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terça-feira, 22 de maio de 2012

Superando as trevas e a condição de ser mestre



Superando as trevas e a condição de ser mestre

Para superar qualquer problema, é necessário colocarmos o problema numa posição em que possamos ver-lo ao ponto de nós dizermos: “esse sou eu, e esse na minha frente é o problema, é as trevas, da qual eu tenho que superar.” Carl Jung chegava ao ponto de nomear seus defeitos os chamando de Joãozinho, Severino, e etc, ao ponto de separar o defeito da pessoa dele, e assim, ficar mais fácil de combater, quando você visualiza o inimigo. Algumas pessoas pioram quando estão prestes a mudar radicalmente. É como diz no filme “Batman, o cavaleiro das trevas”: “A noite é mais escura pouco antes do amanhecer, e eu digo: já está amanhecendo.” Já no filme Batman Begins, sendo esse filme filosófico, tem uma cena em que Bruce Wayne, o futuro Batman, depois do treinamento no oriente, vai à caverna abaixo da sua mansão e se coloca no meio dos morcegos, da qual ele tem medo, e dezenas e centenas de morcegos voam ao seu redor e ele fecha o olho, e em pé, demonstra que está superando seu medo de morcegos, pois permanece na mesma posição enquanto dezenas, centenas de morcegos voam a sua volta. Ele é considerado o cavaleiro das trevas não por que é do mal, mas por que é aquele que ver nas trevas, ver no escuro, ver a corrupção em volta com mais facilidade do que os outros e assim, identificando quem é as trevas, ele pode combater as trevas; como o faraó chacal, ou faraó gato, das dinastias divinas do Egito Antigo, da qual não temos registro histórico. Algumas pessoas necessitam chegar ao fundo do poço para poder mudar radicalmente. Tem algumas pessoas que ficam nesse meio termo: muda, não muda. Nessa tonalidade cinza, nem branco, nem preto, e às vezes se tornam vencedores, outras vezes se tornam derrotados em batalhas que eles já deveriam vencer com facilidade e não mais cair, como o alcoólatra que volta a bebida. Para essas pessoas, as coisas só vão melhorar quando piorarem um pouco mais, quando elas chegarem ao fundo do poço e ver que a única saída é por cima, é o Céu. É quando o fogo surge, através do esgotamento da palha. Na palha verde é mais difícil surgir o fogo do que na palha seca, esgotada. Nesse tipo de palha seca, o fogo surge com mais facilidade, e várias pessoas só iram mudarem de fato, quando chegarem ao esgotamento, quando o cansaço vencer, quando a palha ficar seca. E assim, a luz, o fogo, que simboliza a consciência, surge. E como diz Morfeu no filme Matrix, Morfeu simboliza a consciência e diz para o discípulo Neo: “Você pode ter passado os últimos anos me procurando, mas eu passei a vida toda procurando você.” A consciência é essa que passa a vida toda nos procurando.              
Mas para essas pessoas mudarem, essas pessoas necessitam de um guia, que pode ser nosso professor. Quando o discípulo desperta, o mestre aparece, e esse professor que era aquele homem que só passava informações na aula, passa então a ser mestre. Só que o mestre não mergulha na vida do discípulo, mas deixa o discípulo viver suas experiências, ele observa e guia o discípulo, mas não chega ao ponto de se meter na vida do discípulo para cometer um sacro-ofício, um sacrifício, como em um caso de um discípulo drogado. O mestre não vai até a casa dele, se vai, ele deixou de ser mestre e passou a uma condição superior: a de pai espiritual. E nem todo mundo está preparado para ser pai espiritual, uma condição que exige muito da pessoa e o guia precisa está preparado, senão o discípulo lhe puxa para baixo com os problemas dele. Então, o aconselhável é só ser mestre, interferir de maneira indireta e não direta na vida do discípulo. Só se torne pai espiritual e assim se metendo na vida do discípulo de maneira direta, se você tiver condições psicológicas e espirituais para isso. Mas eu sei que muitos que vão ler esse meu texto, vão dizer: “Não tenho essa condição mínima espiritual para agir na vida do meu discípulo, mas mesmo assim, interferir de maneira direta, como no caso do aluno drogado, fui à origem do problema numa política do corpo a corpo, e resolvi esse problema.” Bom, para essas pessoas só tenho uma coisa a dizer: são heróis, cometeram sacrifícios, sacro-ofício sem ao menos ter condições espirituais para ajudar os discípulos e mesmo assim mergulharam de cabeça no problema, mas lembre-se: nem sempre as coisas podem dar certo,  você pode passar a ser vilão se falhar, então, preparar-se para entrar nessa condição de herói. Pois, nessas condições, você tem dupla responsabilidade. E parafraseando o filme homem-aranha: “Grandes poderes geram grandes responsabilidades”.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



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