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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mariologia – Aula 13

Mariologia – Aula 13

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Jesus culminou a sua obra, a salvação, através da igreja. Nós encontramos essa revelação de Deus através de 3 realidades: magistério, escritura e tradição. Como já disse, na igreja católica, quem morre ainda tem voz, e faz parte da tradição. E Jesus aconselha a propagar essas 3 realidades quando diz: “Ide e evangelizai.” O magistério é que interpreta. A escritura sagrada é a voz divina que ecoa por toda a eternidade. O antigo e novo testamento formam o corpo literário que deve ser seguido por todo cristão. Mais o novo testamento do que o antigo, pois o contexto histórico em que foi escrito o antigo testamento era bem diferente da realidade atual, e muita coisa do antigo testamento foi escrito se dirigindo a um grupo específico, no caso os judeus, que ainda estavam no início de sua caminhada e viviam em outro contexto histórico. Por exemplo, na época do antigo testamento, para evitar a vingança por gerações, era necessário aplicar a lei olho por olho, dente por dente; mas já na época do novo testamento essa lei não fazia mais sentido, como disse Gandhi: “Se todos nós formos lutar olho por olho, todos nós ficaremos cegos!” Como também se entendia por que na época do antigo testamento era aplicada a poligamia. Pois nessa época era uma época de guerreiros e heróis, e quando um guerreiro morria em batalha, a sua família e sua conseqüente viúva tinha que ficar amparada por alguém, que geralmente era o irmão que assumia a família do guerreiro morto em batalha. Nesse contexto se entendia por que era permitido a poligamia, mas hoje não vivemos mais a época do antigo testamento, e a poligamia hoje não faz mais sentido. As leis atemporais, eternas, procuram vestimentas temporais, do contexto cultural de cada civilização, para poder ser aplicada num determinado povo.
Primeiro surgiu à igreja e depois a necessidade de perpetuar. Ai nasceu à vontade de registrar a tradição oral na tradição escrita. Na verdade o conhecimento oral na antiguidade era superior ao conhecimento escrito. Porém a necessidade do conhecimento escrito nasceu com a decadência do conhecimento oral. Há quem diga que Jesus tinha um diário. Era comum em algumas escolas filosóficas os mestres aconselharem os discípulos a terem um diário.
Para a igreja católica, o dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e segura. Agora, quem pode proclamar um dogma? O Papa e os bispos num concílio. O Papa não é como um rei que reina de maneira absoluta, ele, o Papa, segue um colegiado. Tanto a palavra papa, como a palavra padre, tem a mesma raiz, e quer dizer “pai”. São nossos mestres a quem devemos nos aconselhar para seguir a caminhada da vida. Existem vários dogmas: marianos, papais, cristológicos, e etc. A igreja se reúne para definir essas verdades absolutas. São os chamados concílios. Criar é fazer a existência daquilo que não existia, mas a igreja diz que Jesus existiu desde sempre, como diz o apóstolo João no seu evangelho, Jesus era o verbo, e no início o verbo e o Pai era um. E continuando, João vai dizer depois que o verbo se fez carne, que foi a encarnação de Jesus, filho de Deus. Pessoalmente, por ser um livro mais filosófico, o “Evangelho Segundo João” é meu livro preferido da bíblia. É a águia dos quatro animais sagrados, com seu olhar longe típico da águia, penetra mais profundamente no coração dos cristãos por todo o mundo. Enquanto o “Evangelho Segundo Mateus” é o homem alado, já que inicia o livro com a genealogia de Jesus. Mateus era considerado o repórter dos apóstolos, típico quem é do signo de gêmeos. O “Evangelho Segundo Lucas” por causa da sua força interior, simboliza o touro. E o “Evangelho Segundo Marcos” por iniciar seu evangelho dizendo sobre João Batista: “Uma voz clama no deserto!” simboliza o leão, o rugido do leão, o rei da selva. Que vem abrir caminho para a chegada do Cristo. A filósofa russa do século 19, Helena Blavatsky, disse que o apóstolo João era um iniciado nos mistérios, e que Pedro era apenas um cabalista. A cabala é a doutrina esotérica do judaísmo.
