Apocalipse –
Aula 4
Escola de
Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da
cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil
As
visões proféticas
Quando
diz no Apocalipse “uma porta aberta no Céu”, diz respeito à liturgia. Quando se
fala em Deus Pai, evita-se o antropomorfismo; já com Jesus é permitido o antropomorfismo.
Quando diz “dia e noite sem parar”, é a eternidade. A proclamação dos 4 animais
sagrados, ou como chamam, 4 viventes, é a liturgia celeste. São Irineu fez a
ligação dos 4 evangelhos com os 4 viventes. O Evangelho de Marcos, como começa
com João Batista no deserto, pregando, como o rugido do leão e a nobreza de um
leão, esse evangelho está associado ao leão. Touro é o Evangelho de Lucas, onde
começa no templo, e simboliza a força interior, oculta. Já que em Lucas,
falasse de um episódio da infância de Jesus aos 12 anos, fazendo o que ele
estava destinado a fazer: a vida sacerdotal. Já o Evangelho de Mateus, como
começa com uma genealogia de Jesus, que simboliza inteligência e sabedoria, é
associado ao homem. O Evangelho de João, como é o mais filosófico e profundo, é
associado à águia, que é um animal alado e que tem a visão a longo alcance. Lembrando
que os 4 viventes, são 4 por que esse número simboliza a totalidade do
universo, que nesse caso, serve a Deus. Em outra passagem do capítulo 5 ver-se
uma referência antropológica, que se refere ao homem, à história da humanidade
onde Jesus é o único que pode abrir o livro.
As trombetas são
os julgamentos mais parciais; as 7 taças simbolizam um julgamento definitivo. Os
7 selos são a promessa do julgamento, onde no fim a vitória é a da igreja.
Tanto que no fim do Apocalipse há um casamento entre a igreja (o povo) e Jesus (o
noivo). Os chifres simbolizam a força, poder, de captar o mundo espiritual; os
7 olhos são a onisciência, que tudo ver, plenitude do conhecimento. Quando os 4
viventes e os 24 anciões se prostram diante de Jesus, o cordeiro, demonstra que
Jesus está sentado a direita de Deus Pai, e tem os mesmos poderes Dele. Quando
diz que os escolhidos vão reinar no mundo, é por que vão servir, portadores da
boa nova, pois Jesus diz: “Eu não vim ao mundo para ser servido, mas para
servir!” E se Jesus disse isso, por que os escolhidos iam se comportar de
maneira diferente? Quanto mais rezamos, mais observamos os detalhes de nossa
alma. Orar é autoconhecimento.
O primeiro
cavalo branco com seu cavaleiro é a própria palavra de Deus, que está destinada
a vencer e vencer. O arco do cavaleiro é sua personalidade, onde o valor é sua
flecha, e o alvo é a vida. Assim como o arco se contorce, assim esse cavaleiro
faz da sua personalidade. O segundo cavaleiro com sua espada montado num cavalo
vermelho, simboliza a guerra. O terceiro cavaleiro montado num cavalo preto é a
fome, conseqüência natural depois da guerra. O óleo simboliza o batismo, e o
vinho a eucaristia. O último cavaleiro montado num cavalo esverdeado, é a
doença e conseqüente morte. O sexto selo diz respeito aos fenômenos da
natureza, ao simbolismo cósmico, que quer dizer: ‘o que são todos esses fenômenos
diante de Deus? Pois Deus é todo poderoso e está acima disso, e tem domínio
sobre isso.’ O silêncio no sétimo selo é uma parada, para reflexão, para o que
vem depois. As 4 primeiras trombetas são calamidades naturais. Os gafanhotos da
quinta trombeta são a devastação interna; na sexta trombeta simboliza também
uma devastação. A sétima trombeta é a vitória sobre o adversário. Antes da
sétima trombeta há o episódio do livro engolido, que quer dizer que voltou a si
mesmo.
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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