Poesia perdida como um carnaval
Recorro
novamente a ti,
Minha
amiga mítica
Catarina
Idealizada
Pela
minha mente esquizofrênica
Ou
diria mente carnavalesca?
Do
Deus nórdico da travessura,
Loki,
De
Ana Carolina a Seu Jorge
Com
máscara ou sem máscara
De
mulher gato
Dessa
vez vais me ajudar
No
cabresto
Que
como uma guerreira
Vai
recuperar outra poesia roubada
Dos
tempos de outrora
Dos
tempos de outros carnavais
A
poesia pulava
Recife
e Olinda
Salvador
e Rio de Janeiro
Sendo
Recife e Olinda
Em
uníssono
Três
cores
Três
terras
Três
ritmos: frevo, axé, samba
Que
voltemos ao Axé raiz
Que
dancemos o frevo
Que
é raiz
Já
com relação ao samba
É
corporal
Meu
corpo me desobedece
E
insiste em balançar
Ao
som do samba
É
instintivo
Mas
só me renderei
E
dançarei
Se
a letra for
De
acordo com a Arte
E
assim
No
meio de uma festa
Da
periferia da cidade
Carioca
Convidarei
a dançar
A
desconhecida morena
Dizendo:
“Me
ensinas a dançar?”
Vem
balançar minha nêga
Da
mistura morena
Do
africano, europeu e índio
Nasce
a nação
De
coração
Negro,
branco e vermelho
As
cores da sabedoria
E
dos carnavais
Lembremos
dos antigos carnavais
Puros
como a neve
Divertidos
como os lábios vermelhos
Da Branca de Neve
Da Branca de Neve
E
de olhos negros
Semelhante as travessuras
Do
luso e africano
De
séculos atrás
Séculos
genuinamente brasileiros
Da
mistura inocente
Que
se perdeu hoje
Em
meio à banalização do sexo
“Espelho,
espelho meu...”
Existe
um carnaval mais bonito
Do
que o teu, Seu ‘centenário’ Jorge?
Pois
no carnaval de hoje,
Seu
Jorge,
Mesmo
no meio de uma multidão
Sinto-me
só
Hoje,
Dia
10 de dezembro de 2012
Morre
Seu Jorge
Com
100 anos
E
morre com ele
Os
carnavais
E
os beijos inocentemente roubados
Dos
tempos de outrora
Autor:
Victor da Silva Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário