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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Lectio Divina – Aula 4 – Sagradas Escrituras



Lectio Divina – Aula 4 – Sagradas Escrituras

Comunidade Doce Mãe de Deus, Missão Bessa, cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil

                Abordaremos nesse texto a meditação, o que o texto me diz. Mesmo a bíblia escrita a milhares de anos atrás, sempre terá alguma coisa a nos dizer. Etimologicamente, meditar quer dizer “por no meio”, guardar as coisas no coração, que era o que Maria, a mãe de Jesus, fazia. A verdadeira meditação vai nos levar a mudança de mentalidade. Jesus nos ajuda sempre a pensar melhor, de maneira de dentro para fora.
                O rhema é quando na leitura, no logos, algo dali nos toca. Às vezes, muda o texto, muda o contexto, mas acaba nos levando ao mesmo ponto. Quer dizer a mesma coisa de modo diferente. Muda a cor da carta, mas o conteúdo, em essência, é o mesmo com outras palavras. O logos, na língua grega, é o texto todo; e o rhema é quando uma dessas palavras nos toca o coração.
                Os orientais, por causa da cultura, têm certa facilidade de entender e praticar melhor o sentido da meditação. Temos que aprender a nos esvaziar, para nos encher, transbordar de Deus. O verbo de Deus, a palavra, é o filho adotivo do silêncio. O esvaziamento passa pelo silêncio. A meditação é um passo fundamental para seguir em frente.
                Na passagem do livro de Mateus, capítulo 8, versículo de 1 ao 4, na cura de um leproso, que era considerado impuro, quem ele toca pode se tornar impuro. Com Jesus, que era puro, em termos físico e espiritualmente, há uma descontinuidade e o ato de Jesus tocar o leproso, e esse, ser purificado, tem um significado teológico. Jesus não só permanece puro ao tocar o leproso, como também o purifica, cura-o. Mas, para isso, como diz no texto, para nos curar das enfermidades físicas e espirituais, temos que nos prostrar para a divindade e temos que pedir. Diz numa escritura que Deus sabe o que queremos antes mesmo de abrimos a boca. Mas temos que pedir, demonstrando atitude, demonstrando a fé que sentimos. Respondendo ao leproso, Jesus diz: “Eu quero”; aí está o rhema, pois querer é poder e Jesus diz que quer que o leproso seja curado. Será que nós, espiritualmente, não somos esses leprosos necessitando sermos curados? Para isso, temos que ir ao encontro da divindade, se prostrar, e pedir, como diz na passagem de Mateus, na cura de um leproso.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Lectio Divina – Aula 3 – Sagradas Escrituras


Lectio Divina – Aula 3 – Sagradas Escrituras

Comunidade Doce Mãe de Deus, Missão Bessa, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil

                Hoje vivemos numa era de pressa, mas temos que aprender a perder tempo para o mundo para ganhar tempo para Deus. Na mitologia grega existe o Deus Kairos, que é o Deus do tempo oportuno. Ele é careca e tem um topete, um pouco de cabelo na frente da cabeça, e ninguém sabia quando ele ia passar pelas cidades e quando ele passava, passava correndo. As oportunidades divinas são essas que ninguém sabe quando vem, e quando vem, passam rápido onde devemos agarrá-las pela frente, pelo topete. Na bíblia, no episódio da visita de Jesus as irmãs Marta e Maria, devemos nos comportar como Maria que se propôs a escutar a divindade, procurou primeiro as coisas do alto, enquanto Marta tendo a divindade em sua casa, que é Jesus, procurou primeiro se preocupar com os afazeres da casa.
                A lectio divina é uma escuta em que Deus fala. Leitura, meditação, oração e contemplação são as 4 fases do discípulo na lectio divina. Que também poder ser com relação à leitura, o que o texto diz. Com relação à meditação, o que o texto me diz. Com relação à oração, o que eu digo ao texto, e por fim a contemplação. Nessa aula, aprenderemos o que o texto diz. Precisamos aprender a ler, temos que ler de forma degustativa, temos que mastigar direito a oração. E para isso é necessário nós vermos o contexto em que foi escrito tal passagem. Uma das mensagens que o evangelista Lucas quer passar é a idéia de um Jesus focado, caminhante, viajante, inserido num contexto social. Entre a passagem de uma leitura e outra é importante o silêncio por alguns instantes. Por exemplo, quando Jesus esteve viajando na cidade de Jericó, diz que um homem chamado Zaqueu, subiu o mais alto para ver Jesus, a divindade, que estava no meio de uma multidão, e Zaqueu, baixinho, não conseguia ver se não subisse em algo. E assim devemos nos comportar, subir, se elevar ao encontro da divindade. E Jesus o manda descer e diz que vai se hospedar na casa dele, mesmo com os comentários de alguns contrários a pessoa de Zaqueu. Pois Jesus é profeta e conhece o coração do homem, ver além da aparência. E Zaqueu demonstra que é um filho de Abraão ao dar metade dos bens pobres e restituir 4 vezes aqueles quem ele pode ter defraudado. É basicamente isso que o capítulo 19, versículos de 1 ao 10, de Lucas, diz.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Lectio Divina – Aula 2 – Sagradas Escrituras


