de Filêmon, versículo 24; e em 2 Timóteo capítulo 4, versículo 11. E em Colossenses capítulo 4, versículo 14. Daí vem uma teoria que diz que Lucas era discípulo de Paulo, onde em Colossenses diz que ele é médico. E como Lucas leu Marcos ele fala de maneira diferente na mesma passagem que fala sobre os médicos, em Marcos, capítulo 5, versículo 26, e Lucas capítulo 8, versículo 43. A teologia atual concorda com a
tradição antiga que foi realmente Lucas, o médico, discípulo de Paulo, que escreveu o evangelho. Diferentemente de Mateus, ao qual a teologia atual não considera o apóstolo Mateus o autor do evangelho que leva seu nome, mas que foi sua comunidade que o escreveu e lhe atribuiu o evangelho. Há quem diga que assim como apóstolo João, Lucas morreu velho. E outros dizem que Lucas morreu novo e como mártir. Como Lucas e Marcos era pessoas que tiveram uma participação secundária, diferente dos apóstolos que eram famosos e daí sua importância e a importância de suas comunidades que lhe atribuíram o evangelho. Segundo esse raciocínio Lucas e Marcos não tinham tamanha importância como os apóstolos João e Mateus tinham, então qual o interesse das comunidades de Lucas e Marcos, caso tenha sido elas escritas os evangelhos e não os discípulos, qual o interesse de lhe atribuírem como autor
dos respectivos evangelhos? Então a teologia atual concorda com a tradição antiga que Marcos e Lucas foram realmente os autores dos evangelhos que levam seus respectivos nomes. E seguindo esse raciocínio, 95% do que tem em Marcos, tem em Mateus e em Lucas, então deduzisse que Mateus e Lucas leram Marcos antes de escreverem seus evangelhos, e o que não está em Marcos veio de uma fonte “Q”. Mas se Mateus era apóstolo de Cristo e foi testemunha ocular, qual a necessidade de Mateus buscar fontes em Marcos e na fonte “Q”? Então deduzisse que foi a comunidade de Mateus e não Mateus que escreveu o evangelho. Lucas escreve o evangelho com um excelentíssimo grego. Lembremos que para iniciar um estudo de teologia, temos que ter uma fé humana, religiosa, teológica, cristã, e da igreja (eclesial). Esses são os passos para um estudo do curso de teologia: temos que acreditar na igreja, que acredita em Cristo, que acredita em Deus, que acredita na religião, que acredita no ser humano. O ateu, por exemplo, tem uma dessas fé: a fé no ser humano. O contexto histórico de Lucas é o mesmo de Mateus, mas os estudiosos acreditam que dificilmente Lucas viveu com Jesus, mas sim conviveu com os apóstolos. Já
outros dizem que Lucas é um dos 72 discípulos que Jesus ordena a evangelizar no mundo. O Evangelho de Lucas é dividido em quatro partes: Introdução e infância, missão na Galiléia, viagem para Jerusalém e morte e ressurreição. Na próxima aula nos aprofundaremos mais no Evangelho segundo Lucas.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eclesiologia – Aula 11

Eclesiologia – Aula 11

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O Espírito Santo me faz lembrar do que Jesus disse. E a igreja é aquela que vive essa memória. A comunhão entre Cristo é vertical, e entre nós, é horizontal. Obra do Espírito Santo. O Espírito Santo é comunhão. O que é a igreja? Comunhão. A comunhão com Deus infalivelmente implica a comunhão entre nós. Isso está explicito em dois mandamentos que resume toda a Lei: “Amarás o Senhor teu Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo!” O amor em profundidade vem de Deus, em extensão, vem da comunidade. Não existe comunhão entre homens (horizontal) se não vem de Deus (vertical). A comunhão teológica é vertical, a horizontal é a eclesial. E essas duas comunhões são inseparáveis. Se eu reconheço o próximo como irmão, eu vivo na luz, uma luz interior. Sacramento é um sinal visível de uma realidade invisível do Espírito Santo. A igreja é um sacramento. E tudo é trinitário. Nos vivemos num tempo escatológico esperando que o sol nasça e esse sol é Jesus. Cristo continua agindo no mundo por meio do espírito na igreja. Onde está o espírito? O espírito repousa em Cristo. Por que Jesus foi no deserto? Nas sinagogas? Pois foi enviado pelo Espírito Santo. Tem duas interpretações para a passagem de Jesus no deserto e a de João pregando no deserto. O deserto é um lugar árido, praticamente sem vida, e assim estava o povo e o judaísmo na época de Jesus, necessitando de pastores; e Jesus foi o pastor maior, sendo que João Batista veio preparar o caminho, como um desbravador que abre caminho para implantar a civilização numa cultura arcaica, pois existiam várias vertentes do judaísmo em decadência, como a dos fariseus e sauduceus. Já Jesus sendo tentado no deserto simboliza que o deserto é um lugar onde não tem nada, e no deserto não há as distrações do mundo, é onde o ser se encontra com o eu interior, consigo mesmo.
O Evangelho de Marcos é considerado como o leão dos evangelhos, pois a primeira passagem do evangelho é João Batista pregando no deserto e diz assim: “Uma voz clama no deserto”, que é a voz de João Batista que simboliza um leão solitário no deserto rugido. E o leão é o rei da selva; por isso Jesus disse que não houve homem maior do que João Batista na Terra, mas no Reino dos Céus, o maior na Terra se torna o menor. O Evangelho de Marcos tem a nobreza de um leão. O Evangelho de Mateus, que era considerado o repórter dos apóstolos, é simbolizado pelo homem alado. O Evangelho de Lucas é forte como um touro, mas uma força interior, oculta. E o filosófico Evangelho de João Evangelista é a águia com seu olhar penetrante, que ver longe, um evangelho visionário, que se propaga no mundo com a velocidade da águia ao caçar serpentes (que simbolizam a roda da vida) e roedores (animais do submundo que simbolizam o pecado).
O Espírito Santo anda a ritmo de cada um. Jesus quando sobe aos Céus deixa no mundo para continuar fazendo suas obras os discípulos que agem por meio do Espírito Santo. Ainda hoje há comunidade age por meio do Espírito Santo e continuará agindo. O evangelho se espalha por força do Espírito Santo, mas quem prega são os mestres e discípulos. Temos sempre a colaboração entre o divino e o humano. A tradição não é uma coisa estática, mas dinâmica. A tradição não muda em essência, mas muda em forma, por que a cultura muda e é especifica em cada parte do mundo. O Espírito Santo configura Cristo a partir de nossa cultura.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bíblia e Moral - Aula 10

Bíblia e Moral – Aula 10

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil

É preciso a criatividade da gente, a sabedoria para saber como podemos nos curar.
Muito importante que a moral judaico-cristã tenha suas próprias especialidades, pois existe questões morais que estão nos outros povos, e por trás de toda essa compreensão está a lei natural que é a compreensão que devemos fazer o bem e evitar o mal. A voz de Deus, na concepção do ser humano, chegou ao conhecimento de todo o ser humano; a transformação vem de cima para baixo, começando com os líderes e os jovens. Em todas as culturas existem a semente do verbo. Há uma percepção no mundo que existe uma questão ética natural, então é nosso dever se aprofundar nisso para ter o que nos é de direito. A questão não é só uma relação de homem versus sociedade, mas homem versus natureza. A temática do século 21 vai ser o meio ambiente. Mas para cuidarmos do nosso meio ambiente temos que cuidar do homem e numa sociedade ética o respeito à natureza surge naturalmente. Povos vizinhos a Israel também faziam o bem, pois existe uma sabedoria universal. Jesus Cristo tem como centro de sua vida o anúncio do perdão. Uma passagem que explicita isso é a cura do paralítico. A consciência para a igreja é o lugar onde ressoa a voz de Deus. A igreja tem o dever de ser o povo consciente, e de um ajudar o outro e isso acontece até de forma natural, o ato de ajudar-se, em comunidade. Uma coisa muito importante é reconhecer algumas vitórias como a emancipação da mulher, o diálogo entre a mulher e o homem. Já a questão da técnica e do desenvolvimento econômico tem que estar voltado para a vida, tem que ser pró-vida.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 23 de outubro de 2010

Dom Quixote: o que podemos aprender com o herói de Cervantes?


