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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Bíblia e Moral - Aula 3

Bíblia e Moral – Aula 3

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil.

O ato primeiro de toda reflexão teológica é a fé. Primeiro, antes de estudar um
assunto, temos que ter uma certa devoção por ele, depois passarmos a investigar-lo, e depois vamos procurar um meio de servir aquilo que estudarmos. Devoção, investigação e serviço: são os três alicerces do discípulo. Devoção sem investigação e serviço gera fanatismo. O fanático ver a verdade, mas de uma maneira atordoada. Investigação sem devoção e serviço é intelectualismo, é muita informação e pouca formação. Serviço sem devoção e investigação é alienação; são os chamados inocentes úteis, servem a algo, mas sabem o que ao certo e por
que estão fazendo aquele serviço. Deus revela a si mesmo. A primeira experiência do povo de Israel foi do Deus libertador, que também é o Deus criador. A criação é um dom de Deus. Todo criador quer que sua criação supere o criador. Como diz o filósofo neo-platônico Plotino: todo pai quer que o filho o ultrapasse. Por isso alguns pais são até duros com os filhos algumas vezes e o filho não entende o porquê, mas o pai quer o bem do filho. No livro dos salmos tem muita referência ao
Deus criador. Ter fé também é ter uma dimensão racional. Deus não está delimitado na linha do espaço e tempo; Deus pré-existe e transcende a criação. Deus para sustentar a criação está criando continuamente, como diz aquela famosa frase: “Na natureza nada se cria, nada se perde, mas tudo se transforma.” E o homem está incluído nessa natureza. O risco da criação é: dar o livre arbítrio ao homem, mas é um risco necessário para o homem se voltar a Deus por escolha e não por indução; isso é demonstrar fé. Deus precisa ver o homem provar a si mesmo que Deus existe e se propaga em tudo que há de bom na eternidade. Diria até que Deus está
acima do bem e do mal. Por exemplo: se um homem pobre ganha na loteria, à sociedade vai dizer que aquilo foi um bem, mas e se esse homem for pouco virtuoso? Vai torrar esse dinheiro com farras e coisas erradas, levando também os outros a perdição. O homem escolhendo seguir a Deus demonstra maturidade, uma entrada numa nova fase, por isso o homem é a imagem e semelhança de Deus. Já está dentro do homem o Deus vivo, basta só que o homem acorde para Jesus e desperte o fogo interior. Uma pessoa sem Deus é feliz? Muitas pessoas confundem um “sentir bem” com felicidade, que só por que vivem um falso conforto são felizes, mas a felicidade está em Deus. Que pode se expressar de diversas maneiras. Ser feliz é amar, e diz no evangelho segundo João: “Deus é amor.” E com relação ao falso conforto Jesus diz: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada, colocar o irmão contra o irmão, o pai contra o filho...” A espada é palavra de Deus que vai gerar conflito caso um dos membros da família se torne cristão, um conflito necessário para a transformação da família
do mundo, para uma família cristã. A sadia pretensão do cristianismo é a verdade, mas de uma maneira tolerante. Através do diálogo e como influenciado da filosofia platônica, digo: “O diálogo é uma vivência”. Platão escreveu seus livros em diálogos. E só para complementar este pensamento, Jesus disse: “E conhecerás a verdade e verdade vos libertará!” A verdade é que não é possível conhecer o
homem fora de Deus. Deus colocou uma faculdade, uma semente impulsionadora de buscar a Deus. No filme matrix, Morfeu diz a Neo que Neo pode ter passado os últimos anos lhe procurando, mas ele, Morfeu, passou a vida toda procurando Neo. Morfeu é o mestre, representa a consciência que pode passar uma vida nos procurando e Neo é o discípulo que vai colocar em prática os ensinamentos. Neo é o idealista, que com a entrada de Morfeu na história, em sua vida, Neo passa a ser filósofo. A filosofia vem para proteger esse ideal. Finalizando digo que a igreja não estar mudando os mandamentos, mas a linguagem; temos que compreender os mandamentos como valores.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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