Lectio Divina – Aula 2 – Sagradas Escrituras

Comunidade Doce Mãe de Deus, Missão Bessa, cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil

                Orar é uma batalha, pois a carne não quer rezar, mas o espírito sempre estará pronto para a batalha. A verdadeira oração compromete. Quando eu abro o coração e peço pra Deus tocar, há um comprometimento a partir do início de um relacionamento. E é necessário sair da escuridão, sair da caverna, ir em direção a luz, a verdadeira luz, simbolizada pelo sol.
Jesus pega a antiga lei e aperfeiçoa, por que Jesus é o novo Moisés. Se nós soubermos aproveitar a presença divina, a nossa oração vai ser eficaz. A primeira fase da oração é colocar Deus como prioridade. Como Jesus disse: “Procurai primeiro as coisas do alto, e todas as outras coisas vos serão dadas por acréscimos.” Às vezes, Deus manda um vento impetuoso para desordenar nossa vida para poder ordenar agora a partir de Cristo. A segunda fase da caminhada da vida em oração é saber que não podemos nos segurar em coisas do mundo, por que são frágeis, mas devemos construir nossos alicerces na nossa igreja interior. Precisamos começar a construir a nossa igreja interior. Terceira fase: o termômetro do amor é a fidelidade e lealdade. São Tiago diz para ficarmos felizes quando formos provados, pois a provação vem para sabermos se realmente somos fieis e leais. Então, essa é a terceira fase: a provação. É na provação que veremos se somos pessoas com coração de ouro.
Quando estamos numa vida espiritual, basta um pequeno ruído, gesto ou olhar, para sentirmos a presença divina. E para isso é preciso determinação. Antes de iniciar a missão, é necessário um encontro divino. A missão é um encontro vivo. Se tivermos um encontro vivo, seremos enviados como aconteceu com Moisés na sarça ardente que não se consumia, um exemplo de teofania - manifestação de Deus na natureza - onde Deus fala com Moisés. Deus envia então Moisés para o Egito para libertar o povo hebreu da escravidão. Deus fala comigo a partir do aprofundamento nas sagradas escrituras. A bíblia é uma bússola que vai nos guiar na vida. A oração e a leitura das sagradas escrituras são complementares.

Autor: Victor da Silva Pinheiro




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lectio Divina – Aula 1 – Sagradas Escrituras

Lectio Divina – Aula 1 – Sagradas Escrituras

Comunidade Doce Mãe de Deus – Missão Bessa, cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil

