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sábado, 6 de novembro de 2010

Filosofia: Escola da Vida – Desvelando os Mistérios da Vida


Filosofia: Escola da Vida – Desvelando os Mistérios da Vida


Esse texto são anotações minhas feitas durante uma palestra que assisti de uma filósofa de Brasília. São palavras dela e meu conseqüente desenvolvimento sobre o tema abordado.


Antes de iniciarmos uma abordagem sobre o tema da palestra, queria dizer algumas coisas sobre a etimologia das palavras. Zeus quer dizer quem tem domínio de si mesmo, é um rei aquele que tem domínio de si mesmo, e para ter domínio de si mesmo é preciso ter uma inteligência purificada, daí vem o significa de Cronos; e para purificar a inteligência é preciso olhar para cima, daí vem o significado de Urano.
Ser original é retornar as origens, etimologicamente falando e cerimônia é ter contato com o sagrado. Então que fazermos de nossas vidas um cerimonial.
Outro assunto que queria abordar aqui é sobre uma prova de amor que está no livro: “O Grande Livro das Fadas” de Denise Despeyroux. Existia um bosque das fadas na região das terras baixas, na Escócia, em que humanos há muito tempo não freqüentavam, e esse bosque era protegido por um cavaleiro elfo que era muito temido. Uma menina foi então conhecer esse tal bosque que os humanos evitavam ir. E lá encontrou esse cavaleiro elfo que disse que sofria de um encantamento que o prendia naquele bosque. A menina perguntou como era possível quebrar esse encantamento, e ele falou que numa cerimônia pelas ruas da cidade ele ia passar com seu corcel branco e para quebrar o encantamento a menina tinha que agarrar ele com todas as forças custa o que custar e derrubar o cavalo. Então a menina fez isso, então a rainha do bosque vendo isso, transformou o cavaleiro num lagarto, e a menina reconhecendo o cavaleiro pelo olhar o agarrou com mais força ainda, então a rainha o transformou em uma serpente, então a menina pelo olhar, pois os olhos que são as janelas da alma, reconheceu que aquela serpente era o cavaleiro e agarrou-o mais forte ainda, então a rainha o transformou em uma águia e a menina o agarrou-o mais forte ainda reconhecendo o cavaleiro pelo olhar. Então a rainha viu que a prova de amor da menina quebrou o feitiço em cima do cavaleiro que voltou a ser humano.
Adentrando no tema da palestra, essa palestra foi dedicada ao dia mundial da filosofia estabelecida pela UNESCO que é na terceira quinta-feira do mês de novembro. Iniciando, tem que viver o presente, o aqui e agora, pois o passado já passou e o amanhã não saberemos como é, só saberemos se pegarmos o melhor do passado, viver o presente, o aqui e agora, realizando-se e construindo assim o futuro. Essa é a proposta da filosofia: realização e dar sentido a vida. Os mistérios são aquilo que desconhecermos. Etimologicamente a palavra mistério quer dizer: aquilo que se cala. Se quiser achar as repostas para os mistérios, primeiramente devemos formular a pergunta de maneira certa, e depois devemos olhar para cima, para a estrela que nos une, e não olhar diretamente um para o outro. A alma quando envelhece para de perguntar e perde a esperança. Agora perguntamos: o que tem haver filosofia com os mistérios? A palavra filosofia nasceu com Pitágoras que questionado se era um sábio, ele disse que não era sábio, pois não detinha, não possuía a sabedoria, mas amava a sabedoria, daí vem à palavra filosofia, que é um estágio entre a ignorância e a sabedoria. Devemos fazer a distinção, através da filosofia, o que é conhecimento e o que é sabedoria. Existem os grandes mistérios que temos acesso através da sabedoria por meio da intuição, que é uma visão direta das coisas. Também existem os pequenos mistérios que temos acesso através da filosofia por meio da inteligência que faz relações simbólicas. Já por meio da razão (pensamento) temos acesso ao conhecimento. O sábio ver diretamente, fazendo uma síntese. Por exemplo, ele ler um livro e depois resume um livro em um parágrafo, depois em uma frase, depois em uma palavra, sem perder a essência. Ainda existe outro aspecto que está mais ligado ao desconhecimento, que é o mundo dos interesses, opinião e subjetividade.
Imaginemos agora uma pirâmide de 4 faces, onde a base da pirâmide é o mundo manifestado, e as outras 4 faces são os seguintes campos de estudo: científico, artístico, político e religioso. Onde a ponta da pirâmide é o lugar mais sagrado e onde os quatro campos se encontram: é a filosofia. Algumas tradições ao construir suas pirâmides consideravam a ponta da pirâmide tão sagrado que não construíam a ponta da pirâmide. Temos que trabalhar com o perspectivismo, ver um assunto por vários ângulos, se eu ficar só com um aspecto do conhecimento, vou ficar com uma visão muito limitada das coisas.
Por exemplo, uma dona de casa ao arrumar uma mesa está agindo com a beleza, está sendo uma artista. Ao cozinhar e saber o tempo certo do feijão, a quantidade certa do sal, ela está sendo uma cientista. E assim devemos ser durante nossa vida, cientistas, artistas, políticos, religiosos até chegarmos um ponto de união e encontro desses 4 aspectos e nos tornar filósofos. Os antigos já diziam que a filosofia é a mãe de todas as ciências.
Na questão da ciência, buscamos o conhecimento através da razão (pensamento) e da lógica. A razão define um aspecto da realidade e não a realidade. Na arte, buscamos a beleza através da estética e do sentimento. E segundo Platão, a arte é tudo que eleva. Na política temos buscar a justiça através das leis e da natureza fazendo relações. Os modelos de funcionamento da natureza e dos homens são codificadas e transformadas em leis. Cabendo a justiça a dar a cada um de acordo com sua natureza. E segundo Platão, justiça é cada coisa no seu lugar. Já com relação à religião, temos que buscar Deus (unidade) através da fé e da mística (cerimônia). Na realidade para iniciarmos no caminho da filosofia temos que partir do princípio que não sabemos, aquela velha e boa máxima de Sócrates exemplifica isso: “Só sei que nada sei.” Sabe como Sócrates chegou a essa conclusão? Foram consultar o oráculo de Delfos quem era o homem mais sábio da Grécia, e o oráculo disse que era Sócrates. Quando isso chegou aos ouvidos de Sócrates ele não aceitou isso e foi nas ruas de Atenas questionar com o povo sobre os assuntos mais complexos da vida. E ninguém foi capaz de dizer: não sei. Sempre tinham alguma coisa a dizer, então Sócrates por ter consciência da sua própria ignorância disse a famosa frase: Só sei que nada sei.

Autor: Victor da Silva Pinheiro




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