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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Apocalipse – Aula 5



Apocalipse – Aula 5

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

        Nas visões proféticas há cânticos, que enaltece o caráter litúrgico do Apocalipse. O Apocalipse deve ser lido de maneira dupla: é a história da humanidade, e a nossa história pessoal, interna, de dentro para fora. O elemento fé é o ato primeiro, em que a missão da igreja não é destruir o outro, mas salvar. É uma transformação que começa no coração do homem. Esse é o projeto de Deus para a humanidade. E para se salvar é necessário manter a aliança com Deus. Nós estamos no tempo kariológico, no tempo da graça, e não somente no tempo cronológico. Pois a divindade está no meio de nós. Kairos é o Deus do tempo oportuno na mitologia grega. Era quase careca com um topete, e passava correndo pelas cidades. E ninguém sabia quando ele ia passar. Por isso precisamos manter a atenção, para agarrar as oportunidades pelo topete. Quando diz no livro que estão revestidos de branco, é por que estão revestidos de imortalidade. Lembrando que os 7 selos são um julgamento prometido. As 7 trombetas são um julgamento parcial. Os 144.000 escolhidos têm relação com 12.000 vezes 12. É simbólica essa quantidade e não deve ser levada ao pé da letra.
            Quando o cristão faz o sinal da cruz ao passar na frente de uma igreja, o cristão se lembra que é um batizado e que ele pertence a Cristo. O silêncio na abertura do sétimo selo é a espera da proclamação de Deus sobre a humanidade. Etimologicamente "santo" na língua hebraica quer dizer "separado". Como eram chamados os cristãos, de santos, pois eram batizados, e agora pertencem a Deus. Na missa, a caminhada até o altar simboliza a história da humanidade, que corre como um rio, semelhante a uma marcha. Ninguém se torna santo da noite para o dia, esse processo de santificação é um projeto para toda a vida. A formação nunca acaba.
         Da primeira a quarta trombeta, como já disse, simboliza calamidades naturais. A quinta trombeta simboliza a queda do adversário. O "ai" simboliza que o julgamento começou, é uma exortação. Os 7 trovões representam a palavra perfeita de Deus. O engolir o livro, significa que lá no tempo de Cristo foi dado a João a missão de resgatar a aurora de outrora, que é uma missão amarga, sofrida, porém sua palavra é doce. Pois o caminho é cheio de dificuldades, mas é um caminho proveitoso por causa da palavra. O capítulo 11, das 2 testemunhas, significa que toda a igreja é vitoriosa. Onde as 2 testemunhas simbolizam o povo de Israel, e a nova igreja. Na visão da mulher, a lua significa a mutabilidade, que está sob os pés da mulher, que o domina agora. As 12 estrelas são os 12 apóstolos. O sol é Jesus. Quando diz que o dragão foi guerrear com os descendentes da mulher, quer dizer que esses descendentes somos nós cristãos, e quer dizer que todo dia é uma batalha e que devemos seguir o conselho de Jesus: "Vigiai" Crer é oferecer, conceder algo, é doar-se a Deus, a vida, e como diz o filósofo Nietzsche: "Ser fiel a terra". 

Autor: Victor da Silva Pinheiro


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