Resposta ao
amigo familiar
Para Wênio
Pinheiro Araújo
Num
dia mórbido da minha história
Quis
morrer com honra,
como
um samurai
Não
tinha uma espada,
mas
uma faca
Interessante,
uma
faca pode ser usada para o bem
Para
ajudar a fazer nossa alimentação
E
usada para o mal,
para
fazermos de nossa vida
Um
vão
Pois,
me arrependo
De
quase ter indo em vão.
Sou
jovem, poeta, geógrafo,
metido
a pintor e desenhista
com
natureza de filósofo
Por
que só agora, depois do ocorrido
Observo
isso?
Recebi
sangue de poeta,
no
hospital,
com
certeza,
pois
Na
volta pra casa
Voltei
a escrever as minhas poesias
Deus
passou a se comunicar comigo
Através
de versos,
Lições
E
etc.
Ele,
O Senhor, quase me curou da esquizofrenia
Pois
duvidei,
Do
Pequeno Milagre.
No
dia do ocorrido,
estava
sofrendo uma crise de esquizofrenia
Ouvindo
vozes de pessoas conhecidas,
mas
não da família,
Essas
vozes estavam gritando no meu ouvido
São
pensamentos auditivos
Alterados
Minha
cabeça estava girando
Estava
durando horas... a crise
Porém,
ninguém da família percebia
Pois
eu procurava não expressar
Essas
crises
Nos
meus atos e atitudes
Mas,
estava perdendo essa batalha
Pois
estava durando horas...
Já
tive essas crises antes
E
superei-as com as técnicas do super-homem
Além
da crise, o motivo principal,
Possivelmente,
do ocorrido, é por que estava: só.
Quando
estava no hospital
Minha
irmã teve quatro sonhos comigo
Com
eu em casa
Meus
primos me viram em coma
Segundo
meus familiares
Igrejas
rezavam por mim
Tive
parada cardíaca
Recebi
sangue de amigos dos meus amigos
Estava
estampado na primeira página
da
Rua Benjamim A. Maia:
“Jovem
suicida precisa de ajuda!”
Talvez,
o
remédio para esse jovem da Benjamim,
era
apenas um beijo,
Calor,
aperto de mão, abraços, etc.
No
passado tinha uma legião de colegas,
e
poucos amigos;
Lá
no hospital
Conheci
pessoas da minha rua que não conhecia
Rezei
no hospital
Transferir-me
de três hospitais
Minha
família toda me ajudou,
Inclusive
com um sorriso,
Desde
o hospital até agora, em casa,
não
tive mais “aquelas crises”.
Formulando
um enigma
Para
a mutação da minha esquizofrenia
E,
consequentemente, respondendo a esse enigma
Superei
uma mutação da esquizofrenia.
Voltei
a ler a bíblia
Vou
voltar à igreja
Vou
mergulhar na vida
Vou
voar e cantar
Como
o uirapuru
Que
só canta uma vez no ano
Quando
a floresta silencia
Sou
o uirapuru da poesia!
Autor:
Victor da Silva Pinheiro
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