div style="border:1px solid #ccc;padding:10px 4px 3px 4px;text-align:center;background-color:#efefef;">

quinta-feira, 10 de março de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 6

Atos dos Apóstolos – Aula 6

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

Um fato marcante no livro Atos dos Apóstolos é o crescimento da igreja que o autor Lucas enfoca nas seguintes passagens: capítulo 6, versículo 1 ao 17; capítulo 2, versículo 41; capítulo 2, versículo 47; capítulo 4, versículo 4; capítulo 5, versículo 14; capítulo 9, versículo 31; capítulo 11, versículo 21; capítulo 11, versículo 24; capítulo 16, versículo 5;
Vemos nos Atos, com o crescimento quantitativo da igreja, a formação de novos papéis. Temos como foco, centro, que são os 12 apóstolos, e seus escolhidos, os anciões ou presbíteros. E daí vão surgindo os diáconos, mestres, evangelizadores, missionários, e etc. E assim surge a necessidade de delegar funções para melhor organizar a nova igreja. Ser Papa é uma função, já ser bispo é um sacramento. Só que o Papa também é bispo, no caso de Roma, sede da Igreja Católica Apostólica Romana. O diferencial do Papa é que ele é escolhido como embaixador de Jesus na Terra. Os bispos de hoje são espécie de apóstolos.
Segundo o último censo do Brasil, o Brasil tinha cerca de 70% de católicos apostólicos romanos, mas se esses 70%, em sua totalidade, fosse católico de carteirinha, de raiz, o Brasil seria um país diferente. Por exemplo, vive-se o evangelho inclusive se harmonizando com o meio ambiente, jogando a latinha de refrigerante no lixo, nas pequenas coisas, como nas grandes coisas, como na caridade. Se bem que o povo brasileiro é muito devoto a caridade e os pobres no Brasil se ajudam, eu convivi em favela e sei como é a coisa por dentro. Então, uma das primeiras coisas que surge depois da ressurreição de Cristo, é o crescimento quantitativo da nova igreja de Cristo, os novos convertidos que são de milhares e abrangem cristãos helênicos (ou cristãos gregos) e os judeus cristãos. Essa, digamos assim, suave rivalidade surge desde a igreja primitiva, entre os povos que são mais abertos a novas idéias, no caso os gregos, e os mais ortodoxos, no caso os judeus cristãos. Os judeus cristãos de raiz, falava aramaico, liam as escrituras sagradas em hebraico, iam ao templo, tinha a Lei dada a Moisés como pedra fundamental. Já os gentios, pagãos, gregos ou helênicos convertidos ao cristianismo, tinham a mente mais aberta e não seguia algumas tradições do judaísmo, como a circuncisão carnal, pois eles se consideravam circuncidados pelo coração e isso para eles já bastava. Mas eles também tinham suas sinagogas. Essa comunidade era formada também principalmente por judeus que se espalharam pelo mundo, e tiveram que aprender a língua grega, que na época, até mais que o latim, era a língua universal. Como o inglês é hoje no mundo. E o Novo Testamento que conhecemos hoje foi traduzida do grego, assim como 7 livros do Antigo Testamento. Os outros livros do Antigo Testamento foram traduzidos do hebraico.
Nas sinagogas, tinham o “Quppah”, que eram cestas dos pobres que os judeus davam aos pobres, eles também davam pratos dos pobres para um maior alcance de pessoas. Era a caridade que os judeus praticavam que era administrada pelos fariseus. E assim, a comunidade cristã vai se organizando de forma semelhante aos judeus. Mesmo Jesus resolvendo a questão dos pagãos no evangelho, reconhecendo a fé de uma pagã e realizando uma cura, existia uma certa rivalidade entre judeus cristãos e cristão helênicos (ou gregos). Essa rivalidade que não chega a ser ruim assim, pois na tensão se gera energia e até os dias atuais ainda existe essa rivalidade sendo os cristãos helênicos sendo representados pelos mais liberais da igreja, e os judeus cristãos pelos mais fechados, ortodoxos. Então, na época do cristianismo primitivo, na época que se passou o Atos dos Apóstolos, as viúvas da outra parte ficaram sem receber o cesto dos pobres, a caridade. E assim sendo os 12 apóstolos (note que o 12 é simbolizado o número dos judeus), escolhem 7 discípulos para fazer esse serviço de caridade (note que 7 é o número típico dos pagãos). Num tempo depois, outros foram escolhidos para delegar outras funções, como a pregação e a liturgia. Desses 7 discípulos iniciais, se destacam 2: Estevão e Filipe, esse último aparece até realizando um batismo. Jerusalém nessa época era considerada a capital dos judeus cristãos, com o bispo Tiago (não o apóstolo) e Pedro a sua frente; e Antioquia como a capital dos cristãos helênicos, com Paulo e Barnabé a frente. Vemos 3 eixos de evangelização que vemos até hoje em dia: palavra, liturgia e caridade. Por causa do batismo, somos profetas (estamos destinados a pronunciar a palavra), somos sacerdote (anunciar a liturgia), e ligado ao serviço, mais a caridade, somos também pastores e reis (ordenados a governar o mundo). Tanto que os evangelhos dizem para pregarmos a palavra de Jesus Cristo a toda criatura até aos confins da Terra.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

WWW.recantodasletras.com.br/autores/victorgeo10
WWW.victorgeo10.blogspot.com
WWW.myspace.com/victorgeo10
WWW.twitter.com/victorgeo10
WWW.fotolog.com.br/victorgeo10

Nenhum comentário:

Postar um comentário