Dom Quixote: o que podemos aprender com o herói de Cervantes?


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de uma filósofa de Brasília. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


          O livro clássico de Miguel de Cervantes, Dom Quixote de La Mancha, tenta resgatar o valor dos símbolos das ordens de cavalaria. Muito provavelmente o autor tenha contado sua vida através de Quixote de uma maneira simbólica. A filosofia traz de volta a visão simbólica dos livros sagrados, e não só aborda uma leitura literal. Por causa das deturpações que os mitos sofrem por levarem ao pé da letra os mitos e lidos de modo literal e não simbólico, Platão dizia que os guardiões da cidade ideal não estavam preparados para ainda estudar os mitos. Cervantes e sua família viajam muito durante a infância dele na Espanha, isso é uma clara alusão a o Quixote, que faz várias viagens, e além do mais, Cervantes começou a escrever seu livro aos 50 anos, e Dom Quixote começa suas aventuras com 50 anos. Com 19 anos ele vai a Madri, e depois vai à Itália, e na Itália tem o contato com os clássicos. Depois por cinco anos ele serve ao exército com grande destaque. Ele diz que na sua vida dedicou-se a Marte, o Deus da Guerra na mitologia greco-romana, e a Apolo, o Deus da cura, música e sol interior, considerando a fase de Apolo mais complicada. Com as cartas de recomendação que recebia, viu uma ótima oportunidade de voltar à Espanha, e na viagem de navio, é seqüestrado por turcos, e passa cinco anos na Argélia, onde sempre tentava fugir, e quando era pego, sempre escapava da morte. Por causa das cartas de recomendação os turcos pensaram que Cervantes era alguém muito rico e pede dinheiro em troca da liberdade dele. Depois desses cinco anos a família dele junta o dinheiro e paga aos turcos que o libertam. Como na Espanha já existia muitos soldados nas mesmas condições de méritos que Cervantes conquistou na Itália, ele volta a ser soldado raso e depois deixa o exército.
Depois foi ser coletor de imposto e nessa profissão viaja muito pela Espanha. É acusado de desviar verbas e é preso. Foi então que ele começou a escrever o livro clássico dele. Depois foi provado que ele nada roubou e ele foi solto. Depois de uns anos, ele publica outra parte do livro. Agora a chave simbólica: na tradição hindu o homem é dividido em sete corpos, quatro pertencentes à personalidade e mortal e três pertencentes ao eu espiritual e imortal. O mais denso corpo é o físico, depois vem o energético, depois o emocional, e depois a menta dos desejos. Daí constituída nossa personalidade. Na parte divina vem o mente pura, depois a intuição e depois à vontade ou a chispa divina, sem ela, tudo que vem abaixo não existiria. A dama imaginária, Dulcinéia, são os sentimentos mais elevados de Dom Quixote, são os sonhos de todo cavaleiro, essa parte pertence à intuição. Dom Quixote é a mente altruísta, a mente pura, que vai a busca de ideais filosóficos. Sancho Pança que inicialmente segue Dom Quixote por motivos interesseiros, é a mente dos desejos, mas depois ele se torna o discípulo dos ideais que Dom Quixote lutava. Todos os outros personagens pertencem à personalidade. O interessante é notar os diálogos entre Sancho Pança e Dom Quixote, que são as duas mentes dialogando. Um puxando para os interesses mais terrenos e a outra para os interesses altruístas.
A primeira aventura de Dom Quixote é contra os moinhos de vento, que representam os gigantes do nosso eu emocional que às vezes nos tenta controlar. Lembre-se que Dom Quixote deixa sua vida aos 50 anos, e depois de ler os clássicos literários das ordens da cavalaria, tem como objetivo percorrer o mundo atrás de aventuras. E aventura vem do latim, e no latim quer dizer: ir ao encontro ao seu destino. Ele vai num local para ser ordenado cavaleiro, e depois ver a necessidade de ter um escudeiro prometendo a ele o governo de uma ilha, esse escudeiro aceita a oferta, que é Sancho Pança. Depois que Dom Quixote volta todo maltrapido da batalha contra os moinhos de ventos que ele pensava ser gigantes, Sancho Pança o questionar por estar assim e ele não demonstra fraqueza, pois o cavaleiro não tem que demonstrar fraqueza na dificuldade. E Dom Quixote faz lembrar que o escudeiro não deve entrar na batalha, e claro, Sancho Pança entende bem essa parte. Depois Dom Quixote resolve ir ao encontro de Dulcinéia, e Sancho Pança já desconfiando que Dulcinéia não existe resolve ir na frente na cidade dela e até lá pensa em inventar alguma coisa para resolver essa situação. Ele ver três senhoras de idade passando, sendo duas delas servas da do meio, passando a cavalo, e se antecipa a elas e antes de elas passarem por Quixote, ele chega antes e diz que está vindo Dulcinéia ao encontro com Quixote. Quixote assim como diz que foi um encanto que fez os gigantes virarem moinho de vento, diz que foi o encanto a Dulcinéia estar com a aparência de uma senhora de idade, maltrapida. O interessante é que Sancho Pança que inicialmente se interessa pela mente dos desejos, muita gente relaciona essa gente culta a essa mente, a mente concreta; e culto, etimologicamente falando, vem de homem cultivado, aquele que cultiva os valores e as virtudes, e Sancho Pança no final do livro, quando Dom Quixote volta para casa e diz que nada das aventuras dele teve valor, Sancho Pança insiste que teve valor mostrando que o discípulo não está olhando para o mestre que está negando a própria vida, mas olhando a estrela.
            O interessante no livro é quando os dois encontram um duque e uma duquesa já na segunda parte do livro, onde eles citam que um tal de Cervantes andou escrevendo sobre eles, e esse duque e duquesa dão uma ilha para Sancho Pança governar, mas tudo combinado pra ser em tom de brincadeira sem Sancho Pança saber. Um dos julgamentos que Sancho Pança faz como governador da ilha é de uma mulher que aparece a ele aos berros dizendo que foi abusada por um homem, e esse homem, a pedido de Sancho Pança, conta a versão dele, que encontrou com essa mulher, combinou um preço e teve relações com ela, e ela vendo que ele tinha muito mais dinheiro e não quis dar ela inventou essa história. E Sancho Pança então pergunta ao homem: “Você tem mais dinheiro?” e ele diz que tem, e Sancho Pança pede para ele dar a mulher e a mulher aceita e vai embora. Depois Sancho Pança pede para o homem tomar o dinheiro de volta, e a mulher volta agarrada ao dinheiro e Sancho Pança pede o dinheiro e dar ao homem e diz a mulher: “Se esse homem lhe tivesse abusado, você se defenderia tão bem seu corpo quando defendeu esse dinheiro e ele não lhe teria feito nada”. Depois no livro, Sancho Pança desistiu de ser governador e as pessoas sentem falta dele, pois foi o único governador mais justo da ilha. Só para finalizar: “Um cavaleiro sem dama, é como um corpo sem alma!”

