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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Como reconhecer sua vocação


Como reconhecer sua vocação


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


A primeira idéia quando a gente fala de vocação é trabalho. E inicialmente, sobre o termo “vocação”, tem-se uma idéia positiva, mas também as pessoas têm idéias negativas com relação ao termo “trabalho”. Como se o trabalho fosse um mal necessário. Porém, nós filósofos, sabemos que o trabalho nos ajuda a encontrar o equilíbrio na vida, mas nossa vida não deve ser só trabalho, mas também temos que nos dedicar a família, amor, amigos... e etc. Hoje as pessoas querem trabalhar menos e ganhar mais.
Geralmente, quando sentimos uma tristeza na tarde de domingo, possivelmente pode vim a ser um sentido do inconsciente coletivo, que sabe que no dia seguinte, na segunda-feira, vai voltar ao sofrido trabalho, que algumas vezes nem é sofrido assim como as pessoas exageram, porém, se torna sofrido por que não estamos fazendo aquilo que amamos fazer. Muitas pessoas têm uma idéia de adiar a felicidade deixando para quando se aposentar. Porém, o filósofo Sêneca diz: “Quem lhe deu um atestado de vida longa?” Devemos nos concentrar no hoje e não fantasiar nossa aposentadoria. O homem de hoje, mergulhado no materialismo, se arrepende do passado, está entediado no presente e fantasia o futuro. Outras vezes nos enchemos de trabalho e acabamos não encontrando sentido em nenhum desses trabalhos que nos propusemos a se ocupar.
Primeiramente, temos que saber escolher nosso trabalho, para o trabalho lhe dar certo sentido de vida. Etimologicamente a palavra vocação vem do latim ”vocatio”, que quer dizer chamado, que o destino está lhe chamando para fazer alguma coisa de grande valor. Vem do alto o chamado, e esse chamado pode vim com ruídos, e temos que saber escolher dentre, para fazer aquilo que nos cabe fazer. Não devemos fazer as coisas por dinheiro. Pois quando fazemos por merecer nosso trabalho, o dinheiro vem como conseqüência, e aquele suado dinheiro que você recebe no final do mês, se torna algo de simbólico, de nem tanto valor assim material, mas de valor moral, pois você recebeu o salário por que está dançando com o universo e fazendo seu trabalho e as pessoas em volta do ambiente de trabalho estão agindo de acordo com a Lei e com o conceito de justiça de Platão que é: cada coisa no seu lugar. Outro ruído é o status, de procurar trabalhar por vaidade, por ter uma posição social na sociedade. Outro ruído é a pressão familiar, às vezes os pais não se realizam e querem se realizar através dos filhos, impondo um trabalho que pode não ser a vocação do filho. Uma válvula de escape pode ser os hobbies, que paralelamente praticamos uma atividade paralela ao nosso trabalho e acabamos encontrando nossa vocação nos hobbies. Para saber escolher dentre, temos que ter mais educação formativa, porém, hoje vemos mais educação informativa. Educação vem de induzir, que é tirar de dentro, trazer a tona o fogo espiritual.
Para escolher um trabalho por vocação temos que fazer 3 perguntas básicas: Do que eu gosto? O que eu quero? Como fazer o bem através de um trabalho? Um exemplo de um homem realizado que enfrentou várias dificuldades, como a dificuldade de falar em público, foi Demóstenes. Ele contratou um ator, colocou vários espelhos numa caverna e por um tempo morou lá e raspou a cabeça pela metade para ter vergonha de sair em público e continuar aprendendo a arte da oratória na caverna. Até que chegou a certo ponto que ele se tornou um grande orador de Atenas. Não sei bem essa informação que vou lhe dar agora, mas se ele tinha vergonha de falar em público, pois essas pessoas são muito vaidosas, pois tem medo da opinião do público, ele pode ter raspado a cabeça pela metade para sair nas ruas e não ter vergonha do público, e assim perder a vergonha de falar em público. Mas voltando... Os discursos mais famosos de Demóstenes foram discurso para elevar a auto-estima dos atenienses para se defender contra a ofensiva macedônica. Os atenienses perderam a guerra, mas os atenienses não esqueceram os discursos de Demóstenes e o colocaram num posto de alto escalão dos grandes oradores gregos. Demóstenes enfatizava nesses discursos para os gregos não esquecerem quem eles são.
Para encontra nossa vocação, podemos usar várias ferramentas, como a astrologia, os testes vocacionais, mas a maior escola é a vida. Geralmente o trabalho voluntário é uma boa ferramenta para você se conhecer, por que quem faz trabalho voluntário gosta do que está fazendo, e por isso acaba-se por se tornar uma boa escola e ajuda a conhecemo-nos a nós mesmo. A filosofia é uma boa ferramenta.
Platão diz que numa tomada de decisão dos sábios sobre quem vão governar, eles, os sábios, ficam empurrando a responsabilidade um para o outro. Pois eles sabem que é muita responsabilidade, por exemplo, dirigir uma nação. Mas por misericórdia ao povo de tal país, os sábios chegando à conclusão que eles realmente são as melhores opções para governa; eles aceitam esse novo desafio. Pois para governar os outros, nós temos que governar a si mesmo, e os sábios é o que estão mais próximo dessa idéia de governar a si mesmo. Uma cena interessante que lembro agora é do filme “Gladiador”, em que o imperador filósofo Marco Aurélio pede para o general romano Máximos ser seu sucessor em Roma, e Máximos diz: “De todo coração, não aceito essa proposta!” E Marco Aurélio diz: “É por isso que tem que ser você!” Máximos sabia como era complexo governar o império tão rico e grande como era o Império Romano.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



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