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quinta-feira, 3 de março de 2011

Atos dos Apóstolos - Aula 5

Atos dos Apóstolos - Aula 5

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O Espírito Santo é o grande protagonista do livro Atos dos Apóstolos. Todo texto da bíblia tem uma roupagem e uma mensagem. A roupagem é a organização, a estrutura, mas o mais importante é a mensagem, o conteúdo. Aliais, isso serve para qualquer texto. Em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículo 14 ao 36, ver-se um contexto alegre, a moldura desta passagem é solene, com Pedro a frente dos apóstolos, liderando. O gênero literário é discursivo. Os personagens são Pedro, os 11 apóstolos, e toda a multidão presente. O contexto explica o fenômeno, mostrando o cumprimento da promessa, ela se baseia nas sagradas escrituras.
Agora, uma pause para a seguinte pergunta, antes de adentrarmos na Paixão de Pedro, comparando-a de Jesus: Jesus estava predestinado a morrer? A resposta é a seguinte: Deus não queria que Jesus morresse, mas mesmo morrendo Deus fez dele a sua morada, a sua vontade. Agora voltando ao discurso de Pedro, ele diz que nos salmos que ele cita, Davi já estaria falando de Jesus. No final do discurso, Pedro faz uma convocação à conversão, mas especificamente ao povo judeu. Pedro quer ver nós envolvido na cultura cristã, se afastando da cultura do mundo: do dinheiro, da moda, da mídia, e etc. O primeiro passo é ser consciente dessas culturas do mundo, e o segundo passo para a conversão é a generosidade.
A igreja foi preparada pelos judeus, fundada por Cristo, e vai ser consumada no final dos tempos. Jesus diz na bíblia que haverá outros que fará coisas maiores do que ele fez como exemplo histórico pode-se citar São Francisco de Assis. No discurso de Pedro há claro expoente da evangelização quando ele chama a multidão de irmãos. Nesse discurso de Pedro está à síntese de todo Atos dos Apóstolos. Já no capítulo 12, versículo do 1 ao 17, o contexto é aqui é a perseguição, visando os líderes da igreja. O apóstolo Tiago Maior, irmão de João Evangelista, foi perseguido e morto. Assim como Pedro também é perseguido e preso.
Segundo a tradição apócrifa, Pedro era cabalista e João Evangelista era um iniciado nos mistérios, porém ambos foram perseguidos na sua época, assim como Tiago Maior. Os personagens dessa passagem são: Pedro, a igreja, Tiago Maior, o anjo, Rosa, o outro Tiago, que era bispo de Jerusalém, Herodes, os soldados e os judeus.
Agora falaremos da Paixão de Pedro, se é que podemos chamar assim, já que não há evidências que Pedro morreu naquela passagem, mas por analogia a Paixão de Jesus, se convém aqui de chamar de Paixão. O sentido etimológico de Paixão é sofrer, porém, principalmente no Brasil, o termo paixão é ligado ao amor. Mas, qual a semelhança entre a Paixão de Pedro e a de Jesus? Ambos são condenados sem um julgamento válido. Dormir e morrer são palavras muito próximas em alguns contextos históricos, e, enquanto Jesus morreu entre com os soldados observando, Pedro dormiu sendo vigiado por soldados. Há guardas vigiando a prisão de Pedro, assim como há guardas vigiando o túmulo de Jesus. Assim como a porta se abriu misteriosamente da prisão de Pedro, a pedra foi tirada do túmulo de Jesus milagrosamente. Agora, entre aspas: assim como Pedro acordou do seu sono, ou digamos “ressuscitou”, e depois apareceu aos discípulos, Jesus também foi ressuscitado e apareceu aos discípulos. Entre Jesus e os discípulos há Maria Madalena, e entre Pedro e os discípulos a Rosa. Jesus foi confundido com um fantasma e pegou uma comida para provar que era ele, já Pedro foi confundido com um Anjo e gesticulou com as mãos. No final do texto Pedro desaparece, assim como Jesus desaparece e ascende ao céu. Alguns acreditam que esse era o último versículo que Pedro aparece, porém no capítulo 15 ele aparece. Mas esses acreditam que: ou essa reunião, ou podemos chamar de o primeiro concílio extra-oficial, aconteceu antes do episódio da prisão de Pedro, ou colocaram Pedro para dar autoridade ao “concílio”. Existem 2 correntes, mas a que reina entre nós é que Pedro foi para Roma e morreu lá. Já a outra corrente diz que Pedro esteve em Antioquia e fundou a igreja de lá. Como também Pedro pode ter passado por Antioquia e depois foi a Roma. Independente de Pedro ter morrido ou não naquela passagem da bíblia, a mensagem se assemelha a uma paixão, tem um significado teológico. Como Pedro é a autoridade da nova igreja, e seu representante, essa passagem pode nos dizer que os cristãos, em geral, estão destinados a passar por algo semelhante a isso em algum momento da vida, sem ter a necessidade de morrer nesse momento difícil. Então, não estou dizendo que está passagem é a paixão e morte de Pedro, mas se assemelha a isso. Por que a bíblia é escrita de maneira assim, digamos tão contraditória? Possivelmente para nós a desdobrarmos e descobrirmos mais coisas novas.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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