Autor: Victor da Silva Pinheiro



Evangelhos Sinóticos – Aula 2

Evangelhos Sinóticos – Aula 2

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O verbo evangelizar significava que quando o rei tinha uma grande vitória, ou que
nascia o filho do rei, ele mandava anunciar em todo o reino essa notícia. Quando chamaram os evangelhos desse nome significa que era uma notícia extraordinária que deveria ser noticiada a todo o mundo. Para entender o novo testamento é ideal ler todo o antigo testamento. Por isso no culto dominical do catolicismo romano sempre se ler pelo menos uma vez uma passagem do antigo testamento. Jesus vai falar na língua e para o contexto histórico local daquele povo. A língua era o aramaico que era uma língua derivada do hebraico. Jesus nasceu num contexto cultural totalmente específico. Primeiro a história acontece, depois é contada e transmitida de forma oral, e só depois é escrita. Jesus é o evangelho e a mensagem de Jesus também é o evangelho. A Palestina ganhou esse nome no século II a.C. que é a forma grega da
palavra filisteia, uma palavra hebraica. A Palestina é dividida de alto abaixo de uma cadeia de montanhas. Na bíblia encontram-se umas passagens em que o mar é colocado como um lugar temeroso. É aonde está o medo, está o mistério. Talvez aquele grande surfista ou velejador antes tivesse medo do mar. Jesus ao andar sobre o mar, acima das águas, mostra para os judeus que devemos superar nossos medos.
No lado leste é mais árido, ao norte tinha as terras cultiváveis, no lado do Jordão.
Decápole era uma das dez cidades que se uniram sob a tutela do império romano, pois temiam o povo de Israel. Temos a região da Galiléia, Samaria e Judéia. A Samaria já foi à região da capital do reino de Israel. A Galiléia é a região onde se mais fala nos evangelhos sinóticos. A Judéia em termos geológicos era uma região muito acidentada, fazendo que dificultasse a invasão dos inimigos a Jerusalém. O chão de Jesus já foi uma grande nação no tempo do rei Davi e Salomão, mas depois foi dividido em reino do norte e do sul. Essas duas regiões viviam uma grande rivalidade. No tempo de Jesus já havia caído os dois reinos que estavam sob
domínio do império romano. Mas já haviam sido dominados pelos Sírios, Babilônicos, Persas e gregos. No tempo de Jesus existia dois grande reinos: o da Samaria e Judéia, dominada por Pôncio Pilatos, e a região da Galiléia, de Herodes Antipas, que não era o Herodes O grande que mandou matar as criancinhas no tempo do nascimento de Jesus. Na família o grande papel era do pai. Por exemplo, era o pai o responsável para contar para os filhos toda a história de Israel na época da páscoa.
Os sauduceus eram judeus muito ricos, do alto clero e que eram a favor do império
romano e liam os livros sagrados de modo literal, levavam ao pé da letra. Os fariseus eram judeus de classe média que diferente do sauduceus, os fariseus liam os livros sagrados de modo mais metafísico. Os sauduceus não acreditavam em anjos, em vida eterna, mas os fariseus sim. Porém os fariseus eram muito orgulhosos e se consideravam melhores do que os outros e jogava isso na cara. Como também oprimiam todos aqueles que não cumpriam os mandamentos. Fariseus quer dizer: separados. Os zelotas eram judeus indignados com o império romano, e acreditasse que os dois apóstolos Judas era zelotes, assim como Pedro tinha uma influência dos zelotes. Os essênios não são citados na bíblia, mas eram judeus que viviam no deserto, praticavam penitências, e procuravam ter uma vida imaculada. Acredita-se que João Batista teve influência dos essênios.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 10 – Mateus

Evangelhos Sinóticos – Aula 10 – Mateus

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Todo o Antigo Testamento encontra toda sua realização em Jesus Cristo. Todos os
outros profetas eram imagens do que veria ser Jesus Cristo. Assim como João Batista foi precursor de Jesus Cristo, nas nossas vidas, deve ter existido um João Batista que nos preparou para o cristianismo. Cada milagre de Jesus revelou a missão de Jesus Cristo. Jesus vai no Evangelho Segundo Mateus, desvendando os mistérios do Reino dos Céus através das parábolas. A primeira multiplicação dos pães nos fala da missão dos judeus, tanto que sobram doze cestos, que simboliza que a meta dele era atingir as doze tribos de Israel. Na segunda multiplicação dos pães, sobra sete cestos, e o sete é um número muito simbólico para os pagãos, então a meta dele também era para atingir os pagãos. Resumindo: A missão de Jesus foi para toda a humanidade, tanto para judeus como para pagãos. Quando a crise galilaica se inicia no Evangelho Segundo Mateus, que faz referência à igreja, primícias do Reino de Deus, onde também há uma perspectiva para uma nova comunidade, Jesus vendo que estava incomodando partiu para a Judéia onde posteriormente foi morto. Essa parte do livro de Mateus termina com um discurso eclesiológico. Jesus veio falar de relacionamento: o outro deve ser a alegria da gente, colocando a baixo a máxima do
filósofo Sartre que disse: “O inferno são os outros!” Essa parte eclesiológica fala sobre humildade, quando fala das crianças, para sermos como elas, e fala da solicitude, para cuidarmos delas. Depois fala da fraternidade. Deus nos dar a cada um, um dom, e depois, no final das contas, vamos prestar contas com Deus e ele vai nos questionar o que fizermos de bom com aquele dom que ele nos concebeu. Deus aposta na correção do homem; o problema é quando estamos com um problema com um irmão e visitamos todos os outros irmãos e não o irmão ímpio. Devemos nos conciliar e mostrar o caminho para a ovelha desgarrada, mas como diz Morfeu a Neo, no filme Matrix: “Eu só posso lhe mostrar a porta, mas é você que tem que abrir - lá.” Cada membro da comunidade merece uma atenção especial. O livro do advento próximo ao Reino dos Céus, do Evangelho Segundo Mateus, tem como significado alguém que
espera, mas também alguém que vai; que está destinado a ir. Imagine o corpo de Jesus sendo a Igreja e a cabeça é Jesus estando no Céu. No fim do mundo a cabeça e o corpo se encontrarão; a igreja estará indo para o Céu e Jesus estará vindo do Céu.
Na igreja cristã primitiva, como vemos no livro de Mateus, havia um rito de imposição das mãos nas crianças, da benção nas crianças. O discurso escatológico em Mateus, do capítulo 24 ao 25, está dividido em três partes: descrição, exortação e apresentação. A exortação é parenética, moral, prática, relativo à vigilância. Na bíblia Jesus diz que estará conosco até o fim do mundo, então quando se fala de
escatologia, evitaremos nos concentrar na condição de medo, e nos manteremos firmes na fé. A vida e a obra de Jesus é o fundamento da vida. Três dimensões são apresentadas no Evangelho Segundo Mateus: uma eclesiológica, como deve ser a igreja, missionária, e que deve ser direcionada aos pequeninos; outra dimensão cristológica, como Jesus sendo o messias esperado, até algo além disso, como na
passagem que Jesus entra em Jerusalém num jumentinho; na antiguidade era como os reis irem para a guerra a cavalo, mas em missão de paz os reis iam de jumentinho mesmo, e Jesus veio ao mundo em missão de paz, simbolizada na entrada dele em Jerusalém. Jesus é o legislador, profeta e sábio. Nesse evangelho fica claro o monoteísmo trinitário cristão; já havia esse esboço na comunidade de Mateus. Deus é um só que se revela em três pessoas. A terceira e última dimensão do Evangelho Segundo Mateus é a ética e fraternidade.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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O conceito de Justiça de Platão


O Conceito de Justiça de Platão

Platão quando escreveu seu livro, a República, já se encontrava na terceira idade, mas hoje esse livro continua mais atual do que nunca. Uma frase para resumir esse livro é: "Justiça é cada coisa no seu lugar", e uma palavra que resume esse livro é: "Justiça". Nesse livro Platão trabalha com a construção de uma cidade ideal, onde os guardiões dessa cidade têm que ser filósofos. Inclusive na academia de Platão que foi depois dirigida por seu sobrinho e durou 900 anos, considerada a primeira universidade do ocidente, dizia uma placa na frente: "Só entra aqui quem souber matemática". Para Platão primeiro tinha que saber conceitos básicos de geometria e matemática em geral para depois entrar no estudo da filosofia. A matemática, para Platão, está mais próxima da verdade do que a filosofia.
Mas voltando, no livro ele ainda fala das cinco formas de governo, partindo da ideal para a pior forma: Aristocracia, que é o governo do mais sábio, depois com a decadência desse governo vem a timocracia, que é um governo militar, mas não uma ditadura, onde se preza muito a honra e mais o autor do que o conteúdo e começa a entrar os males da humanidade, com a decadência da timocracia, vem a oligarquia, que é o governo de quem tem mais dinheiro, depois com a decadência da oligarquia vem a democracia, que é o governo da maioria. Para Platão a democracia só daria certo numa sociedade de sábios. Pois hoje, a maioria não sabe o que é melhor para si e nem para os outros. A democracia para Platão só estaria acima da tirania ou ditadura, que é o pior estado de governo que existe. Platão ainda fala do mito ou alegoria da caverna no capitulo VII, e no último capítulo fala da teoria da reencarnação. Mas voltando... a tríade Platônica é essa: do Bem, que é tudo que une, do Belo, que é tudo que eleva, e da justiça, que é cada coisa no seu lugar. Cada um exercendo sua função na vida de acordo com sua natureza, semelhante ao que acontecia na Índia Clássica no sistema de castas, mas hoje esse sistema de castas está em decadência na Índia, um sujeito que nasce numa casta morre nela e não migra para uma casta que está de acordo com sua natureza.
Para Platão, o belo é mais fácil de ser reconhecido do que o justo e o bom, pois veja bem: se entra alguém numa sala de aula justo, só de olhar, dar para saber se ele é justo ou não? Não né... se entra alguém na sala de aula bom, dar para saber só de olhar se ele é bom ou não? Não né... mas se entra uma bela moça na sala de aula, dar pra saber se ela é bela ou não? Sim, então o belo é mais fácil de se reconhecido do que o bem e o justo. Quando a justiça chega a um ponto se estar sendo muito detalhada, como é a constituição brasileira, significa que as coisas não vão bem ali. Por exemplo, se num hotel tem uma piscina com grade e ainda precisa de um aviso para não pular do 1º andar, bêbado, de madrugada, na piscina, se chegou a esse ponto de detalhamento, é por que aquele local vive uma espécie de caos, a grade não é suficiente para manter as regras. No mais, meu artigo termina aqui. Aguardo agora como vai ser sua interpretação, leitor.

autor: Victor da Silva Pinheiro


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eclesiologia – Aula 10

Eclesiologia – Aula 10

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.


