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terça-feira, 5 de julho de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 12

Atos dos Apóstolos – Aula 12

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

As visitas pastorais dos bispos não são de hoje, mas desde o tempo de Paulo de Tarso. As ações dos cristãos do cristianismo primitivo, desde o tempo dos apóstolos, foram atividades missionárias que revolucionaram todo o mundo conhecido na Antiguidade. A chegada de Paulo a Atenas, marca o início oficial da chegada do evangelho no mundo grego. E mesmo Atenas não tendo mais tanta influência cultural sócio-filosófica desde a época de Platão e Sócrates, e antes deles dos filósofos pré-socráticos, ainda assim Atenas carrega consigo o peso histórico-filosófico de ser referência na Antiguidade de sabedoria. O novo testamento que conhecermos hoje foi traduzido da língua grega clássica. A mesma língua que foi escrita o livro “A República” de Platão, o livro clássico dele, a sua magnum opus. Esse filósofo grego que tanto influenciou Santo Agostinho. Enquanto o filósofo grego Aristóteles, discípulo de Platão, influenciou São Tomás de Aquino. Então, Paulo entra numa cidade, que é Atenas, que já tem uma grande fama na Antiguidade, mesmo não sendo a mesma fama de outrora. Então, a cultura bíblia se encontra com a cultura pagã. E devido a sua convicção judaica, segundo o novo testamento, há um espírito inquietante em Paulo com relação aos gregos, por causa do politeísmo da antiga religião grega. Se bem que os gregos antigos também tinham a representação do Deus das religiões monoteísta, era representado como “O Deus desconhecido”, que eles, os gregos, consideravam um Deus tão abstrato, elevado, e metafísico, que eles até evitavam falar Dele. Tem até um poema de Nietzsche que encontrei na internet em que Nietzsche, filósofo alemão do século 19, ateu declarado, se coloca a serviço desse Deus desconhecido.
Então Paulo vai primeiramente à sinagoga, pois como Jesus disse que veio primeiro para salvar aqueles da casa de Israel, e depois Paulo vai à Ágora, uma Praça em Atenas em que o famoso filósofo grego Sócrates proferia seus discursos filosóficos. Mesmo não tendo a mesma importância da época dos filósofos mais antigos, ainda assim a Ágora ainda tem certa importância como o centro filosófico e cultural de Atenas. E Paulo fala desse Deus desconhecido em Atenas. Paulo no seu discurso em Atenas inicia o discurso falando da importância e da religiosidade dos gregos. O papa João Paulo II também, em um dos seus discursos no Brasil, também rasga elogios ao Brasil. Então, se desarma para poder discursar, uma técnica muito utilizada pelos grandes oradores na história da humanidade. Existe até uma expressão em latim, que não me lembro agora, que representa essa técnica da oratória.
Deus colocou no coração dos homens, o desejo de procurar a divindade, e os gregos usavam a filosofia para procurar essa divindade em tudo que se manifesta. E Paulo tenta mostrar a através de uma teologia fundamental, dizer que os gregos podem também procurar essa divindade através de um novo embaixador dessa divindade: Jesus Cristo. Como já disse, imagine um gráfico X versus Y, e Deus sempre existiu como escala negativa, e depois da criação do universo, Deus passa a existir como escala positiva. E Deus enviou seu filho Jesus para ser embaixador dessa luz que é o cristianismo, a nova religião. Aliás, o termo Cristo é um termo da língua grega clássica, que quer dizer: ungido. Como disse o apóstolo João: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...” Se Jesus conseguiu em uma só vida chegar ao patamar o que Nietzsche chama de último homem, que é o destino final de todos os super-homens (heróis), então o destino de todos os homens é serem além de santos, os santos são como o super-homem de Nietzsche, são os heróis para os católicos. E Jesus veio mostrar que o homem pode ir além dessa condição de ser santo. E o homem, mesmo ainda não chegando a essa condição de ser alguém para além dos santos, ainda assim pode fazer coisas maiores do que Jesus fez, tanto que Jesus diz no evangelho: “E surgirão outros que farão coisas maiores do que eu fiz”. E nesse momento, mesmo que não seja permanente, mas nesse momento em que esses homens conseguem fazer coisas maiores do que Jesus fez, então, esses homens conseguem roçar a divindade, assim como os santos roçaram a divindade.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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