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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Apocalipse – Aula 4



Apocalipse – Aula 4

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil

As visões proféticas

            Quando diz no Apocalipse “uma porta aberta no Céu”, diz respeito à liturgia. Quando se fala em Deus Pai, evita-se o antropomorfismo; já com Jesus é permitido o antropomorfismo. Quando diz “dia e noite sem parar”, é a eternidade. A proclamação dos 4 animais sagrados, ou como chamam, 4 viventes, é a liturgia celeste. São Irineu fez a ligação dos 4 evangelhos com os 4 viventes. O Evangelho de Marcos, como começa com João Batista no deserto, pregando, como o rugido do leão e a nobreza de um leão, esse evangelho está associado ao leão. Touro é o Evangelho de Lucas, onde começa no templo, e simboliza a força interior, oculta. Já que em Lucas, falasse de um episódio da infância de Jesus aos 12 anos, fazendo o que ele estava destinado a fazer: a vida sacerdotal. Já o Evangelho de Mateus, como começa com uma genealogia de Jesus, que simboliza inteligência e sabedoria, é associado ao homem. O Evangelho de João, como é o mais filosófico e profundo, é associado à águia, que é um animal alado e que tem a visão a longo alcance. Lembrando que os 4 viventes, são 4 por que esse número simboliza a totalidade do universo, que nesse caso, serve a Deus. Em outra passagem do capítulo 5 ver-se uma referência antropológica, que se refere ao homem, à história da humanidade onde Jesus é o único que pode abrir o livro.
As trombetas são os julgamentos mais parciais; as 7 taças simbolizam um julgamento definitivo. Os 7 selos são a promessa do julgamento, onde no fim a vitória é a da igreja. Tanto que no fim do Apocalipse há um casamento entre a igreja (o povo) e Jesus (o noivo). Os chifres simbolizam a força, poder, de captar o mundo espiritual; os 7 olhos são a onisciência, que tudo ver, plenitude do conhecimento. Quando os 4 viventes e os 24 anciões se prostram diante de Jesus, o cordeiro, demonstra que Jesus está sentado a direita de Deus Pai, e tem os mesmos poderes Dele. Quando diz que os escolhidos vão reinar no mundo, é por que vão servir, portadores da boa nova, pois Jesus diz: “Eu não vim ao mundo para ser servido, mas para servir!” E se Jesus disse isso, por que os escolhidos iam se comportar de maneira diferente? Quanto mais rezamos, mais observamos os detalhes de nossa alma. Orar é autoconhecimento.
O primeiro cavalo branco com seu cavaleiro é a própria palavra de Deus, que está destinada a vencer e vencer. O arco do cavaleiro é sua personalidade, onde o valor é sua flecha, e o alvo é a vida. Assim como o arco se contorce, assim esse cavaleiro faz da sua personalidade. O segundo cavaleiro com sua espada montado num cavalo vermelho, simboliza a guerra. O terceiro cavaleiro montado num cavalo preto é a fome, conseqüência natural depois da guerra. O óleo simboliza o batismo, e o vinho a eucaristia. O último cavaleiro montado num cavalo esverdeado, é a doença e conseqüente morte. O sexto selo diz respeito aos fenômenos da natureza, ao simbolismo cósmico, que quer dizer: ‘o que são todos esses fenômenos diante de Deus? Pois Deus é todo poderoso e está acima disso, e tem domínio sobre isso.’ O silêncio no sétimo selo é uma parada, para reflexão, para o que vem depois. As 4 primeiras trombetas são calamidades naturais. Os gafanhotos da quinta trombeta são a devastação interna; na sexta trombeta simboliza também uma devastação. A sétima trombeta é a vitória sobre o adversário. Antes da sétima trombeta há o episódio do livro engolido, que quer dizer que voltou a si mesmo.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


                

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