A igreja é necessária? Se Jesus Cristo é necessário, a igreja é necessária. Todas as igrejas salvam por meio de Cristo. Jesus foi à luz antes de nascer, depois que nasceu, durante a vida e a cruz, e para todo o sempre. Todas as palavras que Jesus disse é verdade, pois todas as profecias sobre a vinda de um messias foram explícitas pela vida e obra de Jesus. Os olhos abrem quando reconhecermos Jesus como o messias.
A comunhão horizontal está ligada estritamente ao serviço. O Espírito Santo é o amor do Pai para com o Filho agindo na humanidade. Aonde tem pessoas trabalhando pelo bem, seja lá qual for à religião, está agindo o Espírito Santo. O lema do exército brasileiro é: “braço forte, mão amiga!” E o cristianismo prega algo parecido: uma ideologia da igreja forte e a comunidade amiga e fraterna. Comunhão quer dizer um grupo de pessoas cada um vivendo com seu próprio ofício. É até algo além disso, se assemelha ao conceito de Platão sobre justiça, que é cada coisa no seu lugar; cada um fazendo aquilo de acordo com sua natureza; semelhante ao sistema de castas na Índia Clássica e não da Índia atual onde um que nasce numa casta, morre nela e não vive numa casta segundo sua natureza. O Espírito Santo é o fogo e se aproximado do ferro, que é simbolizado pelo homem, o que acontece? O ferro se aquece e aquece o coração do homem. Ai está o segredo do aço tão buscado em certas épocas da antiguidade: agir o Espírito Santo no ferro, o calor divino agindo no eu humano e fazendo com que o homem não viva mais na empolgação, pois empolgação tem momentos de altos e baixos na personalidade do homem, mas é viver com entusiasmo, que etimologicamente quer dizer: “estar cheio de Deus”. Um viver sempre presente e altruísta. A comunhão vertical é o próprio agir do Espírito Santo na fraternidade. Formando uma corrente de mestres e discípulos, levando a humanidade para o alto. Ajudando a humanidade a sair da caverna da ignorância, do submundo dos pecados, e indo em direção a luz do sol, que a todos ilumina, o justo e o injusto. O sol simboliza a verdade, Jesus Cristo, que disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vem ao Pai senão por mim!” Estou fazendo uma clara alusão ao mito ou alegoria da caverna de Platão, que está escrito no capítulo VII do livro “A República” de Platão. Existem duas maneiras de sair da caverna da ignorância: uma maneira é a da sócio-política, que é um caminho mais longo e mais adaptável, é escolhido pela maioria da humanidade que escolhe trilhar o caminho da sabedoria, começando pelos idealistas, depois filósofos, depois pequenos mestres, depois vem as iniciações até chegar a iluminação, o que os budista chamam de nirvana e o cristianismo chama de Reino dos Céus. O outro caminho é mais rápido e reto, e exige mais força de vontade, é o caminho da flecha. Só uns poucos escolhidos conseguem percorrer esse caminho. O caminho da sócio-política se vive mais experiências, e a diferença é que muitas vezes temos que passar pela mesma experiência de novo, a experiência se apresenta com outros moldes, mas em essência é a mesma, e vem no nosso caminho até a gente aprender com ela, aquela especifica experiência. Já os poucos escolhidos do caminho da flecha, basta viver uma vez aquela específica experiência, ou até uma segunda vez, e pronto, já aprendeu e não perde mais tempo com experiências daquele tipo e evolui mais rápido, pois já sabe lidar com aquela específica experiência.
A igreja, por natureza, é comunhão. Por isso nós todos somos espírito, alma e corpo. O que quer dizer quando diz que Jesus está sentado a direita de Deus Pai? Quer dizer que lhe foi concebido os mesmos poderes de Deus Pai. E o Filho, por meio do Espírito Santo, do calor, do fogo divino, vai agindo na humanidade. Jesus é a mente pura em ação. Que agi por meio do Espírito Santo, vindo à força diretamente do Deus Pai, por meio do Filho. Está ai a constituição da santíssima trindade do cristianismo: Pai, Filho e Espírito Santo. O Espírito Santo me leva a comunhão com o Filho e esse fará a comunhão com o Pai. Repito: os caminhos para a cristandade é ter fé, estudar filosofia grega e teologia judaico-cristã, e servir de algum modo a comunidade; como diz São Tiago: “Fé sem obras é a morte!” Então, com relação à parte intelectual, da investigação, vemos o porquê agora que no seminário para se tornar sacerdote católico se estuda filosofia e teologia. A igreja é a comunhão com a vida divina, com um crescimento vertical. A conseqüência dessa comunhão com a vida divina é viver na luz e não nas trevas. E viver nas trevas é não reconhecer o irmão como o próximo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Bíblia e Moral – Aula 9

Bíblia e Moral – Aula 9

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

A cruz é o altar em que se renova a aliança com o sangue de Cristo. O sentido da
eucaristia é nos transformar para dentro, de dentro para fora, uma transformação interior. O corpo de Cristo é a eucaristia como também da igreja, nos estamos unidos entre todos os irmãos. A teologia do corpo é, somos parte de um todo. Se um braço vai mal, todo o corpo vai mal. A eucaristia nos abre a Deus e aos homens. O dom de Deus inicia-se na criação e manifesta-se nas diversas alianças feita entre Deus e o homem, como em Noé, Abraão, Moisés, Davi... até mostrar sua realização em Jesus, filho da casa de Davi. As nossas paixões e faculdades humanas em geral são feita de modo discursivo e mergulhado no materialismo. Em geral, a humanidade atual está mergulhada no materialismo. Mesmo no pecado, desde o antigo testamento, Deus continua fiel aos homens, criando religiões para trazer o homem de volta a luz. Religião vem do latim: “Relli + gare” que quer dizer: religar o homem a Deus.
O pecado não tem apenas uma dimensão pessoal, mas uma dimensão cósmica, que
envolve quem nos rodeia, quem convive com nós. Como diz no filme gladiador: “O que
fazemos em vida, ecoa por toda a eternidade!” As coisas são encadeadas. Quando pecamos, também ferimos a comunidade. O Pentateuco (ou a Toráh), não é fruto somente de uma corrente, de uma tradição, mas de uma colcha de retalhos, inclusive, Moisés que foi criado em meio dos egípcios, utiliza a antiga filosofia do antigo Egito. O rito do perdão dos pecados explícita que é uma iniciativa divina. A oração é um método que serve para nos aproximarmos de Deus. O castigo que Deus dar aos homens devido à queda no pecado, não é para sempre, Deus quer salvar toda a humanidade. Na pessoa e na obra de Jesus está a salvação dos nossos pecados; que sejamos imitadores de Cristo, e para isso, aconselho de novo o livro “Imitação de
Cristo” de Tomás Kempis. O sangue de Cristo, para nossa glória, nos redime dos pecados, basta só reconhecermos isso e praticar o cristianismo. O cordeiro do antigo testamento que era posto em sacrifício, no novo testamento se torna o próprio Jesus Cristo. Segundo o evangelista João, Jesus não veio ao mundo para julgar, mas para salvar. Tanto que a nome Jesus quer dizer: salvador. Reconhecer que somos pecadores é a primeira condição para sermos perdoados. E a segunda condição é não nos concentrar no pecado, mas na virtude e praticar o cristianismo. A nova circuncisão é nos circuncidarmos o coração, nos reafirmando na nova e eterna aliança pregada por Cristo. Onde houver um ser humano, esse deve ser destinado à
salvação de Deus, feito isso através da evangelização, mas não uma evangelização agressiva, mas estudar a cultura local e ver aonde tem sementes do verbo. Como o papa João Paulo II disse: “As religiões orientais, são sementes da verdade.” E eu digo que toda semente pode se tornar uma árvore grande e frutífera. O perdão de Deus vem de Cristo por meio da igreja. O cristão, como diz na bíblia, tem que ser como uma águia; a águia tem a visão aguçada, e temos que ter uma visão a longo prazo, ver longe, o eterno. A águia se alimenta de roedores e serpentes, animais do submundo, que simboliza nossos pecados e a roda da vida que devemos superar isso como a águia caça as suas presas: com velocidade. A águia é um animal alado, do ar, e devemos buscar as coisas do alto, para iniciar a transformação do ser. Temos que olhar o futuro com o pé no presente. O homem nunca pode se esquecer que vai morrer, mas não pode transformar isso numa obsessão e saber que assim como existe vida após o parto, existe vida após a morte. Como diz São Francisco de Assis: “E é morrendo que se vive para a vida eterna!” Podemos interpretar essa frase de modo literal ou uma segunda maneira que é da conversão, matando a vida profana, e iniciarmos uma nova vida, nascer de novo em espírito, e praticarmos o cristianismo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 16 de outubro de 2010

