Teoria do Eterno Retorno, História, Física, Cristianismo e Teatro de Máscaras
Segundo a teoria do eterno retorno de Nietzsche, estamos
destinados a viver essa vida novamente diversas vezes. Mas a
teoria do eterno retorno fala para além dos ciclo de vida. Ela fala
que o ciclo de vida passado e futuro vão se repetir no intervalo de
tempo de existência do universo. Porque, segundo uma teoria da física, o
universo que está em expansão vai um dia se contrair e vai acontecer o
contrário do Big Bang, o Big Crunch, e o universo então vai
implodir. Tem uma teoria que diz que os buracos
negros vão por fim ao universo. Mas, com o fim desse universo, vai surgir
outro universo e esse ciclo de renascimento e morte do
universo é eterno; e é disso que Nietzsche
fala. É a respiração de Brahma, segundo os hindus. O ciclo de
vida do histórico de vida num devido
tempo de vida do universo se repetirá e
a única maneira de quebrar esse ciclo é se
tornando o super-homem que Nietzsche descreve no seu
fantástico livro: “Assim falou Zaratustra”. O super-homem
é o “homem novo”, o herói, e só ele é capaz de criar
o novo. Ele é um elo, uma ponte, entre nós,
humanos, e a divindade. O herói faz nos lembrar que existe um Deus
dentre de nós. Por isso, devemos imitar nossos
heróis contextualizando nas nossas vidas, não repetindo erros do passado,
viver o presente, e glorificar o futuro. O destino do super-homem,
segundo Nietzsche, é ser o último homem. O último homem é o estágio final do
homem. Segundo a tradição esotérica, se tornar o último homem, ou como
os hindus chamam de avatar - encarnação da divindade - é só
um pré-requisito para ter acesso a tantos outros segredos do universo.
Existe algo mais além do avatar. Outros graus de evolução. Temos como exemplo
de avatares: Jesus Cristo, Hermes Trismegisto, Apolônio de
Tiana, Moisés, Zaratustra, Buda, Lao-tsé, Confúcio, Maomé, Orfeu, Noé,
Krishna, e etc. Só que Jesus é tipo o rei deles, que foi além com a ressurreição. Geralmente, eles acabam criando religiões com seus pensamentos,
palavras e atitudes. Aliais, essa é a função do
avatar: religar o homem a Deus.
Mas, voltando... A história não é uma reta, é uma espiral,
se repete, mas não da mesma maneira, e quando a espiral acaba,
surge outra espiral, é o eterno retorno. Como diz na bíblia: “Muitos são
os chamados, mas poucos os escolhidos”. Pois, só os escolhidos são capazes de
quebrar o ciclo do eterno retorno e viver em outras instâncias no universo ou
até na própria Terra. Como diz na bíblia: “Na casa de meu Pai há muitas
moradas”. Agora, leitor, você se pergunta: “e o que tem haver o teatro de máscaras
com essa história toda?” Vou explicar... é que se Caio Júlio César, general e
político da Roma Antiga, evoluir até chegar ao ponto de se tornar o último
homem num ciclo de vida futura, alguém vai ter que ocupar o lugar
deixado por Caio Júlio César quando um novo universo surgir e Roma
necessitar de um herói para provocar a morte da decadente República
Romana, e surgir o Império Romano e com o império 220 anos de relativa “pax
(paz) romana”. Então, uma nova alma que já vem num ciclo de vida e tem as características
perfeitas para esse papel vai ocupar esse lugar na história e
também, paralelamente, fazendo sua história pessoal, evoluindo. Pra finalizar, existe
outra interpretação do eterno retorno que diz que não é possível quebrar o
ciclo do eterno retorno, mas apenas é possível compreende-lo. Cabe você leitor
pesquisar e saber qual interpretação é a mais coerente.
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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