                O Espírito Santo é quem nos concede o entendimento da Palavra. E a vida vai tentar nos ensinar sobre a Palavra no amor e na dor. Santa Teresinha dizia que um dia sem sofrimento é como se fosse um dia vazio. Os santos têm uma visão diferente da dor do público em geral. O entendimento da sagrada escritura é essencial para saber lidar com a dor e vencer-lá. Os escolhidos, os cristãos por natureza, nasceram para saber conviver com as minorias, como com um esquizofrênico. Mas nem sempre essa convivência existe no meio cristão. E a leitura vai te mostrar a mudar e a fugir da heresia da separatividade. Eu não estou separado de você. Somos gotas de água de um mesmo oceano.
                A revelação vem por meio da prática cristã. Prática essa que está em incluir um esquizofrênico no círculo de amizade cristão, sem falsidade, sem querer se fazer bonzinho, mas ser realmente uma pessoa boa, e não só parecer boa. Como diz o mestre Morfeu ao discípulo e escolhido Neo, no filme Matrix: “Não pense que é, saiba que é.” Diz o sábio chinês Confúcio: “Uma pessoa de alma bela, necessariamente fala coisas belas, mas nem toda pessoa que fala coisas belas, necessariamente tem uma alma bela.”    
       A fé vem primeiramente em ouvir a Palavra, e ouvindo bem, conseqüentemente, vem a compreensão da Palavra. Assim sendo, a sua consciência vai ficar lhe cobrando para você praticar a virtude, ser ético, ser cristão, sem falsidade. E só uma compreensão de vida vai lhe dar forças para praticar o bem. Essa é a terceira fase. Mas eu incluo mais uma fase, a quarta fase: o testemunho. E assim, com o testemunho, instigar no outro esse ciclo do bem: ouvir, compreender e produzir frutos, que é praticar a Palavra. E assim, fazer uma corrente de mestres e discípulos, uma corrente do bem. E para praticar a bondade é preciso ter coragem, como canta Renato Russo da banda brasileira Legião Urbana. Já diz no filme Batman Begins: “não é o que a gente é por dentro quem diz quem somos, mas são nossas atitudes quem diz quem somos.” Daí a importância de não só ficar no campo especulativo, intelectual, mas servir, pois Jesus disse: “Eu não vim ao mundo para ser servido, mas para servir.” Khalil Gibran diz no seu livro de poesia “O Profeta”, o seguinte: “Minha religião são meus atos e minhas atitudes!” A igreja vive dentro de nós.
                Revelação é apresentar algo novo e depois velar novamente, segundo a etimologia da palavra. E para isso, temos que ser radicais em cumprir a Palavra. Essa palavra “radical” ganhou conotação de algo extremo, excesso, mas na sua etimologia tem um significado diferente, e é nesse sentido que falo. No sentido etimológico radical quer dizer: ter raízes. E ter raízes profundas, como prega Jesus na parábola do semeador. E o primeiro passo para criar raízes é reconhecer que é um pecador, reconhecer a própria ignorância. Para depois tentar vencer isso com uma vida santa. Ou ao menos, se aproximar ao máximo de uma vida santa. Com relação ao primeiro passo, me lembra Sócrates, o filósofo grego. Foram consultar o oráculo de Delfos, na Grécia Antiga, para saber quem era o homem mais sábio da Grécia, e o oráculo disse que era Sócrates. Quando Sócrates ouviu isso, não acreditou e foi nas ruas de Atenas fazer os questionamentos mais complexos ao povo. E todos sempre tinham alguma coisa a dizer. Ninguém foi humilde o suficiente para dizer: “eu não sei.” Então, Sócrates chegou à conclusão que era sábio não por que sabia mais, mas por que sabia que nada sabia. Daí surgiu sua famosa frase: “Só sei que nada sei.” Mas voltando... saiba que saber ouvir é uma arte, que está ligada profundamente ao silêncio. Hoje, o chamado “homem moderno” não consegue, não suporta o silêncio, quando na verdade o silêncio é de extrema importância no processo de aprender a ouvir.