Mandela e a liderança



Mandela e a liderança


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra de uma filósofa de Brasília. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado, depois de termos visto o filme "Invictus".


Um líder surge quando tem uma necessidade de ordem, no caso de Mandela, a luta contra a segregação racial. Ele ganhava aquilo que achava justo, que é a luta da causa em si mesma. E são poucos hoje que lutam por ideais. Em 1918 ele nasce, mas já na juventude ele inicia sua luta no movimento estudantil, e ainda na juventude por correspondência, ele se forma em direito. Logo depois que divulga a carta da liberdade, foi preso e passou 27 anos na prisão. Em 1960 acontece um massacre no regime do apartheid que o impacta muito. Em 1962 ele viaja para a Argélia para treinamento militar e foi preso posteriormente por viajar ilegalmente e incentivar greves. Depois dos 27 anos é solto, e de 1994 a 1999 foi presidente da África do Sul. Depois do cargo ele se distancia da política, mas continua nas suas lutas, como a luta contra a AIDS. Ele foi agraciado com honrarias no mundo todo, chegando a ganhar o prêmio Nobel da paz. No filme o mostra livre e pedindo para as pessoas guardarem suas armas, e também mostra que ele perdoou aqueles que o maltrataram e que essa devia ser a conduta do povo sul-africano, e assim combater a segregação racial. Assim como Nelson Mandela era o líder do país, o capital do time de rugby devia ser o líder do seu time, devia o inspirar-los para ganhar a copa do mundo. Como diz no slogan do filme: “Eles pediram um líder, e ele lhes deu um campeão”.
Mostra no filme também que Mandela ver no rugby um “calculo humano” para ajudar a combater a segregação racial e unir o país. Em Mandela se ver a clara diferença entre autoritarismo e autoridade. Dizem que se você quer conhecer alguém, der poder a essa pessoa, pois bem, Mandela se mostrou um líder carismático e querido entre o povo e seus dirigentes. Autoritarismo seria mandar por mandar, de se mostrar insensível com o outro, e ter autoridade é não necessitar bater na mesa e dizer que tem autoridade, essas pessoas simplesmente tem autoridade. As pessoas com autoridade são seguidas por amor. Um bom exemplo de auto-estima é liderança recente foi o caso do resgate dos mineiros no Chile, o último mineiro fez questão de ser último a sair da mina caso acontecesse algo ruim. E mostrou auto-estima para os companheiros que refletiram essa autoestima depois de nítido desgaste com a situação. Um líder tem que ser líder de si mesmo, para saber liderar os outros: essa é a primeira condição para ser líder. As qualidades, dentre muitas, que podemos encontrar no líder Mandela é: amar os dirigentes; saber delegar os trabalhos aos dirigentes (o verdadeiro líder não faz tudo, mas aplica a justiça e faz com que cada um faça com o lhe foi dado por dever); Cortesia (no filme mostra um dos seguranças dizendo que para o presidente anterior ele era invisível, e para Mandela era o contrário); Sacrifício (a palavra sacrifício vem do latim, e no latim quer dizer: sacro-ofício, no filme mostra até ele desmaiando de tanto dar o sangue e suor no seu trabalho presidencial); Decisão; Autoridade; Bom senso, como saber dar o descanso; Não ter favoritismo, como ele mostrou ao escolher seus seguranças; e etc.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 9 – Mateus

Evangelhos Sinóticos – Aula 9 – Mateus

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Mais importante do que considerar o apóstolo Mateus o autor do evangelho que leva
seu nome, é considerar a palavra sagrada, dar valor ao conteúdo. A comunidade de Mateus que escreveu o evangelho era organizada e tinha convicção da autoridade de Pedro, e era uma comunidade apostólica. Só lembrando, depois da guerra judaica no ano de 70 d.C. os fariseus se reuniram numa assembléia e decidiram duas coisas: expulsar os cristãos das sinagogas, já que os cristãos foram omissos na guerra judaica, e fechar os livros sagrados do judaísmo. Fechar que eu digo é escolher uns livros e considerarem sagrados e não entrar mais nenhum livro nesse contexto.
O número 5 é referencial no evangelho de Mateus, que tem 5 discursos de Jesus, é
dividido em 5 partes, tirando a introdução e as considerações finais. Primeiramente vem a introdução com a infância de Jesus depois vem o primeiro livro que é a apresentação do Reino dos Céus, que começa com João Batista, que é o precursor. Toda a vida de Jesus foi para salvar a humanidade. Jesus ser batizado, sendo o divino que se fez homem, simboliza que todos nós devemos ser batizados. Jesus nos mostra que é possível viver sem pecado, por isso aconselho a leitura do livro “Imitação de Cristo” de Tomás Kempis. Tem ainda nessa parte a tentação no deserto que Jesus usa a espada, que simboliza a palavra de Deus. Depois da parte narrativa
vem a parte discursiva com o sermão da montanha. A montanha simboliza o santuário, a
consciência divina que ver as coisas do alto. O sermão da montanha é parenético, que vem de parenêse que quer dizer “moral concreta”. No segundo livro vem à pregação do Reino dos Céus, a parte narrativa são os dez milagres e depois vem o discurso aos apóstolos. No terceiro livro vem mistério do Reino do Céus, onde é finalizado com o discurso em parábolas. No quarto livro fala da Igreja, primícias do Reino dos Céus, encerrando com a parte eclesiológica. O quinto livro fala do advento próximo do Reino dos Céus, que é finalizado com um discurso escatológico. Depois vêm as considerações finais com relatos da paixão, morte e ressurreição
de Cristo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Tiririca: voto de protesto e/ou desilusão?


Tiririca: voto de protesto e/ou desilusão?

