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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Resposta ao amigo familiar



Resposta ao amigo familiar


Para Wênio Pinheiro Araújo


Num dia mórbido da minha história
Quis morrer com honra,
como um samurai
Não tinha uma espada,
mas uma faca
Interessante,
uma faca pode ser usada para o bem
Para ajudar a fazer nossa alimentação
E usada para o mal,
para fazermos de nossa vida
Um vão
Pois, me arrependo
De quase ter indo em vão.

Sou jovem, poeta, geógrafo,
metido a pintor e desenhista
com natureza de filósofo
Por que só agora, depois do ocorrido
Observo isso?

Recebi sangue de poeta,
no hospital,
com certeza,
pois
Na volta pra casa
Voltei a escrever as minhas poesias
Deus passou a se comunicar comigo
Através de versos,
Lições
E etc.
Ele, O Senhor, quase me curou da esquizofrenia
Pois duvidei,
Do Pequeno Milagre.

No dia do ocorrido,
estava sofrendo uma crise de esquizofrenia
Ouvindo vozes de pessoas conhecidas,
mas não da família,
Essas vozes estavam gritando no meu ouvido
São pensamentos auditivos
Alterados
Minha cabeça estava girando
Estava durando horas... a crise
Porém, ninguém da família percebia
Pois eu procurava não expressar
Essas crises
Nos meus atos e atitudes
Mas, estava perdendo essa batalha
Pois estava durando horas...
Já tive essas crises antes
E superei-as com as técnicas do super-homem

Além da crise, o motivo principal,
Possivelmente, do ocorrido, é por que estava: só.
Quando estava no hospital
Minha irmã teve quatro sonhos comigo
Com eu em casa

Meus primos me viram em coma

Segundo meus familiares
Igrejas rezavam por mim

Tive parada cardíaca
Recebi sangue de amigos dos meus amigos
Estava estampado na primeira página
da Rua Benjamim A. Maia:
“Jovem suicida precisa de ajuda!”
Talvez,
o remédio para esse jovem da Benjamim,
era apenas um beijo,
Calor, aperto de mão, abraços, etc.
No passado tinha uma legião de colegas,
e poucos amigos;

Lá no hospital
Conheci pessoas da minha rua que não conhecia
Rezei no hospital
Transferir-me de três hospitais
Minha família toda me ajudou,
Inclusive com um sorriso,
Desde o hospital até agora, em casa,
não tive mais “aquelas crises”.

Formulando um enigma
Para a mutação da minha esquizofrenia
E, consequentemente, respondendo a esse enigma
Superei uma mutação da esquizofrenia.

Voltei a ler a bíblia
Vou voltar à igreja
Vou mergulhar na vida
Vou voar e cantar
Como o uirapuru
Que só canta uma vez no ano
Quando a floresta silencia
Sou o uirapuru da poesia!

Autor: Victor da Silva Pinheiro


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