Autor: Victor da Silva Pinheiro



terça-feira, 5 de junho de 2012

Luta diária: é uma batalha orar e estudar




Luta diária: é uma batalha orar e estudar

Meu momento histórico é esse, junho de 2012: estou tentando voltar ao hábito de ler, lendo paralelamente assuntos para concurso, vestibular (pretendo voltar para o curso de geografia na UFPB), e principalmente, lendo os extremos: a bíblia e uma biografia sobre Nietzsche de Rüdiger Safranski que se chama: "Nietzsche - Biografia de uma tragédia". Assim como orar é uma batalha, voltar a ter o hábito de ler também é uma batalha. Tem uma lei da física, da inércia, que diz que se um corpo está parado, tende a continuar parado, e se um corpo está em movimento, tende a continuar em movimento. A não ser que haja uma força sobre eles que os façam parar para os corpos em movimentos, e uma força que os façam se movimentar, se estão esses corpos parados. Pois bem, quero que minha mente continue em movimento, sempre lendo, todos os dias. Orando e lendo. Como disse Confúcio: "Estudar sem refletir é perca de tempo. Refletir sem estudar é perigoso". Só em pensar que vou ter que estudar todo o assunto do ensino médio em menos de um ano, ou ao menos, estudar boa parte dele, só em pensar nisso, bate um desânimo que é curado quando eu substituo esse pensamento por esse: “Vou mergulhar no mundo das ciências, no ensino científico, por que só a sabedoria liberta, e vai me servir para a vida toda, e não apenas para um prova no final do ano.” Como disse os antigos: “Não é a vitória e não é a derrota que nos pertence, mas sim a luta.” Cabe a mim lutar, e a vida vai decidir se vou ser vencedor ou não.
            Com relação à oração, me comprometi a me aprofundar na bíblia, ler, no mínimo, um capítulo por dia, começando pelos evangelhos, depois ir para o Antigo Testamento, e depois terminar de ler o Novo Testamento. E também, ter um orientador na igreja que freqüento para me esclarecer sobre a bíblia. Existe uma luta interna dentro de nós, do cachorro do bem e do cachorro do mal, e vence essa batalha aquele cachorro que nós mais alimentamos. Assim, devemos alimentar nosso cachorro do bem com uma vida interior que é orar, rezar antes de dormir, e, ter uma vida ética. Mas fazer essas duas tarefas diárias ao extremo, como os romanos, que construíram um império que quase dominou todo o mundo conhecido. O que os gregos idealizaram, os romanos realizaram. Como exemplo, temos a filosofia estóica, que nasceu na Grécia, mas se consolidou em Roma. Por falar em Roma, o seu objetivo era civilizar o mundo. O objetivo dos gregos era a filosofia. E o objetivo do Antigo Egito era a religião. Heródoto quando passou pelo Egito, disse que nunca viu povo mais feliz do que os egípcios. As crianças sabiam o mito de Osíris de modo decorado. Nosso dever, como humanos, é construir castelos interiores como diz a música “Monte Castelo” da banda Legião Urbana. Renato Russo buscou no apóstolo Paulo de Tarso e no poeta Camões, as principais passagens dessa música, que fala de amor de maneira sublime, sem igual.

