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sábado, 30 de julho de 2011

Resenha do filme “300”


Resenha do filme “300”

Xerxes, poderoso imperador persa, reúne segundo algumas fontes, 2 milhões de persas para conquistar toda a Europa e varrer da face da Terra a cultura grega. Então ele, Xerxes, fica sabendo que naquela época a Grécia era o único adversário que poderia ameaçar as campanhas de Xerxes. Então, ele vai guiando seus exércitos em direção a Grécia. Os gregos antigos foram conhecidos na antiguidade por estarem em constante guerra civil, mas quando surgia uma ameaça estrangeira, eles paravam de guerrear entre si, e si uniam para defender a Grécia da ameaça estrangeira. Então, os espartanos são pegos de surpresa. A cidade de Esparta formou o mais qualificado exército da antiguidade. Alexandre O Grande quando conquistou a Grécia não ousou tocar em Esparta. E a cidade de Esparta foi à única na Grécia que entendeu os propósitos romanos e se colocou a serviço de Roma, sem para isso precisar Roma ter que lutar contra os espartanos. Aliais, os romanos tinham uma cultura guerreira semelhante ao dos espartanos, acho que foi por isso que os espartanos se identificaram com os romanos. 
       Mas voltando... Para dar tempo dos mensageiros avisarem a toda a Grécia sobre a invasão persa, 300 espartanos, escolhidos a dedo, e liderados pelo seu rei Leônidas, vão as Termópilas, ou traduzindo: Portões de Fogo, um acidente geográfico em que dava para encurralar o exército persa por 3 dias e assim dando tempo para a Grécia se organizar para a guerra. Para o exército persa continuar sua marcha, tinha que passar pelas Termópilas. Tem um bom livro que fala sobre essa batalha dos 300, e se chama: “Portões de Fogo” (Gates of Fire), de Steven Pressfield. Desde criança, o espartano se preparava para a guerra. Aos sete anos era entregue ao Estado para ser educado, e depois, aos 12 anos, era solto na vida selvagem para saber sobreviver. Era permitido roubar, mas se o jovem espartano fosse pego roubando, receberia uma dura pena, por ter sido pego roubando, e não pelo roubo Eles permitiam isso por que numa guerra os espartanos podiam ter a necessidade de roubar do inimigo para se alimentar, por exemplo. E para roubar tinha que se especializar desde pequeno, e assim, não ser pego pelo inimigo durante o roubo. Aos 17 anos, esses jovens voltavam a civilização e passavam por um processo de iniciação para serem considerados adultos. Eles seguiam uma lei dura, onde a criança recém nascida era avaliada se tinha alguma deficiência física, se tivesse, era morta, pois não servia para a guerra. O filme retrata essa cena no início. Veja bem, na época deles, eles viviam rodeados por povos guerreiros, e uma ameaça de invasão ou guerra era sempre iminente, então, para proteger seus lares, suas vidas, sua liberdade, eles tinham que estarem prontos para a guerra. Como diz uma frase romana: “Se você quer a paz, esteja preparado para a guerra”. O inimigo vendo que ali, na Grécia, vivia um povo guerreiro, pensará duas vezes antes de tentar saquear, roubar, e escravizar aquele povo.
O pelotão de elite dos persas era chamado de “Imortais”, pois, quando um caía no campo de batalha, surgiam dois no lugar do que caiu, e assim, eles fizeram fama na Antiguidade. Na primeira batalha os espartanos derrotam facilmente os persas. Xerxes, vendo que os espartanos não iriam ceder facilmente, manda logo seu pelotão de elite, os imortais, que também são vencidos pelos espartanos. O filme mostra os soldados que não eram espartanos, mas eram de regiões próximas na Grécia, se juntarem aos 300 espartanos, e isso realmente aconteceu. Então Xerxes ver a moral do seu exército abatido, pois os imortais perderam. Leônidas cumpre o prometido e segura os persas por 3 dias; os 300 só perderam a batalha por que um morador da região, um traidor, disse um caminho secreto, e os persas encurralaram os 300 espartanos. Um dos persas chega a dizer para um dos espartanos que as flechas persas cobrem a luz do sol, e no filme aparece um soldado (sem ser o rei) respondendo, mas na história foi Leônidas que respondeu e disse com um humor muito sagaz: “Que bom, lutaremos na sombra”. Se você for à Grécia, aos Portões de Fogo ou Termópilas, vai encontrar um busto de Leônidas com a seguinte frase: “Que venham buscá-las”. Foram as palavras que Leônidas disse quando os persas pediram suas armas.
Os persas derrotam os 300, mas perdem a guerra. E os 300 espartanos entraram para a história, e a mensagem final do filme é interessante: o rei pede para lembrarmos-nos deles, e os 300 espartanos salvam a cultura ocidental de ser aniquilada pela ação estrangeira persa. Lutem, caro leitores, lutem como os espartanos, por seu ideal, e que seu ideal esteja de acordo com as leis divinas, com o bem, com a bondade. Números não vencem guerras, o que vence é o amor a camisa. O auge da filosofia guerreira espartana está ai, nos 300 espartanos nas Termópilas. Lutem pela liberdade, como disse certa vez no século 19 um idealista brasileiro no leito de morte: “Morre um liberal, mas não morre a liberdade!”. E como disse o filósofo Voltaire: “Eu não posso concordar em nada do que você diz, mas eu defenderei até as últimas conseqüências o seu direito de expressar-se, de dizer.”

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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