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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eclesiologia – Aula 11

Eclesiologia – Aula 11

Escola de Teologia Discípulos Missionários da igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O Espírito Santo me faz lembrar do que Jesus disse. E a igreja é aquela que vive essa memória. A comunhão entre Cristo é vertical, e entre nós, é horizontal. Obra do Espírito Santo. O Espírito Santo é comunhão. O que é a igreja? Comunhão. A comunhão com Deus infalivelmente implica a comunhão entre nós. Isso está explicito em dois mandamentos que resume toda a Lei: “Amarás o Senhor teu Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo!” O amor em profundidade vem de Deus, em extensão, vem da comunidade. Não existe comunhão entre homens (horizontal) se não vem de Deus (vertical). A comunhão teológica é vertical, a horizontal é a eclesial. E essas duas comunhões são inseparáveis. Se eu reconheço o próximo como irmão, eu vivo na luz, uma luz interior. Sacramento é um sinal visível de uma realidade invisível do Espírito Santo. A igreja é um sacramento. E tudo é trinitário. Nos vivemos num tempo escatológico esperando que o sol nasça e esse sol é Jesus. Cristo continua agindo no mundo por meio do espírito na igreja. Onde está o espírito? O espírito repousa em Cristo. Por que Jesus foi no deserto? Nas sinagogas? Pois foi enviado pelo Espírito Santo. Tem duas interpretações para a passagem de Jesus no deserto e a de João pregando no deserto. O deserto é um lugar árido, praticamente sem vida, e assim estava o povo e o judaísmo na época de Jesus, necessitando de pastores; e Jesus foi o pastor maior, sendo que João Batista veio preparar o caminho, como um desbravador que abre caminho para implantar a civilização numa cultura arcaica, pois existiam várias vertentes do judaísmo em decadência, como a dos fariseus e sauduceus. Já Jesus sendo tentado no deserto simboliza que o deserto é um lugar onde não tem nada, e no deserto não há as distrações do mundo, é onde o ser se encontra com o eu interior, consigo mesmo.
O Evangelho de Marcos é considerado como o leão dos evangelhos, pois a primeira passagem do evangelho é João Batista pregando no deserto e diz assim: “Uma voz clama no deserto”, que é a voz de João Batista que simboliza um leão solitário no deserto rugido. E o leão é o rei da selva; por isso Jesus disse que não houve homem maior do que João Batista na Terra, mas no Reino dos Céus, o maior na Terra se torna o menor. O Evangelho de Marcos tem a nobreza de um leão. O Evangelho de Mateus, que era considerado o repórter dos apóstolos, é simbolizado pelo homem alado. O Evangelho de Lucas é forte como um touro, mas uma força interior, oculta. E o filosófico Evangelho de João Evangelista é a águia com seu olhar penetrante, que ver longe, um evangelho visionário, que se propaga no mundo com a velocidade da águia ao caçar serpentes (que simbolizam a roda da vida) e roedores (animais do submundo que simbolizam o pecado).
O Espírito Santo anda a ritmo de cada um. Jesus quando sobe aos Céus deixa no mundo para continuar fazendo suas obras os discípulos que agem por meio do Espírito Santo. Ainda hoje há comunidade age por meio do Espírito Santo e continuará agindo. O evangelho se espalha por força do Espírito Santo, mas quem prega são os mestres e discípulos. Temos sempre a colaboração entre o divino e o humano. A tradição não é uma coisa estática, mas dinâmica. A tradição não muda em essência, mas muda em forma, por que a cultura muda e é especifica em cada parte do mundo. O Espírito Santo configura Cristo a partir de nossa cultura.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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