A Filosofia dos Cavaleiros do Zodíaco
Esse texto são
anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de um filósofo. São
palavras dele e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado, depois
de termos assistido um dos filmes da série animada "Cavaleiros do
Zodíaco".
As histórias de
alguns animes, lendas, contos de fada, são como desdobramento de alguns mitos.
Por que podemos dialogar sobre os animes? Por que estão relacionados ao mito.
Por que devemos falar dos mitos? Por que estão relacionados aos seres humanos.
Como eu faço para entender o simbolismo do mito? Relacionando com a nossa
própria vida, por que as coisas não são feitas ao acaso. Como disse Albert
Einstein: “Deus não joga dados!” Quando a gente lembra do motivo pelos que
estamos lutando, a gente ganha força, que no caso dos cavaleiros do zodíaco
acontece quando se lembram de Atena, a Deusa da Justiça.
Existem 88
constelações e são 88 cavaleiros, cada um desses relacionados com uma
constelação: princípio da correspondência. Devemos assimilar as coisas, não
adianta ter muita informação e não assimilar as coisas. Não adianta ler 50
bulas de remédios sem tomar um dos remédios correspondentes. Só vamos nos curar
quando tomar o remédio, quando assimilar as coisas. O macro está no micro. A
partir de uma célula do ser humano podemos criar outro igual: é a clonagem
humana. O macro e o micro são uma coisa só. Se entendermos o mundo do micro
cosmos do homem, entenderemos o macro cosmos do universo.
O mau entendimento do estudo dos
astros diz que eles, os astros, determinam as nossas ações, mas não determinam,
apenas influenciam. Dentre os cavaleiros existe uma hierarquia de poder:
bronze, prata, e ouro. O bronze tem seu valor, mas ainda não é o ouro. É o
chamado falso ouro, que age por motivações do eu inferior. Porém, nos
cavaleiros do zodíaco, os principais personagens são de bronze, mas com o
coração de ouro. Os homens de prata, segundo Platão, são generosos. E os homens
de ouro são os sábios. Essa hierarquia fala um pouco da saga humana:
inicialmente egoísta (o tempo todo procurando as resposta fora do homem), que
são os homens de bronze; depois vem a generosidade, que são os homens de prata;
e por fim o sábio, quando encontra o ouro dentro de si. Como os cavaleiros de
bronze inicialmente procuram as respostas mais fora de si, são mais aventureiros,
e todo homem e mulher inicialmente começam na saga de bronze. Depois passa para
a de prata, e depois para a de ouro. A natureza humana não dar saltos. O bom
exemplo do início da natureza dos cavaleiros de bronze é quando na saga das
doze casas, eles lutam por familiares, como no caso de Seya, e lutam pela
armadura de ouro de sagitário. Depois a prata e o ouro vai as poucos despertar
no coração dos cavaleiros de bronze, chegando a despertar o sétimo sentido,
próprio dos cavaleiros de ouro.
É uma saga que
fala do crescimento humano. Onde os meninos inicialmente egoístas encontram
Atena: Deusa símbolo da sabedoria, justiça e guerra inteligente; e passam a
lutar por ela. Para salvar Atena eles viveram muitas sagas, lutando contra os
cavaleiros negros, Ares, Hilda de Polares, Posseidon, Hades, Artêmis e Apolo.
Na natureza não existe amigos ou inimigos, mas sim instrutores. As coisas não
são boas e não são más em si, mas o uso que fazermos dela as torna boas ou más.
Uma faca pode ser usada para ajudar a cozinhar e fazer nossa alimentação, ou
pode ser usada para matar alguém. Dentre essas tradições, os Deuses são forças
da natureza, representações disso. Às vezes temos que enfrentar o Hades, nossas
trevas interiores, encontrar alguma resposta na descida ao submundo. Posseidon,
o Deus dos mares e oceanos, representa o inconsciente com toda a sua força
simbolizada pelo tridente. Ares, por exemplo, simboliza a guerra e só a guerra
para vencer alguns vícios como a preguiça. Nestas batalhas os cavaleiros terão
que expandir os seus cosmos: consciência, expandir a consciência. A obra fala
do despertar de 7 sentidos. E chegando ao sétimo sentido, podemos chegar ao
oitavo sentido e descer ao submundo sem estar morto, e depois chegar ao nono
sentido, que é chegar ao cosmo supremo. Atualmente temos 5 sentidos, e estamos
desenvolvendo atualmente o quinto sentido: o olfato. Algumas pouquíssimas
pessoas conseguem em algum momento chegar ao sexto sentido, que é a intuição ou
clarividência emocional. E mais raramente chegasse ao sétimo sentido, que é à
vontade ou clarividência mental. Um exemplo de quem chega ao sétimo sentido são
os avatares, que na tradição hindu são encarnações da divindade como Jesus
Cristo, Buda, Lao Tsé, Confúcio, Hermes Trismegisto, Apolônio de Tiana, Orfeu,
Noé, Zaratustra, Moisés, Maomé, Krishna e outros.
A base do anime
é a astrologia, e na antiguidade a astrologia era uma ciência, diferente de
hoje. Na antiguidade a astrologia estudava o por que, ficava mais no campo da
psicologia, e a astronomia estudava o como, as leis, ficava mais no campo da
matemática. Ambas, astrologia e astronomia, na antiguidade, eram estudadas
juntas, como disciplinas complementares. A ronda de animais, os 12 signos do
zodíaco, cada casa zodiacal tem algo a nos ensinar. Quando se consegue aprender
100% de cada uma das 12 casas zodiacais, essa pessoa vai ao centro da
circunferência, vai perceber a origem das coisas, chega à compreensão do todo.
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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