Tiririca é um palhaço, mas um palhaço honesto. Porém, o congresso não precisa de mais um palhaço, mas de homens sérios e honestos. O fato de Tiririca ter mais de 1 milhão de votos só perdendo para Enéas, na história de mais votado do país, mostra que o país não vai bem, mas não vai mesmo. Ver se um país se vai bem ou mal pela sua educação, e um povo muito bem educado não votaria esmagadoramente num palhaço. Ciro Gomes disse para o programa "É notícia" da rede tv que todos os melhores estão saindo do governo. Os melhores que são chamados, observam que é muito difícil combater o sistema e acha melhor sair e ver que quando a coisa está assim, é melhor que o sistema morra de uma vez para que nasça o novo. A semente só se tornará uma árvore grande e frutífera se morrer. Esse sistema político brasileira da democracia tem que morrer, pois a maioria não sabe o que é melhor para si nem para os outros. Platão chega a afirmar que uma democracia só daria certo numa sociedade de sábios, e a democracia grega era muito diferente da democracia atual. Então, qual o governo ideal? A aristocracia, o governo do mais sábio, segundo Platão descreve no seu livro "A República". E como chegar a essa forma de governo? Teríamos que ter um governo de transição, ai só depois chegar a essa forma de governo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eclesiologia – Aula 9

Eclesiologia – Aula 9

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia do bairro da Torre, cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil

A igreja é o corpo de Cristo. A igreja tem o desejo ardente de celebrar a ceia com seus discípulos. Quando Jesus morre a primeira coisa que os discípulos fazem é reconstituir os doze. Em Jesus, judeus e pagãos são um. Aquilo que Jesus fez de modo implícito, depois da ressurreição, se torna explícito. A primeira consciência da igreja é que é uma comunidade escatológica, a última comunidade dentro daquele contexto histórico. O dom do espírito santo e o carisma são complementares. O dom da cura é um serviço complementar. Cristo nos salvou, então nós, cristãos, somos criaturas novas. Deus dar as possibilidades de todos os seres humanos a serem
salvos, através de Cristo que diz na bíblia: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” A igreja é uma comunidade esperançosa. A igreja também é uma comunidade alternativa renovada em Cristo. Para ser cristão basta ter fé e fazer as obras. Todas as comunidades cristãs têm uma espera permanente do senhor Jesus. Jesus chega a dizer na bíblia que veio para resgatar as ovelhas desgarradas de Israel, dos judeus, mas durante todo o processo de evangelização de Jesus, e principalmente depois da ressurreição, Jesus não veio só para salvar os judeus, mas todo o mundo; isso me lembra uma frase de Buda, que diz o seguinte: “Eu só descansarei quando eu ver as costas do último homem indo em direção ao nirvana (iluminação).” Como o
papa João Paulo II diz: “As religiões orientais são sementes da verdade!” E eu digo que toda semente pode se tornar uma árvore grande e frutífera. Quando nós nos deixamos amar pelo Espírito Santo, o Reino de Deus vive em nós. A vida missionária só vai terminar quando a história terminar, isso vendo a história numa perspectiva finita, mesmo numa forma espiral, que segundo a teoria do eterno retorno de Nietzsche, quando termina uma espiral, surge outra, e tudo se torna a ser o que foi e só os escolhidos são capazes de criar o novo. Os escolhidos para Nietzsche seriam os super-homens. Nessa perspectiva de destruição e criação do universo é eterno e dentro de um só desse processo a vida é finita. Para ser o corpo de Cristo temos que ser como arquipélagos, para depois entrarmos numa pastoral orgânica, onde todos fazem parte de um só organismo vivo. Como diria o imperador-filósofo romano Marco Aurélio: “Tudo que é bom para a colméia é bom para a abelha, mas nem tudo que é bom para a abelha é bom para a colméia.” Quando participamos na eucaristia somos um com Cristo. No evangelho de Lucas vermos que a igreja é uma comunidade missionária.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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sábado, 9 de outubro de 2010

Tempo: aliado ou inimigo?


Tempo: aliado ou inimigo?


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


Iniciamos um texto com uma frase do filósofo Sêneca que diz que: “Nenhum vento é favorável se não se sabe ao qual porto quer chegar.” O tempo nas tradições antigas ora é vista como uma divindade, ora é visto como um carrasco que aprisiona. O tempo pode ser vista do seguinte ponto de vista: que é igual à vida, é finita, tem começo, meio e fim. Ou pode ser vista como algo eterno, muito além da nossa compreensão.
A maior parte dos seres humanos quer a felicidade. Nós não devemos querer desejar a felicidade, mas a sabedoria, e pelo desdobramento da vida sábia, surge à felicidade. É como Jesus prega: “Que quiser sua vida, a perderá, e quem perder sua vida, a achará!”. A felicidade está na luta, no aqui e agora, como diria os vikings: “Não é a derrota nem a vitória que nos pertence, mas sim a luta.” A felicidade está no meio, na caminhada. A sabedoria é dominar tudo que depende da pessoa e saber lidar com tudo que não depende da pessoa, isso é sabedoria. A felicidade é ficar contemplando de longe a felicidade e ter compromisso com a vida, quando assim, der repente, surge à felicidade.
Você confiaria num médico PHD em medicina que nunca operou ou num médico com dez anos de experiência cirúrgica? Você confiaria num piloto sortudo que nunca passou numa dificuldade ou um piloto azarado que sempre tá passando por dificuldades e sabe lidar com ela? Confiaria no azarado, pois tem mais experiências na dificuldade do que o sortudo, caso aconteça algo de ruim. Ayrton Senna, por exemplo, era um exímio piloto de corrida na chuva, pois sabia lidar com a dificuldade que dirigir na chuva, coisa que ele aprendeu na infância, com o kart.
O tempo inimigo é o tempo cronológico que tenta nos aprisionar. Porém, segundo Einstein, o tempo pode ser delatado ou comprimido. Como por exemplo, podemos citar o exemplo dos irmãos gêmeos, quando um viaja no espaço e outro permanece na Terra, o que permanece na Terra envelhece mais rápido.
O tempo/dimensão é dividido em quatro partes: físico, psicológico, mental e espiritual. O físico todos nós sabemos qual é, o psicológico está ligado às emoções, o mental ao pensamento e o espiritual é algo, além disso, a uma idéia, a consciência, ao mundo das idéias de Platão. Do ponto de vista mental a ampulheta do tempo só roda se aprendermos, se a consciência estiver presente no ponto de vista mental. O filósofo Cícero nos diz que se não estudarmos o passado dos nossos antepassados é permanecermos crianças para sempre. Na dimensão espiritual conta o que crescermos. O problema do tempo físico é quando nos apoiamos nele e não usamos ele como meio, mas como fim.
Uma velhinha bondosa pode ter mais sabedoria do que um PHD mau-caráter, pois o PHD mau-caráter pode usar esse conhecimento para o mal.
Eu posso pensar, mas para onde direcionar o pensamento parte do nosso lado espiritual. Se eu colocar o tempo como forma absoluta, ele nos aprisiona. Por exemplo, quando uma mulher chega aos trinta anos é criticada por não ter casado, por que o tempo em geral em que as mulheres casam são trinta anos. Porém, será que essa mulher está preparada para se casar? Para ter filhos?
Usando o tempo cronológico temos que construir nosso tempo de experiências. Uma máxima empresarial é que o cara mais atarefado da empresa é provavelmente aquele que vai lhe fazer um favor, uma tarefa empresarial com mais facilidade do que um cara que tem todo o tempo do mundo, mas sem compromisso nenhum com a vida.
A ferramenta para compreender o passado é a memória, para saber lidar com o passado e transformar em uma vivência, experiência, e não mais um peso para carregar na consciência. Já a ferramenta para dominar o presente é a atenção. Kayros, o Deus do tempo oportuno na mitologia grega era conhecido por que era careca com um topete, e ele passava ligeiro pelos lugares e talvez nunca mais voltasse para aquele lugar, então você tinha que estar preparado para agarrar a oportunidade de frente, segurando a oportunidade pelo topete. Temos que saber enfrentar a situação de frente, primeira condição é aceitar como você é e como as coisas são, para só assim, transformar, transmutar todos os valores como Nietzsche diz. Evitar os atos mecânicos da personalidade e as fantasias que é diferente de imaginação. E a ferramenta para saber lidar com o futuro é a imaginação. A imaginação que é conectada com a realidade diferente da fantasia que é qualquer coisa.
O homem decadente se entedia do presente, se arrepende do passado e fantasia o futuro. O homem verdadeiro pega o melhor do passado, vive o presente e antecipa o futuro. Para fazer isso o homem tem que ser livre, e ser livre não é fazer o que aparecer na mente, mas direcionar e respeitar as leis locais e universais. Por exemplo, você circula livremente no trânsito caso respeite as leis de trânsito. O ideal é estar vivendo no passado, presente e futuro, usando a memória, atenção e imaginação ao mesmo tempo. Isso se chama consciência. Você, leitor, pode ter passado os últimos anos procurando a consciência, mas a consciência passou a vida toda procurando você, esse presente texto é o cartão de vista da sua consciência para com você.
Com relação ao ócio, esse termo foi deturpado hoje em dia e se liga a isso a nada o que fazer, porém, para os gregos antigos, se o homem não estivesse em atividade, procurando o externo nas coisas, estaria quieto, procurando o ócio, o interior dentro dele mesmo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Evangelhos Sinóticos – Aula 8 – Mateus