Autor: Victor da Silva Pinheiro


Carta Política ao Congresso


Carta Política ao Congresso

         Na minha opinião, se um governo quer ficar na história, tem que fazer no mínimo essas reformas: Reforma Agrária, Reforma na Educação, Reforma na Segurança Pública, Reforma na Saúde, Reforma Tributária e uma Reforma Política e Econômica. Dando ênfase a educação e cultura. A chave para uma nação se mover junto com o governo é fazer uma mudança cultural. O filósofo alemão Nietzsche já dizia que o que transforma uma sociedade é a mudança pelo cultural. 
          O erro de Karl Marx, segundo minha mestra Lúcia Helena Galvão, - que apesar de morar em Brasília e eu em João Pessoa, e não nos falarmos a anos, mas, como eu sigo seus conselhos, continua sendo minha eterna mestra – ela, que é uma ex-marxista, disse que o erro de Marx é considerar a economia o grande bolo e a educação e cultura como os confetes desse bolo, quando na verdade é o contrário. A educação e cultura devem ser colocados como prioridades acima da economia. Pois só através da educação e cultura que um povo se transforma num povo melhor. É claro que é de extrema importância manter o equilíbrio na economia, mas não esquecemos da educação e cultura. É interessante ver organizações como o Greenpeace mobilizando as pessoas para respeitar a natureza, mas saiba que educando o homem, o homem naturalmente vai respeitar a natureza. Vai respeitar a mãe natureza e a Terra agradecerá. Já diz a sabedoria chinesa: "Você pode matar a fome de um homem por um dia se der o peixe, mas pode matar a fome de um homem por toda a vida, se o ensinar a pescar."                  
             Com relação a essa reforma educacional e cultural, vai uma dica: no ensino fundamental implantar o ensino integral em todas as escolas públicas, para ocupar a mente dos jovens os livrando assim do mundo das drogas, com as aulas do currículo num turno, e no outro turno, aulas de artes, educação física e principalmente, aulas de reforço nas disciplinas que os alunos têm dificuldades. É de extrema importância a aplicação dessas aulas de reforço no turno oposto aos das outras aulas. Para assim, não empurrar com a barriga essas disciplinas. Temos que pregar o ensino para aprender e não para decoreba e depois da prova esquecer; deve-se vivenciar o conhecimento com aulas práticas, complementares as aulas teóricas. Lembre-se do filósofo grego Platão, que aconselha aulas de música para educar a alma, e ginástica para educar o corpo. Como diz num lema antigo grego: "Mente sã em corpo são!" Essa importância ao corpo e principalmente a alma, consta no seu livro clássico "A República", sua magnum opus, em que Platão idealiza uma sociedade ideal comandada por filósofos. Platão fala no capítulo 7, O Mito da Caverna, que é atualíssimo mesmo escrito a 2450 anos atrás. Também fala das 5 formas de governo: aristocracia, o governo do mais sábio; timocracia, um governo militar mas não uma ditadura, que preza muito a honra; oligarquia, o governo de poucas pessoas que tem mais dinheiro; democracia, o governo da maioria; e por fim fala da tirania ou ditadura, a pior forma de governo que existe. Já no ensino médio, implantar em todas as escolas públicas de ensino médio, o ensino técnico no outro turno, preparando já o jovem para o mercado de trabalho e dando a ele perspectiva de futuro, os livrando assim do mundo das drogas. O segredo para fazer sucesso na educação é sempre está fazendo curso de capacitação para os professores e os motivando para melhor guiar o aluno para a sabedoria. Além, como já disse, vivenciar o conhecimento, torná-lo prático, e não apenas decorativo.
           Diz a sabedoria popular que o mestre só aparece quando o discípulo desperta. Então, só quando despertar o discípulo no aluno, esse aluno vai deixar de ser aluno e vai se transformar em estudante e quem sabe em discípulo e não vai mais ver um professor como professor, mas o verá como mestre. Que nossos professores apliquem o método socrático de ensino. O filósofo grego Sócrates, mestre de Platão, dizia que ele tinha um trabalho semelhante ao da sua mãe, que era parteira. Enquanto a mãe dava a luz a bebês, ele, Sócrates, dava a luz a idéias, e não dizia as respostas todas mastigadinhas, prontas, mas levava, guiava seus discípulos para eles próprios chegarem às respostas por conta própria. Como diz no filme Matrix, onde o mestre Morfeu diz ao discípulo e escolhido Neo: "Eu só posso lhe mostrar a porta, mas é você que tem que abri-la." 
        Com relação à publicidade, o governo deveria fazer propagandas para elevar a autoestima do povo brasileiro para terem orgulho dessa terra. O país produz mais se o povo tiver a autoestima lá em cima. Paralelamente, também fazer campanhas como foi feita na cidade de João Pessoa, por exemplo, para os motoristas respeitarem a faixa de pedestre. Um exemplo de usar a publicidade para um motivo cultural. Um ex-governador do Distrito Federal levou isso ao extremo colocando pelo menos um policial ou agente de trânsito, não estou lembrado se era um ou outro, mas tinha pelo menos uma autoridade em faixas de trânsito fiscalizando para forçar o motorista a respeitar a faixa de pedestre. Depois de uns meses desse tipo de campanha, naturalmente os motoristas passaram a respeitar a faixa de pedestre sem a necessidade de uma autoridade de lado. Por que? Porque se tornou cultural. 
                     Repetindo e acrescentando: Ensino integral ao ensino fundamental, com aulas regulares num turno, e no outro turno aulas de educação física e arte, como música. Pois o filósofo Platão diz que devemos educar o corpo e a alma. Mente sã num corpo são. É de extrema importância também no outro turno, se as aulas regulares for de manhã, por exemplo, a tarde, além da educação física e das aulas de artes, é de extrema importância as aulas de reforço escolar nas disciplinas, ciências, que os alunos vão mal. Pra não empurrar essas disciplinas com a barriga. Aulas práticas, e não apenas para decorar para prova e depois esquecer. Investir em infraestrutura, quadras esportivas e até piscinas em algumas escolas, ou criar complexos esportivos que atendam um grupo de escolas da região, laboratórios de ciências, informática, artes. Ter disponível ônibus para aulas de campo, para o estudante vivenciar o conhecimento. No ensino médio, aulas regulares em um turno, e no outro turno implantar ensino técnico, além das aulas de educação física, artes e aulas de reforço. Pra dar perspectivismo de futuro aos estudantes.

João Pessoa, capital de Paraíba, Brasil, 05 de junho de 2012

Autor: Victor da Silva Pinheiro