Hoje, vivemos um eterno carnaval
Na antiguidade romana, os romanos celebravam o carnaval da
seguinte forma: durante o ano todo eles procuravam viver de acordo com a
justiça platônica (cada coisa no seu lugar), e durante quatro dias no ano
eles invertiam as coisas pra ver, em tom de brincadeira, como ficaria a
sociedade com as coisas fora de ordem. Para as pessoas terem
uma consciência por contraste e comparar um
estado de caos, pequeno que seja, com um estado de ordem. No Carnaval, o professor
viraria sapateiro, o mercador viraria cabeleireiro, e etc. Tudo num
ambiente de festa. Hoje, acontece o contrário: vivemos o ano todo
um eterno carnaval, e durante poucos dias no ano experimentamos o que
é ordem.
Os valores estão invertidos hoje na sociedade. Vale mais ir
pra um retiro de carnaval hoje, do que brincar o carnaval, pois está faltando
Deus nas pessoas, está faltando ordem. As músicas hoje insinuam a pornografia,
de maneira estarrecedora e deveria ter um órgão do governo que fiscalizasse
isso, pois isso não é cultura, não chega a ser nem pseudocultura. Onde
está a beleza na cultura popular hoje? Nos confins dos mais humildes
recantos populares do Brasil. Lá você vai encontrar a mais verdadeira cultura
popular brasileira. O que me impressiona hoje não são essas pseudo-músicas,
mas sim a adesão de mais e mais pessoas a esse tipo de cultura. A cultura
estampada hoje na mídia é o reflexo do que está passando a
sociedade: uma decadência de valores. Há que mudarmos isso, com um novo
renascimento cultural, começando de cima pra baixo. Com os líderes. São esses
que moldam o decorrer de uma ordem ou corrente cultural.
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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