Por falar em signos, a astrologia que a bíblia critica é a astrologia de jornalzinho e revistinha de fofoca de hoje em dia. Que já existia naquela época, não digo necessariamente em material escrito, mas oralmente mesmo. Na antiguidade a astrologia e a astronomia eram estudadas juntas. Uma era o complemento da outra. Enquanto a astrologia estudava o porquê, mais a parte psicológica, a astronomia estudava o como, mais a parte das leis, da matemática. Tem até uma tradição que diz que os 3 reis magos eram astrólogos e astrônomos. Segue a lista dos 12 apóstolos e seus respectivos signos segundo o astrólogo brasileiro “Bola”, que diz que Leonardo da Vinci os pintou seguindo a rodem zodiacal no quadro “A Santa Ceia” ou como alguns chamam “A Última Ceia”: Pedro era de Áries; Judas Tadeu de Touro; Mateus de Gêmeos; Filipe de Câncer; Tiago Menor, irmão de Tadeu, era de Leão; Tomé, de Virgem; João Evangelista, Libra; Judas Iscariotes, Escorpião; Simão, Sagitário; André, irmão de Pedro, de Capricórnio; Tiago Maior, irmão de João, de Aquário; E Bartolomeu de Peixes. Diz ainda uma tradição que Jesus era do signo de Peixes, que fazia aniversário no dia 1 de março. Era um típico pisciano que falava por meio de parábolas, próprio da dualidade desse signo. Tanto que o signo é Peixes no plural e não no singular, o símbolo desse signo são dois peixes, e não um único peixe. Quem quiser pode acompanhar a palestra do astrólogo “Bola” no site WWW.youtube.com (...) Leonardo da Vinci pintou o quadro no momento que Jesus disse: “Um de vós me trairá”; e pintou cada apóstolo se comportando de acordo com seu perfil astrológico diante dessa mensagem de Jesus.
Uma coisa é a revelação que foi dada para nós por meio de Jesus Cristo, outra coisa é a compreensão da revelação, que vem posterior a revelação com a vestimenta cultural e histórica de cada época. A revelação muda? Não, o que muda é a nossa compreensão da revelação. Num caráter de progressividade e continuidade. Só que Jesus veio para dar continuidade e ao mesmo tempo descontinuidade do judaísmo. Fundando uma nova religião, o cristianismo, sem abandonar o judaísmo, a religião de Jesus. Como diz na bíblia, Jesus veio para aperfeiçoar a lei. Jesus era judeu de carteirinha e cristão por natureza, como eu digo numa poesia. Semelhante papel ao de Jesus foi à ação de Buda na Índia, que veio para dar continuidade e ao mesmo tempo descontinuidade do hinduísmo, e assim Buda fundou uma nova religião: o budismo. As religiões são como meios de transporte indo todos ao mesmo lugar, só que o cristianismo é o avião das religiões. No cristianismo se chega de maneira mais rápida a divindade. Buda e Jesus estão no mesmo barco. Assim como outros avatares que acabaram por fundar outras religiões. Avatar é um termo hindu para classificar aqueles homens que são a encarnação da divindade, que são os últimos homens que Nietzsche cita no seu livro clássico, “Assim falou Zaratustra”, sua magnum opus. Os últimos homens, segundo Nietzsche, é o destino de todos os super-homens. Como já citei os super-homens ou além homens, são os heróis, que para os católicos são os santos. Jesus é um exemplo de último homem, Jesus é a representação visível do Deus invisível, como já disse. Falando mais um pouco sobre a tradição apócrifa, diz-se que Jesus em vez de dizer na cruz: “Pai, por que me abandonastes?” Jesus na verdade tinha dito: “Pai, por que me glorificastes?” Segundo minha mestra Lúcia Helena Arruda, que mora atualmente em Brasília, deixou-se a primeira frase para passar a imagem de um Jesus sofredor. Mas Jesus continuou sendo um forte na cruz, foi onde Jesus mostrou toda a sua força sendo humano, demasiado humano. E Jesus venceu a morte.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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