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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mariologia - Aula 11

Mariologia – Aula 11

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Maria é a nova mulher, a mãe da comunidade. O número 7 na bíblia é o número da perfeição, mas também está ligado ao mundo pagão, enquanto o 12 ao mundo judaico: 12 são as tribos de Israel, 12 são os apóstolos, 12 são os cestos que sobram na multiplicação dos pães, e etc. Com relação ao 7: 7 são os dias da semana, 7 são as notas musicais, 7 são as cores do arco-íris, Deus criou o mundo em 6 dias, e no sétimo descansou, e etc. É claro que Deus não criou o mundo em 7 dias terrestre, não leve ao pé da letra essa passagem, foram 7 dias para Deus, e não 7 dias dos homens. E um dia para Deus pode ser milhares ou até milhões de dias terrestres.
A nova lei não está mais na pedra, mas no coração dos homens. A lei de Deus, o amor, não vem mais de fora, mas de dentro. É uma transformação contínua. Pedra significa dureza da lei. Nas bodas de Caná, Jesus transforma água em vinho em talhas de pedras. E tem a ver com esse significo da nova lei, que Jesus veio anunciar, a boa nova. Mas também temos que trabalhar nossa exterioridade nos ritos e interiorizar encontrando o significado dos ritos, e que não seja apenas uma coisa mecânica. Qual o significado do milagre do vinho das bodas? É que o casamento, essa união de Deus com o povo, transborda. O grande reinado que Jesus veio trazer, em primeiro lugar, foi o reinado de Deus. Tanto que Jesus diz: “Meu reino não é desse mundo!” É o reinado do coração, e não um reinado terrestre. Em que o reino penetra no coração das pessoas. Deus quer nos devolver nosso estado original de ser humano. No mundo de hoje, às vezes esquecemos quem somos, e perdemos a identidade de nós mesmos, de nossa natureza, que é: ser humano. Nas bodas de Caná, na presença de Maria, Jesus mostra que é o messias que veio transbordar a graça de Deus no meio dos homens. Por isso Maria diz: “Fazei tudo que ele vos mandar!” Maria era a discípula de Cristo por natureza. Esteve sempre ao lado de Jesus na dor e no amor. Nesse episódio, há a fé dos serventes, a fé de Maria e o poder de Jesus Cristo que transforma água em vinho. O apóstolo João Evangelista, no seu evangelho, quer nos mostrar o significado teológico dessa passagem. Essa água em abundância significa a graça divina, e a transformação em vinho no casamento, simboliza a alegria. Nas bodas de Caná, onde são 6 as talhas que enchem de água, simbolizam 6 sinais, e o sétimo sinal é a cruz. Maria está presente tanto nas bodas de Caná, quanto aos pés da cruz de Jesus. Maria é testemunha desses sinais. O sinal feito, manifesta a glória de Jesus, gerando fé nas pessoas. A cruz é o grande sinal, sinal pleno de Deus, é a glorificação do Filho e ao mesmo tempo manifesta a fé. A glória dos 6 sinais, aponta para a glória da Cruz, que aponta para as realidades últimas, a escatologia. A cura do cego, ressurreição de lázaro, dentre outros, também podem simbolizar outros sinais que também aponta para o grande sinal que é a cruz. Como diz a Comunidade Doce Mãe de Deus: a cruz é para nós como o sol.
O que os evangelhos estão apresentando para a gente, é o caminho para que nós cheguemos a ter fé, a glória de Deus e a fé. Os sinais estão lá: o paralítico andando, o cego vendo, o surdo ouvindo, mas o maior milagre, o maior sinal, é a conversão de um cidadão que era do mundo e muito pecador, tornando-se cristão e ético, e estas duas palavras, “cristianismo e ética”, estão estritamente ligadas. É a ética cristã. E uma pessoa ética e espirituosa, não é aquela pessoa que tem uma calma piegas, mas luta para combater a injustiça. O que Deus no quer na verdade é nos salvar, mas se para salvar é necessário curar, melhor ainda. A cura é um bônus. Mas o fim último é a nossa salvação. Aliais, a salvação está durante a jornada, na caminhada. Os meios justificam os fins, e não os fins justificam os meios. Se nosso fim é nos salvar, temos que usar meios éticos, pois os meios justificam os fins.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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