Evangelhos Sinóticos – Aula 8 – Mateus

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O evangelho segundo Mateus tem a linguagem dos judeus, e é destinado,
principalmente, aos judeus. Primeiramente o evangelho foi transmitido de forma oral, depois foi escrito. Muitos estudiosos acreditam achar difícil que foi o apóstolo Mateus a ter escrito o evangelho. Mas foi um discípulo da comunidade de Mateus. O que não deixa de dar créditos a Mateus, já que foi inicialmente transmitido de forma oral. Quando o evangelho foi escrito, provavelmente, a comunidade de Mateus estava fora do alcance de Jerusalém, devido à diáspora. Os judeus fariseus expulsaram os judeu-cristãos das sinagogas. Acredita-se que
Mateus se influencia muito da Tanak, que é a bíblia hebraica: o livro da Torah, que os judeus creditam a Moisés ter escrito, inclusive quando Moisés morre, seu discípulo mais próximo termina-o de escrever, que é Josué; A Torah é os cinco primeiros livros da bíblia, o Pentateuco. Depois vem a Nebiim, que é os livros dos profetas, e depois vem a Ketubim, que é o escritos sapienciais, da sabedoria, como o salmos e provérbios. E assim fecha o a bíblia hebraica que foi
assim definida numa Assembléia de Jâmnia, anos depois da guerra judaica e inicio da diáspora. O evangelho segundo Mateus é o reflexo da Tanak. Por exemplo, a Torah, tem cinco livros, o livro dos salmos é dividido em cinco partes: Salmo 1 à 40(41 na bíblia hebraica), de 41(42 na bíblia hebraica) à 71(72 na bíblia hebraica), de 72(73 na bíblia hebraica) à 88(89 na bíblia hebraica), 89(90 na bíblia hebraica) à 105(106 na bíblia hebraica), 106(107 na bíblia hebraica) à 150. E o que marca o fim de cada parte dos salmos é a doxologia, sua palavra mais elevada. Só por curiosidade, o texto mais antigo da bíblia está no êxodo, capítulo 15, que é um cântico. Em Levítico, capítulo 26, versículo 34; Números, capítulo 36, versículo 13; Deuteronômio, capítulo 1, versículo 1; essas passagem fazem clara referência a Moisés ao qual os judeus creditam ter sido ele, Moisés, que escreveu a Torah, o Pentateuco. Do mesmo modo age Mateus com relação a Jesus, lhe fazendo referência de modo semelhante na Torah com relação a Moisés no capítulo 7, versículo 25; capítulo 11, versículo 1; capítulo 13, versículo 53; capítulo 19, versículo 1; capítulo 26, versículo 1. Mateus dividiu seu evangelho em cinco livros, enfocando principalmente os discursos de Jesus que são cinco no evangelho. O evangelho vai ser uma nova lei, uma nova profecia e uma nova sabedoria. Existe uma espécie de numerologia judaica que está na cabala, à doutrina esotérica do judaísmo, que se é visto em Mateus. Por exemplo, a genealogia de Jesus é dividida em três partes. São três as tentações que Cristo tem. Pedro nega Jesus três vezes. Há três aparições de anjos; sete são os pedidos na reza do Pai Nosso. Tem sete parábolas. O perdão é setenta vezes sete vezes, significando que deve ser quantas vezes for possível. Doze são os apóstolos assim como doze são as tribos que Moisés escolheu no deserto. São quartoze gerações, e os nomes também carregam uma numerologia, e no hebraico o quartoze se refere a Davi, e Jesus seria o novo Davi, e Davi está na genealogia de Jesus. Capítulo um a dois é uma introdução em Mateus, mas o primeiro livro vai do capítulo três ao sete e é considerado a promulgação do reino, que vai ter uma parte narrativa e discursiva. A narrativa são as primeiras manifestações publicas de Jesus. A discursiva é o sermão da montanha. O segundo livro vai do capítulo oito ao dez e é a pregação do reino. Tem uma parte narrativa que são os dez milagres e uma parte discursiva, que é o discurso missionário. Jesus é o novo legislador, o novo profeta, e o novo sábio. É essa a mensagem que Mateus quer passar. O terceiro livro vai do capítulo onze ao treze. Que é o mistério do reino. A parte narrativa é oposição que Jesus encontra, e a discursiva são as parábolas. O quarto livro é
o livro da igreja que vai do capítulo quatorze ao dezoito, A igreja, primícias do reino. A parte narrativa é a formação dos discípulos e a parte discursiva é comunitária ou eclesiológica. O quinto e último livro vai do capítulo dezenove ao vinte e cinco. É o advento do reino. A parte narrativa são as oposições e a parte discursiva vai ser escatológica. Do capítulo 26 ao 28 são as considerações finais ou conclusão. Nem sempre quer dizer que a ordem que aparece na bíblia quer dizer a ordem em que os livros foram escritos. Por exemplo, o livro do Êxodo foi escrito antes do Gênesis. Primeiro se reconhece o Deus libertador e depois chegamos à compreensão que ele foi nosso criador. Para finalizar, Moisés que na infância e juventude foi criado estudando a filosofia do antigo Egito, utilizou muito dela na Torah ou Pentateuco. E doze são as citações de Mateus falando que se cumpriram as profecias.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eclesiologia – Aula 8

Eclesiologia – Aula 8

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

A igreja é a unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Depois da criação a igreja esta presente na história de Israel. Deus quer que todos se salvem, por isso a igreja do Pai que foi revelado por Jesus Cristo. Jesus que faz uma nova aliança daquilo que foi feito no monte Sinai. Apesar de a salvação ser pessoal, ninguém se salva sozinho, por isso existe a corrente de mestres e discípulos. Como diz um ditado chinês, um bambu sozinho é fácil de ser quebrado, mas vários juntos são difíceis de serem quebrados. A união faz a força. O chamado dos doze apóstolos veio da vontade do Pai. E como Jesus disse: “Não vos fostes que me escolheste, mas
eu vos escolhi”. Deus não escolhe os capacitados, mas capacitam os escolhidos. E o escolhido é aquele que se escolhe para trilhar o caminho pedregoso da sabedoria.
Quando Jesus nasceu, nasceu a luz das nações. Simbolizado pela estrela de Belém.
Vista pelos três reis magos. O verdadeiro templo é Jesus Cristo. Por que Jesus escolheu os doze apóstolos? Para estar com ele e depois fazer o que ele fez, ser imitadores de Cristo. A igreja é uma comunidade escatológica. O doze é o quatro multiplicado pelo três. A trindade é a unidade, e o quatro é a pluralidade. Já que o três é o desdobramento do um, e as três pessoas da santíssima trindade representam um só ser, portanto, a unidade. O povo de Israel é uma antecipação do que Deus quer para todos. E isso se reafirma com a vinda de Cristo e os doze
apóstolos simbolizam que só uma parte desse povo de Israel compreende isso.
A estrela de Belém que surge quando Jesus nasce, simboliza que Jesus não é só uma
luz para os judeus, mas para todo o mundo. Deus dar a cada um as condições para se salvar, basta acordarmos para a sabedoria e nos libertar das correntes da ignorância. O ponto forte da vida de Cristo é a última ceia. Jesus queria que os doze apóstolos na última ceia desse continuidade ao que Jesus fez.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Bíblia e Moral – Aula 8

