div style="border:1px solid #ccc;padding:10px 4px 3px 4px;text-align:center;background-color:#efefef;">

terça-feira, 22 de março de 2011

Mariologia – Aula 7

Mariologia – Aula 7

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Muitos optam em dizer que Lucas coloca aquele cântico do evangelho na boca de Maria. Mas eu prefiro acreditar, com uma licença poética, que Maria realmente disse o Magnificat; que é um olhar teológico sobre a história de Israel, como já disse certo autor. Retratando realmente o que se passava na alma de Maria. Ela sendo uma boa judia, onde escutava com atenção a escritura sagrada, como procurava praticar a lei, que é o mais importante. Os judeus tinham o costume de transmitir para a nova geração a história de Israel. O cântico de Maria, o Magnificat, é dividido em primeiro lugar: como uma mensagem pessoal depois o anúncio das maravilhas de Deus ao mundo, e uma mensagem específica ao povo de Israel. O cântico quer passar uma mensagem que todo cristão tem que ter uma gratidão a Deus, um louvor, e uma exaltação. A Ação de Graças é: louvor; é a linguagem cristã propriamente dita.
O corpo também fala, e Maria, possivelmente, deve ter expressado corporalmente o cântico. Na tradição hebraica a dança é algo divino. Como disse Nietzsche na sua magnum opus “Assim falou Zaratustra”: “Eu só posso crer num Deus que saiba dançar!” Dança, cântico, nos faz voltar a unidade.
No grupo judaico-cristão, humildade estava ligada a algo aberto: espírito é aquilo que é. Disponibilidade. Maria se colocava como serva, ou na tradução do grego clássico, a língua em que o Novo Testamento foi escrito: se colocava como escrava de Deus. Mais uma vez cito Nietzsche, algo que tem haver com isso: “Coração preso, espírito livre!”
O Magnificat é um prenúncio do sermão da montanha de Jesus. Maria é a bem aventurada, a felicitada, mas a partir da prática da palavra sagrada do que da ligação carnal de mãe e filho entre ela e Jesus Cristo. Só lembrando, primeiro veio à experiência do Deus libertador, que libertou o povo hebreu da escravidão do Egito. E só depois veio a compreensão do Deus criador, que foi quem os libertou. Maria faz referência ao Deus libertador.
Liturgia não é só a missa, mas todos os sacramentos e os antigos entendiam bem isso. A libertação mais profunda que Cristo veio trazer foi do pecado. Porém, a encarnação não figurada pelo pecado, tanto que Deus nos fez a sua imagem e semelhança. Mas a queda do pecado é algo pessoal; o pecado social é um agrupamento de pecados pessoais, então Jesus, que foi o verbo que se fez carne segundo João Evangelista, veio nos libertar desse ciclo vicioso do pecado. Pois o pecado social tem maior impacto por ser comparado a um tsunami e vim em blocos. Mas só a presença do Espírito Santo é capaz de dissolver-lo no oceano divino. Mais uma vez citando Nietzsche: “O homem é um rio turvo, onde o mar é seu destino.” Para finalizar digo: o braço direito do Pai é o Filho, e o esquerdo, o Espírito.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

WWW.recantodasletras.com.br/autores/victorgeo10
WWW.victorgeo10.blogspot.com
WWW.myspace.com/victorgeo10
WWW.twitter.com/victorgeo10
WWW.fotolog.com.br/victorgeo10

Nenhum comentário:

Postar um comentário