div style="border:1px solid #ccc;padding:10px 4px 3px 4px;text-align:center;background-color:#efefef;">

terça-feira, 10 de maio de 2011

Atos dos Apóstolos – Aula 9

Atos dos Apóstolos – Aula 9

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

O perfil de Paulo inicialmente é duro, zeloso, de personalidade forte, com seu crescimento no judaísmo. Judeu, filho de judeus, e cidadão romano. Estamos diante, nessa fase, de uma personalidade muito difícil, um crente convicto da sua fé, conhecedor das leis, apesar de ter nascido em Tarso, foi educado em Jerusalém. Foi essa pessoa que Deus escolheu que tinha todo o antigo testamento em sua mente. Antes ele se chamava Saulo, nome do primeiro rei de Israel, e muda seu nome depois da conversão para o cristianismo para Paulo, que quer dizer: pequeno. Sinal de humildade. Mas o pequeno Paulo continuaria a impor sua personalidade forte na doutrina cristã, a querer expandir o cristianismo até Roma, e daí para o mundo, até os confins da Terra. A vocação de Paulo é narrado 3 vezes em Atos dos Apóstolos, aquele encontro que teve com Jesus, e é narrado de forma diferente nas 3 vezes num mesmo livro. Onde está o estranho, o medo, o aparentemente incompreensível na bíblia, é onde está o mistério que merece essa passagem uma leitura mais profunda teológica e filosófica. Aonde tem uma pedrinha, é para nos pararmos e refletirmos e desdobrarmos os ensinamentos da bíblia. A verdadeira sabedoria é reconhecer a nossa ignorância diante dos mistérios da vida. E a partir daí começar uma investigação a partir de uma devoção e depois colocar em prática e ver se aquele ensinamento é válido ou não. O pior cego é aquele que não quer ver. É o cego por escolha. Tem que se ter muito cuidado ao interpretar um versículo da bíblia, temos que olhar o contexto histórico, observar qual o objetivo do narrador, e fazer os paralelos com outras passagens da bíblia, ter uma idéia do todo, global, para interpretar de forma local. E como a igreja católica prega: quem está morto para a igreja ainda tem voz. Fazermos paralelos com textos extras bíblicos, mas ainda no contexto cristão e até ir além, viajando na filosofia e na teologia. Como disse certo teólogo da igreja: herdamos a teologia dos judeus, e a filosofia dos gregos. A experiência de Paulo é uma experiência que contagia. O ouvir é a experiência material, que é o primeiro passo da conversão. E depois vem o ato de enxergar, que é mais uma experiência espiritual, e as coisas passadas, do mundo, são deixadas de lado diante de tamanha grandiosidade que é a experiência vocacional. E bate um sentimento duplo: o de tristeza de ter perdido tempo no passado por viver coisas e dar valor a coisas do mundo, e um sentimento de entusiasmo de viver a futura vida de glória cristã, com cânticos, espiritualidade, boas obras, orações, vida fraterna, e principalmente: converter o próximo. Estender a mão ao aflito. O maior milagre que pode existir é a conversão do próximo. E depois do processo de enxergar, vem o processo de se prostrar diante da divindade.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

WWW.recantodasletras.com.br/autores/victorgeo10
WWW.victorgeo10.blogspot.com
WWW.myspace.com/victorgeo10
WWW.twitter.com/victorgeo10
WWW.fotolog.com.br/victorgeo10

Nenhum comentário:

Postar um comentário