Teologia Joanina
– Aula 3
Escola Teológica Ministerial da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da
cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, Brasil
Segundo
um cristão, os evangelhos são a fina flor da Escritura, e que o Evangelho de
João é a fina flor dos evangelhos. Lembrando mais uma vez que diferentemente
das ciências das religiões, a teologia tem como ato primeiro, antes de iniciar
os estudos, a fé. Mas, as ciências das religiões também tem sua importância, e
extrema importância, principalmente com relação a crítica. É um estudo
validíssimo, importante para se chegar a uma verdade, avaliando todos os lados
de um assunto, o chamado perspectivismo.
Os evangelhos sinóticos
falam apenas de 1 viagem de Jesus a cidade de Jerusalém nos 3 anos de vida
pública. Já o Evangelho de João fala de 4 viagens de Jesus a cidade de
Jerusalém nos 3 anos de vida pública. Isso lembra o lado histórica do Evangelho
de João; porém, os estudiosos consideram que o Evangelho de João está mais
focado na teologia do que na história. Já que evangelho é diferente de biografia.
Ainda pode ser dividido o Evangelho de João de maneira geral em sinais
(milagres, pregações na Galileia e Judéia) e glória (Paixão, Morte e
Ressurreição). Porém, pode-se incluir essa divisão a fase inicial, que é a
parte inicial filosófica, o batismo de João e o chamado dos discípulos.
Dividido assim o evangelho em 3 partes.
João
quer ligar os sinais a glória, como mostra na ressurreição de Lázaro: “Jesus
chorou”; nos sinóticos tenta acentuar. Pormenores de João: as alegorias (do bom
pastor, porta, grão de trigo, videira); os discursos: revelação do poder do
filho, pão da vida, da ceia, lava-pés; diálogo com Nicodemos, e etc.
Os
evangelhos foram escritos em grego, mas inseridos numa cultura hebraica,
judaica. É importante não só para os evangelhos, como para toda a Escritura,
entender o significado simbólico de muitas partes da Escritura. Diz a filósofa russa
Helena Blavatsky, que quando formos estudar uma religião, devemos nos focar em
3 pontos: histórico, mítico e místico. Em Jesus, há o Jesus histórico, há o
Jesus mítico, e há o Jesus Místico.
Sabe
o que diz a Escritura sobre os que Jesus ama? Diz: “...e os amou ao extremo”,
em João, capítulo 13, versículo 1. Assim como Jesus, devemos também amar o
próximo ao extremo, e também amar os ideais filosóficos, não qualquer ideal,
mas os ideais filosóficos, que passem nas 3 peneiras de Sócrates: da bondade,
da utilidade e da verdade. Ou que passe na trindade platônica: do bem, que é
tudo que une; do belo, que é tudo que eleva; e do justo, que é cada coisa no
seu lugar. Lembrando que todos os outros mandamentos são desdobramentos dos
dois primeiros mandamentos: amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo
como a si mesmo.
Autor: Victor da Silva Pinheiro
email/skype: victorgeo10@hotmail.com
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