Bíblia e Moral – Aula 8

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

Praticamente todos os livros do Novo Testamento fazem referência ao Antigo
Testamento. O Apocalipse é escrito para encorajar, em que Deus vence no final. No capítulo 9 de Hebreus fala que essa aliança do Antigo Testamento que era figurativa passa a ser uma nova aliança com a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A antiga aliança foi uma preparação para a nova aliança exposta no Novo Testamento. Jesus Cristo nos apresentou a porta do céu, um caminho até ela, e um guia: ele mesmo. A fé é a certeza de coisas que a gente não ver, no invisível, é a primeira condição na caminhada: a devoção. Depois a segunda condição é a esperança, que é o desdobramento da fé. E a terceira e última condição são as obras. Temos eterna gratidão a Deus por ternos dado os dons através de Moisés, os profetas do antigo testamento, e com a vida de Jesus. Que pelo seu sangue fez-se unirmos com o Pai
Celeste. Reconhecendo isso, fazemos de nossas vidas um serviço. Estamos aqui para servir, e não ser servido, como Cristo prega. O significado da Cruz é esse: a parte vertical simboliza nossa reconciliação com Deus, e a parte horizontal, a reconciliação entre nós. A maioria dos estudiosos acredita que foi João Evangelista que escreveu o Apocalipse preso na ilha de Patmos, na Grécia. Numa época de muita perseguição aos cristãos. Nesse livro encontra-se muito simbolismo, como, por exemplo, a Mulher que se fala é a igreja, e “nós somos templos de Deus” como diz na bíblia. O número 666, traduzindo e fazendo relação à língua grega da época, significa Nero, o imperador daquela época que perseguia os cristãos. Nesse livro encontra-se o simbolismo antropomórfico, cromático, de animais e outros. A bíblia ainda fala dos três deveres cristãos: oração, o testemunho e o profetismo. A partir do momento que somos batizados, temos a condição profética que está escondida na maioria dos cristãos. Somos sacerdotes, profetas e reis. Mas não o mesmo sacerdócio de padres e pastores. O profetismo se estende além das palavras, como nos gestos e atitudes. Somos reis na condição de governar o mundo de um modo serviçal, em que “o mestre se torna servo, e o servo se torna mestre”, como prega Jesus.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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domingo, 3 de outubro de 2010

Parábolas budistas: um tesouro a desvelar!


Parábolas budistas: um tesouro a desvelar!


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


Siddhartha Gautama, o Buda, nasceu provavelmente 563 a.C. no pequeno reino dos Sakyas, na fronteira do Nepal com a Índia, filho do rei Rajá Suddhodana e da rainha Maya. Antes dele nascer sua manhã sonhou com um elefante branco roçando seu ventre com a tromba. O elefante na Índia é símbolo da sabedoria, pois tem boca pequena e orelhas grandes pois mais ouve do que fala, tem o peso da sabedoria e a leveza de deixar um formigueiro passar. E ao rugido da matriarca, todo o bando de elefantes a segue, como ovelhas seguindo um pastor. Os sábios da época então deduziram que a mãe de Buda ou geraria um grande sacerdote ou um grande rei. Seu pai, preocupado com a vocação de sacerdote construiu o palácio onde não havia a morte, velhice ou doença, um palácio de total prazer e felicidade suprema para Buda escolher ser rei e não sacerdote. Educado até aos 7 anos por sua tia materna, pois sua mãe faleceu após 7 dias do seu nascimento. Recebeu educação tradicional a todos os príncipes indianos: a arte da guerra e os estudos religiosos e filosóficos. Casou aos 16 anos com Yashodara com quem teve um filho chamado Rahula, que por sinal, depois, se tornou discípulo de Buda. Buda morre aos 80 anos.
Após 29 anos, atormentado pelo enigma da existência, abandonou sua vida no palácio e toda a riqueza que o cercava e tornou-se um eremita radical, sannyasin, monge peregrino. Esta decisão após o encontro com um velho decrépito (velhice), um homem doente (debilidade); um ritual funerário e a pira (morte). Depois de 6 anos vivendo na miséria como asceta, ele ver num barco no rio um mestre ensinando a seu discípulo como afinar o instrumento musical que era da seguinte forma: se esticar muito a corda ela arrebenta, se folgar muito, não afina. Então Siddhartha Gautama ver que devia sair dos extremos, e encontrar o caminho do meio e deixou de ser asceta e voltou a ter uma vida normal. Depois de alguns dias meditando, chegou à iluminação ou o chamado estado de Buda, que segundo o livro dhammapada: “Buda é o estado espiritual que qualquer homem puro pode chegar, isto é, atingir uma consciência plena de um Buda ou de um Cristo, literalmente significa “Iluminado”.” Depois de atingir esse estado, ele revela as quatro nobres verdades: A existência do sofrimento, as causas do sofrimento, a cessação do sofrimento, o caminho da cessação do sofrimento.
Que é sofrimento? A própria vida é o sofrimento. Nascimento, trabalho, separação, velhice, morte, nisso se resume a nossa vida e tudo isso provoca sofrimento
De onde vem o sofrimento? Vem da ânsia de viver, do apego às coisas, da ambição, do ódio e da cegueira. Tudo isso leva a uma reencarnação após outra.
Como pode o sofrimento ser superado? Desfazendo-se do desejo. Só assim se consegue impedir os ciclos dos nascimentos. Qual a via para se chegar a isso?
A via média da razão: sem ir atrás nem do prazer nem da autopunição. O Nobre Óctuplo Caminho que conduz ao Nirvana. O Nobre óctuplo caminho é dividido em três partes:
- Conduta Ética: Reta Ação, Retas Palavras, Reto Meio de Vida.
-Disciplina Mental: Reto Esforço, Reta Atenção, Reta Concentração.
-Sabedoria: Retas Opiniões, Retas Intenções.

Linhas do Budismo

- Theravada
(Hinayana)
É escola muito voltada à prática; natureza pouco devocional e despojada de ritos
complexos. Linha a mais próxima ao discurso de Buddha. (38% do budistas do mundo praticam essa linha) Países em que mais se pratica: Sri Lanca, Laos, Biirmânia, Camboja, Tailândia

-Mahayana
Linha que desenvolveu toda uma mística sagrada de natureza eminentemente
devocional, onde um grande número de Buddhas e Bodhisattvas, todos de natureza mítica sagrada, vieram a compor estas linhas. Maioria dos budistas praticam essa linha, chegando a 58%. Escola do Lótus - é a Escola Devocional de Terra Pura e a Escola dos Mistérios, uma forma Chinesa do Buddhismo Tântrico. Escola Ch'an - Ou Zen, é a mais destacada das escolas chinesas.

-Vajrayana
Veículo de Diamante
(Veículo do Tantra)
Mais praticada na Ásia Central, Tibet, Nepal, Butão, Mongólia, China e Japão
As principais escolas: Nyingma, Kagyü, Sakya e Gelug (liderada pelo Dalai Lama), só cerca 6% da população de budistas praticam essa linha. O Dhammapada foi o livro sagrado que Buda deixou para nós, vamos nos deliciar:

IV- As Flores da Vida
Como a abelha toma o néctar da flor e deixa-a, sem danificar sua beleza e perfume, assim o sábio se encaminha nesta vida.

VI- O Sábio
Assim como uma montanha não é sacudida pelos ventos, o sábio não é agitado por elogio ou censura.

XI- Velhice
Se um homem não procura aprender, torna-se velho tal como um boi!
Aumenta de peso, envelhece, porém, não cresce em sabedoria.

Agora vamos interpretar duas parábolas budistas:

Tigelas

Certa vez um discípulo perguntou ao mestre Joshu:
- Mestre, por favor, o que é o Satori (iluminação para os japoneses)?
Joshu respondeu-lhe:
- Terminaste a refeição?
- É claro, mestre, terminei.
- Então, vai lavar tuas tigelas!

Significado: A iluminação é você fazer o que tem que ser feito.

Trabalhando Duro

Um discípulo foi ao seu mestre e disse fervorosamente:
“Eu estou ansioso para entender seus ensinamentos e atingir a iluminação! Quanto tempo vai demorar para eu obter este prêmio e dominar este conhecimento?”
A resposta do mestre foi casual:
“Uns dez anos...”
Impacientemente, o estudante completou:
“Mas eu quero entender todos os segredos mais rápido do que isto! Vou trabalhar duro! Vou praticar todo o dia, estudar e decorar todos os sutras, farei isso dez ou mais horas por dia!! Neste caso, em quanto tempo chegarei ao objetivo?”
O mestre pensou um pouco e disse suavemente:
“Vinte anos.”

Significado: a pessoa ansiosa, tensa vai perder mais tempo, o rio não se apressa.

Os budistas ainda dividem o mundo em dois:
Mundo superior: dos deuses, semi-deuses e humanos
Mundo inferior: do inferno, das pessoas infernais e animais

Autor: Victor